SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  85
Universidade Federal da Paraíba
  Centro de Ciências Médicas
  MIV36 – Doenças infecto-contagiosas




     Seminário: Antibióticos
           Professor Evanízio Roque
José Antonio Gonçalves Matias
Larissa Ingrid Frazão
Liana Luz Lima
Luana Chianca Lucena
Lucas Emmanuel de Carvalho
                       João Pessoa
                          2013
Rifamicinas, metronidazol e
nitrofurantoína




 José Antonio Gonçalves Matias
Rifamicinas
   Grupo de antibióticos isolados na Itália, em 1957,
    em culturas de Streptomyces mediterranei

   Rifamicinas A, B, C, D e E

   Rifamicina B: Facilmente obtida e maior atividade
    antibacteriana

   Derivados semi-sintéticos da rifamicina B:
    Rifamicina SV, rifamicina M (rifamida) e rifampicina
Rifampicina
   Derivado semi-sintético da rifamicina B

   Atividade contra diversos microorganismos

   Inibe a RNA-polimerase dependende de DNA




         Rifamicina B               Rifampicina
Rifampicina
   Não influencia na síntese de RNA das células
    humanas

   Antibiótico lipossolúvel, capaz de concentrar-se no
    interior de células humanas, inclusive dos fagócitos

   Meia vida de 3 horas, metabolização hepática →
    Desacetilação

   Ingestão de 600 mg em jejum → concentração sérica
    máxima 2-4 horas depois, mantendo uma taxa sérica
    com atividade terapêutica por 16 horas

   Excreção: Bile (40%) e urina (25)
Rifampicina
   Só é disponível no Brasil para uso oral

   Concentra-se adequadamente em diversos tecidos:
    fígado, baço, pulmões, ossos, rins, intestinos, músculo,
    pele

   Líquidos orgânicos: bile, suco pancreático, urina,
    líquido pleural, saliva, lágrima, líquor

   Atinge taxas elevadas no tecido caseoso e nas
    cavernas pulmonares de doentes com tuberculose

   No feto, alcança concentração de até 30% a
Rifampicina
                tuberculosis
 Espectro:     kansasii
 Mycobacterium marinum
                ulcerans
                leprae

   Staphylococcus      aureus     e   Staphylococcus
    epidermidis
   Streptococcus pneumoniae e Streptococcus
    pyogenes
   Neisseria meningitidis Neisseria gonorrhoeae
   Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi
   Moraxella catarrhalis, Brucella spp. e Coxiella
    burnetii
Rifampicina
   Uso isolado da rifampicina → bactérias resistentes
    (mutações na RNA-polimerase)

   Deve sempre ser usado em associação a outros
    antibióticos

   Principais indicações: tratamento da tuberculose e
    da hanseníase

   Dose: 600 mg/dia, VO (adultos) e 10-20 mg/Kg/dia,
    VO (crianças)
Rifampicina
Esquema para o tratamento da tuberculose
(adultos):




7RH                                                       7




          Tuberculose
          meningoencefálica
  Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
Rifampicina
 Esquema para o tratamento da hanseníase
 (adultos):
Paucibacilares (baciloscopia negativa):
•Dapsona 100mg/dia - auto administrada
•Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) –
supervisionada
  7RH                                           7
Tratamento por 6 meses → Recidiva: repetir tratamento


Multibacilares(baciloscopia positiva)
•Dapsona 100mg/dia – auto-administrada
•Clofazimina 50mg/dia – auto-administrada e 300mg/mês –
supervisionada
•Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) –
supervisionada
Rifampicina
 Reações adversas:
• Coloração laranja inócua à urina, suor, lágrimas e
  lentes   de     contato    (lentes     gelatinosas
  permanentemente coradas)

   Efeitos mais raros:
•   Erupções cutâneas
•   Trombocitopenia
•   Nefrite
•   Hepatite ou icterícia colestática
•   Proteinúria
Metronidazol
 Derivado nitroimidazólico introduzido na prática clínica
  em 1959 para o tratamento de Trichomonas vaginalis
  e amebíase
 Possui atividade antiprotozoária e antibacteriana:
 Bacilos gram negativos anaeróbios
 Bacilos gram positivos esporulados
 Cocos anaeróbios
Metronidazol
 Mecanismo de ação:
• Tem ação bactericida
• Absorvido pela bactéria → degradado pelas nitrorredutases
  → gera compostos citotóxicos → ruptura da estrutura
  helicoidal do DNA bacteriano e inibição da sua síntese

   Indicações:
•   Giardíase, amebíase (incluindo abscesso hepático
    amebiano), tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis
•   Infecções por anaeróbios (melhor droga)
•   Tratamento de pacientes portadores de periodontite crônica
    refratária
•   Tratamento do Helicobacter pylori (associado a tetraciclinas)
Metronidazol
   Posologia:

•   Anaeróbios: 500 mg 8/8 horas VO ou IV
•   Giardíase: 250 mg 8/8 horas VO por 5 dias
•   Tricomoníase: 250 mg 8/8 horas VO por 7 dias
•   Amebíase: 750 mg 8/8 horas VO por 10 dias
•   Vaginose: 500 mg 12/12 horas VO por 7 dias
•   Helicobacter pylori: 250 mg 6/6 horas VO por 14 dias
    (associado a tetraciclinas)

•   Proteger a solução IV da luz solar ou da iluminação
    artificial
Metronidazol
   Interações medicamentosas:
•   Cimetidina potencializa o metronidazol
•   Rifampicina e prednisona diminuem o efeito               do
    metronidazol
•   Metronidazol aumenta o efeito do warfarin e do lítio
•   Seu uso com o álcool causa o efeito dissulfiram-símile

   Efeitos adversos:
•   Gosto metálico na boca, boca seca
•   Cefaléia, náusea, vômitos, diarréia, tontura, vertigem,
    exantema
•   O uso com as refeições diminui os efeitos gastrintestinais
•   Evitar o uso por gestantes e lactantes (efeito mutagênico?)
Nitrofurantoína
•   Derivado do Furano
•   Empregado em infecções urinárias, como curativo ou
    preventivo.
•   Interfere no metabolismo bacteriano, afetando as
    enzimas responsáveis pela síntese protéica
•   Seu emprego não é conveniente em indivíduos com
    falha renal.
Nitrofurantoína
•   Bacteriostática e bactericida para muitas bactérias gram
    positivas e negativas

•   Pseudomonas aeruginosa e Proteus são resistentes

•   Administrada por via oral, absorvida com facilidade

•   Meia-vida de 20 minutos → Sem ação sistêmica

•   Metabolizada no fígado

•   Eliminação preferencialmente renal
Nitrofurantoína
   Posologia para o tratamento de ITU em adultos: 100 mg
    6/6 horas, VO, com alimento ou leite

   Pode ser administrada durante meses para a supressão da
    infecção crônica do trato urinário

   Manter o pH urinário abaixo de 5,5 → aumenta a atividade
    da nitrofurantoína

 Efeitos colaterais:
• Anorexia, náuseas, vômitos
• Neuropatia e anemia hemolítica na deficiência de G6PD
• Exantema, infiltração pulmonar e outros sinais de
  hipersensibilidade
Monobactâmicos

   Representante:

o Aztreonam




                     Luana Chianca
Monobactâmicos
   Aztreonam;

   Origem sintética;

   Potente ação contra bactérias aeróbias Gram-
    negativas;

   Grande estabilidade na presença de
    betalactamases;

   Não apresenta reação cruzada com a
    penicilina e seus produtos.
Monobactâmicos
   É administrado parenteralmente;

   Meia vida plasmática de duas horas, em
    média.

                                             Grupo 4-alfa-metil
                                              (estabilidade na
                                                presença de
                                             betalactamases).


                                            Ácido sulfônico
      Aminotiazol oxima                        (ativação
       (espectro Gram-                      betalactâmica).
          negativo).
                             Grupo carboxílico
                                (atividade
                             aumentada contra
                              Pseudomonas).
Monobactâmicos
Toxicidade:

   É bem tolerado;

   Reações adversas: dor, flebite no local da
    injeção intravenosa, desconforto
    gastrointestinal, náuseas, diarreia e
    exantemas;

   Não se registraram nefrotoxicidade,
    neurotoxicidade nem coagulopatias
    decorrentes de seu uso.
Monobactâmicos
   Comercialização no Brasil:

o   Azctam®

o   Frascos- ampolas com 500mg e 1g.

o   Preço unitário aproximado:

-   Fr. Amp de 500mg: R$ 45,00- 73,00
-   Fr. Amp de 1000mg: R$ 88,00- 135,00
Monobactâmicos
   Posologia:

o   Dose habitual: 1000mg/dose cada 8 horas;
o   Infecções graves: 2 g/dose x 3-4 (dose máxima: 8g/dia);
o   Infecção urinária: 500- 1000mg/ dose x 2-3;
o   Pneumonia: 1g/ dose x 3 até 2g/dose x 4;


o   Dose habitual: 90- 120 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas);
o   Infecções graves: 120- 150 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas);
o   Infecções por Pseudomonas e fibrose cística: até 200 mg/kg/
    dia (em 3-4 tomadas).
Monobactâmicos
   Prescrição:

o Diluir para 100 mg/ml em ABD-SF-SGI e fazer
 EV 3 a 5 minutos ou diluir para 20 mg/ml para
 correr em 20- 60 minutos;

o   Não associar com Vancomicina ou
    Metronidazol na mesma seringa ou equipo;

o   Fazer correção na Insuficiência renal.
Carbapenêmicos

Representantes:

o Ertapenem
o Imipenem-Cilastazina
o Meropenem




                         Luana Chianca
Carbapenêmicos
   São betalactâmicos que contêm um
    anel betalactâmico fundido e um
    sistema de anel de cinco membros;
Carbapenêmicos
   Imipenem/ cilastatina

o   São comercializados em associação;

o   A Cilastatina inibe a degradação do Imipenem
    por uma dipeptidase tubular renal;

o   Administrados por via parenteral ou
    intramuscular;

o   Meias vidas de aproximadamente 1 hora.
Carbapenêmicos
•   Sensíveis:

o   Bactérias Gram + (exceto S. aureus resistente a oxacilina e o
    Enterococcus faecium);
o   Bactérias aeróbias (Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae,
    Haemophilus influenzae);
o   Maioria das enterobactérias (Escherichia coli, Klebsiella,
    Enterobacter, Proteus, Serratia, Shigella);
o   Todos os bastonetes Gram – (exceto Legionella e S.
    maltophilia);
o   Anaeróbios como Bacterioides, Fusobacterium, Veilonella
    (pouco sensível ao Clostridium difficile);

•   Reservada para infecções resistente a todos os demais
    antibióticos.
Carbapenêmicos
   Toxicidade:

o   Bem tolerados em doses de 1- 4 g/dia;

o   Reações de hipersensibilidade (2,7%);
o   Perturbações gastrointestinais (reações
    adversas comuns);
o   Convulsões (1%).
Carbapenêmicos
   Comercialização no Brasil:

o   Tienam IV: Frasco (100ml)/ 500 mg +500mg de
    Cilastatina;
o   Tienam IM: Fr. ampola 500 mg + 500 mg de
    Cilastatina + diluente com lidocaína (2 ml);
o   Tiepem: Frasco (120 ml): 500 mg + 500 mg de
    Cilastatina/ Fr. Ampola (20 ml): 500 mg + 500 mg
    de Cilastatina.


o   Preços aproximados:
-   Fr. Ampola/ Bolsa 500mg: R$ 73,00- 112,00 cada
Carbapenêmicos
   Posologia:

   Dose habitual: 500 mg/ dose cada 6 horas;
   Infecções graves: 2- 4 g/dia (4 tomadas);
   Dose máxima em adultos: 4 g/ dia;

   Para crianças: 60 – 100 mg/ kg/ dia (4
    tomadas) IM ou IV;
   Dose máxima para crianças: 2 g/dia.
Carbapenêmicos
   Meropenem:

o Muitosemelhante ao Imipenem;
o Levemente mais ativo contra bactérias
  Gram negativas;
o Formulações intravenosas;
o Mesmas indicações clínicas do
  Imipenem.
Carbapenêmicos
   Comercialização no Brasil:



   Meronem: Fr. Ampolas com 500 mg ou 1 g,
    para administração por via EV.



   Preço unitário aproximado:
-   Amp. 500: R$ 87,00- 151,00
-   Amp. 1000: R$ 79,00- 232,00
Carbapenêmicos
   Posologia:

o Dose   habitual: 500- 1000 mg/ dose x
  3;
o Meningite: 2000 mg/ dose x 3
Carbapenêmicos
   Ertapenem:

o   Meia vida mais longa que o Meropenem e
    Imipenem;
o   Espectro mais estrito, melhor contra
    enterobactérias;
o   Resistentes a algumas cepas de
    Pseudomonas e Acinetobacter;
o   Conveniente para infecções intra-abdominais e
    pélvicas.
Carbapenêmicos
   Comercialização:



o   Invanz: Fr. ampola 1000 mg;



o   Preço aproximado: R$ 290,00.
GLICOPEPTÍDEOS
Representantes:

oVANCOMICINA
oTEICOPLANINA




                  Larissa Frazão
Glicopeptídeos
   Estruturas cíclicas complexas
    Aminoácidos
                                   Açúcares

 Triciclíca – Vancomicina
 Tetracíclica – Teicoplamina




Vancomicina               Teicoplamina
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Considerações Gerais:
    ◦ Originalmente obtida em1956,EUA –
      cultura de Streptomyces orientalis
    ◦ Uso progressivo a partir da década de 70
      Infecções estafilococos-meticilino-resistentes
      Endocardite enterocócica
      Alergias às penicilinas
    ◦ Potencial nefrotóxico e ototóxico- fator
      limitante
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Farmacocinética
    ◦ Administração: Endovenoso e Oral
         Quantidade muito pequena da Vancomicina é
          absorvível no tubo digestivo
    ◦ Distribuição: Ampla, por tecidos e
      líquidos
           Liquido pericárdico, sinovial, pleural e ascítico
           Fígado, coração, pulmão, rins
           Meninges inflamadas (variável)
           Interior de abscessos e ossos
           Baixa concentração biliar
    ◦ Excreção: Renal
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Mecanismo de ação:
    ◦ Inibição da síntese da parede celular
    ◦ Efeito bactericida
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Espectro de ação:
    ◦ Bactérias Gram-positivas
    ◦ Estafilococos (S. aureus, S. epidermidis)
    ◦ Estreptococos (S. pneumoniae, S.
      pyogenes)
    ◦ Enterococos ( E. faecalis, E. faecium).
    ◦ Actinomyces spp.
    ◦ Corynebacterium spp.
    ◦ Listeria monocytogenes
    ◦ Clostrídios
Glicopeptídeos- Vancomicina
      Espectro de ação:




                   Enterococos   Estreptococos
Estafilococos
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Uso Clínico
    ◦ Pneumonia
    ◦ Empiema
    ◦ Endocardite
                    Pneumonia




                        Empiema
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Uso Clínico:
                       Abscesso
    ◦ Abscesso
    ◦ Osteomielite
    ◦ Celulite Grave




                          Celulite
      Osteomielite
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Uso Clínico:

    ◦ Infecção grave por pneumococo

    ◦ Estafilococcia e Estreptococcia em
      pacientes alérgicos aos beta-lactâmicos,
      independente do perfil da sensibilidade
      dos agentes
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Efeitos adversos:
    ◦ Síndrome do homem vermelho
        Relacionada a liberação de histamina, que pode se
         seguir à administração rápida de altas doses de
         Vancomicina
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Efeitos adversos
    ◦ Nefrotoxicidade
      Ajuste da dose de acordo com o clearance de
       creatinina.
Glicopeptídeos- Vancomicina
   Resistência
    ◦ 1996 – Staphylococcus sp com
      resistência intermediária a Vancomicina e
      Teicoplanina
    ◦ Micobactérias
    ◦ Bacilos Gram-negativos
    ◦ Clamídias
    ◦ Espiroquetídeos
    ◦ Micoplasma
    ◦ Riquétsias
Glicopeptídeos- Teicoplanina
   Considerações Gerais:
    ◦ Inicialmente conhecida como Teicomicina
      A2

    ◦ Obtida em 1978, através da fermentação
      de um actinomiceto

    ◦ Não é absorvida no tubo digestivo

    ◦ Meia vida superior a 35h
Glicopeptídeos- Teicoplanina
   Comparando com a Vancomicina
    ◦ Espectro de ação muito semelhante

    ◦ Efeitos adversos semelhantes, porém,
      menos frequentes

    ◦ Melhor comodidade posológica
Glicopeptídeos- Teicoplanina
   Comparando com a Vancomicina
    ◦ Menor nefrotoxicidade e ototoxicidade

    ◦ Menos irritativo
      Uso Intramuscular


    ◦ Não atravessa a barreira
      hematoencefálica
Glicopeptídeos
     Posologia
                       Adultos              Crianças


Vancomicina – Via EV   1g 12/12h ou 500mg   40 a 60 mg/kg/dia,
                       6/6h                 dividida em 4 doses,
                                            6/6h
Teicoplanina- Via EV   6 a 12mg/Kg/dia,     5 a 10mg/kg/dia,
ou IM                  12/12h ou 24/24h     12/12h ou 24/24h
Glicopeptídeos
Características        Vancomicina         Teicoplanina

Atividade              Semelhante          Semelhante
antibacteriana
Eficácia Clínica       Semelhante          Semelhante

Nefrotoxicidade        Mais frequente      Menos frequente

Número de doses por    2-4 doses diárias   Dose única diária
dia
Via de administração   EV                  IM ou EV

Velocidade de          Lenta               Rápida
administração
Uso domiciliar         Não                 Sim
Glicopeptídeos
   Dúvidas?
OXAZOLIDONAS
              POLIMIXINAS
       ESTREPTOGRAMINAS
Liana Luz
OXAZOLIDONAS
   Linezolida – o primeiro fármaco de uma
    nova classe de antibióticos totalmente
    sintéticos.
   Descoberto em 1987;
   Obtido por meio de síntese laboratorial;
   Disponível por via oral e endovenosa;
   Concentração sérica máxima após cerca
    de 2 horas;
   Meia-vida: 5 – 6 horas;
Oxazolidonas - Linezolida
• Mecanismo     de Ação:

Ligação seletiva com a subunidade 50S
ribossomal


   Inibidor competitivo da ligação dos
   RNAt aos sítios P


       Inibição da formação dos complexos
       iniciais da síntese protéica bacteriana



           Ação bacteriostática
Oxazolidonas - Linezolida
 • ESPECTRO DE AÇÃO:
 Staphylococcus Aureus Resistentes à Meticilina
 (MRSA);

 Staphylococcus aureus com resistência
 intermediária à Vancomicina (VISA);

 Estafilococos coagulase negativos resistentes à
 Meticilina (S. epidermidis);

 Enterococos Vancomicina – Resistentes (VRE) –
 E. faecalis e E. faecium;


 Pneumococos Penicilina – Resistentes (PRSP).
Oxazolidonas - Linezolida
   Efeitos adversos:

     Diarreia      Náuseas         Vômitos



                 Hipertensão       Monilíase
    Cefaleia
                   Arterial      oral e vaginal


                Mielotoxicidad
                       e
Oxazolidonas - Linezolida
   Ensaios clínicos:
 Pneumonia Adquirida na    • Linezolida – 91%
   Comunidade (PAC)        • Ceftriaxona – 90%

                           • Linezolida – 66%
 Pneumonia Nosocomial
                           • Vancomicina – 68%

Infecções complicadas de   • Linezolida – 91%
    pele/partes moles      • Claritromicina – 87%

                           • Linezolida – 77%
         MRSA
                           • Vancomicina – 74%

Infecções por Enterococos
 Vancomicina-Resistentes • Linezolida – 89% de cura clínica.
POLIMIXINAS
   Descobertas entre 1947 – 1950;
   Originados do Bacillus polimyxa: Polimixinas A,
    B, C, D e E (colistina);
   Bastante utilizados entre as décadas de 60 e 80;
   Em 1970, era a droga de escolha para o
    tratamento de infecções por P. aeruginosa;
   Troca por ATB mais potentes e de menor
    toxicidade: penicilinas semi-sintéticas,
    cefalosporinas de 3ª geração e carbapenéns.
   Início de processo de resistência (
    K.pneumoniae, P. aeruginosa, Acinetobacter
    baumanii) – Resgate do uso das polimixinas.
POLIMIXINA B
   Antibiótico polipeptídico;
   Administração exclusivamente
    parenteral (EV preferencialmente);
   Meia-vida: 4 – 6 horas;
   Eliminação renal;
   Formulada em unidades e miligramas –
            1mg = 10.000 unidades;
   Dose diária recomendada: 2,5 – 3
    mg/Kg/dia, dividida em intervalos de 12
    horas.
POLIMIXINA B
   Mecanismo de ação:
POLIMIXINA B

   ESPECTRO DE AÇÃO:

   Eficaz contra bacilos Gram –
    negativos, exceto espécies de
    Proteus, Providencia e Serratia.
   Papel importante na terapia de
    infecções causadas por Gram –
    negativos multirresistentes.
POLIMIXINA B
   Efeitos adversos:


    Nefrotoxicidade   Neurotoxicidade




                Bloqueio
             neuromuscular
ESTREPTOGRAMINAS
 Quinupristina e Dalfopristina;
 Isoladas do Streptomyces
  pristinaespiralis;
 Estrutura peptídica cíclica;

    MECANISMO DE AÇÃO: inibição da síntese protéica
    bacteriana.
           Efeito sinérgico da associação, já que se ligam a
             alvos distintos no ribossomo 50S bacteriano.
ESTREPTOGRAMINAS
   Espectro de Ação:
     Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase-
     negativos, sensíveis ou resistentes à meticilina.

     Pnemococo, sensível ou resistente à Meticilina.

     Enterococcus faecium.


     Neisseria meningitidis.

     Moraxella catarrhalis.

     Legionella pneumophila.

     Mycoplasma pneumoniae.
ESTREPTOGRAMINAS
   Efeitos Adversos:
ESTREPTOGRAMINAS



                    Atenção em
                     pacientes      Nifedipina,
    Inibidor do     recebendo      Midazolam,
 Citocromo P450   dorgas que são   Ciclosporina,
                     substratos     Cisaprida.
                   dessa enzima
Lincosamidas



   Lucas Carvalho
Lincosamidas
 Representantes: Lincomicina e
  Clindamicina;
 Não ultrapassam a BHE;
 Via de eliminação: urina (50%) fezes
  (40%);
 Depuração hepática;
 Inibe a ação de macrolídeos
Lincosamidas

Mecanismo de ação:

   Inibem a síntese proteica a partir da
    sua ligação à subunidade 50S, assim
    como os macrolídeos e o
    cloranfenicol.
Lincomicina
Indicações:
 Infecções severas por anaeróbios,
  Strepto e Stafilococcus (penicilina-
  resistentes), difteria e na profilaxia de
  endocardites.
Lincomicina
Contra-indicações:

 Recém-nascidos, profilaxia de febre-
  reumática recorrente e pacientes com
  doenças hepáticas, renais, endócrinas
  ou metabólicas preexistentes.
 Dificilmente atravessa a placenta,
  porém é secretado no leite materno.
 Hipersensibilidade a Clindamicina.
Lincomicina
Posologia
IM:
Adultos: 600mg (2ml) a cada 24h
Crianças > 1 mês: 10mg/kg cada 24h
EV:
Adultos: 2ml a cada 8h
Crianças >1 mês: 20mg/kg/dia em 2 ou
  3 doses
                     Obs: dose máxima = 8g/dia
Lincomicina
Efeitos colaterais:

 Comuns: diarreia, náusea, vômito e
  cólica abdominal.
 Raros: Leucopenia, neutropenia,
  agranulocitose e hipersensibilidade.
Clindamicina
Indicações:

 Estrepto, estafilo e pneumococos das
  infecções do trato respiratório, pele e
  tecidos moles, olhos, cavidade bucal,
  ossos e articulações, e cervicite por
  Chlamydia trachomatis.
 Associada      à    pirimetamina     para
  tratamento de toxoplasmose cerebral
  relacionada com AIDS.
 Substitui a eritromicina na profilaxia de
  EI.
Clindamicina
Contra-indicações:

 Meningite ou doença gastrintestinal
  (colite);
 Doença hepática grave;
 Recém-nascidos;
 Hipersensibilidade a lincomicina.
Clindamicina
Complicação:

 Mais comum e temida: colite
  pseudomembranosa por Clostridium
  difficile.
 Tratável com vancomicina ou
  metronidazol.
Clindamicina
A resistência à clindamicina
(geralmente cruzada com macrolídeos)
se deve a:
 Mutação do local receptor sobre o
   ribossomo;
 Alteração do receptor por uma
   metilase;
 Inativação enzimática da droga
Clindamicina
Posologia – IM ou IV:

   Infecção moderada ou altamente sensível:
    600mg/dia em 2x iguais ou 10-15mg/Kg/dia
    em 3 ou 4x iguais.
   Infecção moderadamente grave: 600-
    1200mg/dia em 3 ou 4x iguais ou 15-
    25mg/Kg/dia em 3 ou 4x iguais.
   Infecção grave: 1200 a 2700mg/dia em 3 ou
    4X iguais ou 25-40mg/Kg/dia em 3 ou 4X
    iguais.
   Duração do tratamento ajustada de acordo
    com resposta clínica do paciente.
Dúvidas??
Referências
   Antibióticos na prática médica/ Vicente Amaro et al.
    6ª edição, editora Sarvier, São Paulo, 2007.
   Katzung, Bertram G. Farmacologia básica & clínica,
    9ª edição, editora Guanabara-Koogan
   HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. Goodman &
    Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica.
    McGraw Hill, 11ª ed. 2006.
   Farmacologia/ Penildon Silva. – 7.ed. – Rio de
    Janeiro : Guanabara Koogan, 2006 il.
   Blackbook -Clinica Médica / Enio Roberto Pietra
    Pedroso e Reynaldo Gomes de Oliveira -Belo
    Horizonte : Blackbook Editora, 2007.

Contenu connexe

Tendances (20)

Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Penicilinas
PenicilinasPenicilinas
Penicilinas
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbiana
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Penicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasPenicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinas
 
Antimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistenciaAntimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistencia
 
Antibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e QuimioterápicosAntibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e Quimioterápicos
 
Antibiograma aula
Antibiograma aulaAntibiograma aula
Antibiograma aula
 
2014 2 betalacatamicos enfermagem
2014 2 betalacatamicos enfermagem2014 2 betalacatamicos enfermagem
2014 2 betalacatamicos enfermagem
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Atb mecanismos de ação 2
Atb mecanismos de ação   2Atb mecanismos de ação   2
Atb mecanismos de ação 2
 
Antivirais
AntiviraisAntivirais
Antivirais
 
Antibióticos 2
Antibióticos 2Antibióticos 2
Antibióticos 2
 
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
 
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; PenicilinasAntibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
Antibióticos Beta-lactâmicos; Penicilinas
 
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
 
Agonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgicoAgonista e antagonista colinérgico
Agonista e antagonista colinérgico
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos Farmacologia dos Analgésicos
Farmacologia dos Analgésicos
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 

Similaire à Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque

Antibióticos- Evanízio Roque
Antibióticos- Evanízio RoqueAntibióticos- Evanízio Roque
Antibióticos- Evanízio RoqueJosué Vieira
 
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoáriosFármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoáriosTaillany Caroline
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosantoniohenriquedesou2
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosedvandef
 
Antibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdfAntibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdfDanieleDantas15
 
Seminario antibióticos Professor Evanízio Roque
Seminario  antibióticos Professor Evanízio Roque Seminario  antibióticos Professor Evanízio Roque
Seminario antibióticos Professor Evanízio Roque Tatiana Patrícia
 
Anti-Fúngicos.pptx
Anti-Fúngicos.pptxAnti-Fúngicos.pptx
Anti-Fúngicos.pptxderDaniel4
 
10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazolJaime Araujo
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseClaudio Pericles
 
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...Jandresson Soares de Araújo
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgJardene Diiogenes
 
Antimicrobianos 2015
Antimicrobianos 2015Antimicrobianos 2015
Antimicrobianos 2015Leo Brito
 

Similaire à Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque (20)

Seminário infectologia.
Seminário infectologia.Seminário infectologia.
Seminário infectologia.
 
Antibióticos- Evanízio Roque
Antibióticos- Evanízio RoqueAntibióticos- Evanízio Roque
Antibióticos- Evanízio Roque
 
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoáriosFármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoários
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Aminoglicosideos
AminoglicosideosAminoglicosideos
Aminoglicosideos
 
Antibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdfAntibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdf
 
Seminario antibióticos Professor Evanízio Roque
Seminario  antibióticos Professor Evanízio Roque Seminario  antibióticos Professor Evanízio Roque
Seminario antibióticos Professor Evanízio Roque
 
8.1 antibióticos 1.1
8.1 antibióticos 1.18.1 antibióticos 1.1
8.1 antibióticos 1.1
 
Anti-Fúngicos.pptx
Anti-Fúngicos.pptxAnti-Fúngicos.pptx
Anti-Fúngicos.pptx
 
10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
 
Antimicrobianos 2012
Antimicrobianos 2012Antimicrobianos 2012
Antimicrobianos 2012
 
Aula de Farnacologia 4
Aula de Farnacologia  4Aula de Farnacologia  4
Aula de Farnacologia 4
 
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
 
Farmacologia 2
Farmacologia 2Farmacologia 2
Farmacologia 2
 
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+TrimetropimAntibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
 
Antimicrobianos 2015
Antimicrobianos 2015Antimicrobianos 2015
Antimicrobianos 2015
 
Aula antimicrobianos.pptx
Aula antimicrobianos.pptxAula antimicrobianos.pptx
Aula antimicrobianos.pptx
 

Dernier

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 

Dernier (11)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 

Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque

  • 1. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Médicas MIV36 – Doenças infecto-contagiosas Seminário: Antibióticos Professor Evanízio Roque José Antonio Gonçalves Matias Larissa Ingrid Frazão Liana Luz Lima Luana Chianca Lucena Lucas Emmanuel de Carvalho João Pessoa 2013
  • 2. Rifamicinas, metronidazol e nitrofurantoína José Antonio Gonçalves Matias
  • 3. Rifamicinas  Grupo de antibióticos isolados na Itália, em 1957, em culturas de Streptomyces mediterranei  Rifamicinas A, B, C, D e E  Rifamicina B: Facilmente obtida e maior atividade antibacteriana  Derivados semi-sintéticos da rifamicina B: Rifamicina SV, rifamicina M (rifamida) e rifampicina
  • 4. Rifampicina  Derivado semi-sintético da rifamicina B  Atividade contra diversos microorganismos  Inibe a RNA-polimerase dependende de DNA Rifamicina B Rifampicina
  • 5. Rifampicina  Não influencia na síntese de RNA das células humanas  Antibiótico lipossolúvel, capaz de concentrar-se no interior de células humanas, inclusive dos fagócitos  Meia vida de 3 horas, metabolização hepática → Desacetilação  Ingestão de 600 mg em jejum → concentração sérica máxima 2-4 horas depois, mantendo uma taxa sérica com atividade terapêutica por 16 horas  Excreção: Bile (40%) e urina (25)
  • 6. Rifampicina  Só é disponível no Brasil para uso oral  Concentra-se adequadamente em diversos tecidos: fígado, baço, pulmões, ossos, rins, intestinos, músculo, pele  Líquidos orgânicos: bile, suco pancreático, urina, líquido pleural, saliva, lágrima, líquor  Atinge taxas elevadas no tecido caseoso e nas cavernas pulmonares de doentes com tuberculose  No feto, alcança concentração de até 30% a
  • 7. Rifampicina tuberculosis  Espectro: kansasii  Mycobacterium marinum ulcerans leprae  Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis  Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes  Neisseria meningitidis Neisseria gonorrhoeae  Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi  Moraxella catarrhalis, Brucella spp. e Coxiella burnetii
  • 8. Rifampicina  Uso isolado da rifampicina → bactérias resistentes (mutações na RNA-polimerase)  Deve sempre ser usado em associação a outros antibióticos  Principais indicações: tratamento da tuberculose e da hanseníase  Dose: 600 mg/dia, VO (adultos) e 10-20 mg/Kg/dia, VO (crianças)
  • 9. Rifampicina Esquema para o tratamento da tuberculose (adultos): 7RH 7 Tuberculose meningoencefálica Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
  • 10. Rifampicina Esquema para o tratamento da hanseníase (adultos): Paucibacilares (baciloscopia negativa): •Dapsona 100mg/dia - auto administrada •Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) – supervisionada 7RH 7 Tratamento por 6 meses → Recidiva: repetir tratamento Multibacilares(baciloscopia positiva) •Dapsona 100mg/dia – auto-administrada •Clofazimina 50mg/dia – auto-administrada e 300mg/mês – supervisionada •Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) – supervisionada
  • 11. Rifampicina  Reações adversas: • Coloração laranja inócua à urina, suor, lágrimas e lentes de contato (lentes gelatinosas permanentemente coradas)  Efeitos mais raros: • Erupções cutâneas • Trombocitopenia • Nefrite • Hepatite ou icterícia colestática • Proteinúria
  • 12. Metronidazol  Derivado nitroimidazólico introduzido na prática clínica em 1959 para o tratamento de Trichomonas vaginalis e amebíase  Possui atividade antiprotozoária e antibacteriana:  Bacilos gram negativos anaeróbios  Bacilos gram positivos esporulados  Cocos anaeróbios
  • 13. Metronidazol  Mecanismo de ação: • Tem ação bactericida • Absorvido pela bactéria → degradado pelas nitrorredutases → gera compostos citotóxicos → ruptura da estrutura helicoidal do DNA bacteriano e inibição da sua síntese  Indicações: • Giardíase, amebíase (incluindo abscesso hepático amebiano), tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis • Infecções por anaeróbios (melhor droga) • Tratamento de pacientes portadores de periodontite crônica refratária • Tratamento do Helicobacter pylori (associado a tetraciclinas)
  • 14. Metronidazol  Posologia: • Anaeróbios: 500 mg 8/8 horas VO ou IV • Giardíase: 250 mg 8/8 horas VO por 5 dias • Tricomoníase: 250 mg 8/8 horas VO por 7 dias • Amebíase: 750 mg 8/8 horas VO por 10 dias • Vaginose: 500 mg 12/12 horas VO por 7 dias • Helicobacter pylori: 250 mg 6/6 horas VO por 14 dias (associado a tetraciclinas) • Proteger a solução IV da luz solar ou da iluminação artificial
  • 15. Metronidazol  Interações medicamentosas: • Cimetidina potencializa o metronidazol • Rifampicina e prednisona diminuem o efeito do metronidazol • Metronidazol aumenta o efeito do warfarin e do lítio • Seu uso com o álcool causa o efeito dissulfiram-símile  Efeitos adversos: • Gosto metálico na boca, boca seca • Cefaléia, náusea, vômitos, diarréia, tontura, vertigem, exantema • O uso com as refeições diminui os efeitos gastrintestinais • Evitar o uso por gestantes e lactantes (efeito mutagênico?)
  • 16. Nitrofurantoína • Derivado do Furano • Empregado em infecções urinárias, como curativo ou preventivo. • Interfere no metabolismo bacteriano, afetando as enzimas responsáveis pela síntese protéica • Seu emprego não é conveniente em indivíduos com falha renal.
  • 17. Nitrofurantoína • Bacteriostática e bactericida para muitas bactérias gram positivas e negativas • Pseudomonas aeruginosa e Proteus são resistentes • Administrada por via oral, absorvida com facilidade • Meia-vida de 20 minutos → Sem ação sistêmica • Metabolizada no fígado • Eliminação preferencialmente renal
  • 18. Nitrofurantoína  Posologia para o tratamento de ITU em adultos: 100 mg 6/6 horas, VO, com alimento ou leite  Pode ser administrada durante meses para a supressão da infecção crônica do trato urinário  Manter o pH urinário abaixo de 5,5 → aumenta a atividade da nitrofurantoína  Efeitos colaterais: • Anorexia, náuseas, vômitos • Neuropatia e anemia hemolítica na deficiência de G6PD • Exantema, infiltração pulmonar e outros sinais de hipersensibilidade
  • 19. Monobactâmicos  Representante: o Aztreonam Luana Chianca
  • 20. Monobactâmicos  Aztreonam;  Origem sintética;  Potente ação contra bactérias aeróbias Gram- negativas;  Grande estabilidade na presença de betalactamases;  Não apresenta reação cruzada com a penicilina e seus produtos.
  • 21. Monobactâmicos  É administrado parenteralmente;  Meia vida plasmática de duas horas, em média. Grupo 4-alfa-metil (estabilidade na presença de betalactamases). Ácido sulfônico Aminotiazol oxima (ativação (espectro Gram- betalactâmica). negativo). Grupo carboxílico (atividade aumentada contra Pseudomonas).
  • 22. Monobactâmicos Toxicidade:  É bem tolerado;  Reações adversas: dor, flebite no local da injeção intravenosa, desconforto gastrointestinal, náuseas, diarreia e exantemas;  Não se registraram nefrotoxicidade, neurotoxicidade nem coagulopatias decorrentes de seu uso.
  • 23. Monobactâmicos  Comercialização no Brasil: o Azctam® o Frascos- ampolas com 500mg e 1g. o Preço unitário aproximado: - Fr. Amp de 500mg: R$ 45,00- 73,00 - Fr. Amp de 1000mg: R$ 88,00- 135,00
  • 24. Monobactâmicos  Posologia: o Dose habitual: 1000mg/dose cada 8 horas; o Infecções graves: 2 g/dose x 3-4 (dose máxima: 8g/dia); o Infecção urinária: 500- 1000mg/ dose x 2-3; o Pneumonia: 1g/ dose x 3 até 2g/dose x 4; o Dose habitual: 90- 120 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas); o Infecções graves: 120- 150 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas); o Infecções por Pseudomonas e fibrose cística: até 200 mg/kg/ dia (em 3-4 tomadas).
  • 25. Monobactâmicos  Prescrição: o Diluir para 100 mg/ml em ABD-SF-SGI e fazer EV 3 a 5 minutos ou diluir para 20 mg/ml para correr em 20- 60 minutos; o Não associar com Vancomicina ou Metronidazol na mesma seringa ou equipo; o Fazer correção na Insuficiência renal.
  • 27. Carbapenêmicos  São betalactâmicos que contêm um anel betalactâmico fundido e um sistema de anel de cinco membros;
  • 28. Carbapenêmicos  Imipenem/ cilastatina o São comercializados em associação; o A Cilastatina inibe a degradação do Imipenem por uma dipeptidase tubular renal; o Administrados por via parenteral ou intramuscular; o Meias vidas de aproximadamente 1 hora.
  • 29. Carbapenêmicos • Sensíveis: o Bactérias Gram + (exceto S. aureus resistente a oxacilina e o Enterococcus faecium); o Bactérias aeróbias (Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae, Haemophilus influenzae); o Maioria das enterobactérias (Escherichia coli, Klebsiella, Enterobacter, Proteus, Serratia, Shigella); o Todos os bastonetes Gram – (exceto Legionella e S. maltophilia); o Anaeróbios como Bacterioides, Fusobacterium, Veilonella (pouco sensível ao Clostridium difficile); • Reservada para infecções resistente a todos os demais antibióticos.
  • 30. Carbapenêmicos  Toxicidade: o Bem tolerados em doses de 1- 4 g/dia; o Reações de hipersensibilidade (2,7%); o Perturbações gastrointestinais (reações adversas comuns); o Convulsões (1%).
  • 31. Carbapenêmicos  Comercialização no Brasil: o Tienam IV: Frasco (100ml)/ 500 mg +500mg de Cilastatina; o Tienam IM: Fr. ampola 500 mg + 500 mg de Cilastatina + diluente com lidocaína (2 ml); o Tiepem: Frasco (120 ml): 500 mg + 500 mg de Cilastatina/ Fr. Ampola (20 ml): 500 mg + 500 mg de Cilastatina. o Preços aproximados: - Fr. Ampola/ Bolsa 500mg: R$ 73,00- 112,00 cada
  • 32. Carbapenêmicos  Posologia:  Dose habitual: 500 mg/ dose cada 6 horas;  Infecções graves: 2- 4 g/dia (4 tomadas);  Dose máxima em adultos: 4 g/ dia;  Para crianças: 60 – 100 mg/ kg/ dia (4 tomadas) IM ou IV;  Dose máxima para crianças: 2 g/dia.
  • 33. Carbapenêmicos  Meropenem: o Muitosemelhante ao Imipenem; o Levemente mais ativo contra bactérias Gram negativas; o Formulações intravenosas; o Mesmas indicações clínicas do Imipenem.
  • 34. Carbapenêmicos  Comercialização no Brasil:  Meronem: Fr. Ampolas com 500 mg ou 1 g, para administração por via EV.  Preço unitário aproximado: - Amp. 500: R$ 87,00- 151,00 - Amp. 1000: R$ 79,00- 232,00
  • 35. Carbapenêmicos  Posologia: o Dose habitual: 500- 1000 mg/ dose x 3; o Meningite: 2000 mg/ dose x 3
  • 36. Carbapenêmicos  Ertapenem: o Meia vida mais longa que o Meropenem e Imipenem; o Espectro mais estrito, melhor contra enterobactérias; o Resistentes a algumas cepas de Pseudomonas e Acinetobacter; o Conveniente para infecções intra-abdominais e pélvicas.
  • 37. Carbapenêmicos  Comercialização: o Invanz: Fr. ampola 1000 mg; o Preço aproximado: R$ 290,00.
  • 39. Glicopeptídeos  Estruturas cíclicas complexas Aminoácidos Açúcares  Triciclíca – Vancomicina  Tetracíclica – Teicoplamina Vancomicina Teicoplamina
  • 40. Glicopeptídeos- Vancomicina  Considerações Gerais: ◦ Originalmente obtida em1956,EUA – cultura de Streptomyces orientalis ◦ Uso progressivo a partir da década de 70  Infecções estafilococos-meticilino-resistentes  Endocardite enterocócica  Alergias às penicilinas ◦ Potencial nefrotóxico e ototóxico- fator limitante
  • 41. Glicopeptídeos- Vancomicina  Farmacocinética ◦ Administração: Endovenoso e Oral  Quantidade muito pequena da Vancomicina é absorvível no tubo digestivo ◦ Distribuição: Ampla, por tecidos e líquidos  Liquido pericárdico, sinovial, pleural e ascítico  Fígado, coração, pulmão, rins  Meninges inflamadas (variável)  Interior de abscessos e ossos  Baixa concentração biliar ◦ Excreção: Renal
  • 42. Glicopeptídeos- Vancomicina  Mecanismo de ação: ◦ Inibição da síntese da parede celular ◦ Efeito bactericida
  • 43. Glicopeptídeos- Vancomicina  Espectro de ação: ◦ Bactérias Gram-positivas ◦ Estafilococos (S. aureus, S. epidermidis) ◦ Estreptococos (S. pneumoniae, S. pyogenes) ◦ Enterococos ( E. faecalis, E. faecium). ◦ Actinomyces spp. ◦ Corynebacterium spp. ◦ Listeria monocytogenes ◦ Clostrídios
  • 44. Glicopeptídeos- Vancomicina  Espectro de ação: Enterococos Estreptococos Estafilococos
  • 45. Glicopeptídeos- Vancomicina  Uso Clínico ◦ Pneumonia ◦ Empiema ◦ Endocardite Pneumonia Empiema
  • 46. Glicopeptídeos- Vancomicina  Uso Clínico: Abscesso ◦ Abscesso ◦ Osteomielite ◦ Celulite Grave Celulite Osteomielite
  • 47. Glicopeptídeos- Vancomicina  Uso Clínico: ◦ Infecção grave por pneumococo ◦ Estafilococcia e Estreptococcia em pacientes alérgicos aos beta-lactâmicos, independente do perfil da sensibilidade dos agentes
  • 48. Glicopeptídeos- Vancomicina  Efeitos adversos: ◦ Síndrome do homem vermelho  Relacionada a liberação de histamina, que pode se seguir à administração rápida de altas doses de Vancomicina
  • 49. Glicopeptídeos- Vancomicina  Efeitos adversos ◦ Nefrotoxicidade  Ajuste da dose de acordo com o clearance de creatinina.
  • 50. Glicopeptídeos- Vancomicina  Resistência ◦ 1996 – Staphylococcus sp com resistência intermediária a Vancomicina e Teicoplanina ◦ Micobactérias ◦ Bacilos Gram-negativos ◦ Clamídias ◦ Espiroquetídeos ◦ Micoplasma ◦ Riquétsias
  • 51. Glicopeptídeos- Teicoplanina  Considerações Gerais: ◦ Inicialmente conhecida como Teicomicina A2 ◦ Obtida em 1978, através da fermentação de um actinomiceto ◦ Não é absorvida no tubo digestivo ◦ Meia vida superior a 35h
  • 52. Glicopeptídeos- Teicoplanina  Comparando com a Vancomicina ◦ Espectro de ação muito semelhante ◦ Efeitos adversos semelhantes, porém, menos frequentes ◦ Melhor comodidade posológica
  • 53. Glicopeptídeos- Teicoplanina  Comparando com a Vancomicina ◦ Menor nefrotoxicidade e ototoxicidade ◦ Menos irritativo  Uso Intramuscular ◦ Não atravessa a barreira hematoencefálica
  • 54. Glicopeptídeos  Posologia Adultos Crianças Vancomicina – Via EV 1g 12/12h ou 500mg 40 a 60 mg/kg/dia, 6/6h dividida em 4 doses, 6/6h Teicoplanina- Via EV 6 a 12mg/Kg/dia, 5 a 10mg/kg/dia, ou IM 12/12h ou 24/24h 12/12h ou 24/24h
  • 55. Glicopeptídeos Características Vancomicina Teicoplanina Atividade Semelhante Semelhante antibacteriana Eficácia Clínica Semelhante Semelhante Nefrotoxicidade Mais frequente Menos frequente Número de doses por 2-4 doses diárias Dose única diária dia Via de administração EV IM ou EV Velocidade de Lenta Rápida administração Uso domiciliar Não Sim
  • 56. Glicopeptídeos  Dúvidas?
  • 57. OXAZOLIDONAS POLIMIXINAS ESTREPTOGRAMINAS Liana Luz
  • 58. OXAZOLIDONAS  Linezolida – o primeiro fármaco de uma nova classe de antibióticos totalmente sintéticos.  Descoberto em 1987;  Obtido por meio de síntese laboratorial;  Disponível por via oral e endovenosa;  Concentração sérica máxima após cerca de 2 horas;  Meia-vida: 5 – 6 horas;
  • 59. Oxazolidonas - Linezolida • Mecanismo de Ação: Ligação seletiva com a subunidade 50S ribossomal Inibidor competitivo da ligação dos RNAt aos sítios P Inibição da formação dos complexos iniciais da síntese protéica bacteriana Ação bacteriostática
  • 60. Oxazolidonas - Linezolida • ESPECTRO DE AÇÃO: Staphylococcus Aureus Resistentes à Meticilina (MRSA); Staphylococcus aureus com resistência intermediária à Vancomicina (VISA); Estafilococos coagulase negativos resistentes à Meticilina (S. epidermidis); Enterococos Vancomicina – Resistentes (VRE) – E. faecalis e E. faecium; Pneumococos Penicilina – Resistentes (PRSP).
  • 61. Oxazolidonas - Linezolida  Efeitos adversos: Diarreia Náuseas Vômitos Hipertensão Monilíase Cefaleia Arterial oral e vaginal Mielotoxicidad e
  • 62. Oxazolidonas - Linezolida  Ensaios clínicos: Pneumonia Adquirida na • Linezolida – 91% Comunidade (PAC) • Ceftriaxona – 90% • Linezolida – 66% Pneumonia Nosocomial • Vancomicina – 68% Infecções complicadas de • Linezolida – 91% pele/partes moles • Claritromicina – 87% • Linezolida – 77% MRSA • Vancomicina – 74% Infecções por Enterococos Vancomicina-Resistentes • Linezolida – 89% de cura clínica.
  • 63. POLIMIXINAS  Descobertas entre 1947 – 1950;  Originados do Bacillus polimyxa: Polimixinas A, B, C, D e E (colistina);  Bastante utilizados entre as décadas de 60 e 80;  Em 1970, era a droga de escolha para o tratamento de infecções por P. aeruginosa;  Troca por ATB mais potentes e de menor toxicidade: penicilinas semi-sintéticas, cefalosporinas de 3ª geração e carbapenéns.  Início de processo de resistência ( K.pneumoniae, P. aeruginosa, Acinetobacter baumanii) – Resgate do uso das polimixinas.
  • 64. POLIMIXINA B  Antibiótico polipeptídico;  Administração exclusivamente parenteral (EV preferencialmente);  Meia-vida: 4 – 6 horas;  Eliminação renal;  Formulada em unidades e miligramas – 1mg = 10.000 unidades;  Dose diária recomendada: 2,5 – 3 mg/Kg/dia, dividida em intervalos de 12 horas.
  • 65. POLIMIXINA B  Mecanismo de ação:
  • 66. POLIMIXINA B  ESPECTRO DE AÇÃO:  Eficaz contra bacilos Gram – negativos, exceto espécies de Proteus, Providencia e Serratia.  Papel importante na terapia de infecções causadas por Gram – negativos multirresistentes.
  • 67. POLIMIXINA B  Efeitos adversos: Nefrotoxicidade Neurotoxicidade Bloqueio neuromuscular
  • 68. ESTREPTOGRAMINAS  Quinupristina e Dalfopristina;  Isoladas do Streptomyces pristinaespiralis;  Estrutura peptídica cíclica; MECANISMO DE AÇÃO: inibição da síntese protéica bacteriana. Efeito sinérgico da associação, já que se ligam a alvos distintos no ribossomo 50S bacteriano.
  • 69. ESTREPTOGRAMINAS  Espectro de Ação: Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase- negativos, sensíveis ou resistentes à meticilina. Pnemococo, sensível ou resistente à Meticilina. Enterococcus faecium. Neisseria meningitidis. Moraxella catarrhalis. Legionella pneumophila. Mycoplasma pneumoniae.
  • 70. ESTREPTOGRAMINAS  Efeitos Adversos:
  • 71. ESTREPTOGRAMINAS Atenção em pacientes Nifedipina, Inibidor do recebendo Midazolam, Citocromo P450 dorgas que são Ciclosporina, substratos Cisaprida. dessa enzima
  • 72. Lincosamidas Lucas Carvalho
  • 73. Lincosamidas  Representantes: Lincomicina e Clindamicina;  Não ultrapassam a BHE;  Via de eliminação: urina (50%) fezes (40%);  Depuração hepática;  Inibe a ação de macrolídeos
  • 74. Lincosamidas Mecanismo de ação:  Inibem a síntese proteica a partir da sua ligação à subunidade 50S, assim como os macrolídeos e o cloranfenicol.
  • 75. Lincomicina Indicações:  Infecções severas por anaeróbios, Strepto e Stafilococcus (penicilina- resistentes), difteria e na profilaxia de endocardites.
  • 76. Lincomicina Contra-indicações:  Recém-nascidos, profilaxia de febre- reumática recorrente e pacientes com doenças hepáticas, renais, endócrinas ou metabólicas preexistentes.  Dificilmente atravessa a placenta, porém é secretado no leite materno.  Hipersensibilidade a Clindamicina.
  • 77. Lincomicina Posologia IM: Adultos: 600mg (2ml) a cada 24h Crianças > 1 mês: 10mg/kg cada 24h EV: Adultos: 2ml a cada 8h Crianças >1 mês: 20mg/kg/dia em 2 ou 3 doses Obs: dose máxima = 8g/dia
  • 78. Lincomicina Efeitos colaterais:  Comuns: diarreia, náusea, vômito e cólica abdominal.  Raros: Leucopenia, neutropenia, agranulocitose e hipersensibilidade.
  • 79. Clindamicina Indicações:  Estrepto, estafilo e pneumococos das infecções do trato respiratório, pele e tecidos moles, olhos, cavidade bucal, ossos e articulações, e cervicite por Chlamydia trachomatis.  Associada à pirimetamina para tratamento de toxoplasmose cerebral relacionada com AIDS.  Substitui a eritromicina na profilaxia de EI.
  • 80. Clindamicina Contra-indicações:  Meningite ou doença gastrintestinal (colite);  Doença hepática grave;  Recém-nascidos;  Hipersensibilidade a lincomicina.
  • 81. Clindamicina Complicação:  Mais comum e temida: colite pseudomembranosa por Clostridium difficile.  Tratável com vancomicina ou metronidazol.
  • 82. Clindamicina A resistência à clindamicina (geralmente cruzada com macrolídeos) se deve a:  Mutação do local receptor sobre o ribossomo;  Alteração do receptor por uma metilase;  Inativação enzimática da droga
  • 83. Clindamicina Posologia – IM ou IV:  Infecção moderada ou altamente sensível: 600mg/dia em 2x iguais ou 10-15mg/Kg/dia em 3 ou 4x iguais.  Infecção moderadamente grave: 600- 1200mg/dia em 3 ou 4x iguais ou 15- 25mg/Kg/dia em 3 ou 4x iguais.  Infecção grave: 1200 a 2700mg/dia em 3 ou 4X iguais ou 25-40mg/Kg/dia em 3 ou 4X iguais.  Duração do tratamento ajustada de acordo com resposta clínica do paciente.
  • 85. Referências  Antibióticos na prática médica/ Vicente Amaro et al. 6ª edição, editora Sarvier, São Paulo, 2007.  Katzung, Bertram G. Farmacologia básica & clínica, 9ª edição, editora Guanabara-Koogan  HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. Goodman & Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw Hill, 11ª ed. 2006.  Farmacologia/ Penildon Silva. – 7.ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2006 il.  Blackbook -Clinica Médica / Enio Roberto Pietra Pedroso e Reynaldo Gomes de Oliveira -Belo Horizonte : Blackbook Editora, 2007.