O documento discute a criação e gestão de um escritório de design gráfico. Ele fornece conselhos sobre como começar um negócio com pouco capital, a importância de se manter focado em um projeto de cada vez, e trabalhar incansavelmente, inclusive nos fins de semana e feriados. O autor também reflete sobre a necessidade de processos eficientes e planejamento flexível para gerenciar as demandas do negócio.
3. 3 EspecialLadoD:criaçãoeconstruçãoEspecialn°1 ano 1
Uma revista sobre
gestão de design ?
Por que alguém decidira publicar uma revista de gestão em de-
sign gráfico? O que essas pessoas tem em mente?
Bom caro leitor, eu lhe retorno a pergunta. Quantas revistas com
bela imagens e boas referências de design gráfico já existem? Por
que publicar mais uma? Quais dificuldades você sente no seu dia
a dia ao trabalhar com design gráfico? Você se sente plenamente
preparado para negociar com administradores, publicitários e
marqueteiros? Você consegue gerir um projeto? Você consegue
liderar uma equipe de designers? Você sabe como contratar ou
demitir um designer?
Então, pra finalizar mais uma pergunta, Por que NÃO um revista
de gestão de design?
Nessa edição inaugural pensamos em colocar matérias que sir-
vam de complemento a sua formação profissional e que ajudem
no seu cotidiano profissional de designer gráfico, seja você um
universitário que acabou de ingressar no mercado de trabalho
ou um profissional experiente que lidera uma equipe ou um
escritório de design.
Colocamos também a reflexão máxima da profissão nessa
edição publicando o artigo “Função social do Design gráfico” e a
manifestação dos nossos direitos de designers.
Esperamos que vocês sintam o mesmo prazer de diagramar essa
revista ao começar a ler suas matérias.
Equipe lado D
4. 4
Escolhendo uma
gráfica
20
Gestão geral
Dificilmente o designer
trabalha sozinho. Ele possui
uma rede de fornecedores
que colaboram diretamente
para o sucesso de um
material. Mas, quais são os
critérios mais importantes
ao escolher uma gráfica?
Coletivo
Formando um
escritório de design
“Eu estava assustado quando
começamos a montar nosso
escritório.A possibilidade de
dar errado era muito grande.
Nós já tivemos uma pequena
experiência em ter um
estúdio. Quando Eric Shelkie
e eu planejamos a SmashLAB,
tudo o que tínhamos era um
computador para cada um e
praticamente $200 para um
servidor temporário.”
7
Empresa de design
gráfico de Goiânia
conquista mercado
Cases
Criada por três jovens
amigos – Douglas de Castro,
Renato Reno Pereira eVictor
Oliveira - a Bicicleta Sem
Freio é uma empresa na área
de design gráfico, ilustração,
animação e direção de arte.
16Reflexão
Qual a função do design na
sociedade ?
55
“A missão do designer gráfico, a necessidade de
questionamento da ordem vigente e o papel do
designer como um formador de opinião com um
discurso ativo na produção de contribuições
significativas à sociedade.” (Holland, 2001).
5. 5 EspecialLadoD:criaçãoeconstruçãoEspecialn°1 ano 1
Indivíduo
Lado D: Criação
e Construção
30
Gestão pessoal
Making Off da revista em que
se trata de todo o processo
de criação e construção
da revista. Neste artigo fala
sobre todos os conceitos que
abordamos para a elaboração.
Dicas para portfolio
44
Gestão de Carreira
Para a maioria dos
profissionais de hoje
em dia, apenas um bom
currículo basta. Mas para
nós, publicitários, designers,
fotógrafos, ilustradores,
qualquer profissional
relacionado a criação, é
necessário um bom portfólio.
E para se destacar entre
os milhares que existem, é
fundamental saber as regras
básicas.
Conhecimentos
Livros e a afins
40
Nessa seção é a oportunidade
de você leitor conhecer novos
livros onde irão fazer com que
você veja
15 Dicas para
gerenciar melhor o
seu tempo
50Gestão pessoal
Salve, salve criativos de
plantão. Esse post é para
aquelas pessoas que sempre
sofrem com falta de tempo.
Siga as dicas abaixo e ajuste
o seu tempo.
6. 6
CRIANDO UM
ESCRITÓRIO DE DESIGN
Por Eric Karjaluoto
Traduzido por Heitor Rissato
“Eu estava assustado quando começamos a montar nosso escritório.
A possibilidade de dar errado era muito grande. Nós já tivemos uma
pequena experiência em ter um estúdio. Quando Eric Shelkie e eu
planejamos a SmashLAB, tudo o que tínhamos era um computador
para cada um e praticamente $200 para um servidor temporário.”
7. ColetivoMontandoumEscritóriodeDesign7Coletivon°1 ano 1
Pelo que eu sei e entendo este não é um jeito muito comum de começar
um negócio. Frank Palmer do DDB Canadá foi um ótimo companheiro pra
gente. Ele tem nos guiado nestes anos e tem estado disposto em compartilhar
seus pensamentos e suas ideias conosco sobre tudo que ele já passou e
sobre seus conhecimentos. Quando ele começou na área de negócios, ele
tinha aproximadamente $5,000, uma nova hipoteca e um bebê a caminho.
Talvez exista algo para ser dito, para não ficar assustado, você certamente dá
o seu melhor então estraga tudo, principalmente quando há tanto dinheiro
metido no meio.Esse mês de Maio de 2013 marcou seis anos de negócios do
SmashLAB. Nós ainda somos pequenos, mas agora nós estamos mais estáveis.
Nossas vendas dobraram ano passado, nosso trabalho continua melhorando e
o nosso novo escritório também melhorou. Nós não somos uma Pentagram
da vida, mas estamos muito felizes e satisfeitos com o nosso trabalho.
Nos anos que passamos muitos erros foram cometidos, porém, creio que
também tivemos nossos acertos. Apesar de depender das circunstâncias
e situações variáveis, minha esperança é que essas esperiências adquiridas
ajudem projetos futuros e sejam úteis para qualquer um que queira começar
seu próprio estúdio de design.
Nossas vendas dobraram ano passado,
nosso trabalho continua melhorando
e o nosso novo escritório cresceu.
8. “Nossas vendas foram muito
difíceis, e como tal nós
apreciávamos cada projeto
que conseguiamos vender.”
Nossa companhia começou em 2000. Várias
companhias ficam chocadas e poucas querem
gastar suas economias em web, ou em
qualquer outra coisa relacionada a design.
Inicialmente nós ficamos situados em uma
cidade de 70 mil habitantes, uma região em
que muitas empresas de negócios foram
forçadas a fecharem suas portas por não terem
clientes o suficiente e não conseguirem vender
seus projetos. Nossas vendas também foram
muito difíceis, e como tal nós apreciávamos
cada projeto que conseguíamos vender.
Isto nos ensinou como as coisas podem ser
difíceis e que você não pode apenas esperar
pela sorte. Foi árduo e eu sentia pena para
com os estúdios que esperavam que $100.000
apenas caíssem em seus colos. Nós devemos
sempre estar preparados para um declínio.
Parte do porquê isto não interferiu tanto
nos nossos negócios, foi porque nós não
precisávamos ter um escritório tão grande
e tão luxuoso do que já tínhamos. Nós não
fizemos grandes empréstimos no banco
para gastarem coisas que não dariam lucro
em nosso investimento. Rapidamente
aprendemos que dívidas de cartão de
débito sempre serão constantes e que
empréstimos bancários geralmente roubam
as oportunidades futuras. Por fim nós nunca
gostamos muito da ideia de outra pessoa
poder dizer ou determinar o que nós
poderíamos ou que nós não poderíamos fazer
com a nossa companhia.
{
NUNCA ACHE QUE
VAI SER FÁCIL
O BANCO
NUNCA SERÁ
NOSSO AMIGO
9. 9Coletivon°1 ano 1
{
...como diz o ditado “não é um
bom negócio se você realmente
não precisa dele, em primeiro
lugar”, ou seja, não adianta
muito investir em produtos
para negócios que talvez não
precisemos futuramente.
Quando você não tem muito dinheiro e existem uma série
de coisas a fim de executar em seus negócios, você aprende
a se virar e a correr atrás para coseguir o que é necessário.
Você pode começar um negócio quase sem capital. Enquanto
isso verifique leilões, ou classificados. Podem-se encontrar
bastantes coisa por um bom preço e salvar um pouco a sua
economia, mas como diz o ditado “não é um bom negócio se
você realmente não precisa dele, em primeiro lugar”, ou seja,
não adianta muito investir em produtos para negócios que
talvez não precisemos futuramente.
BARATO É
GERALMENTE
BOM
smashLAB
Processo de criação de anming do
smashLAB. Todas as fotos no fundo dessas
páginas são do smashLAB, um estúdio
focado em design estratégico e interativo
que atende grandes marcas no Canadá,
como a WWF.
10. É sempre muito bom e muito mais fácil trabalhar
e ter uma vida nos negócios com clientes e
empregados que nós gostamos. Em um nível,
nós olhamos para as pessoas que são boas no
que fazem e com quem podemos facilmente
compartilhar informações e ideias. Em outro
nível, nós gostamos de nos envolver com
pessoas que nos proporcionem uma boa
conversa e interação. Nos primeiros anos,
fizemos a opção de cortar alguns clientes/
colaboradores com um ótimo potencial, mas
que não tínhamos uma boa comunicação. Na
época, eu temia que estivéssemos perdendo
oportunidades. Nós não estávamos.
TRABALHANDO
COM PESSOAS
QUE GOSTAMOS
Estúdio MY.S
Duas irmãs e uma amiga de infancia
trabalhando junto em ilustrações
padronagem e design de espaço.
Com 3 anos de existência o estúdio
já atendeu clientes como mtv, vivo
e o canal boomerang.
11. 11Coletivon°1 ano 1
Eu sou terrível quando se trata de focar em uma única coisa.
Eu queria fazer um pouco de tudo. Nos últimos seis anos,
eu tinha pelo menos uma dúzia de ideias diferentes para as
empresas ou projetos que devíamos considerar. Felizmente,
tanto o meu pai e meu parceiro de negócios continuavam me
trazendo das minhas fantasias de volta à Terra. Como meu pai
sempre diz “Você têm ótimas ideias para os negócios, porém
é bom realizar um único trabalho primeiro para depois pensar
nos outros.” Com o tempo eu melhorei nisto. Paciência é uma
virtude para os negócios. Você apenas tem que manter o foco
e dar um tempo para sua companhia e ideias amadurecerem,
dando mais atenção aos projetos presentes.
FOCO!
FOCO!
FOCO!
“Você têm ótimas ideias para os
negócios, porém é bom realizar um
único trabalho primeiro para depois
pensar nos outros.”{
12. Por mais que nossos cônjuges muitas vezes detestem
isso, eu e meuparceiro de negócios temos uma ética de
trabalho. Trabalhamos nos fins de semana, noites e feriados.
Trabalhamos na véspera de Natal, e muitas vezes fazemos
coisas até no dia de Natal. Nós não ficamos de ressaca no Ano
Novo, pelo fato de estarmos trabalhando. Quando estamos
doentes, estamos trabalhando.Quando estamos tristes,
estamos trabalhando. Eu muitas vezes tenho notado de que a
razão pela qual estamos tendo sucesso nos negócios seria pelo
fato de que enquanto todos estão dormindo, nós estamos
trabalhando. Eu não estou defendo uma vida desequilibrada,
no entanto, as maiorias das empresas em seus primeiros
cinco anos são como recém-nascidos em que exigem uma
quantidade desproporcional de atenção.
SEM
FÉRIAS E
FERIADOS
“Eu muitas vezes tenho notado
de que a razão pela qual estamos
tendo sucesso nos negócios seria
pelo fato de que enquanto todos
estão dormindo, nós estamos
trabalhando.”
{
13. 13Coletivon°1 ano 1
Parte do que nos ajudou a gerenciar tarefas
de forma eficiente, foi o nosso esforço para
construir processos/métodos estáveis e
flexíveis. No início eles eram exaustivos
e trabalhosos, mas com o tempo, nós os
melhoramos, deixando-os mais simples e
intuitivos. Temos métodos padronizados para
usarmos em projetos de criação de identidade.
A parte boa é que, quando você encontra um
processo que funciona, todo mundo do estúdio
pode utilizar os mesmos métodos e obter os
mesmos ganhos de eficiência de tempo e bons
resultados.Além disso, ele nos deixa com mais
tempo para se concentrar na criação.
EM BUSCA
DO MELHOR
MÉTODO
Lembro-me de um momento cerca de seis
meses atrás, quando eu estava lendo meus
e-mails, respondendo mensagens instantâneas
e tinha um telefone em cada uma das minhas
mãos com uma pessoa diferente em cada
linha. Naquele momento alguém também
batia na minha porta. Parece um pouco
melodramático, mas é verdade. Um estúdio
como a nossa tem demandas infinitas, que
muitas vezes se aglutinam precisamente neste
momento. Enviamos e-mails pelo Outlook,
os arquivamos, fazemos lotes de notas tudo
isso extensivamente. Montamos alarmes e até
mesmo, às vezes, alarmes duplos para estarem
nos lembrando de reuniões importantes. Com
tudo isso, aprendemos que nós apenas temos
que nos manter no topo e sempre com o
trabalho bem feito.
Planejar é muito bom, mas nada pior do que
uma paralisia devido a um planejamento.
Por isso, nós começamos a acreditar que
é melhor nos planejar com espaço para
mudanças. Conheci muitos empresários que
fizeram “n” planejamentos, mas que não se
encaixavam com a realidade de cada um. Um
bom planejamento tem funcionado melhor
para nós do que um planejamento muito
específico e engessado.
TAREFAS DE
GESTÃO,
ORGANIZE-SE!
COMECE ALGO,
VEJA COMO
VAI E REVISE
BR/BAUEN
Rodrigo Francisco(esq.uerda) e Braz
Pina(direita) são sócios do escritório BR/
BAUEN que é conhecido mundialmente
por suas identidades visuais com conceitos
sólidos, e funcionalistas. Seu trabalho ganhou
reconhecimento aós entrarem para o
behance, rede social para profissões criativas,
onde ficaram famosos e em um ano foram
selecionados várias vezes com destaque e já
receberam prêmios.
14. Houve inúmeras oportunidades em que nós fomos
convidados a fazer algo que estava além de nossas
capacidades. Estas situações, muitas vezes, tem nos feito
crescer, mas também tem nos feito ter tremendos fracassos.
Sempre pensei nestas oportunidades com muito cuidado,
a fim de determinar se estávamos aprendendo habilidades
novas ou não. Em nosso primeiro ano, um projeto de cem mil
dólares veio até nós. É claro que não estávamos preparados,
por isso o recusamos. Com o tempo os clientes, sabendo
que nossa empresa cumpre cada promessa que é feita, têm
tido mais credibilidade em nossa empresa e também têm
feito vários deles (que já haviam solicitado algum serviço
nosso) pedirem um segundo serviço, graças a essa firmeza
que nós damos de cumprir prazos e o que foi combinado.
Na SmashLab, muitos comentam que nós subimos através de designers rudes
e oportunistas. Na verdade houve altos e baixos, mas muitas vezes eu sentia
como se nada estivesse acontecendo, mas estava, um exemplo era de vários
contratos que não se concretizavam. Nós vimos muitos designers “iniciantes”
ou não muito bons na área se “agarrarem” a contratos nos quais eram mais
adequados e que encaixavam-se a eles, mas tudo isso me fazia sentir de que
isso não levaria a lugar nenhum, que não dariam frutos. E no momento em que
isto acontecia, nós decidimos apenas continuar fazendo o que era preciso na
nossa empresa, que era continuar trabalhando duro e sempre ir além. Se você
é apaixonado por design, você já tem metade do desejo necessário para criar
um estúdio de design bem sucedido. Se você gosta de negócios e pretende
administrar por conta própria , fique atento, sempre é bom fazer parceria
com alguém dessa área, tente pensar nisto com um pouco mais de seriedade
para não haver problemas na hora da papelada. Se seu objetivo não é ter um
estúdio e sim em ser um designer que trabalha para alguém, honestamente, as
horas da sua vida serão bem melhores. Criar um negócio não é fácil. Se você
está indo para o exterior, desejo-lhe o melhor, você vai aprender muitas coisas
sobre negócios e até mesmo sobre a vida, que também é essencial para se
criar uma boa empresa de design.
CUMPRA
COM O
COMBINADO
APENAS
CONTINUE
A TRABALHAR
15. 15Coletivon°1 ano 1
Houve inúmeras oportunidades em que nós fomos convidados a
fazer algo que estava além de nossas capacidades. Estas situações,
muitas vezes, tem nos feito crescer, mas também tem nos feito ter
tremendos fracassos.
Eric Karjaluoto
É designer, palestrante,
escritor e pintor
formado. Ele é sócio-
fundador do smashLAB,
uma agência de estratégia
interativa localizada em
Vancouver, Canadá.
16. 16
“existem profissões mais
danosas que o Design industrial,
porém somente muito poucas”
(Papanek,1972).
“A missão do designer gráfico, a
necessidade de questionamento da
ordem vigente e o papel do designer
comoum formador de opinião com
um discurso ativo na produção de
contribuições significativas à
sociedade.” (Holland, 2001).
Este artigo explora o campo do Design Gráfico brasileiro
percorrendo sua trajetória, formação acadêmica
e prática profissional. Nossa intenção é costurar a
discussão sempre mostrando associações com o que
alguns chamam de Design Social (ou Design Socialmente
Orientado) aqui apresentado e argumentado como
sendo Design de Comunicações Visuais. Apontamos
no decorrer deste histórico, sempre que possível,
pontos de convergência e divergência de ideias entre as
concepções hegemônicas do Design e o papel social do
designer gráfico.
Qual o papel
social do Designer? Por Bianca Martins
primordialmente comunicar através
de mensagens visuais, ou seja,
toda peça desta natureza nasce da
necessidade de transmitir uma
mensagem específica.
Design Gráfico
17. Qualéopapelsocialdodesign?Individuo17Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Como ponto de partida desta discussão,
consideramosconvenienteexpor7°Congresso
de Pesquisa & Desenvolvimento em Design
quais são as concepções que neste artigo
propomos como objetivos do Design Gráfico.
Desta maneira, acreditamos que a definição e denominação
mais apropriadas para esta área são as aportadas por Jorge
Frascara quando se refere ao “Design de Comunicações
Visuais”, já que neste caso estão presentes três elementos
necessários para definir uma atividade: um método: Design;
um objetivo: Comunicação e um campo: o Visual” (Frascara,
1988, 21). Entendemos que ao analisar uma peça de design
gráfico é importante considerar que a sofisticação visual
deve estar associada a uma comunicação eficaz. Ao fazer tal
afirmativa, queremos dizer que o estilo exerce uma função que
deve estar vinculada às exigências do projeto.
Nesta abordagem o designer planeja essencialmente um evento,
um ato com determinada duração, no qual o destinatário(o
usuário) co-atua com o design, produzindo a comunicação.
O objetivo do designer de comunicações visuais é, então,
estruturar o Design de situações comunicacionais. Tais situações
se destinam a afetar o conhecimento, as titudes, as opiniões e o
comportamento das pessoas. É a partir do usuário, que ocupa
posição central neste tipo de projeto, que o designer deve fazer
suas escolhas, ficando os pressupostos estéticos universais e os
de ordem pessoal deslocados neste quadro.
Nesta concepção devemos pensar
numa ação mais do que num objeto.
Naperspectivaaquiapresentada,arazãodeserde
uma peça de Design Gráfico é primordialmente
comunicar através de mensagens visuais, ou seja,
toda peça desta natureza nasce da necessidade
de transmitir uma mensagem específica.
18. As decisões envolvidas no processo de Design se localizam
num campo criado entre a realidade atual das pessoas e a
realidade que se deseja concretizar após a interação destas
pessoas com as mensagens (Frascara, 1997).
Podemos ampliar os conceitos desta concepção para outras
áreas que abarcam um processo de Design Gráfico na
tentativa de evidenciar as funções de afetar o conhecimento, o
comportamento, as opiniões ou a conduta das pessoas. Desta
forma, verificamos que a propaganda política procura influir
na opinião e nas ações das pessoas, enquanto os sinais de
trânsito modificam o comportamento dos que deles se utilizam
organizando o fluxo de veículos, cabendo aos materiais didáticos
atuar sobre o conhecimento, otimizando a tarefa educativa, e
aos símbolos de segurança na indústria afetar a conduta dos
operários, visando reduzir os acidentes de trabalho. Procuramos
alargar a visão normalmente percebida desta profissão, que tem
sua imagem atual subjugada ao sistema comercial.
Numa tentativa de esboçar um histórico do Design, Souza
(1997) argumenta que as mudanças ideológicas, sociais, culturais
e políticas aportadas pelas revoluções francesa e americana e
as facilidades produtivas oferecidas pela Revolução Industrial,
de certa forma fizeram com que as pessoas da idade Moderna
passassem a conceber o mundo como um espaço a ser
conquistado, como um provedor disponível e fonte inesgotável
de recursos para a concretização de seus sonhos e obras.
O Design moderno (e aqui incluímos o Design Gráfico
moderno) é fruto das intensas mudanças sociais e produtivas
desta época. A própria figurado “designer”, tal como hoje
concebemos, emerge do processo produtivo a partir da
necessidade de aliar os conhecimentos da arte e da técnica
para configurar e adaptar, com mais eficácia, os produtos para
a fabricação em série.
Mapeando o terreno
“A própria figurado “designer”, tal como hoje concebemos,
emerge do processo produtivo a partir da necessidade de
aliar os conhecimentos da arte e da técnica para configurar
e adaptar, com mais eficácia, os produtos para a fabricação
em série.”
19. 19Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Dependendo dadiretriz que tomemos seremos
levados a dar pontos de partida completamente
diferentes ao Design Gráfico nacional. Uma
corrente comprometida com o Modernismo
costuma relacionar o surgimento do Design
no Brasil aos desdobramentos desta época
com as experimentações do Instituto de
Arte Contemporânea do MASP em 1951 e a
inauguração da Escola Superior de Desenho
Industrial (ESDI) em 1963. O termo Design
só se aplicaria às situações posteriores a
estes marcos. Em contrapartida, outra linha
de pensamento argumenta que o que se deu
nesta fase, mais precisamente, foi uma ruptura:
Surgiu a consciência do Design como conceito,
profissão e ideologia, sendo equivocado pensar
que o Design propriamente dito (atividade
projetual relacionada à produção e ao consumo
em larga escala) tenha surgido nesta época
(Cardoso, 2005; Cunha Lima, E. L., Cunha Lima,
2003). Ao negarmos a existência de um Design
brasileiro anterior aos anos 1960 também
estamos recusando as linguagens e soluções
projetuais que não derivem de uma matriz
estrangeira reconhecida (construtivismo, De
Stijl, Bauhaus, Ulm), negando aquelas existentes
no Brasil no século dezenove, e que são
representativas de uma tradição brasileira rica
e variada que assimilou e conciliou influências
díspares no longo processo histórico de
formação da identidade nacional, desde o fim
do período colonial (Cardoso, 2005).
O aumento da produção e daconcorrência
entre os produtos gerou a necessidade de
informar sobre eles e sobre suas diferenças,
estimulando estratégias persuasivas
para levar ao consumo preferencial de
determinados produtos. Neste campo, o
design dos bens de consumo e o design
de objetos gráficos (embalagens, revistas,
anúncios, cartazes)contribuíram para
estimular a compra e avenda da produção
industrial.
Como conseqüência de importantes fatores
deordem econômica e social criou-se um
adrão de uso dos bens naturais sem freios,
que associamos com o consumismo.Por
outro lado, com o senrolar de interações
sociais complexas e, grosso modo, através
deestratégias persuasivas, argumenta-se que
os trabalhadores das cidades passaram a crer
que suas necessidades (simbólicas, individuais,
sociais, etc.) seriam satisfeitas através do
consumo. Reforçando esta idéia, a venda da
força de trabalho terminou por conferir ao
indivíduo, através do salário, a condição de
consumidor.
Este quadro se acentua na Pós-modernidade
com a descrença nas metanarrativas, com a
valorização do individualismo, com a busca
pela identidade pessoal e também com a
idéia de que tudo pode ser mediado por seu
valor de troca (Lyotard, 1989). O indivíduo
passou a participar de um contexto capitalista
onde consumir representa comunicar,
conferindo às grandes marcas internacionais
a possibilidade de construir parte importante
de sua identidade pessoal (Klein, 2001).
“O indivíduo passou a participar de um contexto capitalista onde
consumir representa comunicar, conferindo às grandes marcas
internacionais a possibilidade de construir parte importante de
sua identidade pessoal (Klein, 2001).”
Trajetória do Design
Gráfico brasileiro: uma
tradição autêntica
20. Em busca de identidade e dignidade
Para Gui Bonsiepe, que analisa o processo na
região, nesta fase o designer latino americano
teve uma atuação secundária, cosmética, sem
influir decisivamente na produção industrial
(Bonsiepe: 11, 1997). No entanto, no
cenário internacional dominam as temáticas
do discurso projetual sobre a produtividade,
a racionalização e a padronização no
caso europeu, enquanto nos EUA pós-
guerra, intensificam-se as estratégias de
consumo, com o styling, propondo, em vez
da durabilidade, a rápidasubstituição dos
modelos por outros mais atuais.
Este excesso de produtos inunda os mercados
mundiais, levando a uma crítica radical à
sociedade de consumo. Em vários discursos
nota-se esperança de uma alternativa de
Design, uma nova cultura de produtos e
possibilidades nas economias planificadas.
Vislumbra-se uma sociedade que poderia
desenvolver uma outra cultura material dentro
de um mundo de consumo, porém não de
consumismo.
Como reação surgem movimentos de contra-
cultura que valorizam experimentações gráficas
em xerox e colagens de fotografias que no Brasil
se misturaram com os protestos contra o regime
ditatorial implantado em 1964, exemplificados
pelo jornal O Pasquim. Se na Califórnia dos anos
1960-70 surge um movimento hippie pregando
paz e amor produzindo cartazes psicodélicos
resgatando fontes e ornamentos Art Nouveau
(Farias, 2001), no Brasil temos o Tropicalismo de
Gil e Caetano com capas de discos nesta mesma
linha. O Design racionalista recua aproximando-se
da cultura popular.
As reações no próprio campo do Design Gráfico
tornam-se explícitas no manifesto First Things First
(First things first, quer dizer: aquilo que tem que
ser feito, na ordem de prioridade, de importância
de cada coisa.) liderado pelo designer inglês
Ken Garland em 1964. O documento levantava
questões como a missão do designer gráfico, a
necessidade de questionamento da ordem vigente
e o papel do designer como um formador de
opinião com um discurso ativo na produção de
contribuições significativas à sociedade (Holland,
2001).
Bonsiepe argumenta que foi nos anos 1970 que
o tema da ‘tecnologia apropriada’ entrou no
discurso projetual e pela primeira vez foi criticada
a idéia da “Boa Forma” e do “Bom Design”
herdadas do racionalismo modernista. Partindo
da crítica à “teoria da dependência”, argumentou-
se em favor de um Design próprio: o contraste
sócio-econômico entre os países centrais e os
periféricos levou a questionar a validade de
interpretações do Design radicadas nas economias
industrialmente avançadas. Não era só o PIB que
permitia classificar os países em dois grandes
grupos, mas também o efeito corrosivo da
industrialização, caracterizado principalmente pelo
abismo entre uma minoria orientada ao modelo
de consumo dos países centrais e uma maioria
marginalizada, vegetando num nível mínimo de
subsistência (Bonsiepe, 1997).
Estas profundas fissuras nas sociedades
periféricas conferem ao debate do Design
na periferia uma inevitável dimensão política.
Para os países periféricos os problemas do
Design revestem-se de um forte caráter sócio-
político que se sobrepõe às questõestécnico-
profissionais do campo, mesmo que grande
parte de nossos profissionais não tenha esta
visão.
Outra importante voz que se fez ouvir nesta
época foi a do designer Victor Papanek, que
em 1972 publicou seu polêmico livro Design
for the Real World, no qual fez a famosa
declaração de que “existem profissões mais
danosas que o Design industrial, porém
somente muito poucas” (Papanek, 1972).
Usando o exemplo de um escritório de
concepção de projetos orientado para o setor
social, Papanek proporciona longas listas de
produtos que tratam de necessidades deste
setor. Entre estes, estão a assistência ao ensino
de todas as classes incluindo projetos que
visam transferir conhecimentos e habilidades
a pessoas com dificuldades de aprendizagem
e auxílio a incapacitados físicos; treinamento
para pessoas de baixa renda que tentam
progredir profissionalmente; dispositivos
de diagnóstico médico, equipamento de
hospitais e ferramentas dentais; equipamento e
mobiliário para hospitais mentais; dispositivos
de segurança para o lar e para o trabalho
e dispositivos que tratam de problemas
de contaminação. Alguns destes produtos,
particularmente equipamentos médico-
hospitalares, já são bastante estudados e
também produzidos, porém existem muitos
outros que não estão em linha de produção
porque não foi identificado um produtor
interessado que viabilize sua inserção no
mercado. Ao contrário de Ken Garland, o texto
de Papanek alcançou uma audiência extensa,
trazendo a questão para discussão entre os
designers brasileiros.
O surgimento moderno do
conceito de designer no
país, portanto se dá num
contexto onde temos por
um lado o ensino e por
outro um grande surto
desenvolvimentista brasileiro.
“Em vários discursos nota-se
esperança de uma alternativa
de Design, uma nova cultura de
produtos e possibilidades nas
economias planificadas.”
21. 21Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Nessa década rica em reflexões, outro
problema que entrou em pauta foi o da
identidade do Design. Contraditoriamente, ao
mesmo tempo em que se nota uma procura
apaixonada pela identidade do Design nacional,
as referências projetuais, tanto na área gráfica
quanto na deprodutos permaneciam sendo
(e talvez ainda permaneça) os produtos
dos países centrais. A falta de know-how
técnico sobre processos de fabricação
contribuía para o risco de um design de pouca
qualidade.Como aponta Bonsiepe, há um elo
entreidentidade e dignidade já que a busca
de identidade é motivada pelo desejo de
autonomia, ou seja, pela busca pelo poder
e pela capacidade de determinar o próprio
futuro (Bonsiepe, 1997).
No final dos anos 1980, ocorreu no Brasil a
discussão intensa e apaixonada sobre a adoção
da denominação Design para a profissão,
substituindo os termos Desenho Industrial,
Comunicação Visual ou Programação Visual
em vigência nos vinte anos anteriores. Mais
do que uma escolha pura e simples, a questão
mobilizou os designers que se dividiram em
discussões acaloradas, nas quais um dos temas
centrais era a identidade nacional do Design
de um lado e do outro o interesse de adotar
uma identidade internacional, linha que acabou
vencendo a disputa. Esta década viu o início
da informatização dos meios projetuais nos
países centrais, ocasionando mudanças formais
que dominaram o cenário das discussões
dos profissionais. O refinamento formal
e a experimentação com novos materiais
trouxeram de volta a questão do estilo, onde
os objetos e expressões de Design foram
elevados a artigos de culto.
Nos anos 1990 aparecem no cenário global
questões relativas à compatibilidade ambiental
e ao desenvolvimento sustentável. Temos um
retorno à questão da tecnologia apropriada
e às preocupações com o desenvolvimento
orientado às necessidades dos países. Estes
fatores se refletem no ideal de Gestão de
Design: valorização da viabilidade técnica e
financeira local e a adequação de materiais
visando a sustentabilidade ambiental. Ao
final da década, este conceito se aprimora e
hoje a Gestão de Design perpassa a própria
questão da forma, de viabilidade de produção
sustentável de produtos ou de comunicações
visuais, englobando a manutenção da imagem
da empresa. Alguns autores argumentam que
os escritórios de Design devem vender visão,
estratégia e posicionamento de empresas. É a
própria concepção do designer como consultor,
e do Design como Business. A informatização
ultrapassou as fronteiras tornando possível
ao designer dos países periféricos o acesso
aos mesmos meios de projetação de seus
colegas dos países ricos. Uma nova atenção a
manifestações urbanas de cunho popular trouxe
para o Design elitizado da década anterior um
contato com referências advindas da cultura
brasileira, processo que pôs em marcha novas
discussões sobre a identidade do Design
nacional. Neste quadro, as pesquisas acadêmicas
sobre a história do Design brasileiro também
vêm contribuindo para matizar o conhecimento
e os limites sensíveis do campo.
Teve grande influência na determinação do conjunto
de projetos a serem desenvolvidos nas escolas de
Design de produto sendo igualmente discutido e
estudado nos cursos de arquitetura.
22. Mas não há somente fatores positivos a se destacar na história
recente do Design: existem questionamentos ainda sem
resposta quanto à sua missão, quanto à existência de uma Teoria
do Design, quanto à determinação de seu campo de ação (a
despeito de sua onipresença na vida cotidiana) e à questão
enfatizada neste artigo que se refere ao seu papel social.
Atualmente, o Design Gráfico conseguiu se
consolidar perante a sociedade brasileira
como fator que proporciona eficiência à
comunicação se caracterizando como um
diferencial competitivo entre empresas.
23. 23Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Sobre a formação acadêmica
A escolha de como e a partir de que
critérios um designer vai exercer
a profissão está condicionada à
conduta ética, pessoal e particular
de cada profissional.
Esta é uma questão que todos enfrentam ao entrar no
mercado, em qualquer campo de ação. No caso do designer,
no entanto, sua formação é empobrecida pela falta de visão da
possível contribuição que seu saber poderia oferecer para a
melhoria das condições de vida de seus semelhantes.
Mas abordar tal assunto não é tarefa simples. Talvez alguns
problemas da formação brasileira em Design possam ser mais
bem esboçados ao analisarmos o conteúdo acadêmico através
da ênfase dada aos ‘núcleos temáticos’ (oferecidos pelas
Diretrizes Educacionais para o Ensino Universitário de Design
da Comissão de Especialistas em Design da Secretaria de
Educação Superior do MEC – CEEDesign 1999). Os ‘núcleos
temáticos’ são: Fundamentação, Planejamento e Configuração,
Sistemas de Utilização, Sistemas de Produção.
Neste conjunto estão notavelmente marginalizados os
assuntos que tratam do contexto histórico, social e cultural
de cada localidade (Martins, 2003). Esse fato ajuda a explicar
a falta de compromisso do profissional sobre o seu papel na
sociedade. Desconhecendo os problemas de seu contexto
social, um profissional que dedicou alguns anos de sua vida à
construção de uma carreira não é preparado para aplicar os
conhecimentos metodológicos, produtivos e sua capacidade
de afetar o conhecimento das pessoas para proporcionar
benefícios efetivos a seus usuários.
E que usuário seria este? Pouco se estuda ou se conhece
o âmbito do usuário, o que depende de conhecimentos
sobre estudos das relações psicológicas, ergonômicas e
comportamentais que estão presentes na ocasião onde um
usuário interage com um objeto de Design. Centrando a
imagem do usuário na sua própria imagem, o designer sai para
o campo de trabalho munido de uma visão narcisista de seu
público, despreparado para encontrar o outro, o diferente
dele. Sabemos que numa economia de mercado, o Design
encontra um extenso campo de trabalho justamente em sua
ativação, porém limitando-nos a responder exclusivamente
a estes requerimentos, faríamos com que o designer gráfico
operasse exclusivamente num terreno delineado por interesses
comerciais de curto prazo.
Como nossa discussão aqui pretende ir além da análise da
formação de um designer responsável e cidadão chegando até a
esfera que discute como um designer pode, de fato, desenvolver
trabalhos que estejam direcionados a tentar amenizar alguns
problemas agudos da sociedade brasileira, não se pode deixar
de apontar que, no Brasil, a pressão do mercado de consumo
- onde se insere a grandíssima parte da prática profissional - já
é tão condicionante do futuro do aluno de Design que não lhe
resta alternativa senão trabalhar nesse campo.
Trata-se de um problema complexo e reconhecemos
que o designer gráfico sozinho não pode mudar esta
situação. A discussão transcende esta questão já que seria
necessário encontrar setores onde exista uma demanda
que possa “patrocinar” um trabalho voltado à solução de
problemas comunicacionais das populações desfavorecidas,
tais como a produção de material didático, estratégias para
abordar acidentes de trânsito, problemas de saúde, violência
ou a divulgação de informações que facilitem o acesso do
cidadão a seus benefícios concedidos por lei.
Defendemos aqui que o lugar em potencial para realizar
este tipo de trabalho e/ou pesquisa é dentro das próprias
universidades. Além de mencionar a importância das linhas de
pesquisa, acreditamos que uma formação, em qualquer que seja
seu nível, deve ocupar-se principalmente de formar cidadãos.
Desta maneira, cremos que um
importante passo seria dado se durante
a formação fossem oferecidos conteúdos
que abordassem a relevância do papel
do Design para sociedade, já que estes
profissionais serão capacitados para
trabalhar em campos onde (também)
se pode tentar encarar as necessidades
urgentes da vida humana.
24. A prática profissional
Resta o questionamento da real
abrangência do Design: é, de fato,
acessível a todos?
Se o ensino do Design é cheio de percalços, não menos o
é sua prática profissional. Alguns podem argumentar que o
Design é uma atividade elitista por natureza, já que com os
desdobramentos da industrialização no século dezenove, apenas
uma pequena parcela da população foi beneficiada com objetos
bem projetados. Porém, é inegável que progressivamente a
população passou a ter acesso a estes bens tendo a
atividade do Design se consagrado como mediadora
nata entre projeto, fabricação e usuário. Resta
oquestionamento da real abrangência do Design: é, de
fato, acessível a todos?
Nos últimos anos, a área de atuação do Design no
Brasil tem se modificado bastante com o acirramento
entre os mercados nas mudanças trazidas pela
globalização. Assim, o Design Gráfico atual tem
a característica de ser bastante dependente dos
pré-requisitos do marketing e da publicidade. Por
outro lado, os designers ainda não estão sendo
universalmente empregados pelo serviço público,
por exemplo, onde poderiam atuar em áreas que são
operadas por não especialistas. Ao contrário, em países
centrais onde o Design já se incorporou ao cotidiano
como disciplina de projeto e planejamento e seu papel
como metodologia para abordagem de problemas tem
aumentado, a pressão para que seja utilizado como
instrumento de venda tende a ser contrabalançada por
um uso mais consciente de suas possibilidades.
O cliente por muitas vezes costuma recomendar que se
siga determinado modelo já previamente reconhecido,
testado e aceito – geralmente nos países centrais –
demonstrando seus vícios culturais e pouca confiança na
capacidade de leitura simbólica do usuário. O resultado
é que acabamos empurrando para o mercado uma
vasta gama de produtos pasteurizados, demasiadamente
semelhantes: falta-nos segurança para incorporar,
25. 25Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
sempre que pertinente, os códigos culturais genuínos de nossa
nação (Escorel, 2000). As empresas não costumam investir na
pesquisa nem mesmo nos testes dos protótipos. Se de um lado
a explicação pode ser o uso do modelo consagrado, por outro
é justo reconhecer que não recebem incentivos governamentais
para aventurar-se em novas abordagens, a exemplo de outros
países.
Acrescentamos ainda, o já comentado imediatismo dos
apelos comerciais: os trabalhos geralmente são para ontem.
De certa forma, temos que admitir que esta característica
acabou ampliando o escopo de nossa ação profissional, porém
a um alto custo: não há tempo nem dinheiro para pesquisar e
testar soluções mais adequadas para as necessidades de um
determinado grupo de usuários. Assim, às vezes, sabemos como
desenvolver um projeto eficiente, porém não existe tempo hábil
para executá-lo. Esta questão costuma ser complicada para o
designer, caracterizando-se como um dilema ético, porque está
no limiar de sua responsabilidade social como profissional.
Conclusão
Voltemos à questão: o Design: é, de fato, acessível a
todos?
No decorrer desta trajetória do Design Gráfico brasileiro,
pudemos analisar diferentes questões que contribuem para
um esvaziamento das preocupações em aportar projetos
ou pesquisas significativas que proponham soluções para os
problemas de nossa sociedade, encontrando um verdadeiro
papel social do designer gráfico.
Falta-nos compreender que a primordial missão do
Design Gráfico é comunicar visualmente – fator que
nos leva a ter responsabilidade sobre o quê, para quem e
como estamos comunicando.
Torna-se cada vez mais importante o domínio de conhecimentos
relativos às raízes nacionais do Design valorizando a cultura
brasileira numa tentativa de resgate contínuo de nossa dignidade,
o que se materializa em temáticas de fundamentação em
aspectos socioculturais e históricos. Temos, no campo do ensino,
a importação e difusão de modelos pedagógicos que ignoram
quais as demandas da sociedade brasileira com relação à atuação
dos profissionais. Por outro lado, verificamos que a valorização
de maneirismos estéticos se dá muitas vezes em detrimento da
efetividade da comunicação.
Finalmente, podemos responder à questão com uma afirmativa,
desde que consideremos principalmente o Design Gráfico voltado
para as necessidades do comércio e da indústria e que o público a
atingir com estas mensagens seja o de ‘consumidores’. Em alguns
setores de ordem cultural podemos notar um avanço, destacando-
se a indústria editorial.
Mas se tivermos como objetivo ir além, contribuindo para a saúde,
educação e qualidade de vida dos brasileiros, temos que reconhecer
que o caminho ainda não foi devidamente palmilhado. E pior ainda,
a menos que ocorram mudanças urgentes na formação profissional,
é possível que os designers gráficos não estejam preparados para
atender a este desafio, para o qual nem ao menos estão alertados.
Cabe, portanto, como propusemos no decorrer deste artigo, uma
atribuição importante às universidades, estudando e propondo
soluções para estes problemas e divulgando-as entre os jovens na
tentativa de consolidar o papel social do Design.
Sou graduada em Design pela UFRJ (1999),
Mestre em Design pela PUC-Rio (2007) bolsista
CNPq da mesma instituição e Especialista
em “Enseñanza y Aprendizaje de Las Artes
Visuales” - Universidad de Sevilla (2004). Sou
Coordenadora da Graduação em Design
Gráfico do INSTITUTO INFNET onde
ministro as disciplinas Fundamentos do Design,
Percepção Visual, Semiótica e Produção Gráfica
e Metodologia do Design; Na mesma instituição
também oriento Projetos de Conclusão de
Curso. Trabalho há 12 anos com Design
Instrucional e Editorial. Em minha produção
acadêmica procuro abordar os temas que
constituem minhas áreas de expertise: Semiótica
aplicada ao Design, Design Instrucional, Design
da Informação, ensino-aprendizagem, mídia-
educação, teoria e metodologias do Design.
27. 27 EspecialLadoD:criaçãoeconstruçãoEspecialn°1 ano 1
27
Especialn°1 ano 1
Nessa primeira edição, fizemos essa
matéria especial explicando o nosso
conceito e a diagramação da revista,
em detalhes.
Por Jéssica venâncio e Heitor RIssato
28. 28
Conceito
O universo do Design é muito abrangente e o Lado D veio
para mostrar um lado não muito explorado desse universo.
Um lado muitas vezes esquecido e que acaba gerando muitas
dores de cabeça para muitos Designers. Falar de gestão pode
ser um tanto cansativo e chato, mas e quando isso é voltado
para sua área? Conhecer designers empreendedores, negócios
que deram ou não certo, métodos e dicas de como fazer
o seu negócio funcionar... De designers para designers: a
revista foi elaborada de uma forma criativa e pensada desde
o projeto gráfico até seu conteúdo levando em consideração
os interesses, gosto e sonhos de todo Designer. Com o foco
em estudantes de design e designers recém-formados , que
estão entrando no mercado profissional agora, também
queremos que aqueles que já estão na área a algum tempo
possam se beneficiar e aprender com nossa revista. Temos
como responsabilidade mostrar ao designer como funciona
esse mundo de negócios e fazer com que desperte o interesse
do lado empreendedor. Fazendo com que cada vez mais, nós
designer saibamos nos posicionar e ganhar espaço no mercado.
Lado D
De vários nomes que vieram no brainstorm como, M.E.G. (Minha Empresa
Gráfica) ou M.A.D.E. (Mente Aberta Design), o escolhido foi Lado D. Mas
por quê? Como explicamos no conceito, gestão e empreendedorismo não
é um assunto muito abordado no mundo dos designers, para isso queremos
mostrar esse outro lado, o lado D do Design.
Como base no conceito de falar de gestão de Designers para Designer , nós
traçamos alguns valores para revista, como algo didático, inovador, flexível,
refelxivo e carismático. Nossa marca também faz referência do mundo da
música, pois trabalhamos a ideia em cima do conceito do disco de vinil, por
possuir dois lados. O lado A com as musicas mais populares, que “lincados”
ao design está referido a revistas de ilustrações e projetos gráficos que são
populares no mercado. Já no lado B, onde trocamos o B por D de Design,
são aquelas musicas mais desconhecidas, mais Undergrounds, como o nosso
tema, um outro lado do Design, o Lado D.
29. 29Especialn°1 ano 1
Logo
Após definirmos este conceito sobre nossa
marca, começamos a montar o nosso logo.
De vários estudos, todos estavam sempre
faltando alguma coisa. Me lembro que o
primeiro, os professores diziam que não tinha
uma harmonia em si.
Enfim trabalhamos, trabalhamos e
trabalhamos em cima do logo até resultar
neste último que ainda sim nos deu certos
problemas como o “a” da palavra lado que
antes parecia “o”, fazendo com que todos
lessem Iodo D e depois o tracking que não
estava ajustado, fazendo com que alguns
lessem L e ado. Ajustamos tudo e finalmente
tivemos um bom resultado, que é a marca
que nós estamos utilizando agora. Como
símbolo, fizemos junto ao logotipo um circulo
preto que é a representação do vinil e uma
abreviação de Lado D que seria o LD.
{
30. 30
Escolha das matérias
Para os artigos da nossa revista, nós procuramos artigos pensando o máximo possível em poder auxiliar aqueles
que ainda não estão muito refinados nesta área de negócios. Por isso escolhemos artigos como “Como construir
seu estúdio de design” que tratará de explicar e dizer os pontos positivos e negativos de ter um escritório,
“Escolhendo uma gráfica” que tratará de ajudar o designer a saber que gráfica é mais apropriada e seus motivos,
“Direitos do designer”, “15 dicas para gerenciar melhor seu tempo” para se trabalhar melhor seu dia a dia no
trabalho, “Dicas para portfólio” para que o leitor consiga chegar aonde quer. Temos também cases , como por
exemplo os designers que arriscaram em melhorar nesta área como “Empresa de design em Goiânia conquista
o mercado” e por fim “Qual a função do design na sociedade” que fica como artigo principal da nossa revista, na
parte reflexiva, para que nós designers entendamos qual é o nosso papel neste mundo tão complexo.
Indivíduo e Coletivo
Dentro de nossa revista nós dividimos em duas partes principais.
Um que se chamamava Zoom In e que agora passou a se nomear
Indivíduo, no qual trata de abordar questões sobre gestão pessoal
do designer e certos tópicos que se possa trabalhar no individual
somente e o outro que se chamava Zoom Out e que passou a ser
chamado de Coletivo que abordará situações mais em grupo na
área de negócios e que também mostra como lidar com cada um.
Haverão artigos bons e explicativos em ambos os casos. Para
estar ligado com ambos os casos, no artigo principal o colocamos
na parte de Reflexão que vale tanto para o coletivo como para o
individual estarem refletindo.
31. 31Especialn°1 ano 1
Cara e corpo
Mesmo sendo uma revista na qual falará de um assunto,
visto como algo corporativo, totalmente racional, sério e
visto com desgosto por alguns designers, nós realizamos
nossa revista de forma bem flexível, com um pouco de
funcionalismo e um pouco de desconstrutivismo, em que
trabalharemos muito com imagem e cores trabalhando junto
ao texto e com um grid modular. Estamos nos baseando em
revistas como a IdN, a ADG, a Business Punk, e outras, para
chegar num bom nível de felxibilidade.
Nossa revista terá o formato de um quadrado com as
medidas de 25x25 cm, pois considerando nosso público-alvo
que são designers profissionais já formados e aqueles que
ainda estão estudando, pensamos em fazer uma revista mais
para estúdios, escritórios e locais do gênero em que eles
poderão lendo o nosso conteúdo com calma. Não pensamos
em fazer uma revista para ser lida na rua, em locais públicos
como ônibus, pois a área de negócios precisa ser entendida e
trabalhada com atenção. Também pensamos neste formato,
pois discos de vinil se encaixam em documentos quadrados,
e sendo que uma de nossas referências foi este ponto, o
formato mais apropriado seria quadrado em dimensões
próximas a do vinil, porém adaptado apra poder ser levado
numa mochila ou pasta comum.
Testes: fotos em preto e branco tiradas de nossos
testes para a elaboração do trabalho.
32. 32
Nossa Gestão
Podemos dizer que sendo que o nosso tema é Gestão e empreendedorismo,
isto meio que nos influênciou um pouco mais a poder se voltar mais para
esse lado. O que queremos dizer? em toda a elaboração da revista nós temos
nos organizado por meio de divisão de tarefas, datas, uma organização nossa.
Utilizando o Google Docs, criamos uma tabela na qual separamos etapa por
etapa da revista e como estava sendo o processo por meio de legendas
Neste processo de organização também abrimos espaço para os artigos que
escolheríamos na revista, neste local colocamos vários e vários que achamos muito
interessantes, porém precisávamos descartar alguns para colocar a quantidade
certa no projeto, sendo assim decidimos avaliar cada artigo com notas de 0 a 10
para saber qual seria a melhor para a revista. (Os sinais “X” e “2” representam que
o artigo foi escolhido e que foi escolhido para a segunda revista, respectivamente.)
33. 33Especialn°1 ano 1
Traçamos certas metas e objetivos também
por meio da tabela para não estarmos nos
esquecendo os prazo.
Uma coisa interessante nisso tudo é a área de referências que
fizemos, este tópico era o espaço em que sempre que alguém do
grupo achava algo interessante em sites de portfóilios ou imagens,
este colocava o link do site para os outros componestes do grupo
estarem vendo também e participarem de talvez uma nova ideia
que aquela referência poderia nos trazer para o projeto.
Pode-se dizer que toda esta organização nos ajudou muito para
realizar esta revista, pois sempre que alguém do grupo ficava com
dúvidas de suas tarefas ou sobre a meta a ser alcançada, bastava
apenas consultar a tabela para poder já estar por dentro da
situação e poder começar a trabalhar novamente. Esta é uma das
partes da gestão que é muito importante, essa clareza de ideias.
Por isso estamos muito felizes em poder estar comprovando que
o lado da gestão é importante para o design, para todos.
Pode-se dizer que
toda esta organização
nos ajudou muito para
realizar esta revista.
35. 35Especialn°1 ano 1
Considerações finais
Com este projeto elaborado, concluímos que a área do design tem se
ampliado cada vez mais no mercado, porém muitos dos que fazem parte
não estão tão prontos para negociar com um cliente como alguém que
fez, por exemplo, marketing, estaria. Se passassemos a se aprofundar
mais em gestão, estaríamos avançando mais um passo e com certeza
teríamos mais sucesso em vendas de projetos. Isto vale tanto para
aqueles que têm seu escritório próprio de design como para aqueles
que trabalham em grandes empresas, pois gestão e empreendedorismo
deve fazer parte de nossas vidas. Essa revista é só o começo.
2º ARTIGO
3º ARTIGO 3º ARTIGO 3º ARTIGO
3º ARTIGO 3º ARTIGO DICAS
DICAS
2º ARTIGO 2º ARTIGO
36. 36
DICAS E TREINAMENTOS / LIVROS
Nessa seção é a oportunidade de você leitor conhecer novos livros onde irão fazer com que você veja
com outros olhos a questão - Design / e também treinamentos no Brasil e no mundo.
Gestão Estratégica do Design
Como um Ótimo Design Fará as Pessoas
Amarem sua Empresa Design como foco
estratégico nas empresas, este é o tema
central deste instigante e inovador livro.
Agora mais que nunca, a gestão do design
torna-se um aliado estratégico para o
sucesso das empresas. Ser focado em design
não significa fazer produtos maravilhosos,
simplesmente. O livro mostra como implantar
um ótimo design em sua cultura comercial.
O design de experiências centrado no cliente
é a chave para transformar as empresas.
GRID - Construção e Desconstrução
Leitura fundamental para profissionais e estudantes na
área de projeto, tanto no design como na arquitetura,
este livro põe em foco o princípio unificador do
grid e o valor de outros tipos de idéias, oferecendo
análises atentas e consistentes sobre toda espécie de
manifestações visuais.
O volume foi organizado em duas partes, “Construindo”
e “Desconstruindo” o grid. Em cada uma delas, um
capítulo de extrema concisão histórica fundamenta os
comentários com exemplos concretos. O autor comenta
também formas de comunicação dispostas tanto no
espaço tridimensional quanto no universo virtual das
mídias eletrônicas.
Design para Quem Nao e Designer
A presente obra tem como intuito dar noções básicas
de planejamento visual, com isso seus trabalhos ficarão
com estética e aparência melhores. Indicado aquelas
pessoas que não dispõem de muito tempo para estudar
profundamente o tema.
37. Treinamentos/Livros37Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Pensar com Tipos
Ellen Lupton, autora de Pensar com tipos (Cosac Naify, 2006), e Jennifer
Cole Philips, revisitam o bê-a-bá do design, enfocando temas como:
ponto, linha, plano, ritmo, equilíbrio, modularidade, tempo e movimento,
à luz das mudanças tecnológicas e da sociedade global. Neste guia conciso
e visualmente inspirador, as autoras partem de trabalhos de estudantes e
exemplos-chave da prática profissional contemporânea que vão desde
a criação de marcas, impressos e sinalizações à elaboração de páginas da
internet e design em movimento, para mostrar a importância do
equilíbrio entre habilidade técnica e pensamento visual crítico. Segundo
as autoras: “Nós o criamos porque não víamos nada assim à disposição
Briefing: a gestão do Design
Há quem pense que a criatividade não possa ser
formalizada, normalizada ou descrita. Este é um dos
motivos pelos quais designers ainda hoje relutam
em produzir um briefing antes de começar seus
trabalhos, assim como as empresas acreditam que
isto seja uma perda de tempo. Este livro auxilia
profissionais a entenderem a importância do briefing
e como produzi-lo de maneira eficaz. Escrito baseado
na experiência profissional do autor, é fácil identificar
paralelos com o cotidiano das empresas e dos
designers. Para os estudantes, o livro é uma forma de
familiarizá-los com o briefing, para que eles entrem
no mercado de trabalho conscientes da importância
desde planejamento prévio que, muitas vezes, é
Tipografia & Design Gráfico
Excelente manual para designers em formação,
e uma obra de consulta essencial para os
profissionais que procuram novas perspectivas
no seu trabalho. Joaquim da Fonseca relata as
origens da produção de impressos, refletindo
sobre as infinitas possibilidades da produção
gráfica na atualidade.
38. Estão abertas – até 15 de fevereiro – as inscrições
para a 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico,
em 36 subcategorias dentro de 8 categorias
(Impressos Editoriais, Impressos Promocionais
,Digital, Identidade & Branding, Embalagens,
Espacial, Fronteiras eTipografia).
Corrigindo o hiato criado pela não realização
da Bienal em 2011,serão aceitos projetos
desenvolvidos entre Janeiro de 2009 e dezembro
de2012, mantendo a média de 300 projetos por
biênio: desta forma, o objetivo desta Bienal é
reunir cerca de 600 trabalhos,compondo a
maior e mais ampla seleção de projetos de
design brasileiro de todos os tempos.
O Concurso é dividido em cinco categorias:
• Espaços e Interiores;
• Industrial ou Produtos;
• Gráfico;
• Moda e Têxtil;
• Digital
A data limite de aceitação dos projetos será dia
6 de junho de 2013 às 17:00 horas (horário da
Espanha). Podem participar estudantes
universitários maiores de 18 anos que estejam
regularmente matriculados em instituição de
ensino superior ligada à rede universia.
Os 50 projetos mais votados pelos internautas
serão expostos durante o outono de 2013 em
Madri. Entre eles os jurados elegerão o ganhador
e os cinco segundos colocados. A premiação
será de 5.000 euros para o vencedor e 2.500
euros para cada um dos cinco selecionados para
o 2º prêmio.
O Concurso é dividido em cinco categorias:
• Espaços e Interiores;
• Industrial ou Produtos;
• Gráfico;
• Moda e Têxtil;
• Digital
A data limite de aceitação dos projetos será dia 6 de
junho de 2013 às 17:00 horas (horário da Espanha).
Podem participar estudantes universitários maiores
de 18 anos que estejam regularmente matriculados
em instituição de ensino superior ligada à rede
universia.
Os 50 projetos mais votados pelos internautas
serão expostos durante o outono de 2013 em
Madri. Entre eles os jurados elegerão o ganhador
e os cinco segundos colocados. A premiação será
de 5.000 euros para o vencedor e 2.500 euros para
cada um dos cinco selecionados para o 2º prêmio.
DICAS E TREINAMENTOS / EVENTOS
39. Treinamentos/Livros39Treinamentos/Livrosn°1 ano 1
Inscrições abertas
O Prêmio Grandes Cases de Embalagem, da revista
EmbalagemMarca, visa incentivar e valorizar a busca
da excelência nas embalagens brasileiras, premiando
aquelas que se destacarem pela otimização do
conjunto de seus elementos ou, isoladamente, de
um ou mais deles que tenham peso decisivo para
a obtenção de resultados positivos para a empresa
usuária e para o consumidor final.
As embalagens são analisadas sob a ótica dos
benefícios que trazem para a indústria usuária,
fornecedores, consumidores finais e o meio
ambiente.
• Redução de materiais
• Produtividade em linha
• Redução de custos
• Inovação
• Agregação de valor
• Design
• Impacto ambiental
• Desempenho no ponto de venda
• Conveniência
Inscrições abertas
O Prêmio Grandes Cases de Embalagem, da revista
EmbalagemMarca, visa incentivar e valorizar a busca
da excelência nas embalagens brasileiras, premiando
aquelas que se destacarem pela otimização do
conjunto de seus elementos ou, isoladamente, de
um ou mais deles que tenham peso decisivo para
a obtenção de resultados positivos para a empresa
usuária e para o consumidor final.
As embalagens são analisadas sob a ótica dos
benefícios que trazem para a indústria usuária,
fornecedores, consumidores finais e o meio
ambiente.
• Redução de materiais
• Produtividade em linha
• Redução de custos
• Inovação
• Agregação de valor
• Design
• Impacto ambiental
• Desempenho no ponto de venda
• Conveniência
A DESMA, uma rede de formação inicial em nível de
doutorado da University of Gothenburg, na Suécia,
está recrutando 12 pesquisadores em estágio inicial
na área de Gestão de Design. O programa começa
em Setembro e tem duração de três anos (a adição
de um quarto ano, para completar um PhD, será
discutida separadamente).
Nesta rede de pesquisa estão inclusas a; Aalto
University in Helsinki, Finlândia; Politecnico di
Milano, Itália e Imperial College, Reino Unido, além
de quatro consultorias de design européias e quatro
organizações de serviço.
As candidaturas podem ser enviadas até o dia 15 de
março para o e-mail applications-desma@hdk.gu.se;
para mais informações acesse o site da DESMA. O
requerimento é que os candidatos tenham mestrado
em Design ou Negócios e experiência profissional.