O documento discute estratégias para sistematizar o ensino das relações entre sons e letras no processo de alfabetização. Aborda a complexidade dessas relações devido às diferentes pronúncias de uma mesma letra ou sons representados por letras diferentes. Propõe iniciar com letras de correspondência biunívoca entre som e letra e depois explorar variações de acordo com a posição na palavra.
4. Objetivos
Refletir sobre o conceito de alfabetização, fortalecendo
a compreensão de que a aprendizagem dos
conhecimentos sobre o Sistema de Escrita Alfabética
deve ocorrer de forma articulada às dimensões da
leitura e da produção de textos.
Aprofundar conhecimentos acerca das relações entre
sons e letras e letras e sons, tomando por base as
contribuições da Linguística, em especial dos campos da
Fonética e da Fonologia.
Distinguir conceitos chaves, produzidos na Fonética e na
Fonologia, que contribuem para compreensão dos
mecanismos de produção dos sons e de apropriação do
sistema alfabético-ortográfico da Língua Portuguesa.
5. Compreender que a Língua Portuguesa tem um
princípio alfabético e ortográfico;
Analisar atividades destinadas ao ensino das relações
entre sons e letras e letras e sons, contidas em Livros
Didáticos e em outros materiais de grande utilização
nas práticas de alfabetização.
Desenvolver planejamentos com vistas ao
aprimoramento das atividades analisadas, com
elaboração de diferentes estratégias para
sistematizar o estudo das relações entre sons e letras
e letras e sons, considerando as especificidades do
trabalho com crianças do 1º ano do Ciclo de
Alfabetização.
6. Conteúdos
1. CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO
2. ALFABETIZAÇÃO E LINGUÍSTICA
- A FALA E A ESCRITA;
- VARIAÇÃO LINGUÍSTICA;
- FONÉTICA E FONOLOGIA;
3. PROPOSTA DE TRABALHO COM AS RELAÇÕES SONS E
LETRAS E LETRAS E SONS.
7. Vimos que, com relação aos direitos de
aprendizagem das crianças sobre o sistema de
escrita, temos um conjunto de conhecimentos
que precisam ser integrados, de forma
articulada ao trabalho com textos, desde o 1º
ano.
Ao articularmos os conhecimentos sobre o
sistema de escrita não podemos nos esquecer
de uma dimensão imprescindível na
alfabetização, que consiste no trabalho com as
relações entre sons e letras e letras e sons.
Retomando
8. “[...] A ALFABETIZAÇÃO É UMA PRÁTICA
SOCIOCULTURAL EM QUE AS CRIANÇAS,
POR MEIO DO TRABALHO INTEGRADO COM
A PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E
ESCRITOS, A LEITURA, OS
CONHECIMENTOS SOBRE O SISTEMA DA
LÍNGUA PORTUGUESA E COM AS
RELAÇÕES ENTRE SONS E LETRAS E
LETRAS E SONS, DESENVOLVEM A
CRITICIDADE, A CRIATIVIDADE E A
INVENTIVIDADE (GONTIJO, 2012).
9. Os conhecimentos acumulados, nos campos da
Fonética e da Fonologia, são muito importantes,
porque contribuem para que possamos
compreender os erros cometidos pelas crianças,
na escrita de palavras ou orações, durante a fase
inicial de alfabetização. Quando as crianças
descobrem que “[...] cada letra é símbolo de um
som e cada som é simbolizado por uma letra”
(LEMLE, 1989, p. 16), a escrita é elaborada, a
partir da análise dos fonemas. No início desse
processo, segundo Lemle (1989), elas acreditam
que existe correspondência biunívoca entre sons
da fala e letras do alfabeto e, por isso, escrevem
como falam.
10. É importante notar que os erros que
ocorrem durante o processo de
aprendizagem da leitura e da escrita, na
maioria das vezes, são resultados de
reflexões que as crianças realizam sobre a
língua oral. Dessa forma, revelam a
compreensão sobre as relações entre o
oral e o escrito e servem para indicar
os tipos de intervenções necessárias
para que as crianças progridam rumo ao
domínio das convenções que regulam o
sistema de escrita.
11. É COMUM OBSERVAR AS CRIANÇAS
ESCREVEREM DOCI (DOCE) BOLU (BOLO)
CABELU (CABELO) BUNECA (BONECA). ÀS
VEZES, CONSIDERAMOS ESSAS ESCRITAS
ABSURDAS, FRUTO DE FALTA DE ATENÇÃO,
ETC. ENTRETANTO, AS PALAVRAS FORAM
ESCRITAS COMO SÃO FALADAS,
PRONUNCIADAS. POR ISSO, ESSAS
GRAFIAS NÃO SÃO ABSURDAS OU
RESULTADO DE FALTA DE ATENÇÃO, MAS
DA ANÁLISE QUE ELABORAM DA FALA E,
PORTANTO, DA IDEIA INICIAL DE QUE A
ESCRITA É UMA TRANSCRIÇÃO DA FALA.
12. VAMOS OBSERVAR ALGUMAS
REFLEXÕES QUE AS CRIANÇAS
FAZEM AO ELABORAR SEUS TEXTOS.
ANOTEM O QUE IDENTIFICAREM
COMO REFLEXÕES QUE FORAM
FEITAS DE FORMA EQUIVOCADAS.
ATIVIDADE EM GRUPO
DISTRIBUIR FOLHAS PARA ANÁLISE.
13. ANOTEM O QUE IDENTIFICAREM
COMO REFLEXÕES QUE FORAM
FEITAS DE FORMA EQUIVOCADAS.
ATIVIDADE EM GRUPO
14.
15. PELA NATUREZA DE ALGUNS
EQUÍVOCOS OBSERVADOS,
PODEMOS DIZER QUE ELAS
ACONTECEM SOMENTE COM
AQUELES QUE ESTÃO SE
APROPRIANDO DA LEITURA E DA
ESCRITA?
17. Relações de um para um:
cada letra com seu som; cada
som com uma letra.
A motivação fonética da
relação simbólica é
perfeita.
Relações de um para mais de
um, determinadas a partir da
posição: cada letra com um
som numa dada posição, cada
som com uma letra numa dada
posição.
A motivação fonética
vem combinada com a
consideração da posição.
Relações de concorrência:
mais de uma letra para o mesmo
som na mesma posição.
A motivação fonética da
opção entre as letras
está perdida.
Porque em nosso sistema de escrita temos:
18. Vamos realizar o estudo de algumas letras
para compreendermos melhor os sons que
elas representam.
Vamos estudar as letras do texto analisado
acima, fazendo um cartaz para explicar os
sons que essas letras representam:
L, S, N e R
PESQUISA EM JORNAIS E/OU REVISTAS (OU MESMO A ESCRITA) E
FAZER CARTAZ PARA EXPLICAÇÃO.
• Pesquisando do som para a letra: [u], [k]
• Pesquisando da letra para o som: S , R
• Outras letras que preferirem.
19. Como sistematizam o trabalho com as
relações sons e letras e letras e sons?
A pesquisa realizada nos confirma a
complexidade que envolve as relações sons
e letras e letras e sons. Nesse sentido,
não tem como os aprendizes da leitura e
da escrita “descobrirem” ou “construírem”
essa relação sozinhos.
22. Algumas práticas sistematizam a partir das propostas
dos livros didáticos
Coleção Porta Aberta Coleção Fazendo e compreendendo
Pelo sumário é possível perceber diferença na forma de
sistematizar o trabalho com as relações sons e letras?
23. Nas coleções há atividades para cada letra do
alfabeto. Podemos observar uma sistematização que
concebe a ordem alfabética como a lógica para o
trabalho com as relações sons e letras e letras e sons.
Por outro lado alguns livros didáticos sistematizam
separando vogais e consoantes.
No entanto, seguir essa ordem, ou separar o
alfabeto em vogais e consoantes, iniciando pelas
vogais por as considerarem mais fáceis não vai ao
encontro da complexidade que envolve esse
conhecimento, sendo um equívoco.
Além, disso, são em sua maioria, propostas que
apresentam as letras como se as mesmas tivessem
apenas um som. O que acontece em poucos casos.
24. E as sistematizações feitas pela mediação
do professor? Como andam?
Prática do ditado de palavras com
correção das palavras que foram
escritas erradas.
Limitar o trabalho com as relações sons e letras com a
prática de correção de palavras a partir do ditado não
contribui para a compreensão dos equívocos cometidos.
25. Temos a clareza de que uma letra pode
representar sons diferentes e de que o mesmo
som pode ser representado por diferentes
letras, o que torna esse aprendizado complexo.
No entanto, esses conhecimentos podem ser
trabalhados de forma a levar os alunos a
compreenderem ou apenas a memorizarem.
Mas memorização não é sinônimo de
aprendizagem, por isso devemos analisar
criticamente as propostas, com vistas a
complementá-las, ressignificá-las ou até
mesmo abandoná-las...
27. • As primeiras letras e sons a ser ensinados
para as crianças possuem correspondências
biunívocas: cada letra representa um único
som e cada som é representado por uma
única letra.
• Nesse caso, as letras são lidas de uma única
maneira e os sons são escritos com apenas uma
letra. Assim, as letras e os sons considerados
mais fáceis são aqueles que mantêm relação
biunívoca entre si.
Relações de um para um:
letras e sons que possuem relação biunívoca
28. Letras Sons
p /p/
b /b/
f /f/
v /v/
a /a/
Quadro 4: Correspondência biunívoca entre sons e letras
(GONTIJO, SCHWARTZ, 2009, p. 58)
29. 29
ssS
TRANSCRIÇÃO
FONÉTICA [ ]
TRANSCRIÇÃO FONÊMICA / /
Representa uma cadeia
de sons da fala. Não
está preocupada com
a distinção.
Ex: leite – na transcrição
a letra “e” final fica
com [i]
As / / são uma convenção de notação
utilizada para delimitar a representação
de uma transcrição fonêmica.
A transcrição fonêmica é aquela em que
os símbolos gráficos se referem aos
feixes de traços distintivos dos sons da
fala.
Ex: /ana/ é a transcrição fonêmica da
palavra Ana - É uma representação
fonêmica (transcrição de uma cadeia
linguística na qual os símbolos fazem
referência apenas aos traços de som
que estabelecem diferenças entre
palavras.)
Segundo Lemle, a letra a, só corresponde
ao som /a/, em qualquer contexto e
posição.
Esclarecimentos...
30. Letra Fone (sons) Posição Exemplos
S [s]
[z]
Início de palavra
Intervocálico
Sala
casa, duas árvores
os olhos
M [m]
(nasalidade da
vogal precedente)
Antes de vogal
Depois de vogal,
diante de p e b
mala, leme
campo, sombra
N [n]
(nasalidade da
vogal precedente)
Antes de vogal
Depois da vogal
nada, navio
ganso, tango, conto
Relações de um para mais de um:
determinadas a partir da posição que ocupam na palavra
1. Exemplos de letras que representam diferentes sons segundo a posição
31. L [l]
[u]
Antes da vogal, início da
sílaba
Depois da vogal
bola, lua
calma, salto
T [t]
[t∫]
Antes de a, e, o, u
Antes da vogal i
teto, tabela
tia, tomate
D [d]
[dʒ]
Antes de a, e, o, u
Antes da vogal i
dado
dia
C [k] Antes de a, o, u
Antes de e, i
casa, saco,acústico
centro, cidade
G [g]
[ʒ]
Antes de a, o, u
Dígrafo gu
Antes de e, i
garoto, alguma,
guitarra
gente, girafa
Quadro 5: Uma letra representando diferentes sons segundo a posição
(GONTIJO, SCHWARTZ, 2009, p. 60)
32. Fone
(som)
Letra Posição Exemplos
[ k ] c
qu
Diante de a, o, u
Diante de e, i
caneta, carrancudo
queijo, quiabo
[ g ] g
gu
Diante de a, o, u
Diante de e, i
gato, gota, agudo
paguei, guitarra
[ i ] i
e
Posição acentuada
Posição átona em
final de palavra
pino, livro
norte, doce
2. Exemplos de sons que são representados por diferentes letras
segundo a posição
33. [ u ] u
o
Posição acentuada
Posição átona em
final de palavra
lua, Luana
bolo, amigo
[ R ]
(r forte)
rr
R
Intervocálico
Outras posições
carro
rua, carta, honra
[ ∂w ] ão
am
Posição acentuada
Posição átona
portão, cantarão
cantaram
[ ku ] qu
cu
Diante de a, o, e, i
Outras
aquário, quota,
cinquenta, equino
frescura, piracuru
[ gu ] gu
gu
Diante de e, i
Outras
aguenta, sagui
água, agudo
Quadro 6: Um som representado por diferentes letras segundo a posição
(GONTIJO, SCHWARTZ, 2009, p. 62)
34. Relações de concorrências:
letras que representam sons idênticos em contextos idênticos
Fone Contexto Letras Exemplos
[ z ] Intervocálico S
Z
X
mesa
certeza
exemplo
35. [ s ] Intervocálico diante de a,
o, u
sç
ç
sc
russo
ruço
cresça
Intervocálico diante de e, i ss
c
sc
posseiro, assento
roceiro, acento
piscina, ascender
Diante de a, o, u,
precedido por consoante
s
ç
balsa
alça
Diante de e, i, precedido
por consoante
s
c
persegue
percebe
Diante de consoante s
x
espera, testa
expectativa, texto
Fim da palavra s
z
funis, mês, Taís
atriz, vez, Beatriz
36. [ š ] Diante de vogal ch
x
chuva, racha
taxa
[ ž ] Início ou meio de palavra
e diante de e, i
j
g
jeito, sujeira
gente,bagageiro
[ u ] Fim de sílaba u
l
céu, chapéu
mel, papel
Zero Início de palavra zero
h
ora, ovo
hora, homem
Quadro 7: Letras que representam sons idênticos em contextos idênticos
(GONTIJO, SCHWARTZ, 2009, p. 65)
37. O ensino das relações sons e letras pode ser
iniciado, como sugere Lemle (1989), pelas
relações mais simples, ou seja, pelas letras e
sons que possuem correspondências regulares
diretas e contextuais, sem perder de vista a
necessidade de refletir com as crianças sobre as
demais relações do sistema de escrita
alfabético-ortográfico para que essas relações
sejam consolidadas ao longo do Ciclo Inicial,
como previsto no quadro dos direitos de
aprendizagem.
38. Apropriação do sistema de escrita 1o ano 2o ano 3o ano
Escrever o próprio nome. I/A/C
Reconhecer e nomear as letras do alfabeto. I/A/C
Diferenciar letras de números e de outros símbolos. I/A/C
Conhecer a ordem alfabética e seus usos em diferentes gêneros. I/A/C
Reconhecer diferentes tipos de letras em textos de diferentes gêneros e suportes textuais. I/A A/C
Usar diferentes tipos de letras em situações de escrita de palavras e textos. I A/C
Compreender que palavras diferentes compartilham certas letras. I/A/C
Perceber que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras. I/A/C
Segmentar oralmente as sílabas de palavras e compara as palavras quanto ao tamanho. I/A/C
Identificar semelhanças sonoras em sílabas e em rimas. I/A/C
Reconhecer que as sílabas variam quanto às suas composições. I/A/C
Perceber que as vogais estão presentes em todas as sílabas. I/A/C
Ler, ajustando a pauta sonora ao escrito. I/A/C
Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler
palavras e textos.
I/A AC C
Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a
escrever palavras e textos.
I/A AC C
Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares diretas entre letras e
fonemas (P, B, T, D, F, V).
I/A A C
Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares contextuais entre
letras ou grupos de letras e seu valor sonoro (C/QU; G/GU; R/RR; SA/SO/SU em início de palavra;
JA/JO/JU; Z inicial; O ou U/ E ou I em sílaba final; M e N nasalizando final de sílaba; NH; Ã e ÃO
em final de substantivos e adjetivos).
I A/C A/C
Conhecer e fazer uso de palavras com correspondências irregulares, mas de uso frequente. I A
Identificar e fazer uso de letra maiúscula e minúscula nos textos produzidos, segundo as
convenções.
I A/C
Pontuar o texto. I A/C
Segmentar palavras em textos. I A/C
UFES/NEPALES, 2013
39. COMO OS LIVROS DIDÁTICOS
ESTÃO PROPONDO O TRABALHO
COM ESSE CONHECIMENTO?
45. Toda proposta deve ser analisada como
um todo, levando em considerando o
conceito de alfabetização na perspectiva
histórico cultural, onde, o texto é ponto
de partida e de chegada.
Nesse sentido, é importante analisar o
trabalho proposto com a dimensão: leitura
e produção de textos na perspectiva
discursiva e dialógica (assuntos
estudados em 2013 que serão
aprofundados em 2014).
Nesse momento, focalizaremos a
dimensão linguística. Portanto:
1. Identifique a relação som e letra em
estudo;
2. Analise como o livro didático propõe o
estudo dessa letra fazendo uma
apreciação crítica a partir das
reflexões feitas sobre a Base
Linguística na Alfabetização.
46. Em síntese...
As letras X e CH estão aptas a
representar o mesmo som e no mesmo
contexto, diante de vogal, por isso são
relações que devem ser ensinadas
cuidadosamente, nesse caso atividades
que levem as crianças apenas a
memorizarem qual letra é utilizada para
escrever determinadas palavras não as
ajuda refletir sobre a língua. (Proposta 1)
47. Nesse caso de concorrência (som idêntico em
contexto idêntico) o mais sensato é estudar
as letras mostrando que ambas estão aptas a
representar o mesmo som, no entanto, é a
ortografia que definiu qual letra será
utilizada. (Proposta 2)
OBS: Outras análises podem e devem ser feitas,
nos detivemos nesse momento apenas na
abordagem ao trabalho com as letras que estão
aptas a representar o mesmo som.
48. O PROFESSOR ALFABETIZADOR
CONHECENDO BEM A SUA ÁREA DE
ATUAÇÃO PODERÁ EFETIVAR
MEDIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS
DA ALFABETIZAÇÃO EM TODA E
QUALQUER SITUAÇÃO DE ENSINO
APRENDIZAGEM.
49. A Proposta de Avaliação da aprendizagem,
fundamentada nos princípios
sóciointeracionistas, que compreende o
educando como um ser em constante processo
de construção e transformação, deve fazer com
que a Avaliação se constitua como um
instrumento pedagógico não apenas para
mensurar, de modo imediatista, o conhecimento
adquirido pelo aluno, mas para fazê-lo
desenvolver em sua dimensão cognitiva,
implicando também antever o desenvolvimento
educativo do aluno em dois processos articulados
e indissociáveis: diagnosticar e intervir.
DIAGNÓSTICO: Avaliação da aprendizagem
50. Desta forma, uma avaliação no sentido
de intervir, proporciona ao educador um
‘feedback’ que o orienta no processo de
aprendizagem, não sendo possível um
diagnóstico sem uma intervenção e
uma intervenção sem um diagnóstico,
pois um depende do outro na
articulação dos procedimentos a serem
tomados.
51. As quatro dimensões a seguir apresentam um
sentido amplo mediante a necessidade de
formação do educando, pois são interligadas e
não podem ser dissociadas umas das outras.
Dessa forma, essas relações se intensificam no
processo de ensino-aprendizagem, tendo como
parâmetro uma coerência de avaliação e um
diagnóstico que sempre é, burocraticamente
necessário, tendo em vista a menção que se aplica
a essa complexidade denominada avaliação.
52.
53.
54. SUGESTÃO DE ATIVIDADE
DIAGNÓSTICA
DIAGNÓSTICO CONTEXTUALIZADO
Trabalhando com o nome próprio...
Material que o professor deverá fazer:
1-Cartaz com as quadrinhas...(“TODO MUNDO TEM UM NOME”, “A
GALINHA DO VIZINHO”)
2-Cartão de cartolina com o nome do aluno;
3-Lista com o nome de todos os alunos que
será afixado na parede;
4- Fichas onde cada criança escreverá seu
próprio nome;
55. TODO MUNDO TEM UM NOME.
DIGA LÁ QUAL É O SEU
MARIANA, RODRIGO,
JÚLIA OU ANDRÉ ?
O SEU NOME COMO É ?
56. ATIVIDADES LÚDICAS COM NOMES
• Mostrar o cartão sem falar o nome esperando
que o dono ou algum colega o reconheça;
• Mostrar o cartão sem ler, mas dando uma
característica do dono. Os alunos devem identificar
quem é.
• Embaralhar os cartões, entregar um para cada
aluno e pedir que cada um procure o seu;
• Embaralhar os cartões, entregar um para cada
aluno que deverá entregar ao dono;
• Dispor os cartões sobre uma mesa e pedir que
cada um pegue o seu;
• Deixar os cartões sobre uma mesa e pedir que,
um por um, pegue um cartão que não seja o seu e
entregue ao dono;
57. • Entregar os cartões e disponibilizar letras recortadas
pedindo que cubram as letras de seu cartão com essas
letras móveis; Nomear as letras que formam seu nome;
• Contar as letras do nome;
• O professor escreve o nome de todos os alunos na
lousa e ele, de posse de seu cartão deverá descobrir
onde está escrito seu nome;
• Separar os cartões pelo número de letras e pedir que
descubram qual o critério que o professor usou; (letra
inicial; letra final, etc.
• Separar 3 cartões, mostrar e ler para a classe. Misturá-
los e retirar um. Os alunos deverão descobrir qual o
cartão que foi
Separar 3 cartões, mostrar e ler para a classe. Misturá-los
e retirar um. Os alunos deverão descobrir qual o cartão
que foi retirado. O dono do nome deverá escrevê-lo na
lousa e seus colegas copiam no caderno;
• Separar os cartões dos alunos que faltaram naquele
dia.
58. QUAL É O SEU NOME?
AS CRIANÇAS ESCREVERAM O PRÓPRIO
NOME E COLARAM ABAIXO DO TEXTO QUE
ANTES FOI LIDO ATÉ SER MEMORIZADO.
59. AMANDAA A 6
X XX X
LETRA INICIAL
LETRA FINAL
NÚMERO DE LETRAS
CADA CRIANÇA DEVERÁ RECEBER
O NÚMERO DE FICHAS DESSE MODELO
CONFORME O NÚMERO DE ALUNOS DA
SALA.NA PRIMEIRA QUE RECEBER ,SERÁ FEITA A
LEITURA DO ALFABETO COLETIVAMENTE E
DEPOIS INDIVIDUALMENTE;
PARA CADA FICHA SERÁ ESCRITO O NOME DE
DETERMINADO ALUNO DE ACORDO COM DICAS
DADA PELA PROFESSORA.
62. O VIZINHO TEM UMA GALINHA,E VOCÊ? TEM ALGUM BICHINHO
OU GOSTARIA DE TER? QUAL? DESENHO E ESCRITA ESPONTÂNEA
PINTE DE AMARELO O RETÂNGULO COM O NOME DA GALINHA;
ESCREVA O NOME DA GALINHA;
*ALGUMAS LETRAS JÁ ESTÃO ESCRITAS PARA AS HIPÓTESES MAIS AVANÇADAS
GALO
GIRAFA
GORILA
GALINHA
_________________
A I A
G L N H
NHA
64. Referências
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. São Paulo: Scipione, 1989.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione. 1998.
GONTIJO, Cláudia Maria Mendes; SCHWARTZ, Cleonara Maria. Alfabetização: teoria e prática.
Curitiba: Sol, 2009.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1989.
MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização.
Campinas, SP: Mercado de Letras, Associação de Leitura do Brasil, 1999.
SIMÕES, Darcilia Marindir. Considerações sobre a fala e a escrita: fonologia em nova chave. São
Paulo: Parábola Editorial, 2006.
PESSOA, Ana. Ensino da ortografia in:SILVA, Alexandro; PESSOA, Ana Claudia; LIMA, Ana. Ensino
de Gramática: reflexões sobre a Língua Portuguesa na escola. Autêntica, 2012.