Este documento resume o absolutismo na Europa, definindo-o como o poder total nas mãos dos reis a partir do século XV. Detalha alguns teóricos absolutistas como Maquiavel, Hobbes, Bodin e Bossuet, que justificavam o poder real através de ideias como o direito divino dos reis. Também apresenta exemplos de monarcas absolutistas como Luís XIV da França.
2. Algumas considerações
As informações aqui contidas estão adaptadas, especialmente, para
alunos do ensino fundamental, médio e pré-vestibulares.
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conteúdo de história para todos os níveis de ensino, explorando
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3. Antecedentes
O Absolutismo foi uma prática política criada na Europa, a partir do século
XV, que defendia o poder total na mão dos reis.
No fim da Idade Média, uma aliança entre o rei e a burguesia fez mudar o mapa
político europeu. A burguesia se beneficiou com a existência de uma só
língua, uma só moeda e mais segurança nas transações comerciais.
O rei também se beneficiou, pois obteve mais dinheiro, exército e poder em
suas mãos.
Desta aliança, surgiram as monarquias nacionais, territórios unificados
(países) sob o comando de um rei com amplos poderes na mão.
A prática econômica do absolutismo foi o Mercantilismo. O governo absolutista
interferia muito na economia dos países, buscando desenvolvimento econômico
através do acúmulo de riquezas.
ATENÇÃO: Para compreender melhor este conteúdo, leia também o resumo sobre a Crise do Feudalismo e Mercantilismo.
4. Teóricos Absolutistas
O poder do rei foi justificado através da ação dos teóricos ou
pensadores absolutistas.
Estes teóricos defendiam ideias cujo impacto foi tão
grande, que funcionavam como marketing político para
convencer o povo.
Uma das ideias com grande alcance foi a teoria do Direito
Divino dos Reis, que defendia que o poder do rei era sagrado
e de origem divina, sendo assim pecado desobedecê-lo.
Alguns dos principais teóricos absolutistas foram: Nicolau
Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Jean Bodin.
5. Nicolau Maquiavel
Maquiavel foi um diplomata e historiador italiano.
Criou a obra O Príncipe, em 1532, na qual defendia
que o monarca deveria utilizar de qualquer meio –
lícito ou não – para manter o controle do seu reino.
A frase que resume suas ideias é: “Os fins justificam
os meios”.
A Itália foi uma das últimas regiões unificadas na
Europa. A unificação tardia ocorreu em 1870.
6. Thomas Hobbes
Hobbes foi um matemático e filósofo inglês.
Criou a obra Leviatã, em 1651,na qual discorreu
sobre a natureza humana e a necessidade de
governos e sociedades.
Dizia que o ser humano, no estado natural, é cruel e
vingativo, necessitando de um governo forte e
centralizado para manter o seu controle.
A frase que resume suas ideias é: "O homem é o
lobo do homem“.
7. Jean Bodin
Bodin foi um jurista francês,
Parlamento e professor de Direito.
membro
do
Criou a obra “Os Seis livros da República”, em
1576, na qual defendia que a soberania é um poder
perpétuo e ilimitado.
Sendo assim , as únicas limitações do soberano
eram a lei divina e a lei natural.
Bodin usava de argumento religioso para justificar o
poder do rei, da mesma forma que Bossuet.
8. Jacques Bossuet
Bossuet foi um bispo e teólogo francês.
Criou a obra “Política tirada da Sagrada
Escritura”, em 1709, na qual criou o argumento que
o governo era divino e os reis recebiam o seu poder
de Deus.
Assim, desobedecer a autoridade
considerado um pecado mortal.
Um dos reis que se valeu de suas ideias foi o
monarca absolutista Luís XIV.
real
seria
9. Luís XIV
Luís XIV foi rei da França entre 1643 e 1715. Devido ao
seu poder, ficou conhecido como Rei-Sol.
Foi autor da frase “O estado sou eu”, que resume o
espírito absolutista da época.
Durante o seu reinado, foi construído o luxuoso Palácio
de Versalhes, que foi morada da família real francesa a
partir de 1683.
Vale lembrar que houve muitos outros monarcas
absolutistas, como: Henrique VIII, da Inglaterra;
Fernando e Isabel, da Espanha; D. João V, de
Portugal, entre outros.