2. Definição
Construtivismo
é uma das correntes teóricas
empenhadas em explicar como a inteligência humana
se desenvolve partindo do princípio de que o
desenvolvimento da inteligência é determinado pelas
ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
Difere da escola tradicional, porque ele estimula uma
forma de pensar em que o aprendiz, ao invés de
assimilar o conteúdo passivamente, reconstrói o
conhecimento existente, dando um novo significado (o
que implica em novo conhecimento
3. Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem que
derivam, principalmente, das teorias da epistemologia genética
de Jean Piaget e da pesquisa sócio-histórica de Lev Vygotsky.
Parte da idéia de que o homem não nasce inteligente, mas
também não é passivo sob a influência do meio.
Para Piaget, o desenvolvimento ocorre de forma que as aquisições
de um período sejam necessariamente integradas nos períodos
posteriores.
Sua teoria depende de 4 elementos:
1. Maturação do sistema nervoso central
2. Experiências físicas e lógico-matemáticas
3. Transmissão social
4. Equilibração das estruturas cognitivas
8. No Brasil, esse tipo de ensino começou a ser usado nas
escolas a partir da década de 70.
A teoria de Jean Piaget começava a fazer parte dos
ambientes educacionais.
No ensino brasileiro Emilia Ferreiro se tornou uma
espécie de referência e seu nome passou a ser ligado ao
construtivismo.
As pesquisas de Emilia Ferreiro, que estudou e
trabalhou com Piaget, concentram o foco nos
mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à
escrita.
9. De
maneira equivocada,
construtivismo um método.
muitos
consideram
o
Tanto as descobertas de Piaget como as de Emilia
levam à conclusão de que as crianças têm um papel
ativo no aprendizado. Elas constroem o próprio
conhecimento - daí a palavra construtivismo.
A principal implicação dessa conclusão para a prática
escolar é transferir o foco da escola - e da alfabetização
em particular - do conteúdo ensinado para o sujeito
que aprende, ou seja, o aluno.
10. Emilia Ferreiro.
Nasceu na Argentina em 1936.
Doutorou-se
na Universidade de
Genebra, sob orientação do biólogo Jean
Piaget, cujo trabalho de epistemologia
genética (uma teoria do conhecimento
centrada no desenvolvimento natural da
criança)
continuou, estudando um campo que o
mestre não havia explorado: a escrita.
A partir de 1974, Emilia desenvolveu na
Universidade de Buenos Aires uma série
de experimentos com crianças que deu
origem às conclusões apresentadas em
Psicogênese da Língua Escrita, assinado
em parceria com a pedagoga espanhola
Ana Teberosky e publicado em 1979.
Emilia é hoje professora titular do Centro
de Investigação e Estudos Avançados do
Instituto Politécnico Nacional, da Cidade
do México, onde mora. Além da atividade
de professora - que exerce também
viajando
pelo
mundo,
incluindo
frequentes visitas ao Brasil
11. Abordagem construtivista
Relação ser Humano/ Natureza
O homem busca aumentar seu
controle sobre o meio e ao fazêlo modifica o meio e se
modifica.
O
homem ontogenética e
filogeneticamente, progride de
estados mais primitivos em
direção
ao
pensamento
hipotético-dedutivo
A
criança
no
seu
desenvolvimento,
reconstrói
todo processo racional da
humanidade e na medida que
reinventa o mundo desenvolve
sua inteligência.
12. Sociedade /Cultura
Desenvolvimento social deverá caminhar no sentido da
democracia, que implica deliberação conjunta e
responsabilidade social.
13. Conhecimento
Não
procede
nem da
experiência única dos objetos
nem de uma programação
inata
pre-formada
no
sujeito, mas de construções
sucessivas com elaborações
constantes de estruturas
novas do aluno ( Piaget, 1976)
Não
procede
só
do
sujeito, nem do objeto, mas
de uma dupla construção
progressiva do exterior e do
interior interagido.
14. Educação
Todo ser humano tem o direito de ser
colocado durante a sua formação em
um meio escolar de tal ordem que
seja possível chegarão ponto de
elaboração ate a conclusão dos
instrumentos
indispensáveis
de
adaptação que são operações de
lógica ( Piaget,1973)
A criança adquire seu conhecimento
agindo sobre os objetos,
A importantancia das
relações de
reprocidade e cooperação
é
assegurada pela vida social dos
próprios alunos.
Busca
de novas soluções, cria
situações que exigem o maximo de
exploração,; estimula as novas
estratégias de compreensão da
realidade.
15. Escola
Ambiente
propício
ao
desenvolvimento das estruturas
cognitivas.
Possibilita o desenvolvimento das
habilidades, verbal e mental.
Propicia a livre cooperação dos
alunos.
Da liberdade de ação e ao mesmo
tempo propõe trabalho
com
conceitos
em
níveis
operatórios, consoante ao estagio
de
desenvolvimento
do
aluno,
num
processo
de
equilíbrio- desequilíbrio.
Propicia confronto das varias
interpretações e conhecimentos.
Ambiente escolar é desafiador.
16. Ensino-aprendizagem
Desenvolver
a
autonomia
intelectual, social e moral da
criança.
Ensino baseado no ensaio e no
erro,
na
pesquisa,
na
investigação de problemas por
parte do aluno. O fundamental
do ensino é o processo de
aprendizagem.
Deve assumir formas diversas
do decurso da etapas do
desenvolvimento cognitivo da
criança.
17. Relação Professor/Aluno
O professor é o mediador do processo
de construção do conhecimento.
Catalisador, organizador, sistematizad
or do processo pedagógico.
Professor deve criar situações que
propiciem condições onde possam se
estabelecer a reprocidade intelectual e
de cooperação moral e racional entre
os alunos.
Professor
deve
trabalhar
os
desequilíbrios e fazer desafios, deve
ser um orientador , um coordenador.
Professor deve conhecer o conteúdo e
estrutura de sua disciplina e o processo
de desenvolvimento intelectual do
aluno.
19. Metodologia
Não há metodologia única.
Baseada
na investigação, no
trabalho em equipe, na discussão,
na pratica da liberdade em
comum.
Deve possibilitar condições para
o desenvolvimento mental, a
autonomia dos indivíduos e para
o exercício de cooperação.
Destaca papel do jogo. Com a
possibilidade de estabelecimento
de interações entre os alunos.
20. Ativa, flexível e a adaptável as
condições dos alunos.
Respeita o ritmo individual do
trabalho.
Estabelece relações entre as
diferentes ciências.
Coerente
com
o
desenvolvimento
da
inteligência e não com a idade
cronológica dos indivíduos.
Inspira-se na historia das
ciências,
tendo
como
referencia o conhecimento
historicamente acumulado.
Compreender é descobrir e
reconstruir pela descoberta.
21. Avaliação
Terá
que ser realizada por
parâmetros extraídos da própria
teoria.
Considerar as soluções erradas,
incompletas ou distorcidas,
como fonte de informação para
melhorar o processo educativo.
Não é classificatória.
22. Referencias
PIAGET. A Equilibração das Estruturas Cognitivas.
Problema central do desenvolvimento. Trad. Álvaro
Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
PIAGET.Estudos Sociológicos. Rio de Janeiro:
Forense, 1973.
PIAGET. Para Onde Vai a Educação? Trad. Ivete Braga.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.
PIAGET. Psicologia e Epistemologia: Por uma teoria
do conhecimento. Trad. Agnes Cretella. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1973.
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