SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  21
BARROCO A palavra “barroco” parece derivar do substantivo do português antigo e que significava “pérola irregular”. Inicialmente, deve ter tido algum sentido depreciativo, sendo entendido como bizarro, irregular, caprichoso. Francesco Borromini [1559 – 1667]:  S. Carlo Alle Quattro Fontane ; Roma
Pasquale Cati da Iesi Concílio de Trento fresco Santa Maria in Trastevere; 1588;Roma Na sequência do  Concílio de Trento  e do movimento contra-reformista, a Igreja Católica pretendeu impor junto dos crentes a ideia de uma igreja triunfante e inabalável.  O concílio reforça o culto das imagens, sublinhando o seu carácter instrumental.
A arte entende-se como instrumento de catequização e educação, através do envolvimento emocional e espiritual dos crentes.  Il Gesù
É uma arte de poder, ao serviço da Igreja e do absolutismo régio de direito divino.
Calderón de la Barca : 1600 - 1681 Ninguém caracterizou melhor o barroco do que o dramaturgo espanhol Pedro Calderón de la Barca, na sua peça  El Gran Teatro del Mundo  (1645), referindo-se à vida como uma representação dos homens perante Deus. O Mundo é um palco. O barroco é a arte da encenação, da representação, do espectáculo e da ilusão.  Jean Honoré Fragonard:  O Baloiço;  1766  Teatro alla Scala ; Milão; 1778
As igrejas  tinham fachadas monumentais, predominando as linhas curvas e contracurvas. Com interiores ricamente decorados. Santa Engrácia: 1682 - …
Francesco Borromini (1599-1667) San Carlo alle Quattro Fontane Roma
O barroco assume-se como a arte do Antigo Regime: aristocrática, artificiosa, sensual, sofisticada e caprichosa que será depois desconsiderada pelo puritanismo revolucionário subsequente que a encarará como uma arte decadente, imoral e irracional. Palácio Belvedere; Viena; 1721
É uma arte de salão, aristocrática e elitista que se refugia frequentemente em rebuscados jogos formais, labirintuosos e rendilhados tecnicistas e artificiais.  Germain Boffrand; Hotel de Soubise; Paris; 1735-1740
É uma arte de exaltação dos sentidos, emotiva, explorando os efeitos de surpresa, os contrastes, as insinuações, o espanto e o deslumbramento, o êxtase e a imaginação, num desprezo pela vida real e pelos temas sociais.  Gian Lorenzo Bernini:  O Êxtase de Stª Teresa;  Capela la Cornaro, Stª Maria della Vittoria, Roma;1652
Gian Lorenzo Bernini  Apolo e Dafne Galeria Borghese 1625
Na pintura  devemos destacar os frescos nos tectos e paredes das igrejas, aludindo a cenas religiosas. Pietro de Cortona Triunfo da Divina Providência_ Palácio Barberini; Roma; 1639
Alguns artistas especializaram-se na pintura de cenas da vida da Virgem e dos Santos. Bartolomé Esteban Murillo  (1618 – 1682) Imaculada Conceição Museu do Prado; Madrid
Nos países reformados, surgiram novos géneros pictóricos. Johannes Vermeer:  Vista de Delft;  c. 1660
Abraham Jansz Begeyn 1670
Os reis e as famílias nobres contratavam pintores para se fazerem retratar Diego da Silva y Velasquez D. Mariana de Austria 1652-3
Rembrandt A Ronda da Noite 1642
Peter Paul Rubens Vénus ao Espelho 1615
Johan Friedrich Ludwig Em Portugal, graças ao ouro brasileiro, construíram-se muitos edifícios barrocos
1717 - 1725  João Carvalho Ferreira  António Simões Ribeiro
A talha dourada e os painéis de azulejos foram duas manifestações do barroco português.

Contenu connexe

Tendances (20)

Arte barroca
Arte barroca Arte barroca
Arte barroca
 
Barroco pdf
Barroco pdfBarroco pdf
Barroco pdf
 
Arte Barroca
Arte BarrocaArte Barroca
Arte Barroca
 
A Arte Barroca
A Arte BarrocaA Arte Barroca
A Arte Barroca
 
O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)O maneirismo – século xvi (1520 1590)
O maneirismo – século xvi (1520 1590)
 
Barroco slides
Barroco slidesBarroco slides
Barroco slides
 
Arte barroca 2
Arte barroca 2Arte barroca 2
Arte barroca 2
 
O maneirismo1
O maneirismo1O maneirismo1
O maneirismo1
 
B Arroco E Maneirismo
B Arroco E ManeirismoB Arroco E Maneirismo
B Arroco E Maneirismo
 
Barroco
Barroco Barroco
Barroco
 
Arquitetura Barroca
Arquitetura BarrocaArquitetura Barroca
Arquitetura Barroca
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
História da Arte: Barroco e Rococó europeu e brasileiro
História da Arte: Barroco e Rococó europeu e brasileiroHistória da Arte: Barroco e Rococó europeu e brasileiro
História da Arte: Barroco e Rococó europeu e brasileiro
 
História da Arte: Arte barroca - resumida
História da Arte: Arte barroca - resumidaHistória da Arte: Arte barroca - resumida
História da Arte: Arte barroca - resumida
 
A Arte Barroca
A Arte BarrocaA Arte Barroca
A Arte Barroca
 
Arte renascimento 2
Arte renascimento 2Arte renascimento 2
Arte renascimento 2
 
Pintura barroca
Pintura barrocaPintura barroca
Pintura barroca
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
A arte barroca
A arte barrocaA arte barroca
A arte barroca
 
Barroco
Barroco   Barroco
Barroco
 

En vedette (18)

Períodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música OcidentalPeríodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música Ocidental
 
Economia do Antigo Regime
Economia do Antigo RegimeEconomia do Antigo Regime
Economia do Antigo Regime
 
A Revolução Científica
A Revolução CientíficaA Revolução Científica
A Revolução Científica
 
Unidade 3 o_antigo_regime_europeu
Unidade 3 o_antigo_regime_europeuUnidade 3 o_antigo_regime_europeu
Unidade 3 o_antigo_regime_europeu
 
Ato de navegação
Ato de navegaçãoAto de navegação
Ato de navegação
 
A ciencia e a arte do Barroco
A ciencia e a arte do BarrocoA ciencia e a arte do Barroco
A ciencia e a arte do Barroco
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musica
 
barroco y rococo
barroco y rococo barroco y rococo
barroco y rococo
 
O barroco 1
O barroco 1O barroco 1
O barroco 1
 
ResistêNcias à InovaçãO
ResistêNcias à InovaçãOResistêNcias à InovaçãO
ResistêNcias à InovaçãO
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
BARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASILBARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASIL
 
O antigo regime
O antigo regimeO antigo regime
O antigo regime
 
Parlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglêsParlamentarismo inglês
Parlamentarismo inglês
 
O Barroco No Brasil
O Barroco No BrasilO Barroco No Brasil
O Barroco No Brasil
 
Aula 3 - Barroco-Rococó
Aula 3 - Barroco-RococóAula 3 - Barroco-Rococó
Aula 3 - Barroco-Rococó
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
El Barroco
El BarrocoEl Barroco
El Barroco
 

Similaire à 1 A Mentalidade E A Arte Barrocas

Similaire à 1 A Mentalidade E A Arte Barrocas (20)

Barroco 2011 2
Barroco 2011 2Barroco 2011 2
Barroco 2011 2
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
O barroco-
O barroco-O barroco-
O barroco-
 
Arte Barroca
Arte BarrocaArte Barroca
Arte Barroca
 
9 hist da art barro e rococ
9 hist da art barro e rococ9 hist da art barro e rococ
9 hist da art barro e rococ
 
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750O Barroco na Europa,   Parte 2 - 1563-1750
O Barroco na Europa, Parte 2 - 1563-1750
 
Sociedade De Ordens
Sociedade De OrdensSociedade De Ordens
Sociedade De Ordens
 
7 barroco 2020
7 barroco 20207 barroco 2020
7 barroco 2020
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Barroco 2019ok
Barroco 2019okBarroco 2019ok
Barroco 2019ok
 
Arte e mentalidade Barrocas
Arte e mentalidade BarrocasArte e mentalidade Barrocas
Arte e mentalidade Barrocas
 
Trabalho de literatura barroco e arcadismo
Trabalho de literatura   barroco e arcadismoTrabalho de literatura   barroco e arcadismo
Trabalho de literatura barroco e arcadismo
 
Arte barroca
Arte barrocaArte barroca
Arte barroca
 
ARTE BARROCA.pptx.. ARTE BARROCA.pptx...
ARTE BARROCA.pptx.. ARTE BARROCA.pptx...ARTE BARROCA.pptx.. ARTE BARROCA.pptx...
ARTE BARROCA.pptx.. ARTE BARROCA.pptx...
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e Científico
 
Barroco 8º Ano
Barroco   8º AnoBarroco   8º Ano
Barroco 8º Ano
 
Renascimento cultural
Renascimento culturalRenascimento cultural
Renascimento cultural
 
A Arte Barroca
A Arte BarrocaA Arte Barroca
A Arte Barroca
 
11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8a11 pp barroco_8a
11 pp barroco_8a
 
Os contraste do barroco
Os contraste do barrocoOs contraste do barroco
Os contraste do barroco
 

Plus de Hist8

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos EstudosHist8
 
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãOHist8
 
2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii
2   O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii2   O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii
2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. XviiiHist8
 
1 O Antigo Regime
1   O Antigo Regime1   O Antigo Regime
1 O Antigo RegimeHist8
 
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 16403   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640Hist8
 
2 Holandeses E Ingleses
2   Holandeses E Ingleses2   Holandeses E Ingleses
2 Holandeses E InglesesHist8
 
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaA Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaHist8
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra ReformaHist8
 
A Arte Renascentista
A  Arte RenascentistaA  Arte Renascentista
A Arte RenascentistaHist8
 
5 A íNdia E O Brasil
5   A íNdia E O Brasil5   A íNdia E O Brasil
5 A íNdia E O BrasilHist8
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaHist8
 
4 A Rivalidade Luso Castelhana
4  A Rivalidade Luso Castelhana4  A Rivalidade Luso Castelhana
4 A Rivalidade Luso CastelhanaHist8
 
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançAHist8
 
2 Ceuta E Ilhas
2  Ceuta E Ilhas2  Ceuta E Ilhas
2 Ceuta E IlhasHist8
 
1 ExpansãO
1  ExpansãO1  ExpansãO
1 ExpansãOHist8
 
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalA Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalHist8
 
Crises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivCrises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivHist8
 
GóTico
GóTicoGóTico
GóTicoHist8
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNicoHist8
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOHist8
 

Plus de Hist8 (20)

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
 
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
 
2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii
2   O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii2   O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii
2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii
 
1 O Antigo Regime
1   O Antigo Regime1   O Antigo Regime
1 O Antigo Regime
 
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 16403   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
 
2 Holandeses E Ingleses
2   Holandeses E Ingleses2   Holandeses E Ingleses
2 Holandeses E Ingleses
 
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaA Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma
 
A Arte Renascentista
A  Arte RenascentistaA  Arte Renascentista
A Arte Renascentista
 
5 A íNdia E O Brasil
5   A íNdia E O Brasil5   A íNdia E O Brasil
5 A íNdia E O Brasil
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO Ficha
 
4 A Rivalidade Luso Castelhana
4  A Rivalidade Luso Castelhana4  A Rivalidade Luso Castelhana
4 A Rivalidade Luso Castelhana
 
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
 
2 Ceuta E Ilhas
2  Ceuta E Ilhas2  Ceuta E Ilhas
2 Ceuta E Ilhas
 
1 ExpansãO
1  ExpansãO1  ExpansãO
1 ExpansãO
 
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalA Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
 
Crises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivCrises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. Xiv
 
GóTico
GóTicoGóTico
GóTico
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNico
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãO
 

1 A Mentalidade E A Arte Barrocas

  • 1. BARROCO A palavra “barroco” parece derivar do substantivo do português antigo e que significava “pérola irregular”. Inicialmente, deve ter tido algum sentido depreciativo, sendo entendido como bizarro, irregular, caprichoso. Francesco Borromini [1559 – 1667]: S. Carlo Alle Quattro Fontane ; Roma
  • 2. Pasquale Cati da Iesi Concílio de Trento fresco Santa Maria in Trastevere; 1588;Roma Na sequência do Concílio de Trento e do movimento contra-reformista, a Igreja Católica pretendeu impor junto dos crentes a ideia de uma igreja triunfante e inabalável. O concílio reforça o culto das imagens, sublinhando o seu carácter instrumental.
  • 3. A arte entende-se como instrumento de catequização e educação, através do envolvimento emocional e espiritual dos crentes. Il Gesù
  • 4. É uma arte de poder, ao serviço da Igreja e do absolutismo régio de direito divino.
  • 5. Calderón de la Barca : 1600 - 1681 Ninguém caracterizou melhor o barroco do que o dramaturgo espanhol Pedro Calderón de la Barca, na sua peça El Gran Teatro del Mundo (1645), referindo-se à vida como uma representação dos homens perante Deus. O Mundo é um palco. O barroco é a arte da encenação, da representação, do espectáculo e da ilusão. Jean Honoré Fragonard: O Baloiço; 1766 Teatro alla Scala ; Milão; 1778
  • 6. As igrejas tinham fachadas monumentais, predominando as linhas curvas e contracurvas. Com interiores ricamente decorados. Santa Engrácia: 1682 - …
  • 7. Francesco Borromini (1599-1667) San Carlo alle Quattro Fontane Roma
  • 8. O barroco assume-se como a arte do Antigo Regime: aristocrática, artificiosa, sensual, sofisticada e caprichosa que será depois desconsiderada pelo puritanismo revolucionário subsequente que a encarará como uma arte decadente, imoral e irracional. Palácio Belvedere; Viena; 1721
  • 9. É uma arte de salão, aristocrática e elitista que se refugia frequentemente em rebuscados jogos formais, labirintuosos e rendilhados tecnicistas e artificiais. Germain Boffrand; Hotel de Soubise; Paris; 1735-1740
  • 10. É uma arte de exaltação dos sentidos, emotiva, explorando os efeitos de surpresa, os contrastes, as insinuações, o espanto e o deslumbramento, o êxtase e a imaginação, num desprezo pela vida real e pelos temas sociais. Gian Lorenzo Bernini: O Êxtase de Stª Teresa; Capela la Cornaro, Stª Maria della Vittoria, Roma;1652
  • 11. Gian Lorenzo Bernini Apolo e Dafne Galeria Borghese 1625
  • 12. Na pintura devemos destacar os frescos nos tectos e paredes das igrejas, aludindo a cenas religiosas. Pietro de Cortona Triunfo da Divina Providência_ Palácio Barberini; Roma; 1639
  • 13. Alguns artistas especializaram-se na pintura de cenas da vida da Virgem e dos Santos. Bartolomé Esteban Murillo (1618 – 1682) Imaculada Conceição Museu do Prado; Madrid
  • 14. Nos países reformados, surgiram novos géneros pictóricos. Johannes Vermeer: Vista de Delft; c. 1660
  • 16. Os reis e as famílias nobres contratavam pintores para se fazerem retratar Diego da Silva y Velasquez D. Mariana de Austria 1652-3
  • 17. Rembrandt A Ronda da Noite 1642
  • 18. Peter Paul Rubens Vénus ao Espelho 1615
  • 19. Johan Friedrich Ludwig Em Portugal, graças ao ouro brasileiro, construíram-se muitos edifícios barrocos
  • 20. 1717 - 1725 João Carvalho Ferreira António Simões Ribeiro
  • 21. A talha dourada e os painéis de azulejos foram duas manifestações do barroco português.