Este documento apresenta um mapa das necessidades de calcário nos solos dos estados da Bahia e Sergipe na escala de 1:2.000.000. O mapa foi desenvolvido a partir da análise de unidades de mapeamento de solo realizadas pelo projeto RADAMBRASIL, considerando parâmetros como saturação de bases, alumínio trocável e teor de argila. O mapa identifica cinco classes de terras quanto à necessidade de calcário. Além disso, fornece estimativas das necessidades totais de calcário para cada estado a
1. República Federativa do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
Diretoria de Geologia e Recursos Minerais
Departamento de Recursos Minerais
SÍNTESE DAS NECESSIDADES DE
CALCÁRIO PARA OS SOLOS DOS ESTADOS
DA BAHIA E SERGIPE
Paulo Roberto Soares Corrêa
Odon Moraes Filho
Superintendência Regional de Salvador
2001
2. EQUIPE TÉCNICA
Geól. Roberto Campelo de Melo Geól. Odon Moraes Filho
Gerente de Recursos Minerais Engº Agron. Paulo Roberto Soares Corrêa
Geól. Luiz Carlos de Moraes
Euvaldo Carvalhal Britto Execução
Gerente de Rel. Institucionais e Desenvolvimento
Jurailda Castro Sacramento
Geól. Luiz Carlos de Moraes Jackson Fernandes de Oliveira
Supervisor de Recursos Minerais Neuza de A. Souza
Digitalização e Editoração
Geól. Odon Moraes Filho
Chefe do Projeto Itamar R. de Farias França
Digitação do Texto
Neuza de A. Souza
Diagramação e Montagem
Editoração Final e Impressão pela Superintendência Regional de Porto Alegre
Coordenação: Geól. Luís Edmundo Giffoni
Informe de Recursos Minerais
Série Insumos Minerais para Agricultura, nº 06
C845 Corrêa, Paulo Roberto Soares
Síntese das necessidades de calcário para os solos dos estados da
Bahia e Sergipe / Paulo Roberto Soares Corrêa, Odon Moraes Filho. –
Salvador : CPRM, 2001.
11 p. : il + 1 mapa color. – (Informe de Recursos Minerais, Série In-
sumos Minerais para Agricultura, nº.06)
1. Calcário – Bahia. 2. Calcário – Sergipe. 3. Corretivo agrícola. I. Mo-
raes Filho, Odon. II. Título. III. Série.
CDD 631.8
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3. Apresentação
O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das ativi-
dades técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e econo-
mia mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos bibliográfi-
cos, relatórios e estudos.
Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, abaixo re-
lacionadas:
1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados;
2) Série Mapas Temáticos do Ouro, escala 1:250.000;
3) Série Ouro - Informes Gerais;
4) Série Insumos Minerais para Agricultura;
5) Série Pedras Preciosas;
6) Série Economia Mineral;
7) Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projetos;
8) Série Diversos.
A aquisição de exemplares deste informe poderá ser efetuada diretamente na Superin-
tendência Regional de Salvador ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de Janeiro.
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4. Resumo
O Programa de Avaliação Geológico-Econômica de Insumos Minerais para Agricultura
no Brasil – PIMA, em desenvolvimento pela CPRM, objetiva o suprimento de informações bási-
cas para a iniciativa privada e para ações governamentais, com vistas à expansão da indústria
desses insumos minerais e, conseqüentemente, do setor agrícola, a níveis regional e nacional.
Como parte integrante desse programa nos estados da Bahia e Sergipe, área de juris-
dição da Superintendência Regional de Salvador, foi elaborado o mapa em apreço, na escala
1:2.000.000, objeto do presente informe.
Este mapa foi obtido a partir da interpretação dos resultados de análises e mapeamen-
tos de solos na escala ao milionésimo, executados pelo projeto RADAMBRASIL, abrangendo a
2
área total dos estados da Bahia e Sergipe (aproximadamente 582.970 km ).
Adotando-se como parâmetros básicos dos solos, os níveis de saturação por bases
(caráter eutrófico e distrófico) e a saturação por alumínio trocável (caráter álico), além do per-
centual de argila, se maior ou menor que 20%, foram individualizadas no mapa, cinco classes
de terras quanto às necessidades de calcário, a saber: a) Classe 1 – Terras que não necessi-
tam de calagem; b) Classe 2 – Terras que necessitam de pequenas quantidades de calcário
(menos de 1 t/ha); c) Classe 3 – Terras que necessitam de médias quantidades de calcário (1 a
3 t/ha); d) Classe 4 – Terras que necessitam de grandes quantidades de calcário (mais de 3
t/ha); e) Classe 5 – Terras que podem ou não necessitar de calagem, contudo apresentam uma
ou mais restrições muito fortes, de natureza diversa, que as tornam não recomendáveis à ativi-
dade agrícola (solo com exígua profundidade, pedregosidade e/ou rochosidade, textura grossei-
ra, salinidade e/ou alcalinidade, etc; topografia com serras, escarpas rochosas, etc; drenagem
com risco de inundação ou encharcamento), razão porque não foram objeto de análise quanto à
recomendação de calagem, podendo, no entanto, ter outras destinações, tais como, pecuária,
florestamento ou reflorestamento, preservação permanente, proteção ambiental, etc.
Saliente-se que o presente trabalho faz uma análise global das necessidades de calcá-
rio em cada tipo de solo, para a maioria das culturas, sem particularizar as especificidades de
cada uma. Serve, portanto, como uma diretriz para se avaliar as necessidades de calcário para
a agricultura em geral, nos dois estados.
A partir do mapa elaborado é apresentado um quadro-resumo com a estimativa das ne-
cessidades de calcário nos estados da Bahia e Sergipe, contendo, para cada estado: a) a área
total e a área para cada uma das cinco classes de terras mapeadas; b) as necessidades mé-
dias (em t/ha), a cada quatro anos, por classe mapeada e para todo o estado; c) as necessida-
des totais (em t), a cada quatro anos, também por classe de terras e para todo o estado.
Assim, foram obtidas, para o Estado da Bahia, necessidades médias totais, a cada
quatro anos, de 1,08 t/ha (classes 1 a 5) e 1,65 t/ha (classes 1 a 4), significando uma necessi-
dade total para esse estado de 60.522.300 t de calcário, a cada quatro anos. Da mesma forma,
foram obtidas para o Estado de Sergipe, necessidades médias totais, a cada quatro anos, de
0,57 t/ha (classes 1 a 5) e 1,22 t/ha (classes 1 a 3), significando uma necessidade total para
esse estado, de 1.253.700 t de calcário, a cada quatro anos.
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5. Abstract
Economic-Geologic Evaluation of Mineral Commodities for Agriculture in Brazil Program,
called PIMA, that has been developed by CPRM, aims to supply basic information to private
enterprises and governmental actions, providing regional and national industry increase of these
mineral commodities and consequently the development of the agricultural sector.
Integrating this program in the States of Bahia and Sergipe, jurisdictional area of The
Salvador Regional Superintendence, the 1:2,000,000 scale map in addition, scope of this work,
was elaborated. This map resulted from 1:1,000,000 scale soil mapping and analyses interpreta-
tion performed by the RADAM BRASIL project, including the Bahia and Sergipe States total area
2
(about 582.970 km ).
Adopting as soil basic parameters, the base saturation level (eutrophic and dystrophic
character) and the changeable aluminum saturation (“alico” character) besides mud percentile, if
upper or lower than 20%, five classes of lands were individualized in the map related to lime-
stone necessity: a) Class 1-Lands that do not need limestone; b) Class 2-Lands that need low
quantities of limestone (less than 1 t/ha); c) Class 3-Lands that need medium quantities of lime-
stone (1 to 3 t/ha); d) Class 4-Lands that can or can not need limestone however present one or
more different nature restriction, not recommended to agricultural activity (scanty depth soils,
rocky, coarse texture, salty or alkalinity, etc; mountain topography, rocky steep slope, etc, inun-
dation risk drainage or drenched terranes). For this reason they were not analyzed for limestone
recommendation, although they can be destinated to cattle raising, forestation, permanent
preservation, environmental protection, etc.
This work makes a global analysis of limestone necessities in each type of soil, for the
majority of the cultures, without particularizing the specificity of each one. So it serves in general
as an orientation to evaluate limestone necessities for agriculture in both States.
From the elaborated map is presented an abstract schedule with the estimated lime-
stone necessities in the States of Bahia and Sergipe, comprising for each one: a) total area and
each class mapped land area; b) the total State and each class mapped average necessities (in
t/ha), in every four years; c) the total necessities (in t), in every four years, also for lands class
and all of the State.
Thus, for the Bahia State were obtained total average necessity, in every four years, of
1.08 t/ha (classes 1 to 5) and 1.65 t/ha (classes 1 to 4), meaning a total necessity for this State
of 60,522,300 t of limestone, in every four years. In the same manner, were obtained for the
Sergipe State, total average necessities, in every four years of 0.57 t/ha (classes 1 to 5) and
1.22 t/h (classes 1 to 3), meaning a total necessity for this State of 1,253,700 t of limestone, in
every four years.
ii
6. 1 - Introdução
A elaboração de um mapa de Clas- Sergipe está inteiramente contido na folha
ses de Terras Quanto à Necessidade de SC.24-Aracaju.
Calcário, dos estados da Bahia e Sergipe,
2 Existem vários métodos para se
com uma área de cerca de 582.970km e
diversificada quanto aos solos, relevo e determinar a necessidade de calcário no
clima, é uma tarefa difícil, seja pela com- solo, sendo que, para os estados da Bahia
plexidade que o tema sugere ou seja pela e Sergipe foram utilizadas duas fórmulas:
indefinição de um método capaz de dar uma que considera o duplo teor de alumí-
uma resposta única e segura para todas as nio do solo e os valores de cálcio e magné-
espécies e cultivares, com diferentes exi- sio quando inferiores a 2 meq/100g de solo,
gências e distintas tolerâncias. e outra, que leva em consideração a capa-
cidade de troca catiônica e dois níveis de
O mapa que ora se apresenta, na saturação de bases: o atual e o adequado
escala 1:2.000.000, resulta da análise de a cada cultura. No cálculo final considera-
centenas de unidades de mapeamento de se também a qualidade do corretivo, avali-
solos, para cada folha ao milionésimo, for- ada pelo poder de neutralização (CaCO3
madas por associações de duas ou mais equivalente) e pela reatividade (granulome-
classes de solos, as quais, discriminadas tria) do material, que expressa o PRNT
pela saturação de bases ou alumínio, ativi- (Poder Relativo de Neutralização Total).
dade de argila, textura, profundidade, rele- As quantidades de calcário a serem
vo etc, perfazem mais de mil unidades de aplicadas variam com a cultura e depen-
mapeamento, considerando todas as folhas dem do poder tampão do solo, da textura e
que compõem os Estados da Bahia e Ser- dos teores de cálcio, magnésio e alumínio
gipe. presentes no solo. Para cada cultura há um
ótimo de pH, o que, em geral, está entre
Pelo corte cartográfico internacio- 5,8 e 6,8; contudo, há plantas acidófilas,
nal, o Estado da Bahia participa de cinco que encontram sua melhor condição em
folhas, ao milionésimo, codificadas e de- solos bem mais ácidos, enquanto outras só
nominadas: SC.23-São Francisco; SC.24- se desenvolvem plenamente na ausência
Aracaju; SD.23-Brasília; SD.24-Salvador e total de elementos acidificantes ou tóxicos,
SE.24-Rio Doce, enquanto que o Estado de como o alumínio e o manganês.
1
7. 2 - Justificativa
Nos estados da Bahia e Sergipe ácidos ou ligeiramente alcalinos e para o
+
predominam solos de baixa fertilidade, cujo sódio (Na ), responsável pela forte eleva-
aproveitamento racional, com médios a ção do pH e degradação da estrutura e
altos rendimentos, só será conseguido com porosidade dos solos, com reflexos na
o emprego de fertilizantes e corretivos, em permeabilidade.
quantidades adequadas e variáveis con-
forme as exigências específicas de cada A presente abordagem se aterá
cultura e tipo de solo. apenas aos solos ácidos, portanto, que
necessitam de calagem, em quantidades
A correção da acidez dos solos a- variadas, a fim de alcançar as condições
través da calagem é considerada uma prá- propícias para o pleno desenvolvimento
tica fundamental para o aproveitamento das culturas, com produções elevadas.
eficiente dos fertilizantes pelas plantas,
especialmente das culturas mais sensíveis
aos efeitos da acidez. A calagem, além de O cálcio e o magnésio representam
elevar o pH do solo, neutraliza ou reduz os cerca de 70 a 80 % das bases trocáveis do
efeitos tóxicos do alumínio e manganês, solo e são responsáveis pela redução ou
fornece os nutrientes cálcio e magnésio neutralização dos efeitos nocivos da aci-
para as plantas, e ainda, propicia melhor dez. É o cálcio que condiciona a saturação
estruturação dos solos e maior desenvol- do complexo sortivo e, portanto, o pH do
vimento radicular, o que favorece a dispo- solo. O magnésio, em média, preenche
nibilidade e absorção dos outros nutrientes entre 5 e 20 % das bases trocáveis, exce-
e a maior resistência ao estresse hídrico. tuando-se alguns casos particulares como
nos Vertissolos, Rendzinas e Cambissolos
O pH do solo, que expressa sua a- derivados de rochas carbonatadas calco-
cidez ou alcalinidade, está intimamente magnesianas, onde pode alcançar maior
relacionado à presença ou ausência de representação. São ainda necessários
cátions trocáveis, com ênfase para o hidro- como nutrientes essenciais para as plantas
+ +++
gênio (H ) e alumínio (Al ), predominan- e como coadjuvantes para um melhor a-
++
tes nos solos ácidos; para o cálcio (Ca ) e proveitamento dos demais fertilizantes,
++
magnésio (Mg ), cuja ocorrência significa- principalmente em culturas menos toleran-
tiva se dá nos solos neutros, ligeiramente tes à acidez do solo.
2
8. 3 - Metodologia
Os procedimentos adotados para Estado da Bahia e todo o Estado de Sergi-
se obter as unidades que representam as pe.
Classes de Terras Quanto à Necessidade Para alcançar este objetivo foram
de Calcário, obedeceram às seguintes estabelecidas 5 classes de terras quanto às
etapas: necessidades de calcário, identificadas e
separadas por faixas de valores bem defi-
Análise dos diversos métodos para nidos (em tonelada/hectare), adotando-se
se determinar as necessidades de calcário como parâmetros básicos dos solos, os
para correção dos solos, a saber: solução níveis de saturação por bases (caráter
tamponada SMP, utilizada no Rio Grande distrófico e eutrófico) e saturação por alu-
do Sul e Santa Catarina; capacidade de mínio trocável (caráter álico), no horizonte
troca catiônica e saturação de bases em superficial, até uma profundidade em torno
dois níveis (atual e projetado), adotado em de 20 cm, considerando-se também, o per-
São Paulo; soma dos teores de cálcio e centual de argila, se maior ou menor que
magnésio (maior ou menor que 2), adotan- 20%. Estes parâmetros são distintivos en-
do-se o duplo valor do alumínio trocável, tre classes de solos, foram obtidos através
como em Minas Gerais e Goiás e, de análises físico-químicas de perfis repre-
finalmente, análise dos dois métodos sentativos das unidades taxonômicas e
adotados na Bahia, quais sejam, o da estão contidos nos levantamentos de solos
neutralização do alumínio trocável relativo supracitados.
aos teores de cálcio e magnésio, e o da
capacidade de troca e saturação de bases, O relevo, a profundidade, pedrego-
considerando, em ambos, o percentual de sidade e rochosidade, a textura, a salinida-
argila no solo (se maior ou menor que de e/ou alcalinidade, também foram consi-
20%). derados como fatores restritivos importan-
Para se definir a metodologia a ser tes para distinguir terras aptas para o uso
adotada neste trabalho, foram analisados, agrícola, de terras não recomendadas à
para confronto de resultados, mais de trinta utilização com agricultura, em razão das
perfis de solos e calculados os valores para severas limitações que apresentam. Assim,
a Necessidade de Calcário, por ambos os as classes de terras (de 1 a 4) definidas
métodos, para cada perfil. Os valores en- neste trabalho, apresentam relevo que
contrados apresentaram discrepâncias entre varia de plano a ondulado; solos mediana-
métodos, indicando que não são tão uni- mente profundos a muito profundos, sem
formes e precisos quanto se deseja, o que pedras ou afloramentos significativos; tex-
condicionou a que se procurasse outro tura média (mais de 15% de argila) a muito
caminho mais prático e objetivo, a partir argilosa; com drenagem adequada, sem
das informações disponíveis, abrangentes hidromorfismo ou risco de inundação; teor
para ambos os Estados e publicadas na de sais solúveis abaixo de 4 mmhos/cm a
0
mesma escala, qual seja, o Levantamento 25 C e sódio trocável menor que 6%. Ape-
e Classificação dos Solos elaborados pelo nas a classe 5 é que admite estas restri-
Projeto RADAMBRASIL. ções e, por isto mesmo, não foi considera-
da potencialmente agricultável, razão por
Os métodos atualmente em uso que não foi objeto de análise para a deter-
especificam as culturas que serão benefici- minação da necessidade de calcário.
adas e por isto têm maior precisão, pois
distintas espécies vegetais têm diferentes Um solo ou um horizonte é distrófi-
exigências quanto a pH, teor de cálcio e co quando a proporção entre a soma dos
magnésio, saturação de bases, teor de cátions básicos trocáveis (S) em relação à
argila e matéria orgânica, umidade etc. No capacidade de troca de cátions (CTC) é
presente estudo, a recomendação é única, menor que 50% da saturação por bases. E,
servindo apenas como uma diretriz para se é considerado eutrófico, quando este valor
avaliar a necessidade de calcário para a é igual ou superior a 50%. O caráter álico
agricultura em geral, abrangendo todo o diz respeito ao estado do solo ou do hori-
3
9. Informe de Recursos Minerais
zonte quanto à saturação da CTC por alu- Classe 3 – Terras que necessitam de mé-
mínio trocável e denota a proporção de dias quantidades de calcário
alumínio maior que 50%, em relação à (entre 1 e 3 toneladas/ha)
soma das demais bases trocáveis.
Classe 4 – Terras que necessitam de
Para este trabalho foram utilizadas grandes quantidades de calcá-
as cartas temáticas de Solos, das folhas a rio (mais de 3 toneladas/ha)
seguir discriminadas, na escala
1:1.000.000, elaboradas pelo Projeto RA- Classe 5 – Terras que podem ou não ne-
DAMBRASIL, nas quais, após análise e cessitar de calagem, contudo
interpretação, foram delimitadas as Classes apresentam, no mínimo, um
de Terras Quanto às Necessidades de impedimento muito forte, de
Calcário, de conformidade com os concei- outra natureza, que as tornam
tos abaixo. O Estado da Bahia está contido, não recomendadas à atividade
parcialmente, em cinco folhas cartográfi- agrícola.
cas, ao milionésimo, segundo o corte inter-
nacional, denominadas: São Francisco Após interpretação e delimitação
(SC.23); Aracaju (SC.24); Brasília (SD.23); das classes em overlays, as folhas ao mili-
Salvador (SD.24) e Rio Doce (SE.24), en- onésimo foram reduzidas para a escala
quanto que o Estado de Sergipe insere-se 1:2.000.000 e pintadas, constituindo as
totalmente na folha SC.24. “bonecas de cores”. Estas foram transcritas
para uma base única, transparente, em
Classes de Terras Quanto à Ne- poliester, na escala 1:2.000.000, que foi
cessidade de Calcário: entregue para digitalização e planimetria.
Classe 1 – Terras que não necessitam de Finalmente, foi feita a elaboração
calagem. do relatório técnico e de uma nota explica-
tiva que deverá compor o mapa de Classes
Classe 2 – Terras que necessitam de pe- de Terras Quanto à Necessidade de Calcá-
quenas quantidades de calcá- rio dos Estados da Bahia e Sergipe, a fim
rio (menos de 1 tonelada/ha) de torná-lo mais explícito.
4
10. 4 - Considerações sobre Calagem e Calcário Agrícola
4.1 – Calagem 4.2 – Calcário Agrícola
Calagem é o processo de aplicação A Secretaria de Fiscalização Agro-
de corretivos cálcicos ou calcomagnesia- pecuária (SEFIS) publicou no Diário Oficial
o.
nos aos solos ácidos, com a finalidade de da União, em 16.06.86, a portaria n .3, que
elevar o pH e fornecer os elementos cálcio estabelece os níveis de MgO para os calcá-
e magnésio. Além disto a calagem propor- rios, e que foi complementada pela Comis-
ciona melhores condições físicas e quími- são Estadual de Fertilidade dos Solos da
cas aos solos, explicitadas pelas seguintes Bahia, adotando também níveis de CaO,
vantagens: melhora a estruturação dos conforme tabela abaixo:
solos, favorecendo a aeração e a circula-
ção da água; beneficia o desenvolvimento
das raízes que atingem maiores profundi- Tipo de Teor de Teor de
dades; aumenta a atividade microbiana;
Calcário CaO (%) MgO (%)
neutraliza a ação do alumínio trocável e
Calcítico 40 - 45 <5
insolubiliza o manganês, considerados
tóxicos; aumenta a assimilabilidade do Magnesiano 31 - 39 5 - 12
fósforo e nitrogênio; retém melhor o potás- Dolomítico 25 - 30 > 12
sio dos adubos; etc.
A correção da acidez implica no O PODER DE NEUTRALIZAÇÃO
aporte de calcário ao solo, em quantidade (PN) de um calcário é a sua capacidade em
que depende das propriedades dos solos, neutralizar um ácido e é dado pelo teor de
das exigências e tolerâncias das culturas e CaCO3 equivalente, sendo que a legisla-
da qualidade do material corretivo. Em ção pertinente exige que seja superior a
geral os solos com maiores teores de alu- 67%. Também, a soma CaO + MgO, deve
mínio, matéria orgânica e argila, requerem ser maior que 38%.
maiores quantidades de calcário, uma vez
que representam as principais fontes da O poder neutralizante pode ser de-
acidez dos solos. terminado em laboratório ou obtido pelo
cálculo a partir da composição química do
O efeito da calagem na correção da calcário, considerando o peso equivalente
acidez do solo começa, em geral, três me- de CaCO3 = 100. Quando os valores são
ses após a aplicação, para as gramíneas, e dados em óxidos de cálcio e magnésio, a
seis meses, para as leguminosas. Atinge o conversão para carbonato de cálcio é a
ponto máximo antes de um ano, quando seguinte: E CaCO3 = (% CaO x 1,79) + (%
começam as perdas por lixiviação, absor- MgO x 2,48)
ção pelas plantas e retirada pelas colheitas.
O efeito residual da calagem, A REATIVIDADE (RE) de um corre-
quando utilizada a dose integral recomen- tivo é a sua capacidade de reagir no solo e
dada, é igual ou superior a quatro anos, depende essencialmente do diâmetro de
sendo que, para os climas tropicais de suas partículas. Assim, quanto mais fino for
elevada pluviosidade e solos de textura o material calcário maior será a superfície
leve, este período pode diminuir para três de contato com o solo e mais rápida sua
anos. Isto significa que novas aplicações ação.
de calcário deverão ser feitas após este
período, mediante análises atualizadas de A portaria que regulamenta o co-
solos. É evidente que a granulometria, a mércio do calcário agrícola, determina que
concentração de óxidos de cálcio e magné- o diâmetro máximo dos grânulos seja infe-
sio, o índice pluviométrico, a distribuição/ rior a 2 mm, sendo que 70% deles deve
incorporação e a conservação dos solos, passar em peneira com abertura de 0,84
interferem nestes prazos. mm e 50%, em peneira com 0,30 mm.
5
11. Informe de Recursos Minerais
A portaria 03/86 – SEFIS adota os Pela legislação em vigor (portaria
seguintes limites: 03/86 – SEFIS), os calcários agrícolas são
classificados em quatro classes de quali-
o
N Diâmetro das Percenta- dade, em relação ao PODER RELATIVO
Peneira Partículas gem Reati- DE NEUTRALIZAÇÃO TOTAL – PRNT,
(ABNT) (mm) vidade (RE) conforme tabela abaixo:
< 10 > 2,00 0
10 – 20 2,00 – 0,84 20
20 – 50 0,84 – 0,30 60 Classes de Valor do PRNT
> 50 < 0,30 100 Qualidade (%) (*)
A – baixa 45 a 60
B – média 60,1 a 75
O PODER RELATIVO DE NEU- C – boa 75,1 a 90
TRALIZAÇÃO TOTAL (PRNT) é resultante D – excelente > 90
da interação dos fatores já analisados, isto
(*) Os calcários com PRNT abaixo de
é, da riqueza em óxidos de cálcio e mag-
nésio e da granulometria do material, os 45% estão fora de especificação e
quais, isoladamente, não permitem uma não podem ser comercializados.
avaliação correta da ação do corretivo. O
PRNT é determinado pela expressão: PN x
RE / 100, onde PN representa o poder neu- Além do valor do PRNT do material
tralizante expresso em carbonato de cálcio corretivo, é importante também saber-se o
e RE a reatividade. teor de magnésio contido, uma vez que os
solos ácidos têm baixos valores deste ele-
Como as recomendações de cala- mento essencial como nutriente das plan-
gem são baseadas em PRNT de 100%, é tas. É, por isto, recomendado, que se utili-
necessário aplicar-se sempre um fator de zem os calcários dolomíticos ou magnesia-
+2 +2
correção ao cálculo da quantidade a apli- nos, a fim de que os elementos Ca e Mg
car, determinado pela expressão: f = fiquem em equilíbrio nos solos, isto é, em
100/PRNT. uma proporção ideal de 4:1.
6
12. 5 - Classes de Terras quanto à Necessidade de Calcário
De conformidade com a metodolo- rem classificados como eutróficos, devido à
gia adotada foram individualizadas cinco saturação de bases ser pouco maior que
classes de terras quanto às necessidades 50%, apresentam pH moderadamente áci-
de aplicação de calcário, sendo que as do (entre 5,5 e 6,5) e valores de cálcio e
quatro primeiras referem-se às terras po- magnésio menores que 4,0 meq/100 g de
tencialmente agricultáveis e a última, às solo. A aplicação de calcário visa, em
terras com muito fortes limitações, não grande parte, não somente elevar o pH
recomendadas para o uso agrícola, con- para níveis mais próximos da neutralidade,
forme explicitadas a seguir: como também repor parte do déficit de
cálcio e magnésio retirados pelas culturas,
Classe 1 – Terras que não necessitam de em cada safra.
calagem.
As unidades de solos compreendi-
Abrange os solos desenvolvidos a das nesta classe são: Podzólicos Verme-
partir de rochas ou materiais carbonatados lho-Amarelos Eutróficos, em geral com
ou ainda, afetados por estes materiais, argila de atividade baixa; Latossolos Ver-
rochas básicas, ultrabásicas e algumas melho-Amarelos Eutróficos; alguns Latos-
rochas do embasamento cristalino ricas em solos Vermelho-Escuros Eutróficos, de
minerais ferromagnesianos, tendo como textura média, derivados de materiais não
resultado solos com alta saturação de ba- carbonatados e alguns Solos Aluviais Eu-
ses e teores de cálcio e magnésio muito tróficos (não solódicos nem salinos).
altos; o pH é praticamente neutro a ligeira-
mente alcalino (entre 6,5 e 7,5). Como Classe 3 – Terras que necessitam de
exemplos, pode-se citar os Cambissolos quantidades médias de calcá-
Eutróficos, Vertissolos, Brunos Não Cálci- rio, com valores, em geral, en-
cos, Brunizéns, Rendzinas e alguns Latos- tre 1 e 3 toneladas por hecta-
solos Vermelho-Escuros Eutróficos e Pod- re.
zólicos Vermelho-Escuros e Vermelho-
Amarelos Eutróficos. Esta classe abrange os solos dis-
tróficos de textura média e argilosa, e, e-
Estes solos têm, em geral, elevado ventualmente, alguns solos álicos de textu-
teor de argila, que pode ser bem distribuída ra arenosa/média ou integralmente média.
ao longo de todo o perfil, como nos Cam- Está implícito na definição destes caracte-
bissolos, Latossolos e Vertissolos ou com res que a saturação por bases é menor que
acentuada diferenciação textural ao nível 50%, podendo, nos solos de textura mais
dos horizontes superficial/subsuperficial, leve, haver adição do caráter álico, que
como nos solos Brunos Não Cálcicos, Bru- representa presença de alumínio trocável
nizéns e Podzólicos. Com exceção dos no complexo sortivo em proporção maior
Latossolos, todos os demais solos aqui que 50% da soma das demais bases. O
mencionados possuem argila de atividade pH, em geral, está entre 4,5 e 5,5 e a soma
+2 +2
alta, medida pela capacidade de troca de de Ca + Mg fica abaixo de 2 meq/100g
cátions da fração mineral menor que 0.002 de solo.
mm, cujo valor é superior a 24 meq/100 g
de argila. As classes de solos pertencentes a
esta unidade são: Latossolos e Podzólicos
Classe 2 – Terras que necessitam de pe- Amarelos; Latossolos e Podzólicos Verme-
quenas quantidades de calcá- lho-Amarelos; e Latossolos e Podzólicos
rio, com valores menores que Vermelho-Escuros, todos distróficos, de
1 tonelada por hectare. textura média e argilosa e parte dos álicos
de textura mais leve, com menor capacida-
Esta classe de terras compreende de de retenção de água e nutrientes.
grande parte dos solos que apesar de se-
7
13. Informe de Recursos Minerais
Classe 4 – Terras que necessitam de licos Amarelos; Latossolos e Podzólicos
quantidades elevadas de calcá- Vermelho-Amarelos; e, Latossolo variação
rio, com valores acima de 3 to- Una, todos com elevado teor de argila,
neladas por hectare. baixa capacidade de troca de cátions e alta
saturação por alumínio trocável.
Nesta classe estão os solos álicos
(saturação por alumínio trocável superior a Classe 5 – Terras que embora possam
50%), de textura argilosa e muito argilosa, necessitar de calagem,
que ocorrem preferencialmente nos tabulei- apresentam uma ou mais
ros costeiros, sob clima úmido, onde as restrições fortes, de natureza
elevadas precipitações favorecem as per- diversa, que as limitam para o
das de cálcio e magnésio por lixiviação, uso com a atividade agrícola, de
provocando a acidificação dos solos. O forma econômica e racional. Por
material de origem completamente dessa- este motivo não foram
turado em bases é proveniente dos sedi- analisadas quanto à
mentos da Formação Barreiras ou das necessidade de calcário e
Coberturas Detríticas Tércio-Quaternárias. constituem uma classe a parte,
A saturação por bases nos solos desta com diferentes vocações con-
classe é comumente inferior a 30% e não forme o fator limitante.
+2 +2
raras vezes menor que 10%. O Ca + Mg
é, em geral, bem menor que 1meq/100g de Estas limitações podem ser devi-
solo e, paralelamente, o alumínio é alto. das à pequena profundidade dos solos;
intensa pedregosidade ou rochosidade;
Em decorrência disto, a quantidade textura extremamente arenosa; relevo for-
de calcário a aplicar por hectare varia, co- temente ondulado, montanhoso ou escar-
mo nas demais classes, com o tipo de solo pado; níveis de salinidade e/ou alcalinidade
e com a cultura a ser desenvolvida, mas inadequados; alto risco de inundação ou
pode haver recomendações específicas encharcamento etc.
para algumas espécies, de quantidades
bem acima de 3 toneladas/ha. Neste caso Os solos desta classe são os mais
é conveniente parcelar a aplicação em variados, predominando extensas áreas
duas etapas, uma antes do período chuvo- com Litólicos, associados a afloramentos
so e outra próximo ao final deste período, de rochas, Areias Quartzosas, Areias
considerando-se também a antecipação Quartzosas Marinhas, Planossolos Solódi-
prevista para o plantio, conforme mencio- cos, Solonetz Solodizados, Aluviais Solódi-
nado no item Calagem. cos e Salinos, Podzol Hidromórfico, Solos
Halomórficos de Mangues, Solos Hidromór-
As principais classes de solos aqui ficos e Orgânicos, além de outras unidades
compreendidas são os Latossolos e Podzó- associadas ao relevo supracitado.
8
14. 6 - Considerações Finais e Demanda Total de Calcário
Da interpretação dos resultados por bases (distróficos), pH geralmente en-
+2 +2
das análises físico-químicas de solos, da tre 4,5 e 5,5 e Ca + Mg , em geral, abai-
correlação destes dados com o material de xo de 2 meq/100g de solo. A área total
2
origem e da distribuição geográfica das desta classe é de cerca de 203.079 km ,
unidades de solos representadas nas di- sendo estimado, pela média, ser necessá-
versas cartas que compõem os Estados da rio 40.615.800 toneladas de calcário para
Bahia e Sergipe, obtiveram-se 5 classes de atender às necessidades desta unidade, a
terras quanto à necessidade de calcário cada 4 anos.
para a agricultura, que estão a seguir expli-
citadas: As terras da Classe 4 estão situa-
das preferencialmente nos Tabuleiros Lito-
As terras da Classe 1 estão referi- râneos, estendendo-se da cidade de Alago-
das a solos de alta fertilidade, com pH en- inhas até o extremo sul do Estado da Bahi-
tre 6,5 e 7,5 e elevada saturação por ba- a, e mais para o sudoeste englobando o
ses, predominando o cálcio e o magnésio, Planalto de Vitória da Conquista. O material
portanto, não necessitam de aplicações de de origem dos solos é completamente des-
corretivos da acidez. São derivadas, princi- saturado e distribui-se numa faixa de preci-
palmente, de rochas calcárias ou materiais pitação elevada, o que favorece as perdas
carbonatados, rochas básicas e rochas do de cálcio e magnésio por lixiviação, advin-
embasamento cristalino ricas em minerais do solos de baixa fertilidade, definida pelos
ferromagnesianos. Localizam-se em exten- parâmetros: baixos teores de cálcio e mag-
sas áreas representadas pelo Baixio de nésio, em geral bem inferiores a 1
Irecê; Baixada do rio Salitre; borda oriental meq/100g de solo; pH entre 4,0 e 5,5; satu-
do Chapadão do Oeste Baiano; sul de Jua- ração por bases normalmente inferior a
zeiro; Depressão de Itapetinga; Recôncavo 30% e alumínio alto. A área total desta
2
Baiano; sudeste de Curaçá; e Canindé do classe é de aproximadamente 45.746 km ,
São Francisco-SE. Ocupam uma área de, sendo necessário, pela média, 18.298.400
2
aproximadamente, 70.690 km . toneladas de calcário para atender a de-
manda desta área, a cada 4 anos.
As terras da Classe 2 distribuem-se
esparsamente por todo o Estado da Bahia A Classe 5 constitui-se em uma u-
e Sergipe, sem uma notória concentração nidade à parte, uma vez que não participa
em área. São representadas por solos de das áreas com recomendação de calagem,
mediana fertilidade, com caráter eutrófico devido ser inadequada para utilização agrí-
(saturação por bases ligeiramente maior cola, em razão das fortes restrições que
+2 +2
que 50%), pH entre 5,5 e 6,5 e Ca + Mg manifestam. Estas limitações podem ser
em geral abaixo de 4 meq/100g de solo, ou devidas ao solo (exígua profundidade; pe-
2
pouco mais. Totalizam cerca de 57.235 km dregosidade e/ou rochosidade; textura
de área, calculando-se, pela média, ser grosseira; salinidade e/ou alcalinidade etc),
necessário 2.861.800 toneladas de calcário à topografia (serras, escarpas rochosas
para atender às necessidades desta clas- etc) ou à drenagem (risco de inundação ou
se, a cada 4 anos. encharcamento). Estas áreas podem ter
outra destinação, entre elas: pecuária, flo-
As terras da Classe 3 ocupam á- restamento ou reflorestamento, preserva-
reas significativas nos Estados da Bahia e ção permanente, proteção ambiental etc.
Sergipe, podendo-se individualizar como Aqui estão englobados, como principais, os
mais representativas: o Chapadão do Oes- Solos Litólicos, Areias Quartzosas, Planos-
te Baiano; os Planaltos situados no sudoes- solos Solódicos, Solonetz Solodizados,
te baiano e os Tabuleiros Litorâneos e Pré- Solos de Mangues, Hidromórficos e Orgâ-
litorâneos, principalmente no extremo sul nicos. Ocorrem em regiões específicas dos
da Bahia e ao norte de Salvador, adentran- Estados da Bahia e Sergipe e ocupam
2
do para o Estado de Sergipe. Os solos são cerca de 206.220 km , o que eqüivale a
de baixa fertilidade, com baixa saturação 35,4 % da área total.
9
15. Informe de Recursos Minerais
O quadro a seguir resume a neces- médio para cada classe, nos Estados da
sidade total de calcário para a agricultura, a Bahia e Sergipe.
cada quatro anos, considerando-se o valor
Classe de Área Necessidade Necessidade
Estado
Terra (km2) média (t/ha) total (t)
1 68.967 0 0
2 54.161 0,5 2.708.100
Bahia 3 197.579 2 39.515.800
4 45.746 4 18.298.400
5 194.573 - -
1a5 561.026 1,08 60.522.300
Total Bahia
1a4 366.453 1,65 60.522.300
1 1.723 0 0
2 3.074 0,5 153.700
Sergipe 3 5.500 2 1.100.000
4 0 - -
5 11.647 - -
1a5 21.944 0,57 1.253.700
Total Sergipe
1a3 10.297 1,22 1.253.700
10
16. 7 - Bibliografia
ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS E CORRETIVOS AGRÍCOLAS -
ANDA. Manual de adubação. 2.ed. São Paulo, 1975. 346p.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS E CORRETIVOS AGRÍCOLAS -
ANDA. Acidez do solo e calagem. 2.ed. São Paulo, 1988. 16p. (Boletim Técnico, 1).
ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS E CORRETIVOS AGRÍCOLAS -
ANDA. Manual de fertilidade do solo. São Paulo, 1989. 153p.
BOYER, J. L. Propriedades dos solos e fertilidade. Salvador : Universidade Federal da Bahia,
1971. 196p.
BOYER, J. L. Dinâmica dos elementos químicos e fertilidade dos solos. Salvador : Universida-
de Federal da Bahia/Instituto de Geociências/ Departamento de Geoquímica, 1985. 328p.
COMISSÃO ESTADUAL DE FERTILIDADE DO SOLO. Manual de adubação e calagem para o
Estado da Bahia. 2.ed. Salvador, 1989. 176p.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO RS/SC. Recomendação de adubação e calagem
para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 2.ed. Rio Grande do Sul :
SBCS/EMBRAPA-CNPT, 1989. 128p.
COMPANHIA BAIANA DE PESQUISA MINERAL. Calcário agrícola : diagnóstico da oferta e da
demanda no Estado da Bahia. Salvador : EBDA : CBPM, 1998. 73p. (Documentos, 8).
RAIJ, Bernardo Van. Avaliação da fertilidade do solo. Piracicaba, 1981. 142p.
RAIJ, Bernardo Van. Acidez e calagem no Brasil. Campinas : Sociedade Brasileira de Ciência
do Solo : Instituto Agronômico de Campinas, 1983. 361p.
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