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Cheque em branco, assinado e sem contra-ordem (*)
Que descuido! Ninguém faz isso. Assinar cheque sem antes preenchê-lo não é prática de
comércio. A razão é simples: o cheque é uma ordem de pagamento a vista e, por definição,
se estiver assinado pelo titular da conta bancária, qualquer pessoa escreverá nele a quantia
que lhe convier e ao banco caberá a obrigação de pagá-lo, desde que haja fundos suficientes
e não exista contra-ordem. O propósito deste esboço não é ensinar sobre cheque. É, antes,
dizer que, diferentemente do que se faz no mercado, Deus costuma entregar cheques em
branco, assinados e sem contra-ordem, ao ser humano, para serem descontados contra uma
conta cujo saldo é incalculável. Busca-se, também, levar o leitor a refletir: "O que eu faria
se recebesse de Deus um cheque desses?"

Lembra-se de Salomão? Ele recebeu um: "Em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de
noite em sonhos, e disse-lhe: Pede o que queres que eu te dê." (1 Rs 3.5).
Salomão havia recebido de Deus a incumbência de ser rei em Israel em lugar de seu pai,
Davi. Tal cargo, ainda que encerrasse responsabilidade, constituía-se, também, em grande
privilégio: não era a qualquer um que Deus comissionava com tamanha projeção.

Pois bem, a oportunidade de ser rei em Israel já era uma dádiva de Deus. Como se não
bastasse, o Senhor ofereceu a Salomão um cheque em branco, assinado e sem contra-
ordem: "Pede o que queres que eu te dê".

Talvez fosse inócuo discutir aqui por que Deus teria concedido a Salomão presente duplo.
Ele é Senhor e, como tal, faz o que quer e dá satisfação se quiser. Porém, meditar no valor
escrito naquele cheque em branco é de suma importância. Salomão nos lega grande lição ao
registrar no cheque prioridades que se conformavam com a vontade de Deus.

Salomão poderia ter preenchido o cheque com uma solicitação de vida longa, riqueza, a
vida de seus inimigos ou glória, caso estas coisas lhe estivessem em primazia. Mas não o
fez. Pediu sabedoria. "Dá, pois, a teu servo um coração entendido para julgar o teu povo,
para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este
teu tão grande povo?" (1 Rs 3.9).

Deus se agradou do pedido de Salomão: "E pareceu bem aos olhos do Senhor o ter Salomão
pedido tal coisa." (1 Rs 3.10) Por isso, o cheque foi "pago" alegremente e com acréscimos.
Disse-lhe o Senhor: "Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem
riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernires o que é
justo, eis que faço segundo as tuas palavras. Eis que te dou um coração tão sábio e
entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual não se levantará.
Também te dou o que não pediste, assim riquezas como glória; de modo que não haverá teu
igual entre os reis, por todos os teus dias." (1 Rs 3.11-13).

A regra é: "Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração."
(Sl 37.4). As palavras "deleita-te também no Senhor" aludem à conformação com a vontade
de Deus, voluntariamente, sem qualquer imposição.
Por isso, uma tradução em português substitui a expressão "deleita-te no Senhor" por
"coloca tua alegria no Senhor". De fato, se a nossa satisfação está em fazer a vontade de
Deus, o valor que escrevermos no cheque será "pago" pelo Senhor, e com acréscimos.
Paulo se refere a Deus como "àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós
opera." (Ef 3.20).

Infringir essa regra é desperdiçar a oportunidade de completar o cheque com um valor
ajustado ao anelo de Deus. Sobre isso, a Bíblia conta um episódio > curioso: Ao subir do
Egito para o Negebe, Abrão era muito rico. Tinha gado, prata e ouro. Ló, seu sobrinho, que
também seguiu com ele, tinha, de igual modo, rebanhos, gado e tendas. Conforme o relato
sagrado, a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; porque os seus bens
eram muitos, a ponto de haver contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores
do gado de Ló (Gn 13.6,7).

Visando a solucionar o problema, Abrão propôs a Ló que se separassem, e deu a este o
direito de escolha. Deus lhe estava concedendo, por intermédio do tio, a possibilidade de
preencher o cheque com o valor adequado. Ló, porém, não o fez. "Então Ló levantou os
olhos, e viu toda a planície do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor
destruído Sodoma e Gomorra), e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, até
chegar a Zoar. E Ló escolheu para si toda a planície do Jordão..." (Gn 13.10,11a).

Em vez de anotar no cheque um valor condizente com o querer divino, Ló preferiu seguir o
desejo de seus olhos. Por que teria ele cometido aquele equívoco? Há, na história, um
detalhe que responde à questão e não pode passar despercebido: Ao chegar ao Negebe,
Abrão foi até Betel para invocar o nome do Senhor (Gn 13.3,4). A mesma atitude não se
observa em Ló. Por omitir-se na busca a Deus, Ló fez uma péssima escolha, embora a terra
para onde resolveu ir fosse agradabilíssima aos seus olhos. Resultado: Ló somente não
pereceu, quando da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, porque o Senhor
respondeu à intercessão de Abrão e o livrou. Deus quer que preenchamos cheque como
Abrão e Salomão, e não como Ló.

Apesar da epígrafe, cumpre observar: há cheque para o qual Deus prefere emitir contra-
ordem. Ele o havia assinado em branco, mas o valor escrito é tão contrário à Sua vontade e
de tal modo maléfico ao portador do cheque que o bondoso Senhor recusa-se atendê-lo.
Tiago explica isso quando diz: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em
vossos deleites.".(Tg 4.3). Pelo ensino de Tiago vê-se, também, que algumas vezes o valor
do cheque está correto, mas não é pago por falta de fé do portador. Em outras palavras, o
cheque não é apresentado ao "Banco". "Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a
a Deus, que dá liberalmente a todos e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé,
não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e
agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." (Tg 1.5-
7).

O que você tem feito com o cheque em branco que Deus o entregou?. Já registrou nele as
suas prioridades? Quais são elas? Que tal analisá-las no tocante à sua adequação à vontade
de Deus? É conveniente realizar esses exames antes de apresentar o cheque ao "Banco"
celestial para ser "pago".

Lembre-se do que disseram os filhos de Coré: "o Senhor ... não negará bem algum aos que
andam na retidão." (Sl 84.11) Jesus também ensinou: "Se vós permanecerdes em mim, e as
minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito." (Jo 15.7).

                                                              (*) Pr. José Graciano Dias

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Cheque sem contra ordem

  • 1. Cheque em branco, assinado e sem contra-ordem (*) Que descuido! Ninguém faz isso. Assinar cheque sem antes preenchê-lo não é prática de comércio. A razão é simples: o cheque é uma ordem de pagamento a vista e, por definição, se estiver assinado pelo titular da conta bancária, qualquer pessoa escreverá nele a quantia que lhe convier e ao banco caberá a obrigação de pagá-lo, desde que haja fundos suficientes e não exista contra-ordem. O propósito deste esboço não é ensinar sobre cheque. É, antes, dizer que, diferentemente do que se faz no mercado, Deus costuma entregar cheques em branco, assinados e sem contra-ordem, ao ser humano, para serem descontados contra uma conta cujo saldo é incalculável. Busca-se, também, levar o leitor a refletir: "O que eu faria se recebesse de Deus um cheque desses?" Lembra-se de Salomão? Ele recebeu um: "Em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos, e disse-lhe: Pede o que queres que eu te dê." (1 Rs 3.5). Salomão havia recebido de Deus a incumbência de ser rei em Israel em lugar de seu pai, Davi. Tal cargo, ainda que encerrasse responsabilidade, constituía-se, também, em grande privilégio: não era a qualquer um que Deus comissionava com tamanha projeção. Pois bem, a oportunidade de ser rei em Israel já era uma dádiva de Deus. Como se não bastasse, o Senhor ofereceu a Salomão um cheque em branco, assinado e sem contra- ordem: "Pede o que queres que eu te dê". Talvez fosse inócuo discutir aqui por que Deus teria concedido a Salomão presente duplo. Ele é Senhor e, como tal, faz o que quer e dá satisfação se quiser. Porém, meditar no valor escrito naquele cheque em branco é de suma importância. Salomão nos lega grande lição ao registrar no cheque prioridades que se conformavam com a vontade de Deus. Salomão poderia ter preenchido o cheque com uma solicitação de vida longa, riqueza, a vida de seus inimigos ou glória, caso estas coisas lhe estivessem em primazia. Mas não o fez. Pediu sabedoria. "Dá, pois, a teu servo um coração entendido para julgar o teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este teu tão grande povo?" (1 Rs 3.9). Deus se agradou do pedido de Salomão: "E pareceu bem aos olhos do Senhor o ter Salomão pedido tal coisa." (1 Rs 3.10) Por isso, o cheque foi "pago" alegremente e com acréscimos. Disse-lhe o Senhor: "Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernires o que é justo, eis que faço segundo as tuas palavras. Eis que te dou um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual não se levantará. Também te dou o que não pediste, assim riquezas como glória; de modo que não haverá teu igual entre os reis, por todos os teus dias." (1 Rs 3.11-13). A regra é: "Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração." (Sl 37.4). As palavras "deleita-te também no Senhor" aludem à conformação com a vontade de Deus, voluntariamente, sem qualquer imposição.
  • 2. Por isso, uma tradução em português substitui a expressão "deleita-te no Senhor" por "coloca tua alegria no Senhor". De fato, se a nossa satisfação está em fazer a vontade de Deus, o valor que escrevermos no cheque será "pago" pelo Senhor, e com acréscimos. Paulo se refere a Deus como "àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera." (Ef 3.20). Infringir essa regra é desperdiçar a oportunidade de completar o cheque com um valor ajustado ao anelo de Deus. Sobre isso, a Bíblia conta um episódio > curioso: Ao subir do Egito para o Negebe, Abrão era muito rico. Tinha gado, prata e ouro. Ló, seu sobrinho, que também seguiu com ele, tinha, de igual modo, rebanhos, gado e tendas. Conforme o relato sagrado, a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; porque os seus bens eram muitos, a ponto de haver contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló (Gn 13.6,7). Visando a solucionar o problema, Abrão propôs a Ló que se separassem, e deu a este o direito de escolha. Deus lhe estava concedendo, por intermédio do tio, a possibilidade de preencher o cheque com o valor adequado. Ló, porém, não o fez. "Então Ló levantou os olhos, e viu toda a planície do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, até chegar a Zoar. E Ló escolheu para si toda a planície do Jordão..." (Gn 13.10,11a). Em vez de anotar no cheque um valor condizente com o querer divino, Ló preferiu seguir o desejo de seus olhos. Por que teria ele cometido aquele equívoco? Há, na história, um detalhe que responde à questão e não pode passar despercebido: Ao chegar ao Negebe, Abrão foi até Betel para invocar o nome do Senhor (Gn 13.3,4). A mesma atitude não se observa em Ló. Por omitir-se na busca a Deus, Ló fez uma péssima escolha, embora a terra para onde resolveu ir fosse agradabilíssima aos seus olhos. Resultado: Ló somente não pereceu, quando da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, porque o Senhor respondeu à intercessão de Abrão e o livrou. Deus quer que preenchamos cheque como Abrão e Salomão, e não como Ló. Apesar da epígrafe, cumpre observar: há cheque para o qual Deus prefere emitir contra- ordem. Ele o havia assinado em branco, mas o valor escrito é tão contrário à Sua vontade e de tal modo maléfico ao portador do cheque que o bondoso Senhor recusa-se atendê-lo. Tiago explica isso quando diz: "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.".(Tg 4.3). Pelo ensino de Tiago vê-se, também, que algumas vezes o valor do cheque está correto, mas não é pago por falta de fé do portador. Em outras palavras, o cheque não é apresentado ao "Banco". "Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que dá liberalmente a todos e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." (Tg 1.5- 7). O que você tem feito com o cheque em branco que Deus o entregou?. Já registrou nele as suas prioridades? Quais são elas? Que tal analisá-las no tocante à sua adequação à vontade
  • 3. de Deus? É conveniente realizar esses exames antes de apresentar o cheque ao "Banco" celestial para ser "pago". Lembre-se do que disseram os filhos de Coré: "o Senhor ... não negará bem algum aos que andam na retidão." (Sl 84.11) Jesus também ensinou: "Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito." (Jo 15.7). (*) Pr. José Graciano Dias