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CONSÓRCIO 
RIMA 
RELATÓRIO DE 
IMPACTO AMBIENTAL 
ARCO VIÁRIO DA REGIÃO 
METROPOLITANA DO RECIFE
03 APRESENTAÇÃO 
06 O que é um estudo de impacto ambiental? 
07 Quem fez o estudo de impacto ambiental? 
08 EXPLICANDO A OBRA 
10 Quem é o responsável pela obra? 
11 Por que implantar o Arco Viário da Região Metropolitana de Recife? 
12 O MEIO AMBIENTE NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA RODOVIA 
12 As áreas de influência do projeto 
14 Como são o clima, o ar, as rochas e a água da região? 
16 Como se caracteriza a vegetação da região? 
18 Quais são os animais que existem na região? 
19 Existe patrimônio histórico cultural na região? 
20 Como é a economia e a condição de vida da população? 
22 OS IMPACTOS AMBIENTAIS 
23 Quais são os principais impactos negativos? 
28 Quais são os impactos positivos? 
31 PROGRAMAS AMBIENTAIS 
33 CONCLUSÕES 
35 EQUIPE TÉCNICA
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
APRESENTAÇÃO 
Olá! Se você está lendo este RELATÓRIO DE 
IMPACTO AMBIENTAL é porque quer saber 
mais sobre o Arco Viário da Região 
Metropolitana de Recife (Lote 2). O Arco é 
uma obra viária que vai interligar a BR-101 
Sul no município do Cabo de Santo Agostinho 
com a BR-408 no município de São Lourenço 
da Mata, no Estado de Pernambuco. A 
extensão total do Arco Metropolitano será de 
44,48 km e poderá causar alterações na 
paisagem, na vida das pessoas e no 
comportamento dos animais.
Essas alterações precisam ser 
explicadas para as pessoas da região, 
não importa se elas terão ou não 
suas vidas modificadas pela obra. É 
um dever de quem vai fazer a obra 
informar - bem direitinho - a 
população sobre o que vai mudar, 
não só quando a obra estiver pronta, 
mas também enquanto ela estiver 
sendo construída. 
Você deve estar se perguntando: Vai 
mudar para melhor? Vai mudar para 
pior? Não vai mudar nada? 
É importante, por isso, que o cidadão 
saiba sempre quais são as 
modificações que uma obra traz. 
No caso de uma obra que ainda vai 
ser construída, a lei obriga que sejam 
feitos estudos completos para fazer 
uma previsão de todas as alterações 
ambientais possíveis. 
Depois que esse estudo é concluído, 
ele deve ser traduzido para a 
linguagem popular, de modo que 
todos possam entender como a obra 
vai acontecer e quais as medidas que 
serão adotadas. 
O documento que transforma a 
linguagem complicada utilizada pelos 
especialistas em informações 
compreensíveis para a maioria das 
pessoas é o RIMA, esse documento 
que você está lendo agora. 
Para facilitar a localização de 
assuntos do seu interesse, este 
documento foi dividido em “blocos”, 
um para cada assunto. No início de 
cada bloco, você vai encontrar uma 
breve explicação sobre o assunto que 
está sendo tratado, e após, uma série 
de perguntas e respostas. Assim, se 
você se interessa por certo tema, 
como por exemplo, como é a 
vegetação que existe na região, pode 
ir direto às questões que abordam o 
assunto.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Foram elaboradas perguntas sobre 
todos os aspectos levantados pelo 
EIA, desde as a descrição da fauna 
até das condições de vida da 
população aos impactos sobre as 
comunidades locais. 
No primeiro bloco, são esclarecidas 
as questões gerais sobre a obra: 
Quem é o responsável? Por que ela 
será feita? 
O bloco seguinte trata de descrever a 
situação atual do meio ambiente na 
região, sem a estrada estar asfaltada. 
São descritos a vegetação e os 
animais da região, os aspectos físicos, 
como o clima, o ar e a água. Fala-se 
das pessoas e das condições de vida 
na região. 
No conjunto de perguntas do terceiro 
bloco, são respondidas perguntas 
sobre os impactos ambientais que 
poderão acontecer com a 
implantação da rodovia. 
Após, são apresentados os planos 
com tudo o que deve ser feito para 
evitar danos e o que deve ser feito 
para melhorar ainda mais as 
consequências benéficas da 
implantação do Arco Viário da Região 
Metropolitana de Recife. 
O RIMA finaliza com as conclusões 
do estudo e a equipe técnica 
responsável. 
Não deixe de ler este relatório até o 
fim. Se precisar de alguma 
informação, entre em contato 
conosco.
O que é um Estudo de Impacto 
Ambiental? 
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento que faz parte 
dos procedimentos necessários para obter as licenças autorizando a 
execução das obras. Juntamente com o EIA, que é um documento 
escrito em linguagem técnica e detalhado, sempre é apresentado o 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que traduz o conteúdo do EIA 
para uma linguagem do dia-a-dia e consiste no presente documento. 
para a obtenção da segunda licença, a 
de Instalação. 
Para isso, o DNIT deverá apresentar, 
juntamente com o cumprimento das 
condições da Licença Prévia, os 
Programas Ambientais detalhados, 
com medidas que evitarão ou diminui-rão 
os impactos ou problemas decor-rentes 
do Arco. Somente com a emis-são 
da Licença de Instalação é que 
poderão ser iniciadas as obras. 
Após sua conclusão, se atendidas 
todas as exigências, será emitida a 
Licença de Operação, que conclui o 
processo de licenciamento da rodovia, 
embora sua renovação periódica seja 
exigida. 
O EIA é um levantamento da situação 
social, econômica e ambiental da 
região que será afetada pela obra, faz 
uma projeção dos prováveis impactos 
que a obra irá causar e as medidas que 
devem ser tomadas para minimizar ou 
compensar esses impactos. 
D e s d e a e d i çã o d a Re s o l u çã o 
CONAMA 001 em 1986, o EIA/RIMA 
passou a ser obrigatório para diversos 
tipos de empreendimentos, inclusive 
rodovias. 
Através da análise do EIA/RIMA, o 
órgão ambiental vai avaliar se o Arco é 
ambientalmente viável e fornecerá a 
Licença Prévia. Essa licença vai estabe-lecer 
condições a serem cumpridas
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Quem fez o Estudo de Impacto 
Ambiental? 
O consórcio Skill - STE Engenharia de São Sebastião do Caí, RS foi esco-lhido 
pelo DNIT para realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
e deste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para o lote 02 do 
empreendimento. 
Os dados de identificação da Skill Engenharia são: 
Nome: CONSÓRCIO SKILL - STE. 
Número do Registro Legal: 
02.991.032/0001-21 
Endereço: 
Rua Vereador Nelson Hoff, 1355. 
São Sebastião do Caí/RS 
Telefone e FAX: 
(51) 3337.0010 
Representante legal: 
Júlio Fortini 
Endereço: Vereador Nelson Hoff, 1355 - São Sebastião do Caí/RS. 
Fone: (51) 3337.0010 
E-mail:skill@skillengenharia.com.br 
Pessoas de contato: 
Camila Gava Galbiatti 
E-mail: camila@skillste.com.br
EXPLICANDO A OBRA 
O empreendimento analisado denomina-se como ARCO VIÁRIO DA 
REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE (RMR) – Lote 2, correspon-dendo 
a uma nova ligação viária expressa que tangencia o limite oeste 
da RMR e, interliga a BR-101 Sul no município do Cabo de Santo 
Agostinho com a BR-408 no município de São Lourenço da Mata, no 
Estado de Pernambuco, com 44,48 km de extensão.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E
Quem é o responsável pela obra? 
O responsável pela obra é o Departamento Nacional de Infraestrutura 
de Transportes (DNIT). Seus dados são: 
Razão Social 
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes 
Telefone/Fax 
(0xx61) 3315-4101/4102 / (0xx61) 3315-4050 
CNPJ / M.F 
04.892.707/0001-00 
Endereço Comercial 
Setor de Autarquias Norte, Núcleo de Transportes Q-3, B-A, Brasília, DF. 
CEP: 70.040-902. 
Pessoa de Contato 
Aline Figueiredo Freitas Pimenta 
Coordenadora Geral de Meio Ambiente 
Endereço: 
SAN Quadra 03 Lote "A" - Edifício Núcleo dos Transportes, 1° andar, Brasília/DF, 
CEP: 70040-902 - Fone: (61) 3315-4191/4185 
E-mail: aline.freitas@dnit.gov.br
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Por que implantar o Arco Viário 
da Região Metropolitana de Recife? 
A BR-101 está pavimentada há mais de 30 anos e atende um tráfego 
cada dia mais crescente, sendo a principal ligação entre as capitais lito-râneas 
nordestinas e o centro-sul, e tem, portanto, importância estra-tégica 
para a região em termos de circulação de produtos e pessoas. É 
também utilizada por automóveis em busca dos atrativos turísticos do 
litoral. 
A justificativa para implantação de um 
empreendimento integrador de infra-estrutura 
urbana como o Arco Viário 
da Região Metropolitana do Recife, 
parte da própria essência do interesse 
público presente nos benefícios em 
mobilidade urbana, focada na alterna-tiva 
de desvio de tráfego pesado e 
outros veículos leves que transitam 
pela RMR, de forma a aliviar a rede viá-ria 
urbana. A seguir apresentam-se os 
aspectos a serem melhorados na RMR 
e na BR-101 que justificam a implanta-ção 
do Arco Metropolitano. São eles: 
 Tráfego intenso de cargas pesadas e 
perigosas, deslocando-se na área 
urbana do município de Recife; 
 Dificuldade de acessibilidade às 
áreas urbanas dos municípios; 
 Altos índices de acidentes entre os 
quilômetros 60 e 80 passando pelo 
trecho urbano de Recife na BR-101; 
 Tempo e os custos de desloca-mento 
elevados para a RMR; 
O empreendimento tem como objeti-vos 
proporcionar benefícios em mobi-lidade 
urbana, integração regional e 
desenvolvimento econômico, assim 
como, ordenamento urbano e diminu-ição 
de acidentalidades. 
O Arco, uma rodovia inserida no 
espaço rural, terá uma integração e 
rebatimento com o sistema viário urba-no, 
que está na pauta da mobilidade 
urbana (Lei 12.587/2012), no qual, 
pedestres, passageiros de coletivos e 
ciclistas têm prioridade.
O MEIO AMBIENTE NA REGIÃO 
DE INFLUÊNCIA DA RODOVIA 
As áreas de influência do projeto 
ÁREA DIRETAMENTE AFETADA 
(ADA) 
Considerou-se como Área Direta-mente 
Afetada (ADA) a faixa de domí-nio 
da rodovia onde estão inseridas às 
áreas sujeitas a intervenção direta das 
obras e que corresponde à 100 metros 
para cada lado da rodovia. 
ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) 
A Área de Influência Direta (AID) cor-responde 
ao recorte de terreno direta-mente 
afetado pelos impactos decor-rentes 
do empreendimento/projeto e 
corresponde a 1 km para cada lado da 
rodovia, onde deverão ocorrer os 
impactos, tanto positivos quanto nega-tivos 
com uma intensidade maior que 
na AII. É nesta faixa mais larga que se 
desenvolvem as obras e estão inseri-das 
as áreas de movimentação de 
máquinas, desvios, caminhos de ser-viço 
e áreas de acampamento das cons-trutoras. 
ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA 
(AII) 
A Área de Influência Indireta – AII – 
abrange um território que é afetado 
pelo empreendimento, mas nos quais 
os impactos e efeitos decorrentes são 
considerados menos significativos do 
que nos territórios da ADA e da AID 
que estão mais próximos do Empreen-dimento. 
A AII foi definida de forma 
diferenciada para os meios físi-co/ 
biótico e para o meio socioeconô-mico 
conforme se relaciona na 
sequência:
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
AII MEIOS FÍSICO/BIÓTICO 
A AII dos meios físico e biótico foi defi-nida 
em uma faixa total de 10 km uni-formemente 
distribuída em torno do 
eixo projetado da rodovia. Nela estão 
concentrados todos os aspectos físi-cos 
e bióticos que poderão chegar a 
sofrer alterações decorrentes da 
implantação do empreendimento e 
em menor escala na operação. 
AII MEIO SOCIOECONÔMICO 
Como Área de Influência Indireta do 
meio socioeconômico foram conside-rados 
os municípios que fisicamente 
serão cortados pela nova rodovia, e 
que em consequência disso terão que 
reavaliar o seu planejamento territo-rial 
para adequá-lo às mudanças que o 
Arco introduzirá. 
Assim, a AII do meio socioeconômico 
fica definida pelos municípios de: 
 Cabo de Santo Agostinho; 
 Jaboatão dos Guararapes; 
 Moreno; 
 Paudalho; 
 São Lorenço da Mata
Como são o clima, o ar, as rochas 
e a água da região? 
O Arco Metropolitano do Recife está inserido em uma grande faixa 
conhecida como Zona da Mata, região que apresenta clima quente e 
volume de chuva entre 1000 e 2000 mm/ano. Existem duas estações 
principais, conhecidas por período de estiagem (setembro a fevereiro) 
e o período chuvoso (março a agosto). Porém, é durante os meses de 
maio, junho e julho que ocorre aproximadamente 45% de toda a chuva 
prevista para o ano, sendo comuns as enchentes nessa época. 
Durante a estiagem a temperatura é 
mais elevada, graças ao maior período 
de insolação e a redução da umidade 
relativa do ar. Na média, a tempera-tura 
na região fica em torno de 25°C. 
Quanto às rochas que formam a região 
(geologia), a maioria é muito antiga, 
sendo que algumas delas chegam a ter 
mais de 2 bilhões de anos! Hoje as 
rochas são classificadas como gnaisses 
e pertencentes a complexos geoló-gicos 
como Complexo Belém de São 
Francisco ou Complexo Salgadinho, 
principais unidades que formam a geo-logia 
local. 
O padrão de relevo (como é a pai-sagem 
na região) é influenciado pela 
ação do tempo, das chuvas e do vento 
sobre as rochas e solos. Na área de 
influência há dois tipos de relevo com 
suas características marcantes. Um 
deles é composto pelos Morros, Serras 
e Colinas, que tem formas onduladas, 
principalmente em direção ao mar. O 
outro tipo de relevo é chamado de 
Várzeas e Terraços Aluviais, que estão 
presentes nas áreas próximas aos rios. 
Nas várzeas e terraços aluviais é onde 
devemos ficar atentos para inunda-ções, 
pois são áreas propícias para acu-mular 
muita água em épocas de muita 
chuva em pouco tempo!
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Os rios mais importantes que serão 
cortados pelo Arco são o Jaboatão, 
Várzea do Una, Duas Unas, Multibara e 
Capibaribe, além de um grande 
número de pequenos córregos. A água 
desses rios é utilizada historicamente 
p a r a a b a s t e c e r a R e g i ã o 
Metropolitana de Recife, para as 
indústrias, para os animais beberem e 
também para a irrigação. 
Também existem as nascentes, onde é 
comum a construção de poços (cacim-bas) 
para o acúmulo de água e para 
facilitar a captação pelos moradores 
das redondezas. Em geral essas águas 
são utilizadas em todo o consumo das 
residências, inclusive para beber e por 
isso é importante sua preservação, 
obedecendo as leis sobre o assunto. A 
qualidade das águas na região pode 
ser considerada como boa, pois foram 
encontrados baixos níveis de contami-nação 
com matéria orgânica. O fósforo 
foi um parâmetro que apresentou 
resultados elevados, o que é influen-ciado 
provavelmente pelas plantações 
de cana. 
Outro aspecto importante de observar 
é com relação à qualidade do ar, pois a 
colheita da cana-de-açúcar ainda é 
feita com a queima da palha nos cana-viais, 
o que provoca a poluição do ar e 
causa incômodos para a população 
(principalmente as crianças) em 
decorrência da emissão de material 
particulado. 
15
Como se caracteriza a vegetação da região? 
A vegetação encontrada na área de influência do empreendimento já 
sofreu severos impactos e alterações ao longo dos anos, uma 
consequência do uso do solo para agricultura e pecuária. A vegetação 
original que era Mata Atlântica deu lugar à capoeiras – ilhas de mata 
em regeneração – cercadas por plantações de cana-de-açúcar. Dessa 
forma, o cenário é constituído por pequenos remanescentes florestais, 
empobrecidos tanto na sua diversidade de flora quanto de fauna. 
Ao todo, foram identificadas 1.020 
espécies vegetais nas áreas de estudo, 
sendo 905 (88,7%) nativas do Brasil e 
69 (6,8%) espécies exóticas. Entre as 
nativas, destacam-se o cajueiro, o 
angelim, o araticum, o pau-brasil e os 
ingás. Entre as exóticas são encontra-das 
espécies de valor alimentício, 
introduzidas no início da colonização e 
misturando-se com a nossa flora nati-va, 
como a fruta-pão, a jaqueira, o 
bambu, o coqueiro, o dendezeiro, a 
bananeira. Além do uso alimentício, 
muitas espécies vegetais da região são 
de uso madeireiro (35%) e ornamental 
(30%). 
16
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Entre as espécies vegetais encontra-das 
nos locais estudados, duas – rins 
de boi (também conhecida como jaca-randá 
ou jacarandá-branco) e o pau-brasil 
(também chamada de pau-pernambuco 
e ibirapitanga) são plan-tas 
que constam na lista de espécies 
ameaçadas de extinção (IBAMA 
2012). O “rins-de-boi” merece espe-cial 
atenção na região, pois exempla-res 
da espécie estão restritos à Flo-resta 
Atlântica nordestina (AL, PB, 
PE). 
Na área de influência direta do empre-endimento 
são encontradas três Uni-dades 
de Conservação (UCs) criadas 
por leis estaduais: o Refúgio de Vida Sil-vestre 
Matas do Sistema Gurjaú, O 
Refúgio de Vida Silvestre Mata de Cara-úna, 
e o Refúgio de Vida Silvestre Enge-nho 
Moreninho. Estas UCs incluem 
em seus limites remanescentes de 
Mata Atlântica, um dos biomas mais 
ameaçados do planeta.
Quais são os animais que existem na região? 
A fauna encontrada na região do empreendimento é diversa, ou seja, 
muito variada. Foram registradas 79 espécies de aves, 22 espécies de 
mamíferos, 34 espécies de répteis e anfíbios, além de 25 espécies de 
peixes. Informações importantes relativas à fauna incluem: 
 Entre as aves encontradas nas 
áreas estudadas, três espécies são 
extremamente sensíveis à distúr-bios 
causados pelo homem: a 
Maria-de-barriga-branca, o Tan-gará 
e o Três-potes. 
 Entre os mamíferos, 13 espécies 
registradas são de morcegos. 
 A rã-cachorro (Physalaemus cuvie-ri) 
e a rãnzinha (Ischnocnema rama-gii) 
foram as espécies mais frequen-tes 
de anfíbios registrados nas 
áreas estudadas. 
 O sapo macaco (Agalychnis granu-losa) 
consta no Livro Vermelho da 
Fauna Ameaçada de Extinção 
(MMA, 2008) como “criticamente 
em perigo”. 
 Entre os peixes amostrados nos rios 
da área de influência do empreen-dimento, 
aqueles mais comuns são 
as piabas (Astyanax fasciatus e 
Astyanax gr. Bimaculatus).
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Existe patrimônio histórico cultural na região? 
Sim, foram encontradas evidências arqueológicas e históricas na área 
de influência do Arco, sendo que ao todo foram prospectados (procura 
de evidências) 115 pontos ao longo do lote 02. Como resultado, foram 
localizados oito ocorrências arqueológicas, sendo três no município do 
Cabo de Santo Agostinho, uma em Jaboatão dos Guararapes, quatro 
em São Lourenço da Mata. 
Estas ocorrências representam um 
pouco do potencial quanto à presença 
de sítios históricos de interesse arque-ológico. 
Durante a procura pelos locais de inte-resse 
arqueológico, algumas estrutu-ras 
históricas foram documentadas. 
Os dados encontrados fazem referen-cia 
a um grande número de engenhos; 
até mesmo a descrição de suas terras, 
seus implementos, suas máquinas, 
sua produção, o destino e preço de 
suas caixas de açúcar. Contudo, dos 
numerosos engenhos antigos, poucos 
preservaram suas estruturas, restan-do, 
em sua maioria, apenas a lem-brança 
do nome nas terras que atual-mente 
integram a propriedade de 
grandes usinas de açúcar e suas gran-des 
áreas de plantações.
Como é a economia e a condição 
de vida da população? 
Os serviços representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) 
municipal, englobamdo as atividades de comércio (atacadista e 
varejista) e prestação de serviços (alojamento e alimentação, 
transporte, aluguéis, atividades financeiras, administração pública e 
outras atividades de serviços). 
No que tange ao comércio, o muni-cípio 
de Jaboatão dos Guararapes 
sobressai com expressivos polos 
comerciais localizados nos distritos de 
Jaboatão dos Guararapes e Cavaleiro, 
o primeiro destacando-se tanto pelo 
porte como pela diversificação do 
setor que inclui o Shopping Center 
Guararapes, o segundo maior do 
gênero no estado. 
Quanto à distribuição das diferentes 
categorias de indústrias por municí-pio, 
há forte predominância das 
microempresas, que representam 
mais de 50% das indústrias em todos 
os municípios da AII, destacando-se a 
concentração relativamente alta da 
Fabricação de Produtos de Minerais 
Não- Metálicos.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Dentre as características da agrope-cuária, 
sobressai a expressiva predo-minância 
da produção vegetal sobre a 
produção animal. No que se refere às 
lavouras, cabe destacar a forte predo-minância 
da cana-de-açúcar na pro-dução 
agrícola de todos os municípios 
da AII. Associando em sua estrutura 
produtiva diversificação de culturas e 
de rebanhos com monocultura canavi-eira, 
a área em causa apresenta uma 
estrutura fundiária caracterizada pela 
forte concentração da terra. 
Em geral, os municípios da AII apre-sentam 
pouca infraestrutura social (sa-úde, 
educação, habitação, saneamen-to...), 
o que contribui para explicar os 
baixos índices de qualidade de vida da 
população e a existência da maior con-centração 
de bolsões de pobreza do 
estado. Também foi encontrado baixo 
índice de educação formal e de partici-pação 
política, com elevados índices de 
desemprego. Assim, percebe-se que a 
população dos municípios da AII do 
Arco Metropolitano apresentam 
diversas carências sociais e econômicas. 
21
OS IMPACTOS AMBIENTAIS 
A expressão “impacto ambiental” é encontrada com frequência na 
imprensa e no nosso dia-a-dia. No sentido comum, ela é associada a 
algum dano à natureza ou às pessoas. No exemplo da construção de 
sua casa, a retirada de árvores e o barulho de construção no ouvido do 
seu vizinho são impactos negativos. 
Mas nem sempre um impacto ambiental é negativo. Também existem 
impactos ambientais positivos, como por exemplo, a geração de 
empregos durante a construção, a melhoria das condições de moradia 
da sua família, a valorização do seu patrimônio. São os impactos 
positivos que justificam as obras. 
22
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Quais são os principais impactos negativos? 
Os principais impactos negativos que deverão ser causados na fase de 
obras são: Intervenção em Áreas de Preservação Permanente, 
Alteração da cobertura vegetal, Interferência em Unidades de 
Conservação, Problemas relacionados à qualidade da água e o 
aumento de animais atropelados na rodovia. 
Outros menos relevantes, por serem 
facilmente evitados através de 
medidas de prevenção, são os aci-dentes 
com produtos perigosos, a con-taminação 
das águas e aumento dos 
níveis de ruído e material particulado 
no entorno dos canteiros e frentes de 
obras. 
No meio socioeconômico, os princi-pais 
impactos negativos são a alte-ração 
no quadro de saúde da popula-ção, 
a retirada involuntária da popu-lação 
rural e a fragmentação de assen-tamentos 
e comunidades rurais. 
Também haverá o desconforto que as 
obras irão causar à população, devido 
ao aumento de poluição do ar e do 
nível de ruídos; a alteração no coti-diano 
da população e na qualidade de 
vida da população, com interrupções e 
desvios de tráfego; e o aumento do 
risco de acidentes de trânsito.
Intervenção em Áreas de Preservação Permanente 
A intervenção em APPs se inicia com a supressão de vegetação e limpeza do terreno, 
passa pelas atividades de terraplenagem e aterro e se estende até a construção das 
pontes. A intervenção em APPs será inevitável e terá que entrar no cálculo da com-pensação 
ambiental. 
O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente 
necessárias; Recuperar áreas degradadas adjacentes aos cursos d'água intercepta-dos 
pelas obras; Recompor as fontes de abastecimento d'água das comunidades afe-tadas 
por aterramentos em cacimbas e Realizar o plantio compensatório, recom-pondo 
as APPs afetadas. 
Alteração da cobertura vegetal 
Toda a cobertura vegetal existente na ADA do Arco Metropolitado no Lote 2 será 
passível de alteração direta pela necessidade de supressão da vegetação e limpeza 
dos terrenos. A área a ser impactada inclui áreas de agricultura na maior parte do 
trecho, mas alguns remanescentes florestais de Mata Atlântica. Destaca-se a 
supressão de vegetação em um fragmento com aproximadamente 3 ha ao norte da 
BR-232 no setor de Granjas próximo da Polícia Federal. 
O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente 
necessárias; realizar o controle e orientação das atividades de supressão vegetal; 
Realizar o plantio compensatório, recompondo áreas florestais afetadas.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Interferência em Unidades de Conservação 
A implantação do Arco viário afetará diretamente duas Unidades de Conservação: o 
Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú e o Refúgio de Vida Silvestre 
Mata de Caraúna. Esta intervenção se inicia com a supressão de vegetação e lim-peza 
do terreno, passa pelas atividades de terraplenagem e aterro e se estende até 
a construção e asfaltamento da rodovia. A intervenção nessas UCs deverá ser miti-gada 
através de medidas compensatórias. 
O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente 
necessárias; Acompanhamento da fuga dos animais encontrados durante as ativi-dades 
de supressão da vegetação; Pagamento da compensação ambiental con-forme 
valor a ser determinado pelo órgão ambiental licenciador; Realização de edu-cação 
ambiental para a população local. 
Problemas relacionados à qualidade da água 
Na fase de instalação da rodovia, partículas e substâncias contaminantes poderão 
atingir os cursos d'água, acarretando alterações da qualidade das águas superfici-ais 
e subterrâneas. A contaminação pode ocorrer durante as atividades de terraple-nagem, 
pavimentação, operação dos canteiros de obras, transporte de cargas e 
pelo próprio tráfego de veículos, máquinas e equipamentos. 
O que deve ser feito? Escolher métodos construtivos e equipamentos que reduzam 
as intervenções diretas sobre o leito dos cursos d'água para construção das obras de 
arte especiais; Evitar o trânsito de veículos e maquinários pelo leito dos rios durante 
as obras; Implantar sistema de gerenciamento de resíduos e efluentes nas frentes 
de trabalho e canteiros de obras; Monitorar a qualidade das águas superficiais nos 
principais corpos d'água interceptados pela rodovia.
Aumento de animais atropelados na rodovia 
Durante as obras do empreendimento haverá um aumento na probabilidade de 
mortalidade de animais em decorrência da própria execução de atividades necessá-rias 
à implantação do empreendimento, mas também em função do maior número 
de pessoas que estarão presentes na ADA. Adicionalmente, aumentará a probabili-dade 
de encontros com animais silvestres, com destaque para os animais que esti-verem 
em rota de fuga para outras áreas adjacentes. Em geral, o contato entre ani-mais 
silvestres e pessoas acarreta em maus-tratos e morte, principalmente, de rép-teis 
que culturalmente estão entre os animais que mais causam temor e repugnân-cia 
na população. 
O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente 
necessárias; Acompanhamento da fuga dos animais encontrados durante as ativi-dades 
de supressão da vegetação; Realização de educação ambiental para a popu-lação 
local e Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna. 
Alteração no quadro de saúde da população 
Em função da execução das obras e das intervenções previstas durante esta fase, 
destacam-se três tipos de riscos que podem afetar o quadro de saúde da população 
na área de influência: a proliferação de doenças transmissíveis; o risco de acidentes 
durante as obras; o risco de doenças ocupacionais durante a fase de obras. A possí-vel 
alteração no quadro de saúde populacional pode ocorrer de forma generalizada, 
estando associada aos três fatores elencados acima. 
O que deve ser feito? Monitorar o quadro de saúde dos trabalhadores da obra com 
consultas e exames desde a fase admissional; Controle de vacinação e avaliações 
periódicas dos trabalhadores; Tratar os efluentes dos canteiros de obras; Criação e 
divulgação do Código de Conduta para os trabalhadores.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Retirada involuntária da população rural 
Um dos impactos mais relevantes, diz respeito à necessidade de remanejar a popu-lação 
que atualmente ocupa a futura faixa de domínio do empreendimento. Este 
remanejamento involuntário é extremamente perturbador para as comunidades, 
principalmente aquelas, que como verificado na maior parte do Arco, tem um 
apego grande pela terra e laços familiares muito estreitos na própria comunidade 
e/ou nas comunidades vizinhas. Diante do alto custo da terra que se verifica na 
RMR, o impacto foi classificado como de importância Muito Alta para o Lote 2. 
O que deve ser feito? Instalação de canais de comunicação com a população afeta-da; 
Divulgação de informações sobre política de desapropriação e indenização; Apli-cação 
de preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que a população afe-tada 
não sofra perda patrimonial ou de padrão de vida. 
Fragmentação de assentamentos e comunidades rurais 
A implantação física do Arco Viário e o efeito barreira que ele representará ocasio-nará 
a fragmentação de algumas comunidades, as quais ficarão divididas de um 
lado e de outro da nova rodovia. No Lote 2 do empreendimento os casos mais signi-ficativos 
de fragmentação de comunidades serão observados nos Assentamentos 
Engenho Canzanza e Gameleira/Mato Grosso. Em ambos os casos o Arco dividirá os 
assentamentos ao meio, deixando casas dos dois lados. 
O que deve ser feito? Instalação de canais de comunicação com a população afeta-da; 
Divulgação de informações sobre política de desapropriação e indenização; 
Incluir passagens para pedestres em todos os tipos de travessias para veículos que 
forem projetadas ao longo do Lote 2.
Quais são os principais impactos positivos? 
Os principais impactos positivos que irão ocorrer no meio social e 
econômico serão na sua maioria, permanentes: Melhoria nas 
condições de habitabilidade da população remanejada; Valorização 
imobiliária e fundiária; Geração de empregos diretos e dinamização 
da economia da AID; Melhoria das condições de mobilidade na RMR e; 
Abertura de uma nova fronteira de desenvolvimento ao oeste da RMR. 
Melhoria das condições de habitabilidade da população remane-jada 
A necessidade de remanejamento de pessoas cujas propriedades (casas) serão afe-tadas 
diretamente pelo traçado da rodovia se constitui num impacto negativo, 
como apresentado anteriormente. Todavia, a faceta positiva disso está na possibili-dade 
de melhorar as condições de moradia destas pessoas, que em sua grande mai-oria 
sobrevivem em condições inadequadas sem banheiros adequados nem água 
encanada. Assim, o impacto positivo de melhoria nas condições de habitabilidade 
da população é indireto porque é causado pelo impacto do remanejamento sendo 
de alta importância.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
Valorização imobiliária e fundiária 
Como grande parte dos impactos ambientais, a valorização imobiliária e fundiária 
das áreas no entorno do Arco apresenta uma componente positiva e uma compo-nente 
negativa. Como aspecto positivo, destaca-se que uma parcela das terras ao 
longo do Arco são ocupadas por assentamentos de reforma agrária, os quais se 
virão significativamente beneficiados com a valorização que o arco pode induzir, 
diante da possibilidade de negociação. 
Geração de empregos diretos e dinamização da economia da AID 
Obras de infraestrutura sempre apresentam a geração de empregos e a dinamiza-ção 
da economia como impactos positivos importantes e o Arco Viário terá uma 
vocação grande nesse sentido. Além dos empregos diretos nas obras, há também a 
geração de empregos indiretos que será verificada em torno de fornecedores de ser-viços 
de alimentação, aquisição de insumos para a obra, serviços de transporte, ser-viços 
de hospedagem, dentre outros. Dessa forma, considera-se que a geração de 
empregos diretos durante a etapa de implantação, é um impacto altamente positi-vo, 
embora de caráter temporário.
Melhoria das condições de mobilidade na RMR 
A pavimentação do Arco Viário da RMR no Lote 2 possuirá importante papel para a 
trafegabilidade local, tendo em vista as melhorias das condições técnicas. Conse-quentemente, 
a melhoria da trafegabilidade neste trecho rodoviário proporcionará 
significativa melhora nas condições de segurança para todos os tipos de usuários, 
reduzindo o risco de acidentes de trânsito, o material particulado em suspensão, o 
tempo de percurso e custos de transporte. Absorvendo parte do tráfego pesado e 
veicular que atualmente transita pela BR-101 e/ou adentra aos perímetros urbanos 
da RMR, o Arco Viário contribuirá significativamente para a mobilidade urbana das 
cidades da Região Metropolitana do Recife. 
Abertura de uma nova fronteira de desenvolvimento ao oeste da 
RMR 
A implantação do Lote 2 do Arco Viário beneficiará a RMR, servindo de atração para 
o crescimento na região oeste, integrando-a à região Sul através de rodovia de alto 
padrão, com conexão e articulação entre as principais rodovias do estado e de trân-sito 
rápido e seguro. Desse modo, tornará as referidas regiões mais competitivas 
em relação ao escoamento de cargas e produção, o que provocará atração de novos 
empreendimentos a se instalarem nesses polos de desenvolvimento. 
As perspectivas de dinamização da economia decorrem justamente da possibili-dade 
de ampliação dessas atividades de comércio e instalação de indústrias na área 
de entorno do Arco Viário, o que, consequentemente, poderá gerar uma maior arre-cadação 
de impostos, e ainda a geração de empregos e novas oportunidades de 
negócios.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
PROGRAMAS AMBIENTAIS 
A obra de implantação do Arco Viário requer dos empreendedores 
medidas de manejo, recuperação e proteção do meio ambiente que 
será afetado pelas obras. Para garantir estas medidas, foram 
concebidos uma série de Programas Ambientais. 
Estes programas têm como objetivo 
garantir que as medidas de prevenção, 
minimização e de compensação de 
impactos ambientais negativos sejam 
implementadas. Os programas elabo-rados 
para a mitigação e prevenção de 
impactos têm sua duração vinculada 
ao término das obras. Já os programas 
que visam a compensação dos 
impactos ambientais podem ter 
medidas e ações permanentes, como 
por exemplo, a criação de Unidades de 
Conservação. 
As ações de compensação e mitigação 
são de responsabilidade do empreen-dedor. 
Todavia, devem ser buscadas 
parcerias com instituições de ensino e 
com o governo municipal, estadual e 
federal. 
Programa de Gestão Ambiental (PGA) 
Este programa irá criar uma estrutura organizacional que possibilite, tanto ao 
empreendedor como ao órgão de fiscalização ambiental, monitorar e verificar a 
implantação das ações de mitigação de impactos ambientais. O PGA é responsável 
por coordenar outros programas do Plano Básico Ambiental.
Programa de Educação Ambiental (PEA) 
O programa deverá promover atividades de educação ambiental para trabalhado-res 
e funcionários das empresas construtoras, bem como para a população resi-dente 
no entorno das obras. Estas atividades tem por objetivo capacitar/habilitar 
setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de 
vida na região. 
Programa de Comunicação Social (PCS) 
Este programa irá promover a comunicação eficiente entre o empreendedor e a 
sociedade, especialmente a população afetada diretamente pelo empreendimen-to, 
possibilitando a participação nas diferentes fases do obra. 
Programa de Apoio Técnico à Revisão de Planos Diretores - PAPD 
O PAPD tem como objetivo disciplinar o sistema viário e o uso e ocupação do solo 
no entorno da rodovia, preservando a funcionalidade da mesma. A principal via de 
ação do programa inclui subsidiar a elaboração e/ou revisão de normas de organi-zação 
territorial ou uso e ocupação do solo por meio de Planos Diretores. 
Plano Ambiental de Construção (PAC) 
Este programa irá regular as atividades de implantação e pavimentação da rodovia, 
evitando danos ambientais às áreas de trabalho e entorno, e estabelecendo ações e 
medidas mitigadoras para prevenir os impactos ambientais (processos erosivos, 
resíduos sóli
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
CONCLUSÕES 
Após a avaliação das modificações ambientais relacionadas com o 
trecho a ser pavimentado, conclui-se que: 
A NÃO REALIZAÇÃO do empreendi-mento 
influenciaria nas opções de 
deslocamento da região, afetando 
diretamente o desenvolvimento e a 
atração de investimentos econômi-cos 
para a Região Metropolitana do 
Recife. 
A I M P L A N TA Ç Ã O D O A R C O 
METROPOLITANO alavancaria o 
crescimento econômico na área de 
influência do empreendimento, princi-palmente, 
desenvolvendo atividades 
ligadas ao setor de serviços, logística e 
infraestrutura urbana. Além da geração 
de outras melhorias à população, como: 
melhoria das condições de acesso e 
segurança regional, gerando significa-tiva 
redução do tempo e dos custos com 
transporte e deslocamentos.
Os estudos ambientais realizados 
demonstraram que a área de influên-cia 
do Arco se encontra bastante 
impactada, principalmente em relação 
à vegetação original, porém ainda man-tém 
aspectos ambientais importantes 
e cuja conservação se torna primordial, 
como no caso dos recursos hídricos e 
das áreas com floresta ainda preserva-da. 
De maneira geral, verificou-se que os 
impactos positivos do empreendi-mento 
trarão grandes benefícios à soci-oeconomia 
da região em longo prazo. 
Ao contrário, os impactos negativos 
tiveram duração, em geral, de curto pra-zo. 
Cabe destacar que a execução das 
medidas mitigatórias, compensatórias 
e potencializadoras previstas para os 
impactos ambientais propiciarão a 
manutenção e/ou melhoria da quali-dade 
ambiental da região. 
Assim, se cumpridas as medidas miti-gadoras, 
compensatórias e os Progra-mas 
Ambientais propostos, nos prazos 
certos e de maneira oportuna, os 
impactos negativos que vierem a ocor-rer 
terão uma intensidade tolerável e 
compatível com as características do 
meio ambiente do entorno, o que 
atesta a VIABILIDADE AMBIENTAL do 
empreendimento.
A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E 
EQUIPE TÉCNICA 
Função Nome Formação Nº Registro 
Coordenadora Ge ral Fabiana M araschin Bi óloga (Dra.) 34026 -03 CRBio 
Meio Físico 
Ronaldo Trapaga 
Eng. Químico 
05300744 CRQ -V 
Rodrigo Malysz 
Eng. Civil 120154 CREA RS 
Rodrigo Oliveira 
Geólogo(Esp.) 
108040 CREA RS 
Heberton Jr. dos Santos 
Eng. Ambiental 
175331 CREA RS 
Alex Miraglia 
Eng. Civil 150423 CREA RS 
Meio Biótico 
Rodrigo Caruccio 
Biólogo 28846 -03 CRBio 
Ravena Melo 
Bióloga 60497 -02 D CRBio 
Ednei Teixeira 
Acad. Biologia 
--- 
Meio Socioeconômico 
Cintia Sallet 
Eng. Civil 130912 CREA RS 
Eduardo Farina 
Geógrafo 1770 CREA RS 
Gustavo Borges 
Analista de 
sistemas 
--- 
Gabriel Cassali dos Santos 
Cientista Social 
--- 
Regis Meneses 
Analista de 
sistemas 
--- 
Geoprocessamento 
Elenara Isabela 
Eng. Civil 091682 
CREA RS 
Alvaro Belotto Perini 
Eng. Cartógrafo 
181281 CREA RS 
* CRÉDITOS DE TODAS AS IMAGENS: 
Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)
CONSÓRCIO SKILL/STE 
Gestora Ambiental BR 101 RN/PB/PE 
SRTVN - Quadra 701 - Bloco B - Sala 318 
Edifício Centro Empresarial Norte 
CEP 70.719-903 - Brasília/DF 
skill.bsb@skillengenharia.com.br 
www.skillengenharia.com.br 
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Impactos Arco Viário Região Metropolitana Recife

  • 1. CONSÓRCIO RIMA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL ARCO VIÁRIO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
  • 2. 03 APRESENTAÇÃO 06 O que é um estudo de impacto ambiental? 07 Quem fez o estudo de impacto ambiental? 08 EXPLICANDO A OBRA 10 Quem é o responsável pela obra? 11 Por que implantar o Arco Viário da Região Metropolitana de Recife? 12 O MEIO AMBIENTE NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA RODOVIA 12 As áreas de influência do projeto 14 Como são o clima, o ar, as rochas e a água da região? 16 Como se caracteriza a vegetação da região? 18 Quais são os animais que existem na região? 19 Existe patrimônio histórico cultural na região? 20 Como é a economia e a condição de vida da população? 22 OS IMPACTOS AMBIENTAIS 23 Quais são os principais impactos negativos? 28 Quais são os impactos positivos? 31 PROGRAMAS AMBIENTAIS 33 CONCLUSÕES 35 EQUIPE TÉCNICA
  • 3. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E APRESENTAÇÃO Olá! Se você está lendo este RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL é porque quer saber mais sobre o Arco Viário da Região Metropolitana de Recife (Lote 2). O Arco é uma obra viária que vai interligar a BR-101 Sul no município do Cabo de Santo Agostinho com a BR-408 no município de São Lourenço da Mata, no Estado de Pernambuco. A extensão total do Arco Metropolitano será de 44,48 km e poderá causar alterações na paisagem, na vida das pessoas e no comportamento dos animais.
  • 4. Essas alterações precisam ser explicadas para as pessoas da região, não importa se elas terão ou não suas vidas modificadas pela obra. É um dever de quem vai fazer a obra informar - bem direitinho - a população sobre o que vai mudar, não só quando a obra estiver pronta, mas também enquanto ela estiver sendo construída. Você deve estar se perguntando: Vai mudar para melhor? Vai mudar para pior? Não vai mudar nada? É importante, por isso, que o cidadão saiba sempre quais são as modificações que uma obra traz. No caso de uma obra que ainda vai ser construída, a lei obriga que sejam feitos estudos completos para fazer uma previsão de todas as alterações ambientais possíveis. Depois que esse estudo é concluído, ele deve ser traduzido para a linguagem popular, de modo que todos possam entender como a obra vai acontecer e quais as medidas que serão adotadas. O documento que transforma a linguagem complicada utilizada pelos especialistas em informações compreensíveis para a maioria das pessoas é o RIMA, esse documento que você está lendo agora. Para facilitar a localização de assuntos do seu interesse, este documento foi dividido em “blocos”, um para cada assunto. No início de cada bloco, você vai encontrar uma breve explicação sobre o assunto que está sendo tratado, e após, uma série de perguntas e respostas. Assim, se você se interessa por certo tema, como por exemplo, como é a vegetação que existe na região, pode ir direto às questões que abordam o assunto.
  • 5. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Foram elaboradas perguntas sobre todos os aspectos levantados pelo EIA, desde as a descrição da fauna até das condições de vida da população aos impactos sobre as comunidades locais. No primeiro bloco, são esclarecidas as questões gerais sobre a obra: Quem é o responsável? Por que ela será feita? O bloco seguinte trata de descrever a situação atual do meio ambiente na região, sem a estrada estar asfaltada. São descritos a vegetação e os animais da região, os aspectos físicos, como o clima, o ar e a água. Fala-se das pessoas e das condições de vida na região. No conjunto de perguntas do terceiro bloco, são respondidas perguntas sobre os impactos ambientais que poderão acontecer com a implantação da rodovia. Após, são apresentados os planos com tudo o que deve ser feito para evitar danos e o que deve ser feito para melhorar ainda mais as consequências benéficas da implantação do Arco Viário da Região Metropolitana de Recife. O RIMA finaliza com as conclusões do estudo e a equipe técnica responsável. Não deixe de ler este relatório até o fim. Se precisar de alguma informação, entre em contato conosco.
  • 6. O que é um Estudo de Impacto Ambiental? O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento que faz parte dos procedimentos necessários para obter as licenças autorizando a execução das obras. Juntamente com o EIA, que é um documento escrito em linguagem técnica e detalhado, sempre é apresentado o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que traduz o conteúdo do EIA para uma linguagem do dia-a-dia e consiste no presente documento. para a obtenção da segunda licença, a de Instalação. Para isso, o DNIT deverá apresentar, juntamente com o cumprimento das condições da Licença Prévia, os Programas Ambientais detalhados, com medidas que evitarão ou diminui-rão os impactos ou problemas decor-rentes do Arco. Somente com a emis-são da Licença de Instalação é que poderão ser iniciadas as obras. Após sua conclusão, se atendidas todas as exigências, será emitida a Licença de Operação, que conclui o processo de licenciamento da rodovia, embora sua renovação periódica seja exigida. O EIA é um levantamento da situação social, econômica e ambiental da região que será afetada pela obra, faz uma projeção dos prováveis impactos que a obra irá causar e as medidas que devem ser tomadas para minimizar ou compensar esses impactos. D e s d e a e d i çã o d a Re s o l u çã o CONAMA 001 em 1986, o EIA/RIMA passou a ser obrigatório para diversos tipos de empreendimentos, inclusive rodovias. Através da análise do EIA/RIMA, o órgão ambiental vai avaliar se o Arco é ambientalmente viável e fornecerá a Licença Prévia. Essa licença vai estabe-lecer condições a serem cumpridas
  • 7. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Quem fez o Estudo de Impacto Ambiental? O consórcio Skill - STE Engenharia de São Sebastião do Caí, RS foi esco-lhido pelo DNIT para realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e deste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para o lote 02 do empreendimento. Os dados de identificação da Skill Engenharia são: Nome: CONSÓRCIO SKILL - STE. Número do Registro Legal: 02.991.032/0001-21 Endereço: Rua Vereador Nelson Hoff, 1355. São Sebastião do Caí/RS Telefone e FAX: (51) 3337.0010 Representante legal: Júlio Fortini Endereço: Vereador Nelson Hoff, 1355 - São Sebastião do Caí/RS. Fone: (51) 3337.0010 E-mail:skill@skillengenharia.com.br Pessoas de contato: Camila Gava Galbiatti E-mail: camila@skillste.com.br
  • 8. EXPLICANDO A OBRA O empreendimento analisado denomina-se como ARCO VIÁRIO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE (RMR) – Lote 2, correspon-dendo a uma nova ligação viária expressa que tangencia o limite oeste da RMR e, interliga a BR-101 Sul no município do Cabo de Santo Agostinho com a BR-408 no município de São Lourenço da Mata, no Estado de Pernambuco, com 44,48 km de extensão.
  • 9. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E
  • 10. Quem é o responsável pela obra? O responsável pela obra é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Seus dados são: Razão Social Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Telefone/Fax (0xx61) 3315-4101/4102 / (0xx61) 3315-4050 CNPJ / M.F 04.892.707/0001-00 Endereço Comercial Setor de Autarquias Norte, Núcleo de Transportes Q-3, B-A, Brasília, DF. CEP: 70.040-902. Pessoa de Contato Aline Figueiredo Freitas Pimenta Coordenadora Geral de Meio Ambiente Endereço: SAN Quadra 03 Lote "A" - Edifício Núcleo dos Transportes, 1° andar, Brasília/DF, CEP: 70040-902 - Fone: (61) 3315-4191/4185 E-mail: aline.freitas@dnit.gov.br
  • 11. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Por que implantar o Arco Viário da Região Metropolitana de Recife? A BR-101 está pavimentada há mais de 30 anos e atende um tráfego cada dia mais crescente, sendo a principal ligação entre as capitais lito-râneas nordestinas e o centro-sul, e tem, portanto, importância estra-tégica para a região em termos de circulação de produtos e pessoas. É também utilizada por automóveis em busca dos atrativos turísticos do litoral. A justificativa para implantação de um empreendimento integrador de infra-estrutura urbana como o Arco Viário da Região Metropolitana do Recife, parte da própria essência do interesse público presente nos benefícios em mobilidade urbana, focada na alterna-tiva de desvio de tráfego pesado e outros veículos leves que transitam pela RMR, de forma a aliviar a rede viá-ria urbana. A seguir apresentam-se os aspectos a serem melhorados na RMR e na BR-101 que justificam a implanta-ção do Arco Metropolitano. São eles:  Tráfego intenso de cargas pesadas e perigosas, deslocando-se na área urbana do município de Recife;  Dificuldade de acessibilidade às áreas urbanas dos municípios;  Altos índices de acidentes entre os quilômetros 60 e 80 passando pelo trecho urbano de Recife na BR-101;  Tempo e os custos de desloca-mento elevados para a RMR; O empreendimento tem como objeti-vos proporcionar benefícios em mobi-lidade urbana, integração regional e desenvolvimento econômico, assim como, ordenamento urbano e diminu-ição de acidentalidades. O Arco, uma rodovia inserida no espaço rural, terá uma integração e rebatimento com o sistema viário urba-no, que está na pauta da mobilidade urbana (Lei 12.587/2012), no qual, pedestres, passageiros de coletivos e ciclistas têm prioridade.
  • 12. O MEIO AMBIENTE NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA RODOVIA As áreas de influência do projeto ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) Considerou-se como Área Direta-mente Afetada (ADA) a faixa de domí-nio da rodovia onde estão inseridas às áreas sujeitas a intervenção direta das obras e que corresponde à 100 metros para cada lado da rodovia. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) A Área de Influência Direta (AID) cor-responde ao recorte de terreno direta-mente afetado pelos impactos decor-rentes do empreendimento/projeto e corresponde a 1 km para cada lado da rodovia, onde deverão ocorrer os impactos, tanto positivos quanto nega-tivos com uma intensidade maior que na AII. É nesta faixa mais larga que se desenvolvem as obras e estão inseri-das as áreas de movimentação de máquinas, desvios, caminhos de ser-viço e áreas de acampamento das cons-trutoras. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) A Área de Influência Indireta – AII – abrange um território que é afetado pelo empreendimento, mas nos quais os impactos e efeitos decorrentes são considerados menos significativos do que nos territórios da ADA e da AID que estão mais próximos do Empreen-dimento. A AII foi definida de forma diferenciada para os meios físi-co/ biótico e para o meio socioeconô-mico conforme se relaciona na sequência:
  • 13. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E AII MEIOS FÍSICO/BIÓTICO A AII dos meios físico e biótico foi defi-nida em uma faixa total de 10 km uni-formemente distribuída em torno do eixo projetado da rodovia. Nela estão concentrados todos os aspectos físi-cos e bióticos que poderão chegar a sofrer alterações decorrentes da implantação do empreendimento e em menor escala na operação. AII MEIO SOCIOECONÔMICO Como Área de Influência Indireta do meio socioeconômico foram conside-rados os municípios que fisicamente serão cortados pela nova rodovia, e que em consequência disso terão que reavaliar o seu planejamento territo-rial para adequá-lo às mudanças que o Arco introduzirá. Assim, a AII do meio socioeconômico fica definida pelos municípios de:  Cabo de Santo Agostinho;  Jaboatão dos Guararapes;  Moreno;  Paudalho;  São Lorenço da Mata
  • 14. Como são o clima, o ar, as rochas e a água da região? O Arco Metropolitano do Recife está inserido em uma grande faixa conhecida como Zona da Mata, região que apresenta clima quente e volume de chuva entre 1000 e 2000 mm/ano. Existem duas estações principais, conhecidas por período de estiagem (setembro a fevereiro) e o período chuvoso (março a agosto). Porém, é durante os meses de maio, junho e julho que ocorre aproximadamente 45% de toda a chuva prevista para o ano, sendo comuns as enchentes nessa época. Durante a estiagem a temperatura é mais elevada, graças ao maior período de insolação e a redução da umidade relativa do ar. Na média, a tempera-tura na região fica em torno de 25°C. Quanto às rochas que formam a região (geologia), a maioria é muito antiga, sendo que algumas delas chegam a ter mais de 2 bilhões de anos! Hoje as rochas são classificadas como gnaisses e pertencentes a complexos geoló-gicos como Complexo Belém de São Francisco ou Complexo Salgadinho, principais unidades que formam a geo-logia local. O padrão de relevo (como é a pai-sagem na região) é influenciado pela ação do tempo, das chuvas e do vento sobre as rochas e solos. Na área de influência há dois tipos de relevo com suas características marcantes. Um deles é composto pelos Morros, Serras e Colinas, que tem formas onduladas, principalmente em direção ao mar. O outro tipo de relevo é chamado de Várzeas e Terraços Aluviais, que estão presentes nas áreas próximas aos rios. Nas várzeas e terraços aluviais é onde devemos ficar atentos para inunda-ções, pois são áreas propícias para acu-mular muita água em épocas de muita chuva em pouco tempo!
  • 15. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Os rios mais importantes que serão cortados pelo Arco são o Jaboatão, Várzea do Una, Duas Unas, Multibara e Capibaribe, além de um grande número de pequenos córregos. A água desses rios é utilizada historicamente p a r a a b a s t e c e r a R e g i ã o Metropolitana de Recife, para as indústrias, para os animais beberem e também para a irrigação. Também existem as nascentes, onde é comum a construção de poços (cacim-bas) para o acúmulo de água e para facilitar a captação pelos moradores das redondezas. Em geral essas águas são utilizadas em todo o consumo das residências, inclusive para beber e por isso é importante sua preservação, obedecendo as leis sobre o assunto. A qualidade das águas na região pode ser considerada como boa, pois foram encontrados baixos níveis de contami-nação com matéria orgânica. O fósforo foi um parâmetro que apresentou resultados elevados, o que é influen-ciado provavelmente pelas plantações de cana. Outro aspecto importante de observar é com relação à qualidade do ar, pois a colheita da cana-de-açúcar ainda é feita com a queima da palha nos cana-viais, o que provoca a poluição do ar e causa incômodos para a população (principalmente as crianças) em decorrência da emissão de material particulado. 15
  • 16. Como se caracteriza a vegetação da região? A vegetação encontrada na área de influência do empreendimento já sofreu severos impactos e alterações ao longo dos anos, uma consequência do uso do solo para agricultura e pecuária. A vegetação original que era Mata Atlântica deu lugar à capoeiras – ilhas de mata em regeneração – cercadas por plantações de cana-de-açúcar. Dessa forma, o cenário é constituído por pequenos remanescentes florestais, empobrecidos tanto na sua diversidade de flora quanto de fauna. Ao todo, foram identificadas 1.020 espécies vegetais nas áreas de estudo, sendo 905 (88,7%) nativas do Brasil e 69 (6,8%) espécies exóticas. Entre as nativas, destacam-se o cajueiro, o angelim, o araticum, o pau-brasil e os ingás. Entre as exóticas são encontra-das espécies de valor alimentício, introduzidas no início da colonização e misturando-se com a nossa flora nati-va, como a fruta-pão, a jaqueira, o bambu, o coqueiro, o dendezeiro, a bananeira. Além do uso alimentício, muitas espécies vegetais da região são de uso madeireiro (35%) e ornamental (30%). 16
  • 17. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Entre as espécies vegetais encontra-das nos locais estudados, duas – rins de boi (também conhecida como jaca-randá ou jacarandá-branco) e o pau-brasil (também chamada de pau-pernambuco e ibirapitanga) são plan-tas que constam na lista de espécies ameaçadas de extinção (IBAMA 2012). O “rins-de-boi” merece espe-cial atenção na região, pois exempla-res da espécie estão restritos à Flo-resta Atlântica nordestina (AL, PB, PE). Na área de influência direta do empre-endimento são encontradas três Uni-dades de Conservação (UCs) criadas por leis estaduais: o Refúgio de Vida Sil-vestre Matas do Sistema Gurjaú, O Refúgio de Vida Silvestre Mata de Cara-úna, e o Refúgio de Vida Silvestre Enge-nho Moreninho. Estas UCs incluem em seus limites remanescentes de Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta.
  • 18. Quais são os animais que existem na região? A fauna encontrada na região do empreendimento é diversa, ou seja, muito variada. Foram registradas 79 espécies de aves, 22 espécies de mamíferos, 34 espécies de répteis e anfíbios, além de 25 espécies de peixes. Informações importantes relativas à fauna incluem:  Entre as aves encontradas nas áreas estudadas, três espécies são extremamente sensíveis à distúr-bios causados pelo homem: a Maria-de-barriga-branca, o Tan-gará e o Três-potes.  Entre os mamíferos, 13 espécies registradas são de morcegos.  A rã-cachorro (Physalaemus cuvie-ri) e a rãnzinha (Ischnocnema rama-gii) foram as espécies mais frequen-tes de anfíbios registrados nas áreas estudadas.  O sapo macaco (Agalychnis granu-losa) consta no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção (MMA, 2008) como “criticamente em perigo”.  Entre os peixes amostrados nos rios da área de influência do empreen-dimento, aqueles mais comuns são as piabas (Astyanax fasciatus e Astyanax gr. Bimaculatus).
  • 19. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Existe patrimônio histórico cultural na região? Sim, foram encontradas evidências arqueológicas e históricas na área de influência do Arco, sendo que ao todo foram prospectados (procura de evidências) 115 pontos ao longo do lote 02. Como resultado, foram localizados oito ocorrências arqueológicas, sendo três no município do Cabo de Santo Agostinho, uma em Jaboatão dos Guararapes, quatro em São Lourenço da Mata. Estas ocorrências representam um pouco do potencial quanto à presença de sítios históricos de interesse arque-ológico. Durante a procura pelos locais de inte-resse arqueológico, algumas estrutu-ras históricas foram documentadas. Os dados encontrados fazem referen-cia a um grande número de engenhos; até mesmo a descrição de suas terras, seus implementos, suas máquinas, sua produção, o destino e preço de suas caixas de açúcar. Contudo, dos numerosos engenhos antigos, poucos preservaram suas estruturas, restan-do, em sua maioria, apenas a lem-brança do nome nas terras que atual-mente integram a propriedade de grandes usinas de açúcar e suas gran-des áreas de plantações.
  • 20. Como é a economia e a condição de vida da população? Os serviços representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, englobamdo as atividades de comércio (atacadista e varejista) e prestação de serviços (alojamento e alimentação, transporte, aluguéis, atividades financeiras, administração pública e outras atividades de serviços). No que tange ao comércio, o muni-cípio de Jaboatão dos Guararapes sobressai com expressivos polos comerciais localizados nos distritos de Jaboatão dos Guararapes e Cavaleiro, o primeiro destacando-se tanto pelo porte como pela diversificação do setor que inclui o Shopping Center Guararapes, o segundo maior do gênero no estado. Quanto à distribuição das diferentes categorias de indústrias por municí-pio, há forte predominância das microempresas, que representam mais de 50% das indústrias em todos os municípios da AII, destacando-se a concentração relativamente alta da Fabricação de Produtos de Minerais Não- Metálicos.
  • 21. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Dentre as características da agrope-cuária, sobressai a expressiva predo-minância da produção vegetal sobre a produção animal. No que se refere às lavouras, cabe destacar a forte predo-minância da cana-de-açúcar na pro-dução agrícola de todos os municípios da AII. Associando em sua estrutura produtiva diversificação de culturas e de rebanhos com monocultura canavi-eira, a área em causa apresenta uma estrutura fundiária caracterizada pela forte concentração da terra. Em geral, os municípios da AII apre-sentam pouca infraestrutura social (sa-úde, educação, habitação, saneamen-to...), o que contribui para explicar os baixos índices de qualidade de vida da população e a existência da maior con-centração de bolsões de pobreza do estado. Também foi encontrado baixo índice de educação formal e de partici-pação política, com elevados índices de desemprego. Assim, percebe-se que a população dos municípios da AII do Arco Metropolitano apresentam diversas carências sociais e econômicas. 21
  • 22. OS IMPACTOS AMBIENTAIS A expressão “impacto ambiental” é encontrada com frequência na imprensa e no nosso dia-a-dia. No sentido comum, ela é associada a algum dano à natureza ou às pessoas. No exemplo da construção de sua casa, a retirada de árvores e o barulho de construção no ouvido do seu vizinho são impactos negativos. Mas nem sempre um impacto ambiental é negativo. Também existem impactos ambientais positivos, como por exemplo, a geração de empregos durante a construção, a melhoria das condições de moradia da sua família, a valorização do seu patrimônio. São os impactos positivos que justificam as obras. 22
  • 23. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Quais são os principais impactos negativos? Os principais impactos negativos que deverão ser causados na fase de obras são: Intervenção em Áreas de Preservação Permanente, Alteração da cobertura vegetal, Interferência em Unidades de Conservação, Problemas relacionados à qualidade da água e o aumento de animais atropelados na rodovia. Outros menos relevantes, por serem facilmente evitados através de medidas de prevenção, são os aci-dentes com produtos perigosos, a con-taminação das águas e aumento dos níveis de ruído e material particulado no entorno dos canteiros e frentes de obras. No meio socioeconômico, os princi-pais impactos negativos são a alte-ração no quadro de saúde da popula-ção, a retirada involuntária da popu-lação rural e a fragmentação de assen-tamentos e comunidades rurais. Também haverá o desconforto que as obras irão causar à população, devido ao aumento de poluição do ar e do nível de ruídos; a alteração no coti-diano da população e na qualidade de vida da população, com interrupções e desvios de tráfego; e o aumento do risco de acidentes de trânsito.
  • 24. Intervenção em Áreas de Preservação Permanente A intervenção em APPs se inicia com a supressão de vegetação e limpeza do terreno, passa pelas atividades de terraplenagem e aterro e se estende até a construção das pontes. A intervenção em APPs será inevitável e terá que entrar no cálculo da com-pensação ambiental. O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias; Recuperar áreas degradadas adjacentes aos cursos d'água intercepta-dos pelas obras; Recompor as fontes de abastecimento d'água das comunidades afe-tadas por aterramentos em cacimbas e Realizar o plantio compensatório, recom-pondo as APPs afetadas. Alteração da cobertura vegetal Toda a cobertura vegetal existente na ADA do Arco Metropolitado no Lote 2 será passível de alteração direta pela necessidade de supressão da vegetação e limpeza dos terrenos. A área a ser impactada inclui áreas de agricultura na maior parte do trecho, mas alguns remanescentes florestais de Mata Atlântica. Destaca-se a supressão de vegetação em um fragmento com aproximadamente 3 ha ao norte da BR-232 no setor de Granjas próximo da Polícia Federal. O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias; realizar o controle e orientação das atividades de supressão vegetal; Realizar o plantio compensatório, recompondo áreas florestais afetadas.
  • 25. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Interferência em Unidades de Conservação A implantação do Arco viário afetará diretamente duas Unidades de Conservação: o Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú e o Refúgio de Vida Silvestre Mata de Caraúna. Esta intervenção se inicia com a supressão de vegetação e lim-peza do terreno, passa pelas atividades de terraplenagem e aterro e se estende até a construção e asfaltamento da rodovia. A intervenção nessas UCs deverá ser miti-gada através de medidas compensatórias. O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias; Acompanhamento da fuga dos animais encontrados durante as ativi-dades de supressão da vegetação; Pagamento da compensação ambiental con-forme valor a ser determinado pelo órgão ambiental licenciador; Realização de edu-cação ambiental para a população local. Problemas relacionados à qualidade da água Na fase de instalação da rodovia, partículas e substâncias contaminantes poderão atingir os cursos d'água, acarretando alterações da qualidade das águas superfici-ais e subterrâneas. A contaminação pode ocorrer durante as atividades de terraple-nagem, pavimentação, operação dos canteiros de obras, transporte de cargas e pelo próprio tráfego de veículos, máquinas e equipamentos. O que deve ser feito? Escolher métodos construtivos e equipamentos que reduzam as intervenções diretas sobre o leito dos cursos d'água para construção das obras de arte especiais; Evitar o trânsito de veículos e maquinários pelo leito dos rios durante as obras; Implantar sistema de gerenciamento de resíduos e efluentes nas frentes de trabalho e canteiros de obras; Monitorar a qualidade das águas superficiais nos principais corpos d'água interceptados pela rodovia.
  • 26. Aumento de animais atropelados na rodovia Durante as obras do empreendimento haverá um aumento na probabilidade de mortalidade de animais em decorrência da própria execução de atividades necessá-rias à implantação do empreendimento, mas também em função do maior número de pessoas que estarão presentes na ADA. Adicionalmente, aumentará a probabili-dade de encontros com animais silvestres, com destaque para os animais que esti-verem em rota de fuga para outras áreas adjacentes. Em geral, o contato entre ani-mais silvestres e pessoas acarreta em maus-tratos e morte, principalmente, de rép-teis que culturalmente estão entre os animais que mais causam temor e repugnân-cia na população. O que deve ser feito? Restrição da supressão de vegetação a áreas estritamente necessárias; Acompanhamento da fuga dos animais encontrados durante as ativi-dades de supressão da vegetação; Realização de educação ambiental para a popu-lação local e Realização de programa de monitoramento e conservação da fauna. Alteração no quadro de saúde da população Em função da execução das obras e das intervenções previstas durante esta fase, destacam-se três tipos de riscos que podem afetar o quadro de saúde da população na área de influência: a proliferação de doenças transmissíveis; o risco de acidentes durante as obras; o risco de doenças ocupacionais durante a fase de obras. A possí-vel alteração no quadro de saúde populacional pode ocorrer de forma generalizada, estando associada aos três fatores elencados acima. O que deve ser feito? Monitorar o quadro de saúde dos trabalhadores da obra com consultas e exames desde a fase admissional; Controle de vacinação e avaliações periódicas dos trabalhadores; Tratar os efluentes dos canteiros de obras; Criação e divulgação do Código de Conduta para os trabalhadores.
  • 27. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Retirada involuntária da população rural Um dos impactos mais relevantes, diz respeito à necessidade de remanejar a popu-lação que atualmente ocupa a futura faixa de domínio do empreendimento. Este remanejamento involuntário é extremamente perturbador para as comunidades, principalmente aquelas, que como verificado na maior parte do Arco, tem um apego grande pela terra e laços familiares muito estreitos na própria comunidade e/ou nas comunidades vizinhas. Diante do alto custo da terra que se verifica na RMR, o impacto foi classificado como de importância Muito Alta para o Lote 2. O que deve ser feito? Instalação de canais de comunicação com a população afeta-da; Divulgação de informações sobre política de desapropriação e indenização; Apli-cação de preços justos nas avaliações e indenizações, de modo que a população afe-tada não sofra perda patrimonial ou de padrão de vida. Fragmentação de assentamentos e comunidades rurais A implantação física do Arco Viário e o efeito barreira que ele representará ocasio-nará a fragmentação de algumas comunidades, as quais ficarão divididas de um lado e de outro da nova rodovia. No Lote 2 do empreendimento os casos mais signi-ficativos de fragmentação de comunidades serão observados nos Assentamentos Engenho Canzanza e Gameleira/Mato Grosso. Em ambos os casos o Arco dividirá os assentamentos ao meio, deixando casas dos dois lados. O que deve ser feito? Instalação de canais de comunicação com a população afeta-da; Divulgação de informações sobre política de desapropriação e indenização; Incluir passagens para pedestres em todos os tipos de travessias para veículos que forem projetadas ao longo do Lote 2.
  • 28. Quais são os principais impactos positivos? Os principais impactos positivos que irão ocorrer no meio social e econômico serão na sua maioria, permanentes: Melhoria nas condições de habitabilidade da população remanejada; Valorização imobiliária e fundiária; Geração de empregos diretos e dinamização da economia da AID; Melhoria das condições de mobilidade na RMR e; Abertura de uma nova fronteira de desenvolvimento ao oeste da RMR. Melhoria das condições de habitabilidade da população remane-jada A necessidade de remanejamento de pessoas cujas propriedades (casas) serão afe-tadas diretamente pelo traçado da rodovia se constitui num impacto negativo, como apresentado anteriormente. Todavia, a faceta positiva disso está na possibili-dade de melhorar as condições de moradia destas pessoas, que em sua grande mai-oria sobrevivem em condições inadequadas sem banheiros adequados nem água encanada. Assim, o impacto positivo de melhoria nas condições de habitabilidade da população é indireto porque é causado pelo impacto do remanejamento sendo de alta importância.
  • 29. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E Valorização imobiliária e fundiária Como grande parte dos impactos ambientais, a valorização imobiliária e fundiária das áreas no entorno do Arco apresenta uma componente positiva e uma compo-nente negativa. Como aspecto positivo, destaca-se que uma parcela das terras ao longo do Arco são ocupadas por assentamentos de reforma agrária, os quais se virão significativamente beneficiados com a valorização que o arco pode induzir, diante da possibilidade de negociação. Geração de empregos diretos e dinamização da economia da AID Obras de infraestrutura sempre apresentam a geração de empregos e a dinamiza-ção da economia como impactos positivos importantes e o Arco Viário terá uma vocação grande nesse sentido. Além dos empregos diretos nas obras, há também a geração de empregos indiretos que será verificada em torno de fornecedores de ser-viços de alimentação, aquisição de insumos para a obra, serviços de transporte, ser-viços de hospedagem, dentre outros. Dessa forma, considera-se que a geração de empregos diretos durante a etapa de implantação, é um impacto altamente positi-vo, embora de caráter temporário.
  • 30. Melhoria das condições de mobilidade na RMR A pavimentação do Arco Viário da RMR no Lote 2 possuirá importante papel para a trafegabilidade local, tendo em vista as melhorias das condições técnicas. Conse-quentemente, a melhoria da trafegabilidade neste trecho rodoviário proporcionará significativa melhora nas condições de segurança para todos os tipos de usuários, reduzindo o risco de acidentes de trânsito, o material particulado em suspensão, o tempo de percurso e custos de transporte. Absorvendo parte do tráfego pesado e veicular que atualmente transita pela BR-101 e/ou adentra aos perímetros urbanos da RMR, o Arco Viário contribuirá significativamente para a mobilidade urbana das cidades da Região Metropolitana do Recife. Abertura de uma nova fronteira de desenvolvimento ao oeste da RMR A implantação do Lote 2 do Arco Viário beneficiará a RMR, servindo de atração para o crescimento na região oeste, integrando-a à região Sul através de rodovia de alto padrão, com conexão e articulação entre as principais rodovias do estado e de trân-sito rápido e seguro. Desse modo, tornará as referidas regiões mais competitivas em relação ao escoamento de cargas e produção, o que provocará atração de novos empreendimentos a se instalarem nesses polos de desenvolvimento. As perspectivas de dinamização da economia decorrem justamente da possibili-dade de ampliação dessas atividades de comércio e instalação de indústrias na área de entorno do Arco Viário, o que, consequentemente, poderá gerar uma maior arre-cadação de impostos, e ainda a geração de empregos e novas oportunidades de negócios.
  • 31. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E PROGRAMAS AMBIENTAIS A obra de implantação do Arco Viário requer dos empreendedores medidas de manejo, recuperação e proteção do meio ambiente que será afetado pelas obras. Para garantir estas medidas, foram concebidos uma série de Programas Ambientais. Estes programas têm como objetivo garantir que as medidas de prevenção, minimização e de compensação de impactos ambientais negativos sejam implementadas. Os programas elabo-rados para a mitigação e prevenção de impactos têm sua duração vinculada ao término das obras. Já os programas que visam a compensação dos impactos ambientais podem ter medidas e ações permanentes, como por exemplo, a criação de Unidades de Conservação. As ações de compensação e mitigação são de responsabilidade do empreen-dedor. Todavia, devem ser buscadas parcerias com instituições de ensino e com o governo municipal, estadual e federal. Programa de Gestão Ambiental (PGA) Este programa irá criar uma estrutura organizacional que possibilite, tanto ao empreendedor como ao órgão de fiscalização ambiental, monitorar e verificar a implantação das ações de mitigação de impactos ambientais. O PGA é responsável por coordenar outros programas do Plano Básico Ambiental.
  • 32. Programa de Educação Ambiental (PEA) O programa deverá promover atividades de educação ambiental para trabalhado-res e funcionários das empresas construtoras, bem como para a população resi-dente no entorno das obras. Estas atividades tem por objetivo capacitar/habilitar setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região. Programa de Comunicação Social (PCS) Este programa irá promover a comunicação eficiente entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a população afetada diretamente pelo empreendimen-to, possibilitando a participação nas diferentes fases do obra. Programa de Apoio Técnico à Revisão de Planos Diretores - PAPD O PAPD tem como objetivo disciplinar o sistema viário e o uso e ocupação do solo no entorno da rodovia, preservando a funcionalidade da mesma. A principal via de ação do programa inclui subsidiar a elaboração e/ou revisão de normas de organi-zação territorial ou uso e ocupação do solo por meio de Planos Diretores. Plano Ambiental de Construção (PAC) Este programa irá regular as atividades de implantação e pavimentação da rodovia, evitando danos ambientais às áreas de trabalho e entorno, e estabelecendo ações e medidas mitigadoras para prevenir os impactos ambientais (processos erosivos, resíduos sóli
  • 33. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E CONCLUSÕES Após a avaliação das modificações ambientais relacionadas com o trecho a ser pavimentado, conclui-se que: A NÃO REALIZAÇÃO do empreendi-mento influenciaria nas opções de deslocamento da região, afetando diretamente o desenvolvimento e a atração de investimentos econômi-cos para a Região Metropolitana do Recife. A I M P L A N TA Ç Ã O D O A R C O METROPOLITANO alavancaria o crescimento econômico na área de influência do empreendimento, princi-palmente, desenvolvendo atividades ligadas ao setor de serviços, logística e infraestrutura urbana. Além da geração de outras melhorias à população, como: melhoria das condições de acesso e segurança regional, gerando significa-tiva redução do tempo e dos custos com transporte e deslocamentos.
  • 34. Os estudos ambientais realizados demonstraram que a área de influên-cia do Arco se encontra bastante impactada, principalmente em relação à vegetação original, porém ainda man-tém aspectos ambientais importantes e cuja conservação se torna primordial, como no caso dos recursos hídricos e das áreas com floresta ainda preserva-da. De maneira geral, verificou-se que os impactos positivos do empreendi-mento trarão grandes benefícios à soci-oeconomia da região em longo prazo. Ao contrário, os impactos negativos tiveram duração, em geral, de curto pra-zo. Cabe destacar que a execução das medidas mitigatórias, compensatórias e potencializadoras previstas para os impactos ambientais propiciarão a manutenção e/ou melhoria da quali-dade ambiental da região. Assim, se cumpridas as medidas miti-gadoras, compensatórias e os Progra-mas Ambientais propostos, nos prazos certos e de maneira oportuna, os impactos negativos que vierem a ocor-rer terão uma intensidade tolerável e compatível com as características do meio ambiente do entorno, o que atesta a VIABILIDADE AMBIENTAL do empreendimento.
  • 35. A R C O V I Á R I O D A R E G I Ã O M E T R O P O L I T A N A D O R E C I F E EQUIPE TÉCNICA Função Nome Formação Nº Registro Coordenadora Ge ral Fabiana M araschin Bi óloga (Dra.) 34026 -03 CRBio Meio Físico Ronaldo Trapaga Eng. Químico 05300744 CRQ -V Rodrigo Malysz Eng. Civil 120154 CREA RS Rodrigo Oliveira Geólogo(Esp.) 108040 CREA RS Heberton Jr. dos Santos Eng. Ambiental 175331 CREA RS Alex Miraglia Eng. Civil 150423 CREA RS Meio Biótico Rodrigo Caruccio Biólogo 28846 -03 CRBio Ravena Melo Bióloga 60497 -02 D CRBio Ednei Teixeira Acad. Biologia --- Meio Socioeconômico Cintia Sallet Eng. Civil 130912 CREA RS Eduardo Farina Geógrafo 1770 CREA RS Gustavo Borges Analista de sistemas --- Gabriel Cassali dos Santos Cientista Social --- Regis Meneses Analista de sistemas --- Geoprocessamento Elenara Isabela Eng. Civil 091682 CREA RS Alvaro Belotto Perini Eng. Cartógrafo 181281 CREA RS * CRÉDITOS DE TODAS AS IMAGENS: Moraes & Albuquerque Advogados e Consultores (2012)
  • 36. CONSÓRCIO SKILL/STE Gestora Ambiental BR 101 RN/PB/PE SRTVN - Quadra 701 - Bloco B - Sala 318 Edifício Centro Empresarial Norte CEP 70.719-903 - Brasília/DF skill.bsb@skillengenharia.com.br www.skillengenharia.com.br CONSÓRCIO