Paulo Freire foi um educador brasileiro que desenvolveu uma filosofia da educação libertadora. Sua obra mais famosa, Pedagogia do Oprimido, criticou a "educação bancária" autoritária e defendeu uma abordagem que respeita a experiência dos alunos e os envolve na luta contra a opressão. Freire acreditava que ninguém pode libertar outras pessoas sozinho, mas sim através da ação e reflexão coletivas.
1. Paulo Freire
*Biografia
*Rumo da conscientização
*Para pensar
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala
seja a tua prática. “
2. Biografia
• Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, numa família de classe média. Com
o agravamento da crise econômica mundial iniciada em 1929 e a morte do
seu pai, quando tinha 13 anos. Freire passou a enfrentar as dificuldades
econômicas, formou-se em direito, mas não seguiu a carreira, encaminhando
sua vida profissional para o magistério.
3. Biografia
• Suas ideias pedagógicas se formaram em observação da cultura dos alunos –
em particular o uso da linguagem e do papel elitista da escola.
• Em 1963 , em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300
pessoas em um mês.
• No ano seguinte, o golpe militar o surpreendeu em Brasília, onde coordenava
o plano de alfabetização presidente João Goulart. Freire passou 70 dias na
prisão antes de se exilar.
4. Biografia
• Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do
oprimido. Também deu aulas nos Estados Unidos e na Suíça, organizou
planos de alfabetização em países africanos. Com a anistia, em 1979, voltou
para o Brasil, entregando –se a vida universitária.
• Filiou-se ao PT entre 1989 e 1991, foi secretario municipal da educação de
São Paulo.
5. Biografia
• Freire se casou duas vezes, teve cinco filhos.
• Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e
teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas.
• Morreu em 1997, de enfarte.
6. Rumo da conscientização
• Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a
missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de
conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno
precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto
aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo -
portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador
pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer
conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire dizia que ninguém ensina
nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas.
7. Rumo da conscientização
• Embora o trabalho de alfabetização de adultos desenvolvido por Paulo Freire
tenha passado para a história como um "método", a palavra não é a mais
adequada para definir o trabalho do educador, cuja obra se caracteriza mais
por uma reflexão sobre o significado da educação. "Toda a obra de Paulo
Freire é uma concepção de educação embutida numa concepção de mundo",
diz José Eustáquio Romão.
8. Etapas do rumo á conscientização
• Na teoria do educador pernambucano há três momentos claros de
aprendizagem. O primeiro é aquele em que o educador se inteira daquilo que
o aluno conhece, não apenas para poder avançar no ensino de conteúdos
mas principalmente para trazer a cultura do educando para dentro da sala de
aula.
9. Etapas do rumo á conscientização
• O segundo momento é o de exploração das questões relativas aos temas em
discussão - o que permite que o aluno construa o caminho do senso comum
para uma visão crítica da realidade.
• Finalmente, volta-se do abstrato para o concreto, na chamada etapa de
problematização: o conteúdo em questão apresenta-se "dissecado", o que
deve sugerir ações para superar impasses. Para Paulo Freire, esse
procedimento serve ao objetivo final do ensino, que é a conscientização do
aluno.
10. Para pensar
• Um conceito a que Paulo Freire deu a máxima importância, e que nem
sempre é abordado pelos teóricos, é o de coerência. Para ele, não é possível
adotar diretrizes pedagógicas de modo consequente sem que elas orientem a
prática, até em seus aspectos mais corriqueiros. "As qualidades e virtudes são
construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância
entre o que dizemos e fazemos", escreveu o educador.
11. Para pensar
• "Como, na verdade, posso eu continuar falando no respeito à dignidade do
educando se o ironizo, se o discrimino, se o inibo com minha arrogância?"
Você, professor, tem a preocupação de agir na escola de acordo com os
princípios em que acredita? E costuma analisar as próprias atitudes sob esse
ponto de vista?
12. *Sua obra, uma filosofia
• Voltando ao seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido, podemos dizer que:
• Sem dúvida, a parte do livro que mais influência obteve em longo prazo foi a crítica
de Paulo Freire a assim chamada “educação bancária”. O que seria, portanto, a
“educação bancária”? Nada mais é do que um processo de aprendizagem no qual o
aluno é apenas um sujeito passivo em sala de aula. O professor “deposita” o
conhecimento no “banco” (a mente do aluno), que nada mais é o método que
tradicionalmente era aplicado nas escolas. Era basicamente uma educação autoritária
e na qual o conhecimento e a experiência de vida prévia do aluno (adulto ou criança)
era ignorada.
13. *Sua obra, uma filosofia
• Outro ponto no qual Freire insiste muito é na questão do professor adaptar
suas aulas à realidade dos alunos, especialmente os adultos. Não adianta o
professor abordar assuntos alheios ao cotidiano de uma comunidade
campesina, pois isso não irá despertar qualquer interesse por parte deles; ao
contrário, poderá até causar-lhes repulsa pela educação. Nesta questão ele
está completamente com a razão.
14. *Sua obra, uma filosofia
• O título do livro é a Pedagogia do Oprimido por uma razão que Freire começa a
abordar a partir de agora. A educação que, segundo ele, precisa ser “libertadora”,
pois não pode reproduzir o autoritarismo que está presente em nossa sociedade e
que herdamos historicamente. Mas o oprimido não pode ser “libertado” para depois
assumir o papel de opressor invertendo, assim, o papel que a educação tem o papel
de destruir. A educação tem a missão de despertar no aluno o questionamento da
opressão do qual ele é vítima, seja social, racial, econômica, etc. Não é, de maneira
alguma, a preparação para uma revolução armada futura, mas sim despertar no
aluno o porquê da sociedade ser da maneira que é. Uma “revolução” deste tipo seria
um erro, pois seria nada mais que reproduzir a opressão antiga.
15. Sua obra mais famosa
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho:
os homens se libertam em comunhão”. (…) “Somente
quando os oprimidos descobrem, o opressor, e se
engajam na luta organizada por sua libertação, começam a
crer em si mesmos, superando, assim, sua “convivência”
com o regime opressor. Se esta descoberta não pode ser
feita em nível puramente intelectual, mas da ação, o que
nos parece fundamental é que esta não se cinja a mero
ativismo, mas esteja associada a sério empenho de
reflexão, para que seja práxis”. 1968
17. Fim
• Alunos da ETEC Manoel dos Reis Araújo
• Santa Rita do Passa Quatro
• Alunos:
Ana Paula Puppo nº03
Camila Grushk nº08
Gabriela Boscoli nº 11
Gustavo Braga nº15
Mateus A. Viotto nº23
Wesley Pereira nº27