Apresentação de Francisco Higuchi, da Hdom sobre Estado da arte sobre inventário e monitoramento
de estoques de carbono.
• Utilização de estimativas de estoques de carbono
para os inventários estaduais de emissões (setor de
mudanças de uso da terra/desmatamento)
• São necessários inventários específicos por estado
ou existem dados suficientes na bibliografia?
• Requerimentos do JNR-VCS para inventários de
carbono em nível estadual: desafios e implicações
2. Inventário Florestal
• Literatura clássica*
• Uso de amostragem (aleatória e/ou sistemática)
− Distribuição e número de amostras (N)?!
• Instalação de parcelas de área fixa
− Tamanhos e formas?!
• Parcelas permanentes e temporárias
Fonte: Husch et al. (1972); Loetsch et al. (1973); Cochran (1977); Péllico Netto e Brena (1997); Manual Técnico
IBGE (2012).
3. Inventário Florestal
• Trabalhos específicos na Amazônia
• Higuchi (1986-87) – Amostragem, distribuição de
parcelas e ‘N’
• Higuchi et al. (1982); Oliveira (2010) – Tamanho e
forma de unidades amostrais
• Estudos específicos sobre metodologia para estimativa
de Carbono?!
• Estudos específicos sobre logísticas de inventários
florestais nos trópicos?!
4. Inventário Florestal
• Planejamento e preparação de uma expedição de
campo depende de seu objetivo
• Logística, equipes e equipamentos
• Custos, Tempo e Precisão
• Quanto maior a Precisão exigida, maior os Custos
• Quanto maior o Tempo necessário, maior os Custos
• Custos fixos – Tempo e Precisão variável
5. Logísticas de um Inv. Flor.
• Característica regional:
• Áreas muito extensas e remotas
• Acessibilidade via aquática
• Distâncias de centros urbanos
• Centros urbanos limitados em infraestrutura
• Alimentação, estadia, deslocamento etc.
• Sazonalidade
6. Variáveis Dendrométricas
• Depende do objetivo do inventário e da equação a ser
aplicada:
• Diâmetro à Altura do Peito (DAP = 1,30m do solo)
• Altura (h = mensuração indireta)
• Identificação ‘botânica’ (nome popular)
• Densidade da madeira (p)
• Padrão
• DAP ≥ 5,0 e 10,0 cm*
Fonte: Baker et al., 2004; Asner et al., 2010; Feldpausch et al., 2011; Salimon et al., 2011; Lima et al., 2012
7. Variáveis Dendrométricas
• O que medir?
• Árvores vivas
• Árvores mortas (Necromassa)
• ‘Não árvores’ (palmeiras, lianas, herbáceas etc.)
• Silva (2007), em parcelas de área fixa
• 97,1% (± 1,5) é viva e 2,9% (± 1,5) é Necro.
• Das vivas: AGB = 72,9% (± 6,9)
• Do AGB: DAP > 5,0 cm = 93,7% (± 2,7)
8. Processamento de Dados
• Estimativas
• Testes de normalidade (N < 30)
• Análises de Variância (cálculo da média)
• Seleção de modelo ou ajuste de equações*
• Chave et al. (2005); Silva (2007); Nogueira et al. (2008)
• Média, desvio e intervalo de confiança.
* Ideal.
9. Equação de Biomassa
• Chave et al. (2005)
• Compilação de trabalhos, América, Ásia e Oceania, DAP > 5,0
• Silva (2007)
• Método destrutivo, Manaus, árvores DAP > 5,0 e > 10,0
• Nogueira et al. (2008)
• Métodos mistos, Amazônia Central, DAP > 5,0
É possível aplicar esta equação em qualquer sítio da
Amazônia?!
10. Diferenciação de sítios
• Diferenciação de sítios por meio de classificação da
fitofisionomia florestal predominante
• Inventário fitossociológico – Densidade, Abundância,
Frequência e IVI, etc.
• Índices de Diversidade – Shannon, Simpson, Pielou etc.
• Análise das características ambientais
• Solos, habitat (várzea, igapó etc.)
• Dados climáticos (precipitação, por ex.)
Fonte: Shannon and Weaver, 1963; Oliveira e Amaral, 2004. Nogueira et al., 2008.
11. Diferenciação de sítios
• Diferenciação de sítios = Classificação de Índice de
Sítio*
• O ‘Índice’ depende de variáveis:
• Ambientais – solos, precipitação, temperatura etc.
• Silviculturais – produtividade, idade, alt. dominante etc.
• Na Amazônia, a única variável ‘fácil’ é a altura
dominante
Fonte: Spurr (1952); Vidal (1969); Schönau (1969); Burkhart & Tennent (1977); Fishwick (1977); Schneider &
Silva (1980); Machado (1980); Van Laar (1981); Campos (1985); Batista e Couto (1986); Scolforo e Machado
(1988) e Oliveira et al. (1990).
12. Altura dominante
• H. Kramer (1959) diferenciou a altura dominante e
‘top height’ de acordo com o método de determinação
Matemático
• Weise (1880) – altura média das 20% árvores mais grossas
• Y. Voukila (1920) – alt. méd. de 10% do volume
13. Altura dominante
Valor fixo
•Y. Ilvessalo (1920); G. Mitscherlich (1957); E. Assmann
(1959) – altura média das 100 árvores mais grossas em 1ha
•F. C. Hummel (1955) – alt. méd. das 100 árv. mais grossas
em 1 acre
•C. Carbonnier (1957); M. Näslund (1929); H. Petterson
(1955) – altura média da maior classe, ou seja, +3σ
Qual é o método aplicável para a Amazônia?
14. Levando em consideração...
• IPCC estabelece que qualquer método utilizado deve
ser Confiável, Replicável e Auditável
• UN-REDD+ exige que todas as estimativas devem ser
realizadas por processos Mensuráveis, Reportáveis e
Verificáveis (MRV)
• Entidades validadoras, certificadoras e registradores
necessitam que os processos sejam rastreáveis
15. Dados 1ários
ou 2ários
?
• Dados brutos secundários disponíveis
• Radam Brasil (1970-85) - Amostragem imensa,
parcelas área fixa, DAP ≥ 31,8 cm
• Estudos ‘locais’ ou ‘regionais’
• Dados brutos geralmente não estão disponíveis
• Estimativas médias (AGB, BGB e/ou Biomassa total)
• Importante avaliar a aplicabilidade dos dados
disponíveis com o objetivo (meta) do projeto
17. Dados 1ários
ou 2ários
?
• Dados primários
• São totalmente rastreáveis
• Processo dispendioso e demorado
• Planejamento e preparação
• Execução e processamento dos dados
• Estimativas robustas e confiáveis
Qual é a escala do projeto?!
18. Reflexões
É possível aplicar qualquer equação alométricas em
qualquer sítio da Amazônia?
Qual é a importância da identificação botânica em
projetos de carbono florestal?
Como executar uma expedição de campo MRV?
Em qual “TIER” (1, 2 ou 3) o projeto estará?
Como diferenciar um sítio de outro?
36. Nossa experiência
• Planejamento, preparação e execução de inventários florestais pela
Amazônia
• 10 sítios no Amazonas
• 1 sítio em RO
• Projeto de Alometria de Biomassa no AC
• Aprovado projeto na Fapeam
• “Desenvolvimento de um processo MRV para estimativa de Carbono
em florestas amazônicas”
• Entre outros projetos de ‘Estudo de viabilidade’, ‘Análise
fitossociológica’, ‘Elaboração de Linha de Base para projetos de
REDD’ etc.
http://www.fapeam.am.gov.br/fapeam-divulga-resultado-final-do-enquadramento-do-edital-252013-tecnovaam/
37. Contatos
As informações de contato são:
Francisco G. Higuchi
fghiguchi@hdom.com.br
Fone: (92) 8128 2561
Skype: Francisco.gasparetto.higuchi
http://www.hdom.com.br/pt-br/faleconosco
Também nos acompanhe pelo:
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