Este documento discute bullying, definindo-o como abuso psicológico, físico e social, geralmente ocorrendo durante a adolescência. Ele descreve cinco tipos de bullying e os papéis de vítima, agressor e espectador. Finalmente, discute intervenções psicopedagógicas focadas na prevenção e no tratamento de agressores e vítimas.
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Prevenção e intervenção no bullying
1. BULLYING
Bullying é um termo inglês, sendo uma forma de abuso psicológico, físico e
social. Acto de violência físico-psicológico, esta acção discriminatória ocorre sobretudo
durante a adolescência. Este fenómeno consiste em comportamentos agressivos
exercidos por um indivíduo ou grupo de indivíduos.
Estudiosos aceitam geralmente que o bullying contenha três elementos
essenciais – o comportamento é agressivo e negativo; o comportamento é executado
repetidamente; o comportamento ocorre num relacionamento onde existe um
desequilíbrio de poder entre ambas as partes envolvidas.
Podemos classificar cinco tipos de bullying:
Físico – recurso à violência física
Verbal – recurso à violência verbal
Relacional/ racial – exclusão de grupos sociais/ comportamentos racistas
Sexual – utilização de comentários sexuais e até mesmo contactos sexuais
Cyberbullying – difamação com recurso às novas tecnologias (hi5, facebook,
my sspace, msn…).
Normalmente existem três tipos de pessoas envolvidas nesta situação de violência,
são elas, espectador, a vítima e o agressor. O espectador não interfere, omite por
medo de represália ou não tem coragem de assumir a identidade do agressor. Em
suma vê o agressor maltratar a vítima mas não denuncia. A vítima é frágil, insegura,
isolada da sociedade o que a impede de pedir ajuda. A vítima vai dando sinais de que
algo está a correr mal, no que se refere ao contexto familiar, a vítima apresenta sinais
de evitação para ir à escola. O agressor por norma é antipático e arrogante. Este
possui dificuldades emocionais, no que se refere ao seu quadro familiar normalmente
há uma história de violência associada, ou seja, uma criança com comportamentos
agressivos convive com violência por perto. O agressor geralmente padece de
relacionamento afectivo. Na generalidade tem dificuldade em respeitar ordens,
dificuldades na inserção social, problemas de relacionamento afectivo e social,
dificuldade de auto-controlo e possui comportamentos anti-sociais
2. BULLYING
Este acto horrendo cometido pelos agressores acarreta consequências negativas
para as vítimas, tais como: perda de auto-confiança, perda de auto-estima, falta de
concentração e como consequência extrema o suicídio. Os pais têm um papel
preponderante nestes casos, pois têm de estar atentos ao comportamento
manifestado pelos filhos - o diálogo é crucial. Devem ajudar a vítima a defender-se dos
agressores, a transmitir-lhe confiança, compreensão e acima de tudo estarão sempre
presentes para a apoiar.
Normalmente quando falamos de bullying associamos, ao contexto escolar, mas
está errado, pois o bullying pode acontecer em qualquer lugar, basta haver o agressor
que pode ser possível em qualquer lugar, e a qualquer momento. É certo que o mais
comum é existir Bullying na escola, mas também existe bullying em contexto do
trabalho, nas redes socais através da internet, entre outros.
No que se refere ao bullying em contexto escolar - os professores, os funcionários
têm um papel muito importante. Devem estar sempre vigilantes para estas situações.
A vítima na maioria das vezes passa a ter menor rendimento escolar, o seu
relacionamento social e familiar é afectado, podendo a longo prazo estar associado à
depressão.
No mundo actual, quando falamos em novas tecnologias, temos que referir
obrigatoriamente as redes socais – quase todos vêm nestas redes a possibilidade de
fazer novas amizades, mas na verdade estas redes escondem malefícios. Os exemplos
disso são as mensagens ameaçadoras, provocantes, intimidativas. Neste caso descobrir
o agressor torna-se bastante difícil. Os pais devem estar constantemente atentos à
navegação por parte dos filhos na Internet – segurança online.
Em suma este tema é bastante actual, pois está infelizmente presente no
quotidiano escolar das crianças e jovens, engane-se quem pensa que apenas ocorre
em escolas públicas, e em estratos sociais mais desfavorecidos – é um problema
global. Sendo este um problema grave, a Intervenção torna-se essencial, não podemos
perder mais tempo, temos que agir.!
Intervenção Psicopedagógica com carácter preventivo
3. BULLYING
Estratégias centradas na promoção de competências sociais e na formação
cívica e educativa dos alunos
Campanhas de sensibilização no ambiente de sala de aula, alunos,
professores e pais. Distribuição de flyres
Workshop
Intervenção Psicopedagógica para o agressor
Em primeiro lugar temos que ter em conta a sua história de vida –
anamnese
Estudar o contexto familiar, escolar e social
Traçar o perfil do agressor pode recorrer-se à observação directa ou
indirecta e à elaboração de teste psicológicos
Tendo em conta todos os dados anteriores delineamos uma proposta de
intervenção, para o agressor e para a família
Exemplos de algumas actividades a realizar com o agressor:
Técnicas de relaxamento
Técnicas para manter o auto-controlo
Implementação de regras, condutas a seguir
Promover o diálogo
Aprender a lidar com os sentimentos
Entre outros
4. BULLYING
Intervenção Psicopedagógica para a vítima
Em primeiro lugar temos que ter em conta a sua história de vida –
anamnese
Estudar o contexto familiar, escolar e social
Traçar o perfil do agressor pode recorrer-se à observação directa ou
indirecta e à elaboração de teste psicológicos
Tendo em conta todos os dados anteriores delineamos uma proposta de
intervenção, para a vítima e para a família.
Exemplos de algumas actividades a realizar com a vítima:
Promover a auto-confiança
Promover a auto-estima
Fomentar estratégias de defesa quando em contacto com o agressor
Entre outras
Autoria Helena Dias