1. Avaliação de serviços de Atenção
Primária à Saúde: mensuração dos
atributos
Erno Harzheim
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Faculdade de Medicina
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
3. Contexto
Necessidades crescentes
X
Recursos limitados
X
Resposta clínica insuficiente: qualidade
•Lei de Wildavsky:
Da despesa em saúde: os gastos em saúde vão aumentar até atingir
(ou ultrapassar) o nível dos recursos disponíveis
•Lei de Roemer:
Da indução da demanda pela oferta: oferta de tecnologia leva ao uso
independentemente das necessidades da população. De modo geral, a
capacidade instalada de serviços determina o seu uso
5. Sistemas de Saúde Europeus:
dilema e solução
Regulação
X
Autonomia
• Quanto maior regulação, menor envolvimento dos médicos
• Quanto maior autonomia, menor controle dos gastos
• Solução: regulação e compra de serviços realizada por clínicos (APS),
autonomia dentro de atribuições hierarquizadas (coordenação): cooperação
clínica
• Resposta: fortalecimento da clínica – mudança organizacional: APS
6. O que é
Atenção Primária à Saúde?
“APS como um aspecto do sistema de serviços de saúde é um serviço que
assegura um cuidado personalizado ao longo do tempo para uma
população definida, facilmente acessível quando é necessário
atendimento, onde o cuidado de todas as condições é realizado, à
exceção das condições raras, e que coordena todo o cuidado recebido
pelos indivíduos, integrando a atenção à saúde.”
Starfield B, 2001. Basic concepts in population health
and health care. J. Epidemiol. Community Health.
7. Atenção Primária
à Saúde (APS)
Atributos Essenciais Atributos Derivados
Acesso
de 1º Contato
Longitudinalidade
Coordenação
Integralidade
Orientação
Familiar
Orientação
Comunitária
Competência
Cultural
Starfield B, 1992. Primary Care: concept, evaluation and policy.
Atributos da
Atenção Primária à Saúde
8. Starfield B, 2001. Atención Primaria: equilibrio entre
necesidades de salud, servicios y tecnología.
Proporcionar equilíbrio entre as 2 metas de um sistema
nacional de saúde:
Otimizar a saúde dos indivíduos e da população
Proporcionar eqüidade na distribuição de recursos, tanto
recursos próprios do cuidado, como financeiros
Objetivos da
Atenção Primária à Saúde
9. Barbara Starfield
- 1ª publicação sobre organização serviços: 1973
- 317 artigos publicados no PUBMED
11. Como avaliar qualidade assistencial em
APS?
• Indicadores de morbidade específicos?
X
• Indicadores de resultado em saúde?
x
• Novos instrumentos de avaliação?
X
• Indicadores de estrutura e processo consolidados?
14. Aspectos históricos e conceituais
da avaliação de serviços de saúde (APS)
• Avaliação da qualidade, Avedis Donabedian, 1966, Evaluating the
quality of medical care:
– Categorias de avaliação da qualidade
• Estrutura
• Processo
• Resultados
15. Campbell SM et al, 2000. Soc Sci & Med.
Aspectos históricos e conceituais
da avaliação de serviços de saúde (APS)
Campbell SM et al, 2000. Soc Sci & Med.
16. Aspectos históricos e conceituais
da avaliação de serviços de saúde (APS)
• Avaliação da qualidade revisitada:
– O que se pretende medir (indicadores):
• Estrutura
– Oferta
• Processo
– Utilização
– Cobertura
• Resultado (impacto)
Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999. Int J Epidemiology.
Habicht JP, Victor CG, Vaughan JP, 1999.
Int J Epidemiology
17. Por que
avaliar serviços de APS?
• Há sempre necessidade de evidências comprovadas de uma
intervenção?
– Não precisamos demonstrar o impacto de uma intervenção de
efetividade e eficiência já comprovada
– É suficiente demonstrar que está sendo conduzida
adequadamente e que atingiu a população-alvo
Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999.
Int J Epidemiology
18. • Quanto mais um serviço de saúde é orientado à APS,
maior qualidade assistencial ele possui?
APS x Qualidade assistencial
20. Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades
de saúde, serviços e tecnologia, 2002.
21.
22.
23. Evaluation of the impact of the Family Health Program on infant
mortality in Brazil, 1990–2002
De 1990 a 2002, a mortalidade infantil no Brasil reduziu de 49.7 para
28.9 por 1000 nascidos vivos. Nesse período, a cobertura média da
Estratégia Saúde da Família (ESF) aumentou de 0% para 36%. Um
aumento de 10% na cobertura da ESF esteve associada a uma
diminuição de 4,6% na mortalidade infantil, controlando-se para outros
determinantes de saúde (p<0.01).
Evidências Nacionais
Macinko et al, 2006. Journal Epidemiology Community Health.
24.
25. “Um sistema de saúde com forte referencial na
Atenção Primária à Saúde é mais efetivo, é mais
satisfatório para a população, tem menores custos e
é mais eqüitativo - mesmo em contextos de grande
iniqüidade social.”
Por que Atenção Primária?
Starfield B., 2005. Contribution of Primary Care to
Health Systems and Health. The Milbank Quarterly.
26. Há necessidade de
evidências da APS?
• Há necessidade de evidências em APS?
– Não precisamos demonstrar o impacto de uma intervenção de
efetividade e eficiência já comprovada.
– É suficiente demonstrar que está sendo conduzida
adequadamente e que atingiu a população-alvo.
Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP, 1999.
Int J Epidemiology.
27. Como avaliar qualidade assistencial em
APS?
– 1º MOMENTO: Medir extensão dos ATRIBUTOS APS
(OFERTA, UTILIZAÇÃO e COBERTURA)
– 2º MOMENTO: Associar presença e extensão dos ATRIBUTOS
APS com desfechos (problemas x doenças) (UTILIZAÇÃO,
COBERTURA, RESULTADOS)
.
28. Como avaliar qualidade assistencial em
APS?
• Primary Care Assessment Tool, PCATool:
– Instrumento de Avaliação da APS
• Criado por Starfield e colaboradores
• Mede a presença e extensão dos atributos da APS através
da experiência de usuários e/ou de profissionais de saúde
• Produz Escores de cada atributo da APS, além de um
Escore Geral de APS, com valores de 0-10, considerando
Escores adequados quando superiores a 6,6
29. Como avaliar qualidade assistencial em
APS?
• Primary Care Assessment Tool, PCATool:
– Cada Atributo:
– 2 dimensões
– 1 de estrutura e outra de processo
30. ATRIBUTOS - PCATool
1. AFILIAÇÃO AO SERVIÇO DE SAÚDE
2. ACESSO DE 1º CONTATO - UTILIZAÇÃO
3. ACESSO DE 1º CONTATO - ACESSIBILIDADE
4. LONGITUDINALIDADE
5. COORDENAÇÃO DO CUIDADO
6. COORDENAÇÃO (SISTEMAS DE INFORMAÇÕES)
7. INTEGRALIDADE (SERVIÇOS DISPONÍVEIS)
8. INTEGRALIDADE (SERVIÇOS PRESTADOS)
9. ORIENTAÇÃO FAMILIAR
10. ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA
36. Como medir os
atributos da APS?
PCATool, fim 2013:
79 ARTIGOS PUBLICADOS EM
PERIÓDICOS CIENTIFICOS
37. Como avaliar qualidade assistencial em
APS?
• Primary Care Assessment Tool, PCATool-Brasil:
• Versão para usuários crianças
• Versão para usuários adultos
• Versão para profissionais de saúde
• Versão curta para usuários adultos
• Versão curta para usuários crianças (1º sem / 2014)
• Versão para saúde bucal (1º sem / 2014)
• Usuários adultos
• Profissionais de saúde
38.
39.
40.
41. • Diversas investigações em contextos e com objetivos diferentes
– Avaliação de serviços de APS:
• Porto Alegre
• Curitiba
• Rio de Janeiro
Usos do PCATool-Brasil:
GP.APS
42. • Diversas investigações em contextos e com objetivos diferentes
– Associação da qualidade da APS com:
• cuidado em HAS
• cuidado em DM
• práticas preventivas
• práticas preventivas em idoso
• iCSAPs
Usos do PCATool-Brasil:
GP.APS
43. Avaliação de serviços de APS em Porto
Alegre, 2007
Monica M.C. Oliveira
Rodrigo C.L. Caprio
Lisiane Hauser
Airton T. Stein
Bruce B. Duncan
Erno Harzheim
44. Escores dos atributos da APS entre os diferentes serviços de atenção
primária, Porto Alegre, 2007
Atributos da Atenção Primária
Escores de Atenção Primária#
UBS ESF CSEM GHC CASSI
Grau de afiliação ao serviço 5,5 6,4** 5,9 8,0** 6,9**
Acessibilidade 3,4 3,4 3,3 3,4 4,3**
Acesso – Utilização 8,2 8,9** 8,8 9,2** 6,3**
Longitudinalidade 5,1 5,9** 5,3 7,4** 8,5**
Coordenação 4,1 5,7** 5,1 5,8** 4,3
Integralidade – Serviços Disponíveis 5,4 5,0** 5,4 6,2** 4,9*
Integralidade – Serviços Prestados 3,1 3,3 3,1 4,2** 4,8**
Essencial 5,0 5,5** 5,3 6,3** 5,7**
Orientação Familiar 3,6 4,6** 4,8** 6,2** 7,8**
Orientação Comunitária 2,8 5,7** 4,9** 6,4** 3,7**
Derivado 3,2 5,1** 4,9** 6,3** 5,8**
Geral 4,6 5,4** 5,2** 6,3** 5,7**
* Significância pelo Teste de Scheffé – p – valor < 0,05
** Significância pelo Teste de Scheffé – p – valor < 0,01
# Os escores assumem valores entre 0 - 10
45. Comparação dos escores dos atributos da APS, atribuídos pelos profissionais
médicos e enfermeiros, entre os serviços de atenção primária de Porto Alegre
Atributos da APS
Escores (0 -10)
UBS
n=161
ESF
n=85
CSEM
n=22
SSC
n=72
Acesso de primeiro contato 3,6 4,2* 3,9 4,3*
Longitudinalidade 6,5 6,7 6,8 7,3*
Integralidade serviços disponíveis 6,3 6,5 7,3* 8,3*
Integralidade serviços prestados 7,1 8,2* 8,4* 8,4*
Coordenação do cuidado 6,9 7,2 6,59 7,4*
Coordenação sistemas de informação 8,9 8,9 8,6 9,1
Orientação familiar 8,3 8,8 8,9 9,4*
Orientação comunitária 5,5 6,7* 7,4* 8,7*
Escore Essencial de APS 6,6 6,9* 6,9* 7,5*
Escore Geral da APS 6,7 7,2* 7,3* 7,9*
USB= Unidades Básicas de Saúde Tradicionais, ESF= Estratégia Saúde da Família,
CSEM= Centro Saúde Escola Murialdo, SSC= Serviço de Saúde Comunitária do Grupo
Hospitalar Conceição.
* Significância pelo Teste de Tukey, em comparação com USB, valor-p<0,05.
46. Proporção de usuários que caracterizaram seu serviço preferencial
como de Alto Escore da APS, Porto Alegre, 2007.
Tipo de serviço
Alto Escore
Essencial (%)
p-valor
Alto Escore
Geral (%)
p-valor
USB 16,3
<0,001
10,0
<0,001
CSEM 23,9 18,1
ESF 24,9 23,2
CASSI 24,8 31,1
GHC 54,5 48,5
Teste Qui-quadrado
47. Proporção de profissionais médicos e enfermeiros que atribuíram baixo e alto
escore, essencial e geral, por tipo de serviços de atenção
primária de Porto Alegre
Serviços de
APS de Porto
Alegre (n)
Escore Essencial da APS*
% (n)
Escore Geral da APS*
% (n)
Baixo escore Alto escore Baixo escore Alto escore
UBS (161) 54 (87) 46 (74) 47,2 (76) 52,8 (85)
ESF (85) 28,2 (24) 71,8 (61) 22,3 (19) 77,7 ( 66)
CSEM (22) 31,8 (7) 68,2 (15) 27,3 (6) 72,7 (16)
SSC (72) 8,3 (6) 91,7 (66) 2,8 (2) 97,2 (70)
Valor-p** <0,001 <0,001
USB= Unidades Básicas de Saúde Tradicionais, ESF= Estratégia Saúde da Família,
CSEM= Centro Saúde Escola Murialdo, SSC= Serviço de Saúde Comunitária do
Grupo Hospitalar Conceição.
* O escore de APS maior ou igual a 6,6, em uma escala de 0 a 10, é considerado alto
escore.
** Teste X2
de Pearson.
48. Avaliação de serviços de APS em
Curitiba, 2008
Eliane V. Chomatas
Alvaro Vigo
Erno Harzheim
49. Escores médios (IC 95%) dos atributos e Escores essencial, derivado e geral de atenção primária à saúde e
frequência (%) de alto escore (≥ 6,6) na avaliação dos profissionais (médicos e enfermeiras) das unidades
tradicionais e com estratégia da saúde da família do município de Curitiba em 2008.
Atributo
Escores Médios (IC 95%) Escore Alto (≥6,6)
UTRAD
(n = 300)
ESF
(n = 190)
P-valor*
UTRAD
n (%)
ESF
n (%)
P-valor*
Atributos da Atenção Primária
Acessibilidade 4,7 (4,5-4,8) 5,1 (4,9-5,3) 0,0018 26 (8,7) 35 (18,4) 0,0014
Longitudinalidade 6,2 (6,1-6,4) 6,7 (6,6-6,9) <0,0001 121 (40,3) 106 (55,8) 0,0008
Coordenação 6,9 (6,7-7,0) 7,0 (6,8-7,1) 0,5301 191 (63,7) 127 (66,8) 0,4730
Integralidade – serviços
disponíveis
7,1 (7,0-7,2) 7,9 (7,8-8,0)
<0,0001
217 (72,3) 171 (90,0) <0,0001
Integralidade – serviços prestados 5,9 (5,7-6,2) 8,3 (8,2-8,5)
<0,0001
143 (47,7) 172 (90,5)
<0,0001
Essencial 6,2 ( 6,1-6,3) 7,0 (6,9-7,1) <0,0001 102 (34,0) 142 (74,7) <0,0001
Orientação familiar 7,8 ( 7,6-8,0) 8,5 (8,3-8,7)
<0,0001
261 (87,0) 184 (96,8) 0,0002
Orientação comunitária 7,6 ( 7,4-7,8) 8,1 (7,9-8,3) 0,0001 233 ( 77,7) 168 (88,4) 0,0026
Derivado 7,7 (7,5-7,9) 8,3 (8,2-8,5) <0,0001 238 (79,3) 178 (93,7) <0,0001
Geral 6,6 (6,5-6,7) 7,4 (7,3-7,5) <0,0001 152 (50,7) 164 (86,3) <0,0001
50. Avaliação de serviços de APS no Rio de
Janeiro, 2012
Lisiane Hauser
Karine L. Margarites
Erno Harzheim
51. Medidas descritivas dos Escores (0-10) dos Atributos/Componentes da Atenção Primária à Saúde por modelo
(A, B ou C) de serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro.
Atributo/Componente Tipo n
Escore
Médio
Desvio-
padrão
Escore
Mínimo
Escore
Máximo
Valor-p*
Acesso A 256 5,2 0,1 1,9 9,3
B 116 5,1 0,1 0,7 9,6
C 61 4,2&
0,1 1,9 7,8 <0,001
Longitudinalidade A 256 7,5 0,1 4,4 9,7
B 116 7,2 0,1 2,8 10,0
C 61 6,6&
0,2 1,8 9,7 <0,001
Coordenação do Cuidado A 256 7,4 0,1 1,9 10,0
B 116 7,4 0,1 2,9 10,0
C 61 7,7 0,2 5,2 10,0 0,302
Coordenação - Sistemas de Informação A 256 7,2 0,1 2,9 10,0
B 116 6,8 0,2 2,9 10,0
C 61 6,4&
0,2 2,9 10,0 0,001
Integralidade – Serviços Disponíveis A 256 7,7 0,1 3,0 10,0
B 116 7,4#
0,1 3,2 10,0
C 61 6,9&
0,2 4,2 9,8 <0,001
Integralidade - Serviços Prestados A 256 8,3 0,1 2,8 10,0
B 116 7,8#
0,1 3,8 10,0
C 61 7,57&
0,2 3,0 10,0 0,001
52. Medidas descritivas dos Escores (0-10) dos Atributos/Componentes da Atenção Primária à Saúde por modelo
(A, B ou C) de serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de Janeiro.
Atributo/Componente Tipo n
Escore
Médio
Desvio-
padrão
Escore
Mínimo
Escore
Máximo
Valor-p*
Escore Essencial A 256 7,6 0,1 5,1 9,4
B 116 7,3 0,1 5,0 9,5
C 61 7,0&
0,1 5,0 9,1 <0,001
Escore Geral A 256 7,7 0,1 4,7 9,5
B 116 7,4#
0,1 4,8 9,6
C 61 6,9&
0,1 4,1 8,8 <0,001
53. Análise multivariável para variáveis associadas ao Escore Essencial e ao Escore Geral de APS do PCATool-
Brasil entre os profissionais médicos dos serviços de Atenção Primária à Saúde no Município do Rio de
Janeiro.
Variáveis
Escore Essencial Escore Geral
B (IC 95%) Valor-p B (IC 95%) Valor-p
Tipo Unidade
A 0 0
B -0,18 (-0,38; 0,03) 0,087 -0,25 (-0,47; -0,03) 0,024
C -0,52 (-0,80; -0,25) <0,001 -0,82 (-1,12; -0,52) <0,001
Idade (em 5 anos) -0,01 (-0,04; 0,03) 0,713 -0,02 (-0,05; 0,03) 0,346
Especialidade
Sim# 0,09 (-0,12; 0,30) 0,406 0,11 (-0,11; 0,34) 0,323
Não 0 0
#
Residência ou título em Medicina de família e Comunidade (MFC) ou especialização em Saúde da Família
(SF)
Fonte: PCATool-Brasil,2013.
54. Associação da qualidade da APS com
o cuidado em HAS, 2007
Thiago G. Trindade
Bruce B. Duncan
Erno Harzheim
55. Efeito dos serviços de saúde com Alto Escore de Atenção Primária à Saúde no processo de
atenção aos portadores de HAS, através da regressão de Poisson modificada, Porto Alegre,
2007.
Variáveis dependentes/desfecho
Razão de
Prevalência não
ajustada (IC)
p
Razão de
Prevalência não
ajustada (IC)**
p
Participação em grupos de HAS 2,34 (1,19-4,61) 0,014 2,05 (1,02-4,12)1
0,044
Orientação para prática de atividade física 1,58 (1,32-1,88) <0,001 1,49 (1,22-1,82)2
<0,001
Orientação sobre alimentação saudável 1,62 (1,39-1,88) <0,001 1,53 (1,33-1,75)3
<0,001
Orientação sobre higiene bucal 4,20 (2,84-6,21) <0,001 3,46 (2,31-5,17)4
<0,001
Vacina contra Influenza 1,42 (1,08-1,86) 0,011 1,33 (1,04-1,71)5
0,022
PA medida na última consulta 1,15 (1,09-1,21) <0,001 1,15 (1,09-1,21)6
<0,001
Peso medido na última consulta 1,38 (1,17-1,62) <0,001 1,35 (1,11-1,65)7
0,002
Altura medida alguma vez 1,61 (1,28-2,01) <0,001 1,49 (1,10-2,03)8
0,01
Exame de urina realizado no último ano 1,43 (1,19-1,71) <0,001 1,07 (0,81-1,42)9
0,625
Perfil lipídico realizado no último ano 1,39 (1,23-1,57) <0,001 1,29 (1,12-1,48)10
<0,001
Eletrocardiograma realizado no último ano 1,52 (1,21-1,90) <0,001 1,28 (0,99-1,65)11
0,057
56. Associação da qualidade da APS com
cuidado em DM, 2007
Marcelo R. Gonçalves
Bruce B. Duncan
Erno Harzheim
57. Efeito dos serviços de saúde com Alto Escore de Atenção Primária à Saúde no processo de
atenção aos portadores de DM - regressão de Poisson com variância robusta.
Variáveis dependentes/desfechos
RP não ajustada
(IC 95%)
p
RP ajustada
(IC 95%)
p
PA aferida na última consulta1 1,08 (1,01-1,15) 0,02 1,09 (1,01-1,16) 0,015
Orientação para fazer exercícios físicos2 1,39 (1,19-1,62) <0,001 1,43 (1,21-1,69) <0,001
Orientação para fazer dieta saudável3 1,32 (1,18-1,47) <0,001 1,32 (1,16-1,49) <0,001
Exame dos pés4 1,70 (1,17-2,46) 0,005 1,43 (096-2,15) 0,08
Orientação sobre cuidado com os pés5 1,89 (1,41-2,53) <0,001 1,60 (1,166-2,21) 0,004
Perfil lipídico solicitado no último ano6 1,12 (0,99-1,27) 0,05 1,11 (0,98-1,26) 0,1
Exame de urina realizado no último ano7 1,12 (0,96-1,31) 0,15 1,16 (0,99-1,36) 0,05
1
ajustado para IMC
2
ajustado para sexo, escolaridade e classe econômica
3
ajustado para tipo de serviço e número de consultas por DM
4
ajustado para classe econômica, escolaridade, tempo de doença e número de consultas por DM
5
ajustado para complicações do DM, tempo de doença e número de consultas por DM
6
ajustado para classe econômica, número de consultas por DM e tipo de serviço
7
ajustado para idade e escolaridade
Pesquisa APS/POA
58. Associação da qualidade da APS com
práticas preventivas, 2011
Maria Eugenia B. Pinto
Airton T. Stein
Bruce B. Duncan
Erno Harzheim
59.
60. Associação da qualidade da APS com
práticas preventivas em idosos, 2007
Elise B. Oliveira
Mary C. Bozzetti
Erno Harzheim
61. Indicadores da qualidade do cuidado de idosos em
relação ao escore geral de APS. Porto Alegre, 2007
Escore de
Práticas
Preventivas#
Baixo Escore
Geral de APS
Média (IC 95%)
Alto Escore
Geral de APS
Média (IC 95%)
Valor - p
n = 212 n = 159 n = 53
3,90 (3,60 – 4,32) 5,90 (5,30 – 6,50) <0,001**
62. Associação da qualidade da APS
com iCSAPs, 2012
Marcelo R. Gonçalves
Lisiane Hauser
Bruce B. Duncan
Erno Harzheim
63. 63
Características da APS
Variáveis
CSAPS£
Não CSAPS
(n/% ou média/DP) (n/% ou média/DP)
Escore geral da APS*
De 0 a 4,8 17 (20,2) 272 (24,4)
De 4,81 a 5,30 18 (21,4) 285 (25,5)
De 5,31 a 5,70 28 (33,3) 273 (24,5)
De 5,71 a 10 21 (25,0) 286 (25,6)
Escore Geral APS (média) 5,42 (0,71) 5,31 (0,68)
Escore Essencial da APS (média) 5,53 (0,61) 5,45 (0,59)
Vínculo com serviço de saúde
> 2 anos 64 (77,1) 790 (72,9)
64. GPAPS 2013 64
Análise multivariável dos fatores associados às Internações por iCSAP
Variáveis
Univariável Multivariável
HR (IC 95%) Valor - p HR (IC 95%) Valor - p
Sexo
Masculino 0,79 (0,49 – 1,27) 0,3
Feminino 1
Idade (5 anos) 1,18 (1,11 -1,26) <0,001 1,13 (1,05 – 1,22) 0,001
Classe econômica (ABIPEME§
)
AB 1,00 0,4
CDE 1,95 (1,04 – 3,68)
Escolaridade (5 anos) 0,49 (0,36 – 0,67) <0,001 0,66 (0,47 – 0,93) 0,02
Cor da Pele
Não brancos 1,76 (1,15 – 2,71) 0,010 1,77 (1,13 – 2,77) 0,01
Brancos 1,00 1,00
Doença Crônica#
Presença 1,69 (1,10 – 2,61) 0,02
Ausência 1,00
65. GPAPS 2013 65
Análise uni e multivariável dos fatores associados às iCSAPS
Variáveis
Univariável Multivariável
HR (IC 95%) Valor - p HR (IC 95%) Valor - p
Escore geral
De 0 a 4,8 0,84 (0,45 - 1,60) 0,6 0,93 (0,48 - 1,80) 0,8
De 4,81 a 5,30 0,86 (0,46 - 1,61) 0,6 0,96 (0,51 - 1,80) 0,9
De 5,31 a 5,70 1,36 (0,77 - 2,40) 0,3 1,48 (0,83 - 2,63) 0,2
De 5,71 a 10 1,00 1,00
Tabagismo
Sim 1,45 (0,93 - 2,25) 0,1
Não 1,00
Obesidade
Sim 1,59 (1,01 - 2,49) 0,05
Não 1,00
Sedentarismo
Sim 2,01 (1,27 - 3,20) 0,003 1,65 (1,02 - 2,66) 0,04
Não 1,00 1,00
66. Conclusões sobre uso do
PCATool-Brasil
• A extensão dos atributos da APS nos serviços de saúde públicos
brasileiros é baixa
• A experiência dos usuários é diferente da percepção dos profissionais
• Sistematicamente, a ESF é superior a UBS Tradicionais
• Estrutura ainda é um grande problema para qualificar APS no Brasil
• Há associação entre extensão dos atributos e melhor processo de
atenção (HAS, DM, prevenção...)
• Não há associação entre a fraca extensão dos atributos e resultados
em saúde (iCSAPs, controle pressórico, controle de DM,...)