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LINGUAGEM
SOB A ÓTICA DA NEUROCIÊNCIA
Wernicke
Broca
Cérebro humano: 3 componentes -> sobrepuseram-se à medida
que foram surgindo na evolução
1 - PRIMITIVO (mais antigo): parte infero-posterior; tronco cerebral,
bulbo, cerebelo, ponte e mesencéfalo, globo pálido e bulbos olfatórios.
Corresponde ao cérebro dos répteis.
2 - INTERMEDIÁRIO (dos velhos mamíferos), estruturas do sistema
límbico. Corresponde ao cérebro dos mamíferos inferiores.
3 - SUPERIOR ou RACIONAL (mais recente; dos novos mamíferos),
localiza-se anteriormente e por cima dos outros; compreende a maior parte
dos hemisférios cerebrais (formado por um tipo de córtex mais recente,
denominado neocórtex) e alguns grupos neuronais subcorticais.
EVOLUÇÃO DO CÉREBRO HUMANO - Anatômica
EVOLUÇÃO: CAPACIDADE SIMBÓLICA HUMANA
HIPÓTESE 1:
MUTAÇÃO
• disseminação muito rápida da
capacidade simbólica complexa
• já havia sinais no período anterior
HIPÓTESE 2:
NOVO EVENTO => LINGUAGEM
FALADA
↑troca de informações
↑complexidade neuronal
MUDANÇA POR VOLTA DE 40.000 atrás
LINGUAGEM
Uma ação sobre e entre interlocutores,
mediada pela língua, gestualidade e
percepção.
BROCA
Brodmann 44 E CÓRTEX
PREFRONTAL ADJACENTE
no Hemisfério Dominante
WERNICKE
BA22 (TERÇO POSTERIOR) E
ÁREAS ADJACENTES A BA39-40
no Hemisfério Dominante
LESÕES NESSAS ÁREAS PROVOCAM AS CHAMADAS AFASIAS (do
grego aphasia – significa falta de fala) => O PACIENTE É INCAPAZ DE
SE COMUNICAR PELA LINGUAGEM VERBAL, APESAR DOS
MECANISMOS SENSITIVOS E MOTORES ESTAREM INTACTOS.
ÁREA DE BROCA
BROCA'S AREA WAS THE FIRST REGION
OF THE BRAIN IDENTIFIED AS
SPECIALIZING IN SPEECH PRODUCTION.
• Paul Broca descobriu a ligação entre a fala e uma
região específica do cérebro ao fazer, em 1861, a
autópsia de M. Leborgne, um paciente do hospital de
Bicêtre, que não tinha nenhuma paralisia física e
compreendia a linguagem, mas era incapaz de falar
qualquer coisa além de tan.
LINGUAGEM
ÁREA DE BROCA
• Responsável pela
expressão da
linguagem,
contém os
programas
motores da fala.
Exemplo: “Não… domingo,… quarta-feira… almoço…sim... família”.
• Lesões nesta área
podem provocar
perda quase completa
da capacidade de
falar.
•Entonação vocal prejudicada
•Fala lenta, com muitas
interrupções
•Consciência de seus erros;
•Dificuldade em encontrar as
palavras
•Gramática simplificada,
especialmente com relação a
elementos de ligação
(preposições, conjunções, ...).
ÁREA DE WERNICKE
• Em 1874, o neurologista alemão Carl Wernicke (1848-1905)
descobriu uma área similar à área de Broca no lobo temporal
esquerdo que, quando lesionada, também ocasionaria déficit
sensorial na linguagem. Isto é, o paciente seria incapaz de
reconhecer palavras faladas, mesmo se a audição estivesse
intacta.
LINGUAGEM
ÁREA DE WERNICKE
ÁREA QUE COORDENA INTERAÇÕES RECÍPROCAS ENTRE AS
REPRESENTAÇÕES SENSORIAIS DAS PALAVRAS E SEU
SIGNIFICADO
• Importante para
compreender o que os
outros dizem
• Lesões nesta área
implicam em
perturbações na
compreensão da
linguagem
(“surdez verbal”)
DESCOBERTAS RECENTES, SEGUNDO ESTUDO AMERICANO
PUBLICADO EM 30/01/2012
A área do cérebro humano que processa a fala encontra-se
localizada em lugar diferente do que se pensava.
• Durante muito tempo, acreditava-se que a área de Wernicke estivesse
situada na parte posterior do córtex cerebral, atrás do córtex auditivo, que
processa os sons.
• De acordo com o estudo, a área responsável pela compreensão da
fala e da linguagem escrita está situada a 3 centímetros de
distância do local em que os livros de medicina atuais apontam =>
necessidade de atualizar os textos médicos.
• http://milenanicolas.blogspot.com.br/2012/04/cortex-cerebral-funcoes-
pensamento.html
Desde que foi possível realizar IMAGENS
CEREBRAIS no começo dos anos 90, "A
maioria dos especialistas em imagens
cerebrais se recusava a contradizer um
século de conhecimentos com base no
que então era uma metodologia
relativamente nova” , disse Iain DeWitt,
um dos principais autores do estudo.
Algumas áreas do cérebro envolvidas no processamento da
linguagem:
• Área de Broca
• Área de Wernicke
• Giro supramarginal
• Giro angular
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PROSÓDIA
• INFLEXÕES DE VOZ
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D
ESQUERDO DIREITO
ESPECIALIZAÇÃO
HEMISFÉRICA
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PARTICIPAM DAS
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MODELO CONEXIONISTA DA LINGUAGEM FALADA
ESCRITA
A escrita é um meio linguístico de
produzir significação.
Ela se realiza culturalmente e por
mediação.
Escrita ≠ mera transcrição da
palavra falada.
Outra dimensão da linguagem.
Linguagem escrita ≠ da oral
MODELO DE PROCESSAMENTO DA LEITURA
LEITURA
A – Escrita – Não-surdos
B – Sinais – Não-surdos
C – Sinais - Surdos
A
B
C
• Períodos de Desenvolvimento: marcados por
mudanças físico-químicas no cérebro, por
aquisições biológico-culturais específicas
• Desenvolvimentos não observáveis: ex: FALA
• Descida da laringe => sons vogais =>
consoantes => sílabas + melodia => conjunto
de duas palavras (sujeito + verbo; verbo +
objeto)
• Fonemas da língua materna = memória
auditiva.
• 1º ano de vida: reproduz qualquer fonema!
• Depois perde essa possibilidade e fixa os
fonemas da língua ou línguas que ouve
• Uso da fala como comunicação; regras
culturais
• Não utilização de redes neuronais já
feitas => desativação dessas redes,
principalmente em APRENDIZAGENS
CULTURAIS, COMO A LEITURA E
ESCRITA.
• A reincidência das trocas de
neurotransmissores entre as
ramificações dos neurônios (sinapses)
fortalece os caminhos, formando uma
MEMÓRIA.
• Evocação dessa memória está sujeita
as condições do momento: cansaço,
stress... EMOÇÃO (Sistema Límbico)
REFERÊNCIAS
1. http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1706
2. http://milenanicolas.blogspot.com.br/2012/04/cortex-cerebral-funcoes-
pensamento.html
3. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela-
ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml
4. http://www.dex.ufla.br/ic-complex/arq/evol-cerebro-parte2.pdf
5. Bear F. M., Connors W. B., Paradiso A M. Neurociências Desvendando o
Sistema Nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2002.
6. Fuster JM. Cortex and Mind, New York: Oxford University Press, 2003.
7. Mesulam MM (ed) Principles of Behavioral and Cognitive
Neuropsychology. New York: Oxford University Press, 2000.
8. Rapp B (ed.) The handbook of Cognitive Neuropsychology. Philadelphia:
Psychology Press, 2000.

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  • 1. LINGUAGEM SOB A ÓTICA DA NEUROCIÊNCIA Wernicke Broca
  • 2. Cérebro humano: 3 componentes -> sobrepuseram-se à medida que foram surgindo na evolução 1 - PRIMITIVO (mais antigo): parte infero-posterior; tronco cerebral, bulbo, cerebelo, ponte e mesencéfalo, globo pálido e bulbos olfatórios. Corresponde ao cérebro dos répteis. 2 - INTERMEDIÁRIO (dos velhos mamíferos), estruturas do sistema límbico. Corresponde ao cérebro dos mamíferos inferiores. 3 - SUPERIOR ou RACIONAL (mais recente; dos novos mamíferos), localiza-se anteriormente e por cima dos outros; compreende a maior parte dos hemisférios cerebrais (formado por um tipo de córtex mais recente, denominado neocórtex) e alguns grupos neuronais subcorticais. EVOLUÇÃO DO CÉREBRO HUMANO - Anatômica
  • 3.
  • 4. EVOLUÇÃO: CAPACIDADE SIMBÓLICA HUMANA HIPÓTESE 1: MUTAÇÃO • disseminação muito rápida da capacidade simbólica complexa • já havia sinais no período anterior HIPÓTESE 2: NOVO EVENTO => LINGUAGEM FALADA ↑troca de informações ↑complexidade neuronal MUDANÇA POR VOLTA DE 40.000 atrás
  • 5. LINGUAGEM Uma ação sobre e entre interlocutores, mediada pela língua, gestualidade e percepção.
  • 6.
  • 7. BROCA Brodmann 44 E CÓRTEX PREFRONTAL ADJACENTE no Hemisfério Dominante WERNICKE BA22 (TERÇO POSTERIOR) E ÁREAS ADJACENTES A BA39-40 no Hemisfério Dominante LESÕES NESSAS ÁREAS PROVOCAM AS CHAMADAS AFASIAS (do grego aphasia – significa falta de fala) => O PACIENTE É INCAPAZ DE SE COMUNICAR PELA LINGUAGEM VERBAL, APESAR DOS MECANISMOS SENSITIVOS E MOTORES ESTAREM INTACTOS.
  • 8. ÁREA DE BROCA BROCA'S AREA WAS THE FIRST REGION OF THE BRAIN IDENTIFIED AS SPECIALIZING IN SPEECH PRODUCTION. • Paul Broca descobriu a ligação entre a fala e uma região específica do cérebro ao fazer, em 1861, a autópsia de M. Leborgne, um paciente do hospital de Bicêtre, que não tinha nenhuma paralisia física e compreendia a linguagem, mas era incapaz de falar qualquer coisa além de tan.
  • 9. LINGUAGEM ÁREA DE BROCA • Responsável pela expressão da linguagem, contém os programas motores da fala. Exemplo: “Não… domingo,… quarta-feira… almoço…sim... família”. • Lesões nesta área podem provocar perda quase completa da capacidade de falar. •Entonação vocal prejudicada •Fala lenta, com muitas interrupções •Consciência de seus erros; •Dificuldade em encontrar as palavras •Gramática simplificada, especialmente com relação a elementos de ligação (preposições, conjunções, ...).
  • 10. ÁREA DE WERNICKE • Em 1874, o neurologista alemão Carl Wernicke (1848-1905) descobriu uma área similar à área de Broca no lobo temporal esquerdo que, quando lesionada, também ocasionaria déficit sensorial na linguagem. Isto é, o paciente seria incapaz de reconhecer palavras faladas, mesmo se a audição estivesse intacta.
  • 11. LINGUAGEM ÁREA DE WERNICKE ÁREA QUE COORDENA INTERAÇÕES RECÍPROCAS ENTRE AS REPRESENTAÇÕES SENSORIAIS DAS PALAVRAS E SEU SIGNIFICADO • Importante para compreender o que os outros dizem • Lesões nesta área implicam em perturbações na compreensão da linguagem (“surdez verbal”)
  • 12.
  • 13. DESCOBERTAS RECENTES, SEGUNDO ESTUDO AMERICANO PUBLICADO EM 30/01/2012 A área do cérebro humano que processa a fala encontra-se localizada em lugar diferente do que se pensava. • Durante muito tempo, acreditava-se que a área de Wernicke estivesse situada na parte posterior do córtex cerebral, atrás do córtex auditivo, que processa os sons. • De acordo com o estudo, a área responsável pela compreensão da fala e da linguagem escrita está situada a 3 centímetros de distância do local em que os livros de medicina atuais apontam => necessidade de atualizar os textos médicos. • http://milenanicolas.blogspot.com.br/2012/04/cortex-cerebral-funcoes- pensamento.html
  • 14. Desde que foi possível realizar IMAGENS CEREBRAIS no começo dos anos 90, "A maioria dos especialistas em imagens cerebrais se recusava a contradizer um século de conhecimentos com base no que então era uma metodologia relativamente nova” , disse Iain DeWitt, um dos principais autores do estudo.
  • 15.
  • 16. Algumas áreas do cérebro envolvidas no processamento da linguagem: • Área de Broca • Área de Wernicke • Giro supramarginal • Giro angular • Córtex auditivo primário Ex: No ato de ler são mobilizadas 17 áreas do cérebro.
  • 17. PROSÓDIA • INFLEXÕES DE VOZ • MÍMICA FACIAL • GESTOS DAS MÃOS E CORPO ASPECTOS EMOCIONAIS DA FALA PROSÓDIA IDENTIFICAÇÃO EMOCIONAL IDENTIFICAÇÃO FONÉTICA E DE D
  • 19. Diferentes áreas para nomeação de pessoas, animais e objetos Leitura de palavras e pseudopalavras
  • 20. MODELO CONEXIONISTA DA LINGUAGEM FALADA
  • 21. ESCRITA A escrita é um meio linguístico de produzir significação. Ela se realiza culturalmente e por mediação. Escrita ≠ mera transcrição da palavra falada. Outra dimensão da linguagem. Linguagem escrita ≠ da oral
  • 23. LEITURA A – Escrita – Não-surdos B – Sinais – Não-surdos C – Sinais - Surdos A B C
  • 24. • Períodos de Desenvolvimento: marcados por mudanças físico-químicas no cérebro, por aquisições biológico-culturais específicas • Desenvolvimentos não observáveis: ex: FALA • Descida da laringe => sons vogais => consoantes => sílabas + melodia => conjunto de duas palavras (sujeito + verbo; verbo + objeto) • Fonemas da língua materna = memória auditiva. • 1º ano de vida: reproduz qualquer fonema! • Depois perde essa possibilidade e fixa os fonemas da língua ou línguas que ouve • Uso da fala como comunicação; regras culturais • Não utilização de redes neuronais já feitas => desativação dessas redes, principalmente em APRENDIZAGENS CULTURAIS, COMO A LEITURA E ESCRITA. • A reincidência das trocas de neurotransmissores entre as ramificações dos neurônios (sinapses) fortalece os caminhos, formando uma MEMÓRIA. • Evocação dessa memória está sujeita as condições do momento: cansaço, stress... EMOÇÃO (Sistema Límbico)
  • 25. REFERÊNCIAS 1. http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1706 2. http://milenanicolas.blogspot.com.br/2012/04/cortex-cerebral-funcoes- pensamento.html 3. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela- ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml 4. http://www.dex.ufla.br/ic-complex/arq/evol-cerebro-parte2.pdf 5. Bear F. M., Connors W. B., Paradiso A M. Neurociências Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre: Artmed, 2002. 6. Fuster JM. Cortex and Mind, New York: Oxford University Press, 2003. 7. Mesulam MM (ed) Principles of Behavioral and Cognitive Neuropsychology. New York: Oxford University Press, 2000. 8. Rapp B (ed.) The handbook of Cognitive Neuropsychology. Philadelphia: Psychology Press, 2000.