O documento discute três pontos sobre a pobreza e a resposta cristã: 1) A pobreza é frequentemente resultado da injustiça social. 2) Os sistemas que promovem a desigualdade e a pobreza devem ser questionados com base nos ensinamentos bíblicos. 3) Embora não seja sua missão principal, a Igreja pode contribuir para aliviar a pobreza e promover a justiça através de boas obras motivadas pelo amor.
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O cristão e a pobreza
1.
2. Desafios da atualidade
Lição 3 - O cristão e a pobreza
TEXTO BASE
Isaías 61
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3. Introdução
Um dos problemas mais
cruéis ao longo da história
da humanidade: a fome
De 7 bilhões de seres
humanos, 2,6 bilhões
(mais de 40%) carecem de
saneamento básico
800 milhões de pessoas vão se deitar todas as
noites com fome, entre elas, 300 milhões de
crianças
6 milhões de crianças morrem todos os anos
por má nutrição antes dos 5 anos
4. No Brasil, de 1995 a 2008:
A taxa nacional de pobreza
absoluta caiu de 43,4%
para 28,8%
A taxa de pobreza extrema
caiu de 20,9% para 10,5%
Fonte: Ipea
MPI (Índice de Pobreza Multidimensional): 8,5% da
população brasileira pode ser considerada pobre
Leva em consideração 10 itens relacionados à saúde, à
educação e ao padrão de vida
5. O índice do Banco Mundial é
menor: 5% dos brasileiros vivem
abaixo de uma linha de pobreza
absoluta (renda inferior a US$
1,25 por dia)
6. 1. A pobreza é fruto da injustiça
Há 3 tipos básicos de pobreza:
a. A voluntária (motivação
religiosa)
b. Ligada à preguiça
c. Decorrente da injustiça
A ênfase aqui é no 3º tipo
No Brasil, não faltam recursos; somos um país rico,
porém, com péssima distribuição de renda:
Muito nas mãos de poucos
7. “O Brasil não é um país
pobre, é um país injusto”
Fernando Henrique Cardoso
Ex-presidente do Brasil
8. Nos últimos anos, a desigualdade entre ricos e pobres,
no Brasil, tem diminuído, mesmo assim:
Enquanto 22,5 milhões de pessoas estão no topo da
pirâmide social, 24,6 milhões estão na classe E (renda
familiar de até R$ 751)
9. Desde que o pecado
entrou no mundo, o
homem tornou-se
inclinado a explorar o
seu semelhante
Promovendo assim a
injustiça
10. E o cenário descrito por Isaías é de
pobreza e miséria, como decorrência
da injustiça:
“De que me serve a mim a multidão de
vossos sacrifícios? — diz o SENHOR. Estou
farto dos holocaustos de carneiros e da
gordura de animais cevados e não me
agrado do sangue de novilhos, nem de
cordeiros, nem de bodes. (...) Lavai-vos,
purificai-vos, tirai a maldade de vossos
atos de diante dos meus olhos; cessai de
fazer o mal. Aprendei a fazer o bem;
atendei à justiça, repreendei ao opressor;
defendei o direito do órfão, pleiteai a
causa das viúvas”. (Is 1:11;16-17)
11. O capítulo 61 de Isaías, apesar de
descrever outra época, apresenta
os mesmos sintomas da pobreza
resultante da injustiça:
Isaías profetizou numa época
de relativa prosperidade,
principalmente no Reino do
Norte, mas constatou a
existência de muita injustiça
Uma forte opressão era exercida contra os menos
favorecidos
12. A injustiça continua promovendo a
pobreza e a morte em muitas
partes do mundo; os números são
estarrecedores:
Uma mulher da África
subsaariana tem 1 possibilidade
em 16 de morrer durante a
gravidez ou o parto
Na América do Norte, o risco é
de 1 em cada 3.700 casos
13. 2. A pobreza deve ser questionada
A Bíblia constata a
realidade da pobreza, mas
não a endossa:
Desde as leis no
Pentatêuco (Ex 22:25-
27; Lv 25; Dt 15:1-11)
O propósito de Deus era
claro: “Para que entre ti não
haja pobre”. (Dt 15:4)
14. Quando Jesus definiu sua
missão, conforme Lc 4:16-
30, ele fez menção ao “ano
aceitável do Senhor”
É uma referência ao ano do
jubileu, que era um tempo
de libertação para os
pobres e oprimidos,
ordenado pelo Senhor no
AT (Lv 25)
15. Com base nessas passagens,
podemos perceber que o ideal
de Deus é:
Que haja equilíbrio social
Assim, devemos questionar
os sistemas de opressão
que geram desigualdades e
miséria
16. Os profetas foram implacáveis
na condenação da injustiça
social:
“O SENHOR entra em juízo
contra os anciãos do seu
povo e contra os seus
príncipes. Vós sois os que
consumistes esta vinha; o
que roubastes do pobre está
em vossa casa”. (Is 3:14)
17. Diante disso, não podemos ser
coniventes com os sistemas de
injustiça presentes na
sociedade:
A opressão do homem pelo
seu semelhante é
incompatível com os
princípios da fé cristã!
18. 3. A pobreza requer ação cristã
A Igreja não tem condições de
resolver todas as questões
sociais do mundo
Nem é sua missão
prioritária
Mas pode dar uma
significativa contribuição
A vinda do reino de Deus para que a vontade de
está vinculada à missão da Deus seja feita na terra,
Igreja como é feita no céu
19. A Igreja deve ter a
preocupação de preparar os
crentes para que eles sejam
sal da terra
A ética cristã é um fator de
transformação do mundo e
de promoção da vida
Cada cristão pode fazer
diferença onde está
A igreja pode apoiar ou desenvolver ações voltadas para a
assistência a pessoas necessitadas, visando a promoção de
sua dignidade
20. A fé cristã autêntica se
expressa por boas obras e tem
como fator de motivação o
amor
O discípulo de Jesus
preocupa-se com a miséria
à sua volta e se apresenta
como instrumento de Deus
para a transformação social
21. A fé cristã autêntica se
expressa por boas obras e tem
como fator de motivação o
amor
O discípulo de Jesus
preocupa-se com a miséria
à sua volta e se apresenta
como instrumento de Deus
para a transformação social
22. Para Pensar
“Vós, ricos, o que tendes quando não tendes a Deus...
e vós, pobres, o que não tendes quando tendes a
Deus?” (Agostinho)
1. A sua igreja tem sido instrumento de
Deus para promover a vida entre os
excluídos da sociedade?
2. Você acha que na evangelização a
igreja deve fazer uma opção
preferencial pelos pobres?
3. No âmbito da sua comunidade, o que a igreja pode
fazer para reduzir os efeitos da pobreza?
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