As trajetórias do YouTube e Globo Vídeos: remidiação e lógicas operativas na web
1. as TRAJETÓRIAS E
CARACTERÍSTICAS do
YOUTUBE e
GLOBO MEDIA CENTER/
GLOBO VÍDEOS
Um olhar comunicacional sobre as
lógicas operativas de websites de vídeos
para compreender a constituição do caráter
midiático da web
Unisinos, dezembro/2008.
2. • Achados da dissertação
• A descoberta dos observáveis
• A evolução e definição da
problematização
• Materiais e dados factuais
• Coleta progressiva e retroativa
• Trajetórias e verticalizações
3. como a
Uma reflexão sobre o modo
web se constitui como
mídia, tendo como base o exame das
principaislógicas operativas de
dois casos paradigmáticos de websites
que apresentam vídeos em
suas interfaces: um originado de um
grupo de mídia fortemente estabelecido e
de extrema relevância no país, em grande parte devido
(as
à sua presença televisiva
Organizações Globo) e outro de
caráter nativo à web em relação ao seu
surgimento (o YouTube).
4. Elementos para um olhar
comunicacional sobre a
internet
Comunicação e tecnologias: uma
aproximação necessária
CMC / TICs
Mídias e Tecnologias de Comunicação
TI - sistemas de informação, hardware,
software, recursos multimídia...
Maior centralidade na materialidade das
mídias
5. Uma caracterização da Internet
Internet Web Web 2.0
Banco de Dados Ambiente de
Mídia Relacionamento
As facetas:
uma proposta de angulação para observação
da web
6. Contextualizando
a idéia de vídeo
Tecnologia -> Produto
Evolução e modos de
presença dentro do tecido
social e midiático
YouTube e Globo Media
Center/Globo Vídeos
apresentam lógicas operativas
a partir da presença de vídeos.
7. Modalidades de circulação e distribuição de vídeo na Internet
Grandes estúdios Não intencional Televisão e Internet
8. -Uma trajetória que nasce na web: razões de origem e
afirmação
-O crescimento: uma premissa, diferentes utilizações,
constantes atualizações
9. -Lógicas de inserção de vídeos MO
-Lógicas de visualização e
-compartilhamento de vídeos
MAA
(homepage e watchpage)
MPP
MO MGP
MFT[MC]
Molduras: abrigo de territórios
de significação
MI Uso instrumental para dissecar
MAC
as interfaces
MGP
10. MOg
MOe
Organizações Globo:
uma trajetória que
chega na web MP MPR M
V
A fase Globo Media
Center e suas lógicas
MPL
operativas
MB
C
MIM MIP
11. MOg
A passagem de Globo Media Center
para Globo Vídeos – 2006 MOe
MI
MP
MAC
MFT(1) MFT(2)
12. MO
g
MO
e
Lógicas de visualização e
MD compartilhamento de vídeos
MM
C
1 (home e watchpage)
MD
MP
2
A
MOg
MOe
MPA
MR MP
MMC
MAC MIR
MFT
MI
N
MO
g
13. Apontamentos sobre as trajetórias e características
do Globo Media Center/Globo Vídeos e YouTube
Relação das lógicas operativas com as facetas
Aprendizados/influências – GMC/GV com YouTube
Sistema midiático mais amplo + interfaces
14. DINÂMICAS DA
REMIDIAÇÃO
em YOUTUBE e
GLOBO MEDIA
CENTER/GLOBO VÍDEOS
Dependência, contexto, reforma
Imediação e hipermediação nas interfaces
15. Remidiação como
característica
de uma genealogia de mídias
Afiliação entre mídias (mais que
evolução em só sentido)
Remidiação das práticas materiais e
arranjos sociais
18. YouTube e Globo Media Center/Globo Vídeos são ocorrências
na web que nasceram dependentes do comportamento de
espectação de vídeos já presente no tecido social, mas que do
ponto de vista da materialização dessa relação de espectação,
disponibilizam-se em webpages que reapropriam princípios de
design gráfico e das interfaces de software.
Nesta combinação, ainda reside um outro conjunto de
especificidades que culminam nas lógicas operativas que
identificamos e que, no nosso ver, são a chave para perceber
aberturas por onde se insinua o que seria próprio da web, ainda
que aceitemos a condição das afiliações e dependências.
19. Imediação e hipermediação nas interfaces
Busca por transparência / mídia “original”
Excitação da interface/ reconhecimento do meio
Tensionamento pelos observáveis e 3 facetas
20. A hipermediação na web se relaciona
com a evolução do computação
e de aspectos do design.
Mídia e
software
O “bom” design: Lógicas
usabilidade e operativas
(des)obediência explicitadas
nos arranjos
Interface humano- das molduras
computador:
arquivamento,
montagem,
devaneio,
playfullness
21. das LÓGICAS OPERATIVAS
de YOUTUBE e GLOBO
MEDIA CENTER/GLOBO
VÍDEOS ao PRÓPRIO
MIDIÁTICO da WEB:
REFLEXÕES FINAIS
1. Ao estar dentro da Internet, a
World Wide Web não pode abrir mão
de estar vinculada às facetas banco
de dados e de ambiente de
relacionamento. No entanto,
desejamos entender a web, como o
lugar que recebe e tensiona
relações com as mídias anteriores –
por processos que podemos
reconhecer como ligados à
remidiação – e abriga manifestações
de atores significativos destas (como
a Globo).
22. 2. A Globo parece desejar, através das suas
interfaces, mesmo em suas diferentes fases, que
antes de seus vídeos serem vídeos na web,
sejam sempre produtos midiáticos da Globo. No
entanto, para isso, acreditou inicialmente que
reformaria – na perspectiva da remidiação – a
experiência da televisão ao apresentar seu Globo
Media Center como painel de controle, mas
depois investiu em aproximar-se das formas que
na web tornaram-se referência, muito fortemente
através do YouTube, para as lógicas de
visualização e compartilhamento (embora tenha
aberto mão da inserção).
23. 3. Na homepage, entre outras características, o que temos é uma
ocorrência típica da exaltação à interface e do estilo janelizado,
conforme a característica da hipermediação, feita a partir de uma
multiplicidade de ofertas designadas nas molduras.
4. A watchpage é mais um item na trajetória do vídeo, desde
a TV até o ingresso na web. Apontamos a watchpage como
a webpage típica e altamente representativa desse encontro
complexo entre os processos de remidiação e as facetas da
Internet em convívio sob as premissas da construção de
interfaces gráficas na web.
Quando propusemos a idéia da watchpage como uma
screening room do tipo web estávamos realizando esse
movimento.
A watchpage, nesse sentido, afirma um próprio midiático da
web.
24. Um olhar comunicacional sobre a web que dê
conta de seu caráter midiático pode, portanto,
pertencimento da
partir da perspectiva do
mesma a uma genealogia das mídias
(material e contextual), aspecto que a
remidiação propõe, mas deve avançar para
entendê-la considerando as características e
interfaces gráficas
especificidades das
digitais, indicados pelos estudos
do HCI e tensionados pelas
regularidades sugeridas pelo
design e examinar, a partir desse quadro,
como os fenômenos revelam e lidam com as
facetas – intrínsecas à Internet –
banco de dados, mídia e ambiente
de relacionamento em relação às
suas lógicas operativas.