SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  14
Télécharger pour lire hors ligne
O Antigo Regime em Portugal na  1ª  metade do séc.  XVIII
Na década de 70 do séc. XVII, as finanças portuguesas estavam exauridas. As campanhas militares da Restauração e a baixa dos lucros do comércio açucareiro e tabaqueiro, devido à concorrência internacional, levam D. Luís de Meneses,  conde da Ericeira ,  Vedor da Fazenda do rei D. Pedro II, a executar uma política mercantilista. D. Pedro II O Pacífico 1648 – 1706 Palácio Nacional de Sintra
(...) Acharemos (e não ainda todos) que só o pano de linho [feito em Portugal] e os sapatos são obras nossas. Chapéus, já se desprezam os nossos, e não se estima homem limpo o que não traz chapéus de França. (...).  O único meio que há para evitar este dano e impedir que o dinheiro saia do Reino é introduzir nele as artes [manufacturas]. (...). O dinheiro nos reinos tem a qualidade que tem o sangue no corpo de alimentar todas as partes dele; e para o alimentar anda em perpétua circulação, de sorte que não pára senão com a inteira ruína do corpo. Isto mesmo faz o dinheiro. (…) Duarte Ribeiro de Macedo:  Discurso Sobre a Introdução das Artes no Reino  ; (1675)
D. Luís de Meneses 3º conde da Ericeira  1632 —1690 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Surgiram diversas manufacturas. No entanto, esta política manufactureira não foi bem sucedida.
Em 27 de Dezembro de 1703, o cônsul inglês John Methuen assina um tratado comercial com Portugal: o  tratado de Methuen .
(….) Sua Sagrada Majestade Britânica ao sobredito Exmo. Senhor João Methuen; Sua Sagrada Majestade Portuguesa ao Exmo. D. Manuel Teles, marquês de Alegrete, Conde de Vilar Maior, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, etc. Os quais, em virtude dos plenos poderes a eles respectivamente concedidos, depois de uma madura e exacta consideração nesta matéria, concordaram nos artigos seguintes: Artigo 1º  Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em próprio nome como dos seus sucessores,  admitir para sempre daqui em diante no reino de Portugal os panos de lã e mais fábricas de lanifícios da Inglaterra , como era costume até o tempo que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário. Artigo 2º  É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome, e no dos seus sucessores,  será obrigada para sempre, daqui por diante, a admitir na Grã-Bretanha os vinhos do produto de Portugal , de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os reis de Inglaterra e de França) não se poderá exigir de direitos de alfândega nestes vinhos, (…)
Em  1699, chegam ao reino as primeiras remessas de ouro do Brasil. Desde então, a quantidade foi aumentando, chegando às 15 toneladas anuais!
As enormes receitas chegavam para cobrir o défice da balança comercial. A moeda cunhada era de grande valor e permitia ao rei, que garantia 1/5  de toda a produção,  levar uma vida de grande luxo e ostentação.
O ouro e os diamantes atraíram uma vaga de emigrantes para  o sertão brasileiro.
Reuniões das Cortes O desafogo financeiro permitiu ao rei reforçar e centralizar os poderes da coroa. D. Filipe II 1581 1598 1581 1583 D. Filipe III 1598 1621 1619 D. Filipe IV 1621 1640 D. João IV 1640 1656 1641 1642 1645 1653 D. Afonso VI 1656 1683 1668 D. Pedro II 1683 1706 1674 1679 1697 D. João V 1706 1750 -------
D. João V 1689 - 1750 Palácio da Ajuda; Lisboa D. João V  (1706 – 1750) exerceu o poder de forma absoluta num ambiente de grande luxo e ostentação. O  Magnânimo  procurava imitar o modelo da corte de Luís XIV de França. Coche de D. João V Museu dos Coches Lisboa
O rei empenhou-se na edificação de grandes obras públicas, como o Aqueduto das Águas Livres , em Lisboa.
Em 1717, deu-se início à construção do palácio e convento de Mafra.

Contenu connexe

Tendances

Portugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo RegimePortugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo RegimeCarlos Pinheiro
 
30 absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
30   absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens30   absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
30 absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordensCarla Freitas
 
Apontamentos HistóRia 8º Ano
Apontamentos HistóRia 8º AnoApontamentos HistóRia 8º Ano
Apontamentos HistóRia 8º Anoturma8bjoaofranco
 
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Susana Simões
 
32 despotismo pombalino
32   despotismo pombalino32   despotismo pombalino
32 despotismo pombalinoCarla Freitas
 
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOosemprefixe
 
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordensAbsolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordenshome
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regimecattonia
 
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º anoPolítica e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano200166754
 
Resumo De História do 8º Ano
Resumo De História do 8º AnoResumo De História do 8º Ano
Resumo De História do 8º AnoDenis Best
 
O antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoO antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoZé Mário
 
Agricultura no antigo regime
Agricultura no antigo regimeAgricultura no antigo regime
Agricultura no antigo regimehelenamfernandes
 
Antigo regime ii
Antigo regime iiAntigo regime ii
Antigo regime iiTeresa Maia
 

Tendances (20)

Portugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo RegimePortugal na Europa do Antigo Regime
Portugal na Europa do Antigo Regime
 
30 absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
30   absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens30   absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
30 absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
 
Apontamentos HistóRia 8º Ano
Apontamentos HistóRia 8º AnoApontamentos HistóRia 8º Ano
Apontamentos HistóRia 8º Ano
 
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
Antigo Regime-Contextualização do Módulo 6
 
32 despotismo pombalino
32   despotismo pombalino32   despotismo pombalino
32 despotismo pombalino
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCOABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
ABSOLUTISMO-MERCANTILISMO-BARROCO
 
11 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 211 ha m4 u2 2
11 ha m4 u2 2
 
Resumo História Antigo Regime
Resumo História Antigo RegimeResumo História Antigo Regime
Resumo História Antigo Regime
 
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordensAbsolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
Absolutismo e mercantilismo numa sociedade de ordens
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
As crises do século xiv
As crises do século xivAs crises do século xiv
As crises do século xiv
 
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º anoPolítica e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano
Política e sociedade portuguesa no reinado de d. João V história 8º ano
 
Resumo De História do 8º Ano
Resumo De História do 8º AnoResumo De História do 8º Ano
Resumo De História do 8º Ano
 
Antigo regime
Antigo regimeAntigo regime
Antigo regime
 
O Antigo Regime
O Antigo RegimeO Antigo Regime
O Antigo Regime
 
Absolutismo joanino
Absolutismo joaninoAbsolutismo joanino
Absolutismo joanino
 
O antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceçãoO antigo regime: regra e exceção
O antigo regime: regra e exceção
 
Agricultura no antigo regime
Agricultura no antigo regimeAgricultura no antigo regime
Agricultura no antigo regime
 
Antigo regime ii
Antigo regime iiAntigo regime ii
Antigo regime ii
 

Similaire à 2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii

Tratado De Methuen E Ouro Brasileiro
Tratado De Methuen E Ouro BrasileiroTratado De Methuen E Ouro Brasileiro
Tratado De Methuen E Ouro BrasileiroAna Barreiros
 
Política económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIPolítica económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIMaria Gomes
 
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...200166754
 
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...qpsarahslide
 
Revisões para teste 8º
Revisões para teste 8ºRevisões para teste 8º
Revisões para teste 8ºNuno Faustino
 
A Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsA Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsCarlos Vieira
 
O imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalO imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalhelenacompleto
 
29 crise, união ibérica, restauração
29   crise, união ibérica, restauração29   crise, união ibérica, restauração
29 crise, união ibérica, restauraçãoCarla Freitas
 
Trabalho de história.power point carolina-11ºf
Trabalho de história.power point carolina-11ºfTrabalho de história.power point carolina-11ºf
Trabalho de história.power point carolina-11ºfCarla Teixeira
 
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2borgia
 
A crise do império português no oriente
A crise do império português no orienteA crise do império português no oriente
A crise do império português no orienteborgia
 
F1 o império português e a concorrência internacional
F1 o império português e a concorrência internacionalF1 o império português e a concorrência internacional
F1 o império português e a concorrência internacionalVítor Santos
 
A crise-do-império-português-1234654982023962-2
A crise-do-império-português-1234654982023962-2A crise-do-império-português-1234654982023962-2
A crise-do-império-português-1234654982023962-2guize
 

Similaire à 2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii (20)

Tratado De Methuen E Ouro Brasileiro
Tratado De Methuen E Ouro BrasileiroTratado De Methuen E Ouro Brasileiro
Tratado De Methuen E Ouro Brasileiro
 
Política económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIPolítica económica - século XVIII
Política económica - século XVIII
 
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
A crise comercial de 1670, a política mercantilista do conde da Ericeira e o ...
 
União ibérica
União ibéricaUnião ibérica
União ibérica
 
União Ibérica
União IbéricaUnião Ibérica
União Ibérica
 
Mercantilismo
Mercantilismo Mercantilismo
Mercantilismo
 
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...
o mercantilismo, a uniao iberica e o ouro do brasil e a falencia do mercantil...
 
Aula7 hist
Aula7 histAula7 hist
Aula7 hist
 
União ibérica
União ibéricaUnião ibérica
União ibérica
 
Revisões para teste 8º
Revisões para teste 8ºRevisões para teste 8º
Revisões para teste 8º
 
A Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsA Crise Do Império Português
A Crise Do Império Português
 
O imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalO imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacional
 
29 crise, união ibérica, restauração
29   crise, união ibérica, restauração29   crise, união ibérica, restauração
29 crise, união ibérica, restauração
 
Trabalho de história.power point carolina-11ºf
Trabalho de história.power point carolina-11ºfTrabalho de história.power point carolina-11ºf
Trabalho de história.power point carolina-11ºf
 
Restauração
RestauraçãoRestauração
Restauração
 
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2
A crise-do-imprio-portugus-1234654982023962-2
 
A crise do império português no oriente
A crise do império português no orienteA crise do império português no oriente
A crise do império português no oriente
 
F1 o império português e a concorrência internacional
F1 o império português e a concorrência internacionalF1 o império português e a concorrência internacional
F1 o império português e a concorrência internacional
 
A crise-do-império-português-1234654982023962-2
A crise-do-império-português-1234654982023962-2A crise-do-império-português-1234654982023962-2
A crise-do-império-português-1234654982023962-2
 
5 de outubro
5 de outubro5 de outubro
5 de outubro
 

Plus de Hist8

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos EstudosHist8
 
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãOHist8
 
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte BarrocasHist8
 
1 O Antigo Regime
1   O Antigo Regime1   O Antigo Regime
1 O Antigo RegimeHist8
 
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 16403   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640Hist8
 
2 Holandeses E Ingleses
2   Holandeses E Ingleses2   Holandeses E Ingleses
2 Holandeses E InglesesHist8
 
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaA Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaHist8
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra ReformaHist8
 
A Arte Renascentista
A  Arte RenascentistaA  Arte Renascentista
A Arte RenascentistaHist8
 
5 A íNdia E O Brasil
5   A íNdia E O Brasil5   A íNdia E O Brasil
5 A íNdia E O BrasilHist8
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaHist8
 
4 A Rivalidade Luso Castelhana
4  A Rivalidade Luso Castelhana4  A Rivalidade Luso Castelhana
4 A Rivalidade Luso CastelhanaHist8
 
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançAHist8
 
2 Ceuta E Ilhas
2  Ceuta E Ilhas2  Ceuta E Ilhas
2 Ceuta E IlhasHist8
 
1 ExpansãO
1  ExpansãO1  ExpansãO
1 ExpansãOHist8
 
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalA Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalHist8
 
Crises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivCrises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivHist8
 
GóTico
GóTicoGóTico
GóTicoHist8
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNicoHist8
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOHist8
 

Plus de Hist8 (20)

3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos3   O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
3 O Iluminismo Na Europa E Em Portugal. A Reforma Pombalina Dos Estudos
 
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO2   A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
2 A RevoluçãO CientíFica Progresso E TradiçãO
 
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
1 A Mentalidade E A Arte Barrocas
 
1 O Antigo Regime
1   O Antigo Regime1   O Antigo Regime
1 O Antigo Regime
 
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 16403   O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
3 O ComéRcio AçUcareiro E A RestauraçãO De 1640
 
2 Holandeses E Ingleses
2   Holandeses E Ingleses2   Holandeses E Ingleses
2 Holandeses E Ingleses
 
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRicaA Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
A Crise Do ImpéRio PortuguêS E A UniãO IbéRica
 
3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma3 A Contra Reforma
3 A Contra Reforma
 
A Arte Renascentista
A  Arte RenascentistaA  Arte Renascentista
A Arte Renascentista
 
5 A íNdia E O Brasil
5   A íNdia E O Brasil5   A íNdia E O Brasil
5 A íNdia E O Brasil
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO Ficha
 
4 A Rivalidade Luso Castelhana
4  A Rivalidade Luso Castelhana4  A Rivalidade Luso Castelhana
4 A Rivalidade Luso Castelhana
 
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA3   Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
3 Do Bojador Ao Cabo Da Boa EsperançA
 
2 Ceuta E Ilhas
2  Ceuta E Ilhas2  Ceuta E Ilhas
2 Ceuta E Ilhas
 
1 ExpansãO
1  ExpansãO1  ExpansãO
1 ExpansãO
 
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade NacionalA Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
A Revol. 1383 E A FormaçãO Da Identidade Nacional
 
Crises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. XivCrises E Revol. No SéC. Xiv
Crises E Revol. No SéC. Xiv
 
GóTico
GóTicoGóTico
GóTico
 
RomâNico
RomâNicoRomâNico
RomâNico
 
Cultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãOCultura, Arte E ReligiãO
Cultura, Arte E ReligiãO
 

2 O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii

  • 1. O Antigo Regime em Portugal na 1ª metade do séc. XVIII
  • 2. Na década de 70 do séc. XVII, as finanças portuguesas estavam exauridas. As campanhas militares da Restauração e a baixa dos lucros do comércio açucareiro e tabaqueiro, devido à concorrência internacional, levam D. Luís de Meneses, conde da Ericeira , Vedor da Fazenda do rei D. Pedro II, a executar uma política mercantilista. D. Pedro II O Pacífico 1648 – 1706 Palácio Nacional de Sintra
  • 3. (...) Acharemos (e não ainda todos) que só o pano de linho [feito em Portugal] e os sapatos são obras nossas. Chapéus, já se desprezam os nossos, e não se estima homem limpo o que não traz chapéus de França. (...). O único meio que há para evitar este dano e impedir que o dinheiro saia do Reino é introduzir nele as artes [manufacturas]. (...). O dinheiro nos reinos tem a qualidade que tem o sangue no corpo de alimentar todas as partes dele; e para o alimentar anda em perpétua circulação, de sorte que não pára senão com a inteira ruína do corpo. Isto mesmo faz o dinheiro. (…) Duarte Ribeiro de Macedo: Discurso Sobre a Introdução das Artes no Reino ; (1675)
  • 4.
  • 5. Surgiram diversas manufacturas. No entanto, esta política manufactureira não foi bem sucedida.
  • 6. Em 27 de Dezembro de 1703, o cônsul inglês John Methuen assina um tratado comercial com Portugal: o tratado de Methuen .
  • 7. (….) Sua Sagrada Majestade Britânica ao sobredito Exmo. Senhor João Methuen; Sua Sagrada Majestade Portuguesa ao Exmo. D. Manuel Teles, marquês de Alegrete, Conde de Vilar Maior, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, etc. Os quais, em virtude dos plenos poderes a eles respectivamente concedidos, depois de uma madura e exacta consideração nesta matéria, concordaram nos artigos seguintes: Artigo 1º Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em próprio nome como dos seus sucessores, admitir para sempre daqui em diante no reino de Portugal os panos de lã e mais fábricas de lanifícios da Inglaterra , como era costume até o tempo que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário. Artigo 2º É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome, e no dos seus sucessores, será obrigada para sempre, daqui por diante, a admitir na Grã-Bretanha os vinhos do produto de Portugal , de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os reis de Inglaterra e de França) não se poderá exigir de direitos de alfândega nestes vinhos, (…)
  • 8. Em 1699, chegam ao reino as primeiras remessas de ouro do Brasil. Desde então, a quantidade foi aumentando, chegando às 15 toneladas anuais!
  • 9. As enormes receitas chegavam para cobrir o défice da balança comercial. A moeda cunhada era de grande valor e permitia ao rei, que garantia 1/5 de toda a produção, levar uma vida de grande luxo e ostentação.
  • 10. O ouro e os diamantes atraíram uma vaga de emigrantes para o sertão brasileiro.
  • 11. Reuniões das Cortes O desafogo financeiro permitiu ao rei reforçar e centralizar os poderes da coroa. D. Filipe II 1581 1598 1581 1583 D. Filipe III 1598 1621 1619 D. Filipe IV 1621 1640 D. João IV 1640 1656 1641 1642 1645 1653 D. Afonso VI 1656 1683 1668 D. Pedro II 1683 1706 1674 1679 1697 D. João V 1706 1750 -------
  • 12. D. João V 1689 - 1750 Palácio da Ajuda; Lisboa D. João V (1706 – 1750) exerceu o poder de forma absoluta num ambiente de grande luxo e ostentação. O Magnânimo procurava imitar o modelo da corte de Luís XIV de França. Coche de D. João V Museu dos Coches Lisboa
  • 13. O rei empenhou-se na edificação de grandes obras públicas, como o Aqueduto das Águas Livres , em Lisboa.
  • 14. Em 1717, deu-se início à construção do palácio e convento de Mafra.