Este documento resume 3 antibióticos discutidos em um seminário:
1) A rifampicina, usada no tratamento da tuberculose e hanseníase, inibe a RNA polimerase dependente de DNA.
2) O metronidazol tem ação contra anaeróbios e é usado para giardíase e amebíase.
3) A nitrofurantoína é usada para infecções urinárias e pode causar efeitos adversos em pessoas com deficiência de G6PD.
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
1. Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências Médicas
MIV36 – Doenças infecto-contagiosas
Seminário: Antibióticos
Professor Evanízio Roque
José Antonio Gonçalves Matias
Larissa Ingrid Frazão
Liana Luz Lima
Luana Chianca Lucena
Lucas Emmanuel de Carvalho
João Pessoa
2013
3. Rifamicinas
Grupo de antibióticos isolados na Itália, em 1957,
em culturas de Streptomyces mediterranei
Rifamicinas A, B, C, D e E
Rifamicina B: Facilmente obtida e maior atividade
antibacteriana
Derivados semi-sintéticos da rifamicina B:
Rifamicina SV, rifamicina M (rifamida) e rifampicina
4. Rifampicina
Derivado semi-sintético da rifamicina B
Atividade contra diversos microorganismos
Inibe a RNA-polimerase dependende de DNA
Rifamicina B Rifampicina
5. Rifampicina
Não influencia na síntese de RNA das células
humanas
Antibiótico lipossolúvel, capaz de concentrar-se no
interior de células humanas, inclusive dos fagócitos
Meia vida de 3 horas, metabolização hepática →
Desacetilação
Ingestão de 600 mg em jejum → concentração sérica
máxima 2-4 horas depois, mantendo uma taxa sérica
com atividade terapêutica por 16 horas
Excreção: Bile (40%) e urina (25)
6. Rifampicina
Só é disponível no Brasil para uso oral
Concentra-se adequadamente em diversos tecidos:
fígado, baço, pulmões, ossos, rins, intestinos, músculo,
pele
Líquidos orgânicos: bile, suco pancreático, urina,
líquido pleural, saliva, lágrima, líquor
Atinge taxas elevadas no tecido caseoso e nas
cavernas pulmonares de doentes com tuberculose
No feto, alcança concentração de até 30% a
8. Rifampicina
Uso isolado da rifampicina → bactérias resistentes
(mutações na RNA-polimerase)
Deve sempre ser usado em associação a outros
antibióticos
Principais indicações: tratamento da tuberculose e
da hanseníase
Dose: 600 mg/dia, VO (adultos) e 10-20 mg/Kg/dia,
VO (crianças)
9. Rifampicina
Esquema para o tratamento da tuberculose
(adultos):
7RH 7
Tuberculose
meningoencefálica
Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
10. Rifampicina
Esquema para o tratamento da hanseníase
(adultos):
Paucibacilares (baciloscopia negativa):
•Dapsona 100mg/dia - auto administrada
•Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) –
supervisionada
7RH 7
Tratamento por 6 meses → Recidiva: repetir tratamento
Multibacilares(baciloscopia positiva)
•Dapsona 100mg/dia – auto-administrada
•Clofazimina 50mg/dia – auto-administrada e 300mg/mês –
supervisionada
•Rifampicina 600mg/mês (2 cápsulas de 300 mg) –
supervisionada
11. Rifampicina
Reações adversas:
• Coloração laranja inócua à urina, suor, lágrimas e
lentes de contato (lentes gelatinosas
permanentemente coradas)
Efeitos mais raros:
• Erupções cutâneas
• Trombocitopenia
• Nefrite
• Hepatite ou icterícia colestática
• Proteinúria
12. Metronidazol
Derivado nitroimidazólico introduzido na prática clínica
em 1959 para o tratamento de Trichomonas vaginalis
e amebíase
Possui atividade antiprotozoária e antibacteriana:
Bacilos gram negativos anaeróbios
Bacilos gram positivos esporulados
Cocos anaeróbios
13. Metronidazol
Mecanismo de ação:
• Tem ação bactericida
• Absorvido pela bactéria → degradado pelas nitrorredutases
→ gera compostos citotóxicos → ruptura da estrutura
helicoidal do DNA bacteriano e inibição da sua síntese
Indicações:
• Giardíase, amebíase (incluindo abscesso hepático
amebiano), tricomoníase, vaginites por Gardnerella vaginalis
• Infecções por anaeróbios (melhor droga)
• Tratamento de pacientes portadores de periodontite crônica
refratária
• Tratamento do Helicobacter pylori (associado a tetraciclinas)
14. Metronidazol
Posologia:
• Anaeróbios: 500 mg 8/8 horas VO ou IV
• Giardíase: 250 mg 8/8 horas VO por 5 dias
• Tricomoníase: 250 mg 8/8 horas VO por 7 dias
• Amebíase: 750 mg 8/8 horas VO por 10 dias
• Vaginose: 500 mg 12/12 horas VO por 7 dias
• Helicobacter pylori: 250 mg 6/6 horas VO por 14 dias
(associado a tetraciclinas)
• Proteger a solução IV da luz solar ou da iluminação
artificial
15. Metronidazol
Interações medicamentosas:
• Cimetidina potencializa o metronidazol
• Rifampicina e prednisona diminuem o efeito do
metronidazol
• Metronidazol aumenta o efeito do warfarin e do lítio
• Seu uso com o álcool causa o efeito dissulfiram-símile
Efeitos adversos:
• Gosto metálico na boca, boca seca
• Cefaléia, náusea, vômitos, diarréia, tontura, vertigem,
exantema
• O uso com as refeições diminui os efeitos gastrintestinais
• Evitar o uso por gestantes e lactantes (efeito mutagênico?)
16. Nitrofurantoína
• Derivado do Furano
• Empregado em infecções urinárias, como curativo ou
preventivo.
• Interfere no metabolismo bacteriano, afetando as
enzimas responsáveis pela síntese protéica
• Seu emprego não é conveniente em indivíduos com
falha renal.
17. Nitrofurantoína
• Bacteriostática e bactericida para muitas bactérias gram
positivas e negativas
• Pseudomonas aeruginosa e Proteus são resistentes
• Administrada por via oral, absorvida com facilidade
• Meia-vida de 20 minutos → Sem ação sistêmica
• Metabolizada no fígado
• Eliminação preferencialmente renal
18. Nitrofurantoína
Posologia para o tratamento de ITU em adultos: 100 mg
6/6 horas, VO, com alimento ou leite
Pode ser administrada durante meses para a supressão da
infecção crônica do trato urinário
Manter o pH urinário abaixo de 5,5 → aumenta a atividade
da nitrofurantoína
Efeitos colaterais:
• Anorexia, náuseas, vômitos
• Neuropatia e anemia hemolítica na deficiência de G6PD
• Exantema, infiltração pulmonar e outros sinais de
hipersensibilidade
20. Monobactâmicos
Aztreonam;
Origem sintética;
Potente ação contra bactérias aeróbias Gram-
negativas;
Grande estabilidade na presença de
betalactamases;
Não apresenta reação cruzada com a
penicilina e seus produtos.
21. Monobactâmicos
É administrado parenteralmente;
Meia vida plasmática de duas horas, em
média.
Grupo 4-alfa-metil
(estabilidade na
presença de
betalactamases).
Ácido sulfônico
Aminotiazol oxima (ativação
(espectro Gram- betalactâmica).
negativo).
Grupo carboxílico
(atividade
aumentada contra
Pseudomonas).
22. Monobactâmicos
Toxicidade:
É bem tolerado;
Reações adversas: dor, flebite no local da
injeção intravenosa, desconforto
gastrointestinal, náuseas, diarreia e
exantemas;
Não se registraram nefrotoxicidade,
neurotoxicidade nem coagulopatias
decorrentes de seu uso.
23. Monobactâmicos
Comercialização no Brasil:
o Azctam®
o Frascos- ampolas com 500mg e 1g.
o Preço unitário aproximado:
- Fr. Amp de 500mg: R$ 45,00- 73,00
- Fr. Amp de 1000mg: R$ 88,00- 135,00
24. Monobactâmicos
Posologia:
o Dose habitual: 1000mg/dose cada 8 horas;
o Infecções graves: 2 g/dose x 3-4 (dose máxima: 8g/dia);
o Infecção urinária: 500- 1000mg/ dose x 2-3;
o Pneumonia: 1g/ dose x 3 até 2g/dose x 4;
o Dose habitual: 90- 120 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas);
o Infecções graves: 120- 150 mg/kg/dia (em 3-4 tomadas);
o Infecções por Pseudomonas e fibrose cística: até 200 mg/kg/
dia (em 3-4 tomadas).
25. Monobactâmicos
Prescrição:
o Diluir para 100 mg/ml em ABD-SF-SGI e fazer
EV 3 a 5 minutos ou diluir para 20 mg/ml para
correr em 20- 60 minutos;
o Não associar com Vancomicina ou
Metronidazol na mesma seringa ou equipo;
o Fazer correção na Insuficiência renal.
27. Carbapenêmicos
São betalactâmicos que contêm um
anel betalactâmico fundido e um
sistema de anel de cinco membros;
28. Carbapenêmicos
Imipenem/ cilastatina
o São comercializados em associação;
o A Cilastatina inibe a degradação do Imipenem
por uma dipeptidase tubular renal;
o Administrados por via parenteral ou
intramuscular;
o Meias vidas de aproximadamente 1 hora.
29. Carbapenêmicos
• Sensíveis:
o Bactérias Gram + (exceto S. aureus resistente a oxacilina e o
Enterococcus faecium);
o Bactérias aeróbias (Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae,
Haemophilus influenzae);
o Maioria das enterobactérias (Escherichia coli, Klebsiella,
Enterobacter, Proteus, Serratia, Shigella);
o Todos os bastonetes Gram – (exceto Legionella e S.
maltophilia);
o Anaeróbios como Bacterioides, Fusobacterium, Veilonella
(pouco sensível ao Clostridium difficile);
• Reservada para infecções resistente a todos os demais
antibióticos.
30. Carbapenêmicos
Toxicidade:
o Bem tolerados em doses de 1- 4 g/dia;
o Reações de hipersensibilidade (2,7%);
o Perturbações gastrointestinais (reações
adversas comuns);
o Convulsões (1%).
31. Carbapenêmicos
Comercialização no Brasil:
o Tienam IV: Frasco (100ml)/ 500 mg +500mg de
Cilastatina;
o Tienam IM: Fr. ampola 500 mg + 500 mg de
Cilastatina + diluente com lidocaína (2 ml);
o Tiepem: Frasco (120 ml): 500 mg + 500 mg de
Cilastatina/ Fr. Ampola (20 ml): 500 mg + 500 mg
de Cilastatina.
o Preços aproximados:
- Fr. Ampola/ Bolsa 500mg: R$ 73,00- 112,00 cada
32. Carbapenêmicos
Posologia:
Dose habitual: 500 mg/ dose cada 6 horas;
Infecções graves: 2- 4 g/dia (4 tomadas);
Dose máxima em adultos: 4 g/ dia;
Para crianças: 60 – 100 mg/ kg/ dia (4
tomadas) IM ou IV;
Dose máxima para crianças: 2 g/dia.
33. Carbapenêmicos
Meropenem:
o Muitosemelhante ao Imipenem;
o Levemente mais ativo contra bactérias
Gram negativas;
o Formulações intravenosas;
o Mesmas indicações clínicas do
Imipenem.
34. Carbapenêmicos
Comercialização no Brasil:
Meronem: Fr. Ampolas com 500 mg ou 1 g,
para administração por via EV.
Preço unitário aproximado:
- Amp. 500: R$ 87,00- 151,00
- Amp. 1000: R$ 79,00- 232,00
35. Carbapenêmicos
Posologia:
o Dose habitual: 500- 1000 mg/ dose x
3;
o Meningite: 2000 mg/ dose x 3
36. Carbapenêmicos
Ertapenem:
o Meia vida mais longa que o Meropenem e
Imipenem;
o Espectro mais estrito, melhor contra
enterobactérias;
o Resistentes a algumas cepas de
Pseudomonas e Acinetobacter;
o Conveniente para infecções intra-abdominais e
pélvicas.
37. Carbapenêmicos
Comercialização:
o Invanz: Fr. ampola 1000 mg;
o Preço aproximado: R$ 290,00.
40. Glicopeptídeos- Vancomicina
Considerações Gerais:
◦ Originalmente obtida em1956,EUA –
cultura de Streptomyces orientalis
◦ Uso progressivo a partir da década de 70
Infecções estafilococos-meticilino-resistentes
Endocardite enterocócica
Alergias às penicilinas
◦ Potencial nefrotóxico e ototóxico- fator
limitante
41. Glicopeptídeos- Vancomicina
Farmacocinética
◦ Administração: Endovenoso e Oral
Quantidade muito pequena da Vancomicina é
absorvível no tubo digestivo
◦ Distribuição: Ampla, por tecidos e
líquidos
Liquido pericárdico, sinovial, pleural e ascítico
Fígado, coração, pulmão, rins
Meninges inflamadas (variável)
Interior de abscessos e ossos
Baixa concentração biliar
◦ Excreção: Renal
47. Glicopeptídeos- Vancomicina
Uso Clínico:
◦ Infecção grave por pneumococo
◦ Estafilococcia e Estreptococcia em
pacientes alérgicos aos beta-lactâmicos,
independente do perfil da sensibilidade
dos agentes
48. Glicopeptídeos- Vancomicina
Efeitos adversos:
◦ Síndrome do homem vermelho
Relacionada a liberação de histamina, que pode se
seguir à administração rápida de altas doses de
Vancomicina
49. Glicopeptídeos- Vancomicina
Efeitos adversos
◦ Nefrotoxicidade
Ajuste da dose de acordo com o clearance de
creatinina.
50. Glicopeptídeos- Vancomicina
Resistência
◦ 1996 – Staphylococcus sp com
resistência intermediária a Vancomicina e
Teicoplanina
◦ Micobactérias
◦ Bacilos Gram-negativos
◦ Clamídias
◦ Espiroquetídeos
◦ Micoplasma
◦ Riquétsias
51. Glicopeptídeos- Teicoplanina
Considerações Gerais:
◦ Inicialmente conhecida como Teicomicina
A2
◦ Obtida em 1978, através da fermentação
de um actinomiceto
◦ Não é absorvida no tubo digestivo
◦ Meia vida superior a 35h
52. Glicopeptídeos- Teicoplanina
Comparando com a Vancomicina
◦ Espectro de ação muito semelhante
◦ Efeitos adversos semelhantes, porém,
menos frequentes
◦ Melhor comodidade posológica
53. Glicopeptídeos- Teicoplanina
Comparando com a Vancomicina
◦ Menor nefrotoxicidade e ototoxicidade
◦ Menos irritativo
Uso Intramuscular
◦ Não atravessa a barreira
hematoencefálica
54. Glicopeptídeos
Posologia
Adultos Crianças
Vancomicina – Via EV 1g 12/12h ou 500mg 40 a 60 mg/kg/dia,
6/6h dividida em 4 doses,
6/6h
Teicoplanina- Via EV 6 a 12mg/Kg/dia, 5 a 10mg/kg/dia,
ou IM 12/12h ou 24/24h 12/12h ou 24/24h
55. Glicopeptídeos
Características Vancomicina Teicoplanina
Atividade Semelhante Semelhante
antibacteriana
Eficácia Clínica Semelhante Semelhante
Nefrotoxicidade Mais frequente Menos frequente
Número de doses por 2-4 doses diárias Dose única diária
dia
Via de administração EV IM ou EV
Velocidade de Lenta Rápida
administração
Uso domiciliar Não Sim
58. OXAZOLIDONAS
Linezolida – o primeiro fármaco de uma
nova classe de antibióticos totalmente
sintéticos.
Descoberto em 1987;
Obtido por meio de síntese laboratorial;
Disponível por via oral e endovenosa;
Concentração sérica máxima após cerca
de 2 horas;
Meia-vida: 5 – 6 horas;
59. Oxazolidonas - Linezolida
• Mecanismo de Ação:
Ligação seletiva com a subunidade 50S
ribossomal
Inibidor competitivo da ligação dos
RNAt aos sítios P
Inibição da formação dos complexos
iniciais da síntese protéica bacteriana
Ação bacteriostática
60. Oxazolidonas - Linezolida
• ESPECTRO DE AÇÃO:
Staphylococcus Aureus Resistentes à Meticilina
(MRSA);
Staphylococcus aureus com resistência
intermediária à Vancomicina (VISA);
Estafilococos coagulase negativos resistentes à
Meticilina (S. epidermidis);
Enterococos Vancomicina – Resistentes (VRE) –
E. faecalis e E. faecium;
Pneumococos Penicilina – Resistentes (PRSP).
61. Oxazolidonas - Linezolida
Efeitos adversos:
Diarreia Náuseas Vômitos
Hipertensão Monilíase
Cefaleia
Arterial oral e vaginal
Mielotoxicidad
e
63. POLIMIXINAS
Descobertas entre 1947 – 1950;
Originados do Bacillus polimyxa: Polimixinas A,
B, C, D e E (colistina);
Bastante utilizados entre as décadas de 60 e 80;
Em 1970, era a droga de escolha para o
tratamento de infecções por P. aeruginosa;
Troca por ATB mais potentes e de menor
toxicidade: penicilinas semi-sintéticas,
cefalosporinas de 3ª geração e carbapenéns.
Início de processo de resistência (
K.pneumoniae, P. aeruginosa, Acinetobacter
baumanii) – Resgate do uso das polimixinas.
64. POLIMIXINA B
Antibiótico polipeptídico;
Administração exclusivamente
parenteral (EV preferencialmente);
Meia-vida: 4 – 6 horas;
Eliminação renal;
Formulada em unidades e miligramas –
1mg = 10.000 unidades;
Dose diária recomendada: 2,5 – 3
mg/Kg/dia, dividida em intervalos de 12
horas.
66. POLIMIXINA B
ESPECTRO DE AÇÃO:
Eficaz contra bacilos Gram –
negativos, exceto espécies de
Proteus, Providencia e Serratia.
Papel importante na terapia de
infecções causadas por Gram –
negativos multirresistentes.
67. POLIMIXINA B
Efeitos adversos:
Nefrotoxicidade Neurotoxicidade
Bloqueio
neuromuscular
68. ESTREPTOGRAMINAS
Quinupristina e Dalfopristina;
Isoladas do Streptomyces
pristinaespiralis;
Estrutura peptídica cíclica;
MECANISMO DE AÇÃO: inibição da síntese protéica
bacteriana.
Efeito sinérgico da associação, já que se ligam a
alvos distintos no ribossomo 50S bacteriano.
69. ESTREPTOGRAMINAS
Espectro de Ação:
Staphylococcus aureus e Estafilococos coagulase-
negativos, sensíveis ou resistentes à meticilina.
Pnemococo, sensível ou resistente à Meticilina.
Enterococcus faecium.
Neisseria meningitidis.
Moraxella catarrhalis.
Legionella pneumophila.
Mycoplasma pneumoniae.
71. ESTREPTOGRAMINAS
Atenção em
pacientes Nifedipina,
Inibidor do recebendo Midazolam,
Citocromo P450 dorgas que são Ciclosporina,
substratos Cisaprida.
dessa enzima
73. Lincosamidas
Representantes: Lincomicina e
Clindamicina;
Não ultrapassam a BHE;
Via de eliminação: urina (50%) fezes
(40%);
Depuração hepática;
Inibe a ação de macrolídeos
74. Lincosamidas
Mecanismo de ação:
Inibem a síntese proteica a partir da
sua ligação à subunidade 50S, assim
como os macrolídeos e o
cloranfenicol.
76. Lincomicina
Contra-indicações:
Recém-nascidos, profilaxia de febre-
reumática recorrente e pacientes com
doenças hepáticas, renais, endócrinas
ou metabólicas preexistentes.
Dificilmente atravessa a placenta,
porém é secretado no leite materno.
Hipersensibilidade a Clindamicina.
77. Lincomicina
Posologia
IM:
Adultos: 600mg (2ml) a cada 24h
Crianças > 1 mês: 10mg/kg cada 24h
EV:
Adultos: 2ml a cada 8h
Crianças >1 mês: 20mg/kg/dia em 2 ou
3 doses
Obs: dose máxima = 8g/dia
79. Clindamicina
Indicações:
Estrepto, estafilo e pneumococos das
infecções do trato respiratório, pele e
tecidos moles, olhos, cavidade bucal,
ossos e articulações, e cervicite por
Chlamydia trachomatis.
Associada à pirimetamina para
tratamento de toxoplasmose cerebral
relacionada com AIDS.
Substitui a eritromicina na profilaxia de
EI.
82. Clindamicina
A resistência à clindamicina
(geralmente cruzada com macrolídeos)
se deve a:
Mutação do local receptor sobre o
ribossomo;
Alteração do receptor por uma
metilase;
Inativação enzimática da droga
83. Clindamicina
Posologia – IM ou IV:
Infecção moderada ou altamente sensível:
600mg/dia em 2x iguais ou 10-15mg/Kg/dia
em 3 ou 4x iguais.
Infecção moderadamente grave: 600-
1200mg/dia em 3 ou 4x iguais ou 15-
25mg/Kg/dia em 3 ou 4x iguais.
Infecção grave: 1200 a 2700mg/dia em 3 ou
4X iguais ou 25-40mg/Kg/dia em 3 ou 4X
iguais.
Duração do tratamento ajustada de acordo
com resposta clínica do paciente.