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GOVERNO CIVIL

            PRESENTE                                         JULHO.2010




               BOLETIM ESPECIAL - FOGOS FLORESTAIS
             OS INTERVENIENTES DO PLANEAMENTO E PREVENÇÃO


                                                Apresentação do DECIF

                                                Secretário de Estado da
                                                Protecção Civil presente
                                                em Braga

                                                Governador Civil Presente
ENTREVISTA               ENTREVISTA
Parque Nacional Peneda   Comando Distrital de   Programa Voluntariado Jovem
Gerês.                   Operações e Socorro.   para as Florestas
Mensagem do Governador Civil




                               Mensagem do
                               Governador

                               AGIR E PREVENIR

                               O distrito de Braga vive momentos de dificuldade agravados pela crise económica e
                               financeira mundial. Não desconhecemos que a resolução do problema do desemprego vai
                               demorar, dada a inserção da região num contexto de base industrial em acelarada
                               mudança, fortemente penalizada pelas incidências internacionais do processo de
                               liberalização de que somos “contribuintes líquidos”e, por isso, credores de apoios adicionais
                               prometidos e devidos, para a consolidação de adequada almofada social e apoio às
                               empresas, designadamente às PME.

                               Mas os problemas resolvem-se não com o pessimismo dos diagnósticos ou com mágoas
                               carpidas, antes com a participação activa e positiva de todos e de cada um de nós. Tanto
                               mais que o Distrito de Braga tem potencial, longe dos limites de utilização: conhecimento;
                               empreendedorismo e capacidade de risco; inovação e tecnologia; juventude - capital
                               enorme, sabendo-se das incidências da evolução demográfica, porventura mais
                               significativas que o deficit ou a dívida; floresta e mar - vantagens comparativas, se lidarmos
                               correctamente com a pérola que é o PNPG e com as potencialidades do litoral de Esposende
                               com a vetusta questão da barra resolvida.

                               Falar do Parque Nacional da Peneda e Gerês, da floresta e da sua importância, social e
                               económica, logo nos leva ao tempo que passa, propício a incêndios tantas vezes
                               devastadores. Também neste capítulo é preciso agir e prevenir!...

                               É o que as entidades responsáveis pela Protecção Civil Distrital tem procurado fazer, em
                               trabalho conjunto e articulado entre vários agentes: Bombeiros, GNR, PSP, PJ, Exército e
                               Autoridade Florestal.




  2
Mensagem do Governador Civil
Os meios e os investimentos em protecção civil, designadamente na estratégia de combate
aos fogos florestais, são sempre escassos e a auto-suficiência nunca é alcançada. Todavia,
estaríamos a prestar um mau serviço público se omitíssemos o enorme esforço e o grande
salto qualitativo que nos últimos anos efectivamente aconteceu no distrito de Braga:
acrescida consciencialização e participação autárquica; disponibilização a todos os
bombeiros de equipamentos de protecção individual; reforço de viaturas de combate;
remodelação e construção de novos quartéis; constituição de EIPS – equipas de intervenção
permanente nas corporações de Bombeiros; abertura de novos programas de
financiamento através do QREN; consolidação de estratégia eficaz de primeira intervenção
com as equipas dos GIPS da Guarda Nacional Republicana; reforço dos meios aéreos com
instalação de bases permanentes; implementação de estratégia consistente de fogos
controlados; acréscimo de vigilância e fiscalização…

A iniciativa do governo, através dos ministérios da Administração Interna, Trabalho e
Agricultura, que criou as adequadas condições para que pessoas desempregadas regressem
à vida activa, colaborando no desenvolvimento das tarefas de defesa da floresta contra os
incêndios, revela a importância, também social, que envolve a temática em apreço.

Muito há ainda a fazer para proteger a floresta, prevenir e combater o fogo, sobretudo nos
aspectos atinentes à organização e limpeza de matas, com o indispensável saldo de
racionalidade económica, designadamente, no aproveitamento energético, através de
centrais de biomassa.

O muito que em pouco tempo já foi realizado é a garantia de que, com a participação de
todos, não tardaremos a alcançar o objectivo último de preservar a nossa floresta, com os
adequados níveis de eficácia e afectação de recursos.




                                                                         Fernando Moniz

                                                                Governador Civil de Braga




                                                                                                  3
Apresentação do DECIF


                        Governador C ivil Apresentou o Dispositivo Especial de
                        C om bate a Incêndios Florestais para 2010


                        Este ano, o Governo C ivil do D istrito de Braga apresentou o D ispositivo
                        Especial de Combate a Incêndios Florestais (D ECIF), na Póvoa de Lanhoso.


                        A cerimónia foi presidida pelo Governador C ivil, Fernando Moniz, e contou
                        igualmente   com    a   presença    do   C omandante   O peracional   Distrital,   o
                        C om andante da Federação de Bombeiros, as Associações de Bombeiros do
                        D istrito de Braga e respectivos C orpos Activos, os oficiais da ligaç ão do Plano
                        contra Incêndios Florestais, as C âmaras Municipais, para além de outras
                        individualidades.




                        O D ispositivo Especial de C om bate a Incêndios Florestais (D ECIF) garante a
                        resposta operacional adequada, em conformidade com os graus de gravidade
                        e probabilidade de incêndios florestais, dando conta das directivas e dos meios
                        materiais e humanos disponíveis para 2010.


                        Assim, o D istrito de Braga na F ase Charlie conta 422 elementos, que
                        representam 21 C orpos de Bombeiros, dos quais 20 Associativos e 1 Sapador
                        Municipal, apoiados de forma integrada com um pelotão de G IPS e Serviço de
                        Protecção da N atureza e do Ambiente da GN R , meios humanos e materiais da
                        D irecção Geral dos R ecursos F lorestais e IC NB, Forças Armadas, Associação
                        de Produtores Florestais e outros A gentes, apoiados por dois helicópteros
                        ligeiros e um helicóptero pesado.

    4
Apresentação do DECIF
                                                         Equipas/Grupos/



                                                                           Elementos
                                                             Brigadas




                                                                                       Viaturas
               FASE CHARLIE
GNR:
GIPS                                                           6           48            9
Elementos da GNR na EMEIF - CDOS                                           6
Vigilantes Postos de Vigia                                                 40
Equipas de Vigilância Móvel SEPNA                            4             20          4
Equipas de Protecção Florestal EPF/EPNA                      6             13          3
Equipas Vigilância Zonas Especiais (EPNAZE)                  3             7           2
Patrulhas Dispositivo Territorial                            22            44          20
Patrulhas a Cavalo (6 militares)                             3             6           6
FA:
Equipas de Sapadores Exército (Protocolo Exército_AFN)         1             6           1
PSP:
Brigadas de Protecção Ambiental (BriPA)                        4           10            4
AFN:
Equipas de Sapadores Florestais                              13            65          13
Corpo Nacional de Agentes Florestais                         1             1           1
Equipas GAUF                                                 1             2           1
ICNB:
Equipas de Vigilância e Ataque Inicial                         1             5           1
Equipas Vigilância                                             1             2           1
AFOLCELCA
Equipas de Sapadores Florestais                              3              9          3
TOTAL                                                        69            284         69


 Este Dispositivo pretende assegurar a mobilização, prontidão, empenhamento
 e gestão dos meios e recursos, tendo em vista assegurar um elevado nível de
 eficácia no combate aos incêndios florestais.


 É de realçar, que nos ú ltimos a nos, o Govern o fez uma reorgani zação
 profunda do sistema de p rotecção civil e d a defesa da flo resta co ntra
 incêndi os.


 No que diz re spe ito à pre venção e ao comb ate aos i ncên dios flo restais,
 destaca -se a criação da fase ECH O.


                                                                                                  5
Apresentação do DECIF



                        Assim, as Fases de perigo comportam níveis diferenciados de organização e
                        funcionamento, tendo em conta parâmetros previsíveis da evolução da
                        perigosidade e das vulnerabilidades do território, definindo-se os seguintes
                        períodos:


                                        Fase ALFA              De 01 Janeiro a 14 Maio

                                       Fase BRAVO              De 15 Maio a 30 Junho


                                      Fase CHARLIE           De 01 Julho a 30 Setembro

                                       Fase DELTA            De 01 Outubro a 15 Outubro

                                       Fase ECHO           De 16 Outubro a 31 Dezembro


                        Outro factor també m importa nte no combate aos incêndio s florestai s foi
                        em 2006 a cria ção do s GIPS, que fortifi cou ig ualmente o Dispositivo .
                        Os GIPS estão imp lementados em 11 Distritos e têm um efe ctivo de 638
                        ele men to s, co ntando o Distrito d e Braga com 44 e lementos.


                        Fora m ta mbé m cria das, em 2007, as Fo rças Especi ais de Bombeiros,
                        co nstituída a nível na cio nal p or 2 52 el emen to s e estão pre sen te s em 7
                        Distritos.


                        A criação das Equipas de In tervenção Pe rmanente foi ou tra das medid as
                        importa ntes que «visa elevar o nível de prontidão e resposta em situações de
                        socorro e emergência às populações dos concelhos com maior nível de risco,
                        devendo constituir uma oportunidade de valorização do voluntariado».


                        Assim, o Distrito de Braga co nta com 9 equi pas e 4 5 elementos.




     6
Secretário de Estado da Protecção Civil visita Braga
Secretário de Estado da Protecção Civil
Presente em Braga




O Secretário de Estado da Protecção Civil, Dr. Vasco Franco, deslocou-se a
Braga, para reunir com as Associações Humanitárias dos Bombeiros
Voluntários do Distrito de Braga e para visitar as instalações do CDOS, dos
GIPS e o Centro de Meios Aéreos.


Esta visita teve como objectivo inteirar-se das condições de operacionalidade
do dispositivo de combate aos incêndios florestais no distrito.


Assim, durante este encontro, o Secretário de Estado da Protecção Civil, teve
a oportunidade de ver quais eram as preocupações por parte dos agentes da
Protecção Civil e em particular dos Corpos dos Bombeiros Voluntários.


De seguida, o Governante visitou as instalações do CDOS, sedeadas no
edifício do Governo Civil do Distrito de Braga.


Inserido ainda nesta visita, o Secretário de Estado da Protecção Civil visitou a
Base dos GIPS em Braga para um contacto mais directo com o Grupo de
Intervenção e aproveitou para desejar o maior sucesso nas suas funções de
combate aos incêndios florestais.


Para terminar a visita ao Distrito de Braga, deslocou-se ao Centro de Meios
Aéreos, instalado no Aeródromo de Braga.
                                                                                        7
8
    Secretário de Estado da Protecção Civil visita Braga
Governador Civil Presente
Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Vila
Nova de Famalicão e Terras de Bouro


O Governador Civil, Fernando Moniz, presidiu em momentos diferentes, a dois
aniversários de   Associações   Humanitárias   de   Bombeiros   Voluntários,
designadamente o 120.º aniversário Bombeiros Voluntários de Vila Nova de
Famalicão e ao 25.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Terras de
Bouro.




O representante do Governo no Distrito, Fernando Moniz, felicitou as
Associações pelo trabalho que têm vindo a desenvolver ao nível do
voluntariado e da formação.


Foi expressa também uma palavra de “solidariedade e de reconhecimento a
todos aqueles que durante estes anos sempre se disponibilizaram para esta
grande e nobre causa que é sustentada em valores de amizade, de mérito e de
competência”.


O Governador Civil de Braga aproveitou o momento para oferecer uma placa
em prata, que com este gesto, o Governo Civil de Braga pretende assinalar
momentos marcantes da vida das associações do distrito.


Estas cerimónias ficaram ainda marcadas pela atribuição de medalhas aos
Bombeiros.




                                                                                 9
Programa Voluntariado Jovem para as Florestas


                                                Programa Voluntariado Jovem Para as Florestas




                                                O Programa Voluntariado Jovem para as Florestas, cuja concepção, implementação e
                                                controlo de execução está a cargo do Instituto Português da Juventude, tem como
                                                principais objectivos a sensibilização das populações, a vigilância móvel e fixa, a
                                                limpeza e manutenção de parques de merendas, a inventariação, sinalização e
                                                manutenção de caminhos florestais e de acesso a pontos de água, o apoio logístico
                                                aos centros de prevenção e detecção de incêndios florestais, ou seja, todas as
                                                actividades que permitam contribuir para a preservação da natureza e da floresta e
                                                consequente redução dos incêndios florestais, através de acções de prevenção.

                                                Com o objectivo de prosseguir uma distribuição destas equipas de voluntários de uma
                                                forma que garanta, no quadro dos meios e das necessidades, um efectivo
                                                contributo à defesa da floresta contra incêndios, o Governo Civil reuniu com todas as
                                                entidades com responsabilidade na defesa da floresta.

                                                Quem pode inscrever-se

                                                Todos os jovens entre 18 e 30 anos de idade.

                                                Prazos de inscrição

                                                As candidaturas começaram a 15 de Maio

                                                e terminam a 31 de Agosto, inclusivé.

                                                Onde podes inscrever-te

                                                Junto da Loja Ponto JA do IPJ da tua área de residência.

                                                Apoios

                                                O IPJ garante aos jovens participantes nos projectos:
                                                -uma bolsa diário montante de de 12€;
                                                - um seguro de acidentes pessoais;
                                                - uma t-shirt;
                                                - um certificado de participação a emitir pela
                                                Direcção Regional do IPJ.

10
Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista
Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG)

Entrevista com o Dr.Lagido Domingos
Director do Parque Nacional Peneda Gerês




O Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) criado em 1971 é uma das maiores
atracções naturais de Portugal, pela sua beleza paisagística e pela variedade da sua
fauna e flora.


Localiza-se na região Norte de Portugal e abrange 72 000 hectares, dos concelhos de
Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras do Bouro e Montalegre.


Este parque é a única área protegida nacional que possui a categoria de Parque
Nacional, o nível mais elevado de classificação das áreas protegidas.




                                                                                       11
Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista


                                             O que é que é feito, ao nível do PNPG, nas áreas do Planeamento e
                                             Prevenção?

                                             O PNPG elabora, anualmente, um Plano Prévio de Intervenção em Incêndios
                                             rurais, que é divulgado por todas as entidades com responsabilidade no
                                             combate a fogos florestais.
                                             O PNPG efectua acções de silvicultura preventiva nomeadamente fogos
                                             controlados, manutenção da rede viária e limpezas de mato. Estas acções
                                             incidem principalmente na Mata Nacional do Gerês. Nos baldios as acções têm
                                             sido asseguradas através das acções desenvolvidas pelas Equipas de
                                             Sapadores Florestais e pelas acções realizadas no âmbito das Intervenções
                                             Territoriais Integradas (ITI), tendo todos os baldios aderido a esta medida.



                                             E ao nível da vigilância? Quais as funções e atribuições assumidas pelo
                                             PNPG?

                                             A vigilância e primeira intervenção, no distrito de Braga, são asseguradas por
                                             uma brigada de funcionários do PNPG com 6 elementos com viatura 4x4 e Kit
                                             de 1ª intervenção. Para além desta brigada a vigilância é, também, efectuada
                                             por vigilantes da natureza.
                                             O PNPG é um dos elementos integrantes do DIOPS (Dispositivo Integrado das
                                             Operações de Protecção e Socorro). Assim, e segundo a Directiva Operacional
                                             Nacional nº 2/2010, o ICNB mobiliza, nos termos do Decreto-Lei n.º 17/2009,
                                             de 14 de Janeiro, as Equipas de Vigilância e Ataque Inicial nas áreas
                                             protegidas; que integra o SIOPS (Sistema Integrado de Operações de
                                             Protecção e Socorro). O PNPG assegura, sempre que solicitado, através de
                                             um elemento de ligação do PNPG, apoio técnico especializado:
                                                · Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), através de
                                                 Ao
                                                   disponibilização de informação técnica de apoio à decisão;
                                                · Comandante Operacional Distrital de Intervenção e Socorro (CODIS),
                                                 Ao
                                                   acompanhando-o sempre que lhe for solicitado, quando este se deslocar
                                                   aos Teatros de Operações (TO) das suas áreas de influência;
                                                · Postos de Comando Operacionais (PCO) montados nas suas áreas
                                                 Nos
                                                   de influência, através de disponibilização de informação técnica de apoio
                                                   à decisão, a solicitação do CDOS respectivo.

12
Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista
Que intervenções são feitas pelo PNPG ao nível da gestão florestal?

O PNPG tem realizado nos últimos anos diversas acções ao nível da gestão
florestal. Tem feito, regularmente, a manutenção da rede viária na Mata
Nacional do Gerês e nos baldios, tem realizado vários projectos de intervenção,
financiados por fundos comunitários, que visaram a redução de combustível em
faixas, a beneficiação de caminhos florestais considerados fundamentais e a
construção de pontos de água. Além disso, os funcionários do PNPG fazem,
com regularidade, a manutenção da rede de trilhos pedestres.
Nas áreas baldias estas acções têm sido realizadas com recurso ao
financiamento das Intervenções Territoriais Integradas. Na presente campanha
as equipas de sapadores florestais e o recurso à prestação de serviços
permitiram criar uma extensão de faixas de gestão de combustível, limpar
povoamentos e trilhos na ordem das centenas de ha.
Tem sido, também, utilizado fogo controlado em todo o PNPG com o objectivo
de reduzir a carga de combustível e melhoramento das pastagens, em
colaboração com as vezeiras do gado.


Nesta altura do ano, em que o PNPG vê aumentado o seu número de
visitantes que mensagem gostaria de lhes deixar ao nível das cautelas a
tomar nas visitas ao mesmo?

Os visitantes do PNPG devem ter um comportamento responsável e ter
consciência de que aquele património é vulnerável e que a sua conservação
depende, em muito, do uso que dele fazemos. Em termos práticos,
naturalmente, não devem fazer qualquer tipo de fogo, não devem fumar na
floresta e, sempre que detectem algum comportamento de risco, devem alertar
as autoridades.

No caso de um visitante se deparar com um incêndio, o que deve fazer?

Os visitantes quando se deparam com um incêndio devem, de imediato, ligar
para o 112 ou, em alternativa, para os serviços do PNPG através do 253
203480.




                                                                                  13
C.D.O.S. em Entrevista


                         Comando Distrital de Operações de Socorro de Braga

                         Entrevista com o Comandante Hercílio Campos
                         Comandante Operacional Distrital




                         Antes de mais e de forma a fazer algum enquadramento gostaria que nos
                         falasse um pouco do CDOS. O que é e o que faz ?

                         O CDOS tem como principal tarefa o acompanhamento de todas as operações de
                         socorro que estejam a desenrolar-se no distrito, a coordenação da operação e a
                         mobilização de meios de reforço, em função das necessidades.

                         Qual é a importância da floresta?

                         Em Portugal os espaços florestais, silvestres e de matos ocupam cerca de 60% do
                         território, representando, para além dos aspectos ambientais com implicação na
                         qualidade de vida de todos nós e na preservação de espécies animais e vegetais, o
                         emprego directo de cerca de 115.000 pessoas e indirecto de 135.000. Daqui
                         resulta um volume de negócios que representa cerca de 3,2 % do PIB e 12% das
                         exportações nacionais.




14
C.D.O.S. em Entrevista
Tendo em conta que a Protecção Civil começa em cada cidadão quais os
conselhos que gostaria de deixar?

Como todos beneficiamos da riqueza que ela representa, também todos temos
responsabilidades na sua preservação, nomeadamente não realizando
queimadas, queimas de sobrantes, lançamento de foguetes, entre 1 de Julho e
30 de Setembro e em especial sempre que se esteja em alerta igual ou
superior a amarelo para o risco de incêndio florestal, ou seja, não praticar
comportamentos de risco quando a floresta está mais sensível ao incêndio
florestal.

Sabemos que alguns incêndios deflagram algumas vezes, por uso
inapropriado no fogo, nomeadamente em situações de limpeza dos
campos: Que comentário lhe merece esta afirmação?

Eu diria que há um défice de bom senso no uso do fogo. Se é verdade que
essa prática poderá ser necessária na limpeza de vastas áreas a um custo
reduzido, também se verifica que quando a época escolhida para realizar essa
tarefa é esse período mais sensível, sendo a execução mais rápida,
normalmente não é a economicamente mais rentável. Não só arde tudo até ao
solo mineral, como são colocadas em causa espécies que se quereria
preservar, porque essa acção inadvertida provocou um incêndio, com
resultados sempre imprevisíveis e por vezes com a perda de vidas humanas.


Neste período do ano, em que os incêndios florestais assumem,
normalmente, o seu pico, quais os meios existentes para o alerta dos
mesmos?

Não cometa os actos contra a floresta descritos anteriormente e alerte as
autoridades quando os verifique praticados por outrem. Alerte de imediato
qualquer incêndio que visualize, através dos números de emergência ( 112 e
117 ), dando nota do local da ocorrência. Tenha em atenção que é sempre
preferível pecar por excesso do que por defeito, isto é, ligue mesmo que tenha
“quase” a certeza de que alguém já telefonou.




                                                                                 15
GOVERNO CIVIL
        DO
DISTRITO DE BRAGA

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DECIF 2010: Dispositivo contra incêndios no distrito de Braga

  • 1. GOVERNO CIVIL PRESENTE JULHO.2010 BOLETIM ESPECIAL - FOGOS FLORESTAIS OS INTERVENIENTES DO PLANEAMENTO E PREVENÇÃO Apresentação do DECIF Secretário de Estado da Protecção Civil presente em Braga Governador Civil Presente ENTREVISTA ENTREVISTA Parque Nacional Peneda Comando Distrital de Programa Voluntariado Jovem Gerês. Operações e Socorro. para as Florestas
  • 2. Mensagem do Governador Civil Mensagem do Governador AGIR E PREVENIR O distrito de Braga vive momentos de dificuldade agravados pela crise económica e financeira mundial. Não desconhecemos que a resolução do problema do desemprego vai demorar, dada a inserção da região num contexto de base industrial em acelarada mudança, fortemente penalizada pelas incidências internacionais do processo de liberalização de que somos “contribuintes líquidos”e, por isso, credores de apoios adicionais prometidos e devidos, para a consolidação de adequada almofada social e apoio às empresas, designadamente às PME. Mas os problemas resolvem-se não com o pessimismo dos diagnósticos ou com mágoas carpidas, antes com a participação activa e positiva de todos e de cada um de nós. Tanto mais que o Distrito de Braga tem potencial, longe dos limites de utilização: conhecimento; empreendedorismo e capacidade de risco; inovação e tecnologia; juventude - capital enorme, sabendo-se das incidências da evolução demográfica, porventura mais significativas que o deficit ou a dívida; floresta e mar - vantagens comparativas, se lidarmos correctamente com a pérola que é o PNPG e com as potencialidades do litoral de Esposende com a vetusta questão da barra resolvida. Falar do Parque Nacional da Peneda e Gerês, da floresta e da sua importância, social e económica, logo nos leva ao tempo que passa, propício a incêndios tantas vezes devastadores. Também neste capítulo é preciso agir e prevenir!... É o que as entidades responsáveis pela Protecção Civil Distrital tem procurado fazer, em trabalho conjunto e articulado entre vários agentes: Bombeiros, GNR, PSP, PJ, Exército e Autoridade Florestal. 2
  • 3. Mensagem do Governador Civil Os meios e os investimentos em protecção civil, designadamente na estratégia de combate aos fogos florestais, são sempre escassos e a auto-suficiência nunca é alcançada. Todavia, estaríamos a prestar um mau serviço público se omitíssemos o enorme esforço e o grande salto qualitativo que nos últimos anos efectivamente aconteceu no distrito de Braga: acrescida consciencialização e participação autárquica; disponibilização a todos os bombeiros de equipamentos de protecção individual; reforço de viaturas de combate; remodelação e construção de novos quartéis; constituição de EIPS – equipas de intervenção permanente nas corporações de Bombeiros; abertura de novos programas de financiamento através do QREN; consolidação de estratégia eficaz de primeira intervenção com as equipas dos GIPS da Guarda Nacional Republicana; reforço dos meios aéreos com instalação de bases permanentes; implementação de estratégia consistente de fogos controlados; acréscimo de vigilância e fiscalização… A iniciativa do governo, através dos ministérios da Administração Interna, Trabalho e Agricultura, que criou as adequadas condições para que pessoas desempregadas regressem à vida activa, colaborando no desenvolvimento das tarefas de defesa da floresta contra os incêndios, revela a importância, também social, que envolve a temática em apreço. Muito há ainda a fazer para proteger a floresta, prevenir e combater o fogo, sobretudo nos aspectos atinentes à organização e limpeza de matas, com o indispensável saldo de racionalidade económica, designadamente, no aproveitamento energético, através de centrais de biomassa. O muito que em pouco tempo já foi realizado é a garantia de que, com a participação de todos, não tardaremos a alcançar o objectivo último de preservar a nossa floresta, com os adequados níveis de eficácia e afectação de recursos. Fernando Moniz Governador Civil de Braga 3
  • 4. Apresentação do DECIF Governador C ivil Apresentou o Dispositivo Especial de C om bate a Incêndios Florestais para 2010 Este ano, o Governo C ivil do D istrito de Braga apresentou o D ispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (D ECIF), na Póvoa de Lanhoso. A cerimónia foi presidida pelo Governador C ivil, Fernando Moniz, e contou igualmente com a presença do C omandante O peracional Distrital, o C om andante da Federação de Bombeiros, as Associações de Bombeiros do D istrito de Braga e respectivos C orpos Activos, os oficiais da ligaç ão do Plano contra Incêndios Florestais, as C âmaras Municipais, para além de outras individualidades. O D ispositivo Especial de C om bate a Incêndios Florestais (D ECIF) garante a resposta operacional adequada, em conformidade com os graus de gravidade e probabilidade de incêndios florestais, dando conta das directivas e dos meios materiais e humanos disponíveis para 2010. Assim, o D istrito de Braga na F ase Charlie conta 422 elementos, que representam 21 C orpos de Bombeiros, dos quais 20 Associativos e 1 Sapador Municipal, apoiados de forma integrada com um pelotão de G IPS e Serviço de Protecção da N atureza e do Ambiente da GN R , meios humanos e materiais da D irecção Geral dos R ecursos F lorestais e IC NB, Forças Armadas, Associação de Produtores Florestais e outros A gentes, apoiados por dois helicópteros ligeiros e um helicóptero pesado. 4
  • 5. Apresentação do DECIF Equipas/Grupos/ Elementos Brigadas Viaturas FASE CHARLIE GNR: GIPS 6 48 9 Elementos da GNR na EMEIF - CDOS 6 Vigilantes Postos de Vigia 40 Equipas de Vigilância Móvel SEPNA 4 20 4 Equipas de Protecção Florestal EPF/EPNA 6 13 3 Equipas Vigilância Zonas Especiais (EPNAZE) 3 7 2 Patrulhas Dispositivo Territorial 22 44 20 Patrulhas a Cavalo (6 militares) 3 6 6 FA: Equipas de Sapadores Exército (Protocolo Exército_AFN) 1 6 1 PSP: Brigadas de Protecção Ambiental (BriPA) 4 10 4 AFN: Equipas de Sapadores Florestais 13 65 13 Corpo Nacional de Agentes Florestais 1 1 1 Equipas GAUF 1 2 1 ICNB: Equipas de Vigilância e Ataque Inicial 1 5 1 Equipas Vigilância 1 2 1 AFOLCELCA Equipas de Sapadores Florestais 3 9 3 TOTAL 69 284 69 Este Dispositivo pretende assegurar a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão dos meios e recursos, tendo em vista assegurar um elevado nível de eficácia no combate aos incêndios florestais. É de realçar, que nos ú ltimos a nos, o Govern o fez uma reorgani zação profunda do sistema de p rotecção civil e d a defesa da flo resta co ntra incêndi os. No que diz re spe ito à pre venção e ao comb ate aos i ncên dios flo restais, destaca -se a criação da fase ECH O. 5
  • 6. Apresentação do DECIF Assim, as Fases de perigo comportam níveis diferenciados de organização e funcionamento, tendo em conta parâmetros previsíveis da evolução da perigosidade e das vulnerabilidades do território, definindo-se os seguintes períodos: Fase ALFA De 01 Janeiro a 14 Maio Fase BRAVO De 15 Maio a 30 Junho Fase CHARLIE De 01 Julho a 30 Setembro Fase DELTA De 01 Outubro a 15 Outubro Fase ECHO De 16 Outubro a 31 Dezembro Outro factor també m importa nte no combate aos incêndio s florestai s foi em 2006 a cria ção do s GIPS, que fortifi cou ig ualmente o Dispositivo . Os GIPS estão imp lementados em 11 Distritos e têm um efe ctivo de 638 ele men to s, co ntando o Distrito d e Braga com 44 e lementos. Fora m ta mbé m cria das, em 2007, as Fo rças Especi ais de Bombeiros, co nstituída a nível na cio nal p or 2 52 el emen to s e estão pre sen te s em 7 Distritos. A criação das Equipas de In tervenção Pe rmanente foi ou tra das medid as importa ntes que «visa elevar o nível de prontidão e resposta em situações de socorro e emergência às populações dos concelhos com maior nível de risco, devendo constituir uma oportunidade de valorização do voluntariado». Assim, o Distrito de Braga co nta com 9 equi pas e 4 5 elementos. 6
  • 7. Secretário de Estado da Protecção Civil visita Braga Secretário de Estado da Protecção Civil Presente em Braga O Secretário de Estado da Protecção Civil, Dr. Vasco Franco, deslocou-se a Braga, para reunir com as Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários do Distrito de Braga e para visitar as instalações do CDOS, dos GIPS e o Centro de Meios Aéreos. Esta visita teve como objectivo inteirar-se das condições de operacionalidade do dispositivo de combate aos incêndios florestais no distrito. Assim, durante este encontro, o Secretário de Estado da Protecção Civil, teve a oportunidade de ver quais eram as preocupações por parte dos agentes da Protecção Civil e em particular dos Corpos dos Bombeiros Voluntários. De seguida, o Governante visitou as instalações do CDOS, sedeadas no edifício do Governo Civil do Distrito de Braga. Inserido ainda nesta visita, o Secretário de Estado da Protecção Civil visitou a Base dos GIPS em Braga para um contacto mais directo com o Grupo de Intervenção e aproveitou para desejar o maior sucesso nas suas funções de combate aos incêndios florestais. Para terminar a visita ao Distrito de Braga, deslocou-se ao Centro de Meios Aéreos, instalado no Aeródromo de Braga. 7
  • 8. 8 Secretário de Estado da Protecção Civil visita Braga
  • 9. Governador Civil Presente Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão e Terras de Bouro O Governador Civil, Fernando Moniz, presidiu em momentos diferentes, a dois aniversários de Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, designadamente o 120.º aniversário Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão e ao 25.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro. O representante do Governo no Distrito, Fernando Moniz, felicitou as Associações pelo trabalho que têm vindo a desenvolver ao nível do voluntariado e da formação. Foi expressa também uma palavra de “solidariedade e de reconhecimento a todos aqueles que durante estes anos sempre se disponibilizaram para esta grande e nobre causa que é sustentada em valores de amizade, de mérito e de competência”. O Governador Civil de Braga aproveitou o momento para oferecer uma placa em prata, que com este gesto, o Governo Civil de Braga pretende assinalar momentos marcantes da vida das associações do distrito. Estas cerimónias ficaram ainda marcadas pela atribuição de medalhas aos Bombeiros. 9
  • 10. Programa Voluntariado Jovem para as Florestas Programa Voluntariado Jovem Para as Florestas O Programa Voluntariado Jovem para as Florestas, cuja concepção, implementação e controlo de execução está a cargo do Instituto Português da Juventude, tem como principais objectivos a sensibilização das populações, a vigilância móvel e fixa, a limpeza e manutenção de parques de merendas, a inventariação, sinalização e manutenção de caminhos florestais e de acesso a pontos de água, o apoio logístico aos centros de prevenção e detecção de incêndios florestais, ou seja, todas as actividades que permitam contribuir para a preservação da natureza e da floresta e consequente redução dos incêndios florestais, através de acções de prevenção. Com o objectivo de prosseguir uma distribuição destas equipas de voluntários de uma forma que garanta, no quadro dos meios e das necessidades, um efectivo contributo à defesa da floresta contra incêndios, o Governo Civil reuniu com todas as entidades com responsabilidade na defesa da floresta. Quem pode inscrever-se Todos os jovens entre 18 e 30 anos de idade. Prazos de inscrição As candidaturas começaram a 15 de Maio e terminam a 31 de Agosto, inclusivé. Onde podes inscrever-te Junto da Loja Ponto JA do IPJ da tua área de residência. Apoios O IPJ garante aos jovens participantes nos projectos: -uma bolsa diário montante de de 12€; - um seguro de acidentes pessoais; - uma t-shirt; - um certificado de participação a emitir pela Direcção Regional do IPJ. 10
  • 11. Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) Entrevista com o Dr.Lagido Domingos Director do Parque Nacional Peneda Gerês O Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) criado em 1971 é uma das maiores atracções naturais de Portugal, pela sua beleza paisagística e pela variedade da sua fauna e flora. Localiza-se na região Norte de Portugal e abrange 72 000 hectares, dos concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras do Bouro e Montalegre. Este parque é a única área protegida nacional que possui a categoria de Parque Nacional, o nível mais elevado de classificação das áreas protegidas. 11
  • 12. Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista O que é que é feito, ao nível do PNPG, nas áreas do Planeamento e Prevenção? O PNPG elabora, anualmente, um Plano Prévio de Intervenção em Incêndios rurais, que é divulgado por todas as entidades com responsabilidade no combate a fogos florestais. O PNPG efectua acções de silvicultura preventiva nomeadamente fogos controlados, manutenção da rede viária e limpezas de mato. Estas acções incidem principalmente na Mata Nacional do Gerês. Nos baldios as acções têm sido asseguradas através das acções desenvolvidas pelas Equipas de Sapadores Florestais e pelas acções realizadas no âmbito das Intervenções Territoriais Integradas (ITI), tendo todos os baldios aderido a esta medida. E ao nível da vigilância? Quais as funções e atribuições assumidas pelo PNPG? A vigilância e primeira intervenção, no distrito de Braga, são asseguradas por uma brigada de funcionários do PNPG com 6 elementos com viatura 4x4 e Kit de 1ª intervenção. Para além desta brigada a vigilância é, também, efectuada por vigilantes da natureza. O PNPG é um dos elementos integrantes do DIOPS (Dispositivo Integrado das Operações de Protecção e Socorro). Assim, e segundo a Directiva Operacional Nacional nº 2/2010, o ICNB mobiliza, nos termos do Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, as Equipas de Vigilância e Ataque Inicial nas áreas protegidas; que integra o SIOPS (Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro). O PNPG assegura, sempre que solicitado, através de um elemento de ligação do PNPG, apoio técnico especializado: · Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), através de Ao disponibilização de informação técnica de apoio à decisão; · Comandante Operacional Distrital de Intervenção e Socorro (CODIS), Ao acompanhando-o sempre que lhe for solicitado, quando este se deslocar aos Teatros de Operações (TO) das suas áreas de influência; · Postos de Comando Operacionais (PCO) montados nas suas áreas Nos de influência, através de disponibilização de informação técnica de apoio à decisão, a solicitação do CDOS respectivo. 12
  • 13. Parque Nacional Peneda Gerês em Entrevista Que intervenções são feitas pelo PNPG ao nível da gestão florestal? O PNPG tem realizado nos últimos anos diversas acções ao nível da gestão florestal. Tem feito, regularmente, a manutenção da rede viária na Mata Nacional do Gerês e nos baldios, tem realizado vários projectos de intervenção, financiados por fundos comunitários, que visaram a redução de combustível em faixas, a beneficiação de caminhos florestais considerados fundamentais e a construção de pontos de água. Além disso, os funcionários do PNPG fazem, com regularidade, a manutenção da rede de trilhos pedestres. Nas áreas baldias estas acções têm sido realizadas com recurso ao financiamento das Intervenções Territoriais Integradas. Na presente campanha as equipas de sapadores florestais e o recurso à prestação de serviços permitiram criar uma extensão de faixas de gestão de combustível, limpar povoamentos e trilhos na ordem das centenas de ha. Tem sido, também, utilizado fogo controlado em todo o PNPG com o objectivo de reduzir a carga de combustível e melhoramento das pastagens, em colaboração com as vezeiras do gado. Nesta altura do ano, em que o PNPG vê aumentado o seu número de visitantes que mensagem gostaria de lhes deixar ao nível das cautelas a tomar nas visitas ao mesmo? Os visitantes do PNPG devem ter um comportamento responsável e ter consciência de que aquele património é vulnerável e que a sua conservação depende, em muito, do uso que dele fazemos. Em termos práticos, naturalmente, não devem fazer qualquer tipo de fogo, não devem fumar na floresta e, sempre que detectem algum comportamento de risco, devem alertar as autoridades. No caso de um visitante se deparar com um incêndio, o que deve fazer? Os visitantes quando se deparam com um incêndio devem, de imediato, ligar para o 112 ou, em alternativa, para os serviços do PNPG através do 253 203480. 13
  • 14. C.D.O.S. em Entrevista Comando Distrital de Operações de Socorro de Braga Entrevista com o Comandante Hercílio Campos Comandante Operacional Distrital Antes de mais e de forma a fazer algum enquadramento gostaria que nos falasse um pouco do CDOS. O que é e o que faz ? O CDOS tem como principal tarefa o acompanhamento de todas as operações de socorro que estejam a desenrolar-se no distrito, a coordenação da operação e a mobilização de meios de reforço, em função das necessidades. Qual é a importância da floresta? Em Portugal os espaços florestais, silvestres e de matos ocupam cerca de 60% do território, representando, para além dos aspectos ambientais com implicação na qualidade de vida de todos nós e na preservação de espécies animais e vegetais, o emprego directo de cerca de 115.000 pessoas e indirecto de 135.000. Daqui resulta um volume de negócios que representa cerca de 3,2 % do PIB e 12% das exportações nacionais. 14
  • 15. C.D.O.S. em Entrevista Tendo em conta que a Protecção Civil começa em cada cidadão quais os conselhos que gostaria de deixar? Como todos beneficiamos da riqueza que ela representa, também todos temos responsabilidades na sua preservação, nomeadamente não realizando queimadas, queimas de sobrantes, lançamento de foguetes, entre 1 de Julho e 30 de Setembro e em especial sempre que se esteja em alerta igual ou superior a amarelo para o risco de incêndio florestal, ou seja, não praticar comportamentos de risco quando a floresta está mais sensível ao incêndio florestal. Sabemos que alguns incêndios deflagram algumas vezes, por uso inapropriado no fogo, nomeadamente em situações de limpeza dos campos: Que comentário lhe merece esta afirmação? Eu diria que há um défice de bom senso no uso do fogo. Se é verdade que essa prática poderá ser necessária na limpeza de vastas áreas a um custo reduzido, também se verifica que quando a época escolhida para realizar essa tarefa é esse período mais sensível, sendo a execução mais rápida, normalmente não é a economicamente mais rentável. Não só arde tudo até ao solo mineral, como são colocadas em causa espécies que se quereria preservar, porque essa acção inadvertida provocou um incêndio, com resultados sempre imprevisíveis e por vezes com a perda de vidas humanas. Neste período do ano, em que os incêndios florestais assumem, normalmente, o seu pico, quais os meios existentes para o alerta dos mesmos? Não cometa os actos contra a floresta descritos anteriormente e alerte as autoridades quando os verifique praticados por outrem. Alerte de imediato qualquer incêndio que visualize, através dos números de emergência ( 112 e 117 ), dando nota do local da ocorrência. Tenha em atenção que é sempre preferível pecar por excesso do que por defeito, isto é, ligue mesmo que tenha “quase” a certeza de que alguém já telefonou. 15
  • 16. GOVERNO CIVIL DO DISTRITO DE BRAGA