O documento discute elementos essenciais para a recuperação da informação em ambientes digitais, abordando tópicos como findability, perfis cognitivos de usuários, metadados, taxonomia, folksonomia e busca. Apresenta também tendências como a explosão da informação, as novas competências necessárias para lidar com os "Big Data" e a importância da inovação aberta e da co-criação neste contexto.
Findability: elementos essenciais para a recuperação da informação em ambientes digitais
1. Findability: elementos essenciais para a recuperação da
informação em ambientes digitais
Renate Landshoff
eDoc – Curitiba – PR - 2012
2.
3. Tópicos
Findability
Perfis cognitivos de usuários
Findability: elementos essenciais para a recuperação da
informação em ambientes digitais
Perfis cognitivos de usuários
Metadados e a representação descritiva
Taxonomia, Tesauro e Folksonomia
Busca
Tendências
4. DA WEB 1.0 PARA A WEB 2.0
Web 1.0 leva as pessoas à informação
Na Web 2.0 pessoas interagem entre si com e a partir de informação
5. AAAA explosão da informação
Dadosfera
Rio de Janeiro – junho de 2012
6. AAAA explosão da informação
Big Data! (dilúvio de dados)
Rio de Janeiro – junho de 2012
7. A explosão da informação
“Big Data “é o principal tema na agenda dos“Big Data “é o principal tema na agenda dos“Big Data “é o principal tema na agenda dos“Big Data “é o principal tema na agenda dos CIOsCIOsCIOsCIOs ... a explosão
dos dados e informações, fenômeno mais conhecido como "Big
Data", é o tema mais importante em 2012 e 2013, conforme o
estudo do IDC Financial Insights:IDC Financial Insights:IDC Financial Insights:IDC Financial Insights: BrazilBrazilBrazilBrazil ITITITIT InvestmentInvestmentInvestmentInvestment TrendsTrendsTrendsTrends
2012/20132012/20132012/20132012/2013, recém-elaborado a partir de entrevistas com 472012/20132012/20132012/20132012/2013, recém-elaborado a partir de entrevistas com 47
instituições financeiras no País, entre bancos e seguradoras.
Bigdata no Google em 11 ago = 244.000.000 resultados (0,30
segundos)
Fonte: http://www.idclatin.com acessado em 22 de junho de 2012
8. A explosão da informação
Segundo o Gartner, os bancos de dados relacionais não têm
tratamento/ performance adequada para as estruturas
gigantesca de dados que estão sendo criadas/produzidas.
Até 2015, mais de 85% das organizações da Fortune 500 não vãoAté 2015, mais de 85% das organizações da Fortune 500 não vão
conseguir administrar “Big Data” efetivamente para tomada de
decisões estratégicas.
A informação desestruturada aumenta exponencialmente.
Temos de rever o ciclo da informação nos bancos de
dados.
9. A explosão da informação
Apagão de profissionais da informação e de TI!
Serão necessárias outras competências!
A explosão da informação exige mais cuidado com os filtros, com
as tecnologias, com o motor de busca e com o tratamento da
informação!
Estamos diante de novas tecnologias cognitivas, pois elas alteram
nossa forma de pensar e se comunicar.
10. O Brasil passou o Japão e se
tornou o segundo país com o
maior número de usuários
doTwitter, de acordo com uma
pesquisa da empresa
Rio de Janeiro – junho de 2011
pesquisa da empresa
Semiocast. O país tem 33,3
milhões de usuários contra 29,9
milhões do Japão.
11. A explosão da informação
O momento é de inovação
Inovação aberta- Henry Chesbrough, 2003 – de dentro para fora
das empresas;
Co-criação - Prahalad&Ramaswamy, 2004 - consumidor ativista;
Crowdsourcing – Jeff Howe, 2006 - é um modelo de criação
e/ou produção, que conta com a mão-de-obra e conhecimento
coletivos, para desenvolver soluções e criar produtos.
12. A explosão da informação
O momento é de inovação
Inovação aberta- Henry Chesbrough, 2003 – de dentro para fora
das empresas;
Co-criação - Prahalad&Ramaswamy, 2004 - consumidor ativista;
Crowdsourcing – Jeff Howe, 2006 - é um modelo de criação
e/ou produção, que conta com a mão-de-obra e conhecimento
coletivos, para desenvolver soluções e criar produtos.
14. Findability
MORVILLE, Peter. Ambient Findability: what we find changes who
we become. Sebastopol: O'Reilly, 2005.
O que encontramos nos transforma!
15. Findability
É a capacidade de encontrar determinada informação, otimizando a
experiência que os usuários terão em um ambiente digital.
Quando pensamos em Findability?
Quando queremos posicionar nosso site para que ele sejaQuando queremos posicionar nosso site para que ele seja
encontrado por um motor de busca (SEO)
Quando desenvolvemos um site e aplicamos os conceitos de
Usabilidade e Arquitetura da Informação
Quando queremos recuperar uma informação/conteúdo digital
16. Findability
Lev Manovich - http://manovich.net/
Foco: Dar sentido à informação, trabalhar com ela
e produzir conhecimento a partir da informação.
17. “Uma vez diante de milhares de registros, nós não podemos vê-los de uma
vez com nossos olhos. Temos de usar técnicas de computação de busca, de
combinação e de seleção.
Nós colocamos alguns termos num campo de busca e esperamos que o
Findability
Nós colocamos alguns termos num campo de busca e esperamos que o
computador encontre os registros adequados. Um banco de dados é tão
amplo que ele não pode ser disponibilizado de uma vez, ele existe além da
escala da percepção e cognição humana.
Para mim, essa nova escala “não-humana” representa uma qualidade
essencial” de um banco de dados e algo que eu gostaria de ver como fonte
de exploração pelos artistas.” Lev Manovich.
20. Lúcia Santaella
Navegando no Ciberespaço:
perfil cognitivo do internauta/usuário
Perfil cognitivo do usuário
“Não há separação
entre corpo e mente”
21. Perfil de três tipos de leitores tradicionais da hipermídia
(conjunto de signos do ciberespaço e suas linguagens)
o contemplativo: é aquele da idade pré-industrial, da era
do livro impresso e da imagem expositiva, fixa
Perfil cognitivo do usuário
o movente: é o leitor do mundo em movimento, dinâmico,
filho da Revolução Industrial e do aparecimento dos grandes centros
urbanos
o imersivo: é o leitor que surgiu a partir dos novos espaços virtuais –
os ciberespaços.
22. Abordagem tradicional Considera a informação como externa, objetiva,
alguma coisa que existe fora do indivíduo. Informação, nesse contexto
tradicional, existe em um mundo ordenado e é capaz de ser
descoberta, definida e medida.
Abordagem cognitiva se insere no paradigma centrado no usuário, que
Perfil cognitivo do usuário
Abordagem cognitiva se insere no paradigma centrado no usuário, que
leva em consideração os sentimentos, a percepção, o modo como as
pessoas aprendem, e também os aspectos do comportamento de
busca e de uso de informação.
Hoje, ainda organizamos a informação em uma abordagem tradicional!Hoje, ainda organizamos a informação em uma abordagem tradicional!Hoje, ainda organizamos a informação em uma abordagem tradicional!Hoje, ainda organizamos a informação em uma abordagem tradicional!
23. O que o usuário deseja?
serviços interativosserviços interativosserviços interativosserviços interativos que potencializem todos os recursos
tecnológicos
Perfil cognitivo do usuário
personalizados e contextualizadospersonalizados e contextualizadospersonalizados e contextualizadospersonalizados e contextualizados, o que significa: serviços
comprometidos com grupos específicos de comunidades, tratando
de identificar suas necessidades intrínsecas. Promovendo o “Sense
Making”
relevantes com valor agregadorelevantes com valor agregadorelevantes com valor agregadorelevantes com valor agregado, isto é, que venham ao encontro de
suas expectativas e conveniências
24. Criando significado
O modelo de uso de informação proposto por Choo (2003) identifica
e relaciona os principais elementos que influenciam o
comportamento do indivíduo quando busca e usa a informação. O
modelo apresenta três estágios:
Perfil cognitivo do usuário
a necessidade de informação
a busca de informação
o uso da informação.
As bases conceituais do modelo apresentado por Choo estão na
abordagem cognitiva de criação do significado, desenvolvida e
aplicada por Brenda Dervin (sensemaking).
25. “Informação estruturada que descreve, explica, localiza, ou ainda
possibilita que um recurso informacional seja fácil de recuperar,
usar ou gerenciar. O termo metadados freqüentemente designa
dados sobre dados, ou informação sobre informação.”
NISO – National Information Standards Organization
Temos de pensar em novos formatos de produção e distribuição do
conhecimento em uma cultura de rede orientada para a inteligência
distribuída.
Metadados
distribuída.
Estrutura a informação
Qualifica a informação criando significado!
Fundamental para a preservação de acervos digitais e governança sobre o
ciclo da informação.
27. Taxonomia – estrutura hierárquica e lógica que possibilita a representação
da informação e navegação em um ambiente digital.
Aplicações
Taxonomia de navegação – menu de um site
Findability: Taxonomia
Taxonomia de busca – opção no processo de busca
Sistema de navegação combinado com o sistema de busca!
“Cerca de 1/3 das pessoas que nós testamos normalmente tentam a busca como
suas estratégias iniciais e as outras recorrem a ela quando não conseguem uma
resposta seguindo os links (navegando).” Rosenfeld, L & Morville, Peter.
33. FolksonomiaFolksonomia –– Indexação colaborativaIndexação colaborativa
Folksonomia (Folk + Taxonomia) para designar essa evolução,
representando a técnica no qual as pessoas utilizam termos para
categorizar, organizar ou atribuir significado aos recursos
disponíveis na Web de forma compartilhada e livre
A partir de meados de 2002, muitos sites passaram a permitir o usos
Findability: Folksonomia
A partir de meados de 2002, muitos sites passaram a permitir o usos
de palavras simples (tags) para criarem significado ao conteúdo
encontrado
Essa prática consolidou-se com a Web 2.0, quando o Flickr e o
Delicious passaram a adotar esse recurso.
Mas ainda não chegou nas nossas bibliotecas digitais!
34. Ann Arbor Digital Library - http://www.aadl.org
21 de março de 201
Campo para inserir tag
36. FolksonomiaFolksonomia –– Indexação colaborativaIndexação colaborativa
A folksonomia, utilizada por si só, não representa uma solução para
encontrar a informação, mas serve de recurso para os ambientes
que necessitam controlar seus vocabulários e, ao mesmo tempo,
lidar com a diversidade de usuários.
Delicious - http://www.delicious.com
Findability: Folksonomia
Delicious - http://www.delicious.com
Last FM - http://www.lastfm.com.br
AADL - http://www.aadl.org
38. A abordagem Sense-Making, desenvolvida por Brenda Dervin (1986)
Para descrever padrões de busca de informação, deve-se admitir o indivíduo como o
centro do fenômeno e considerar a visão, as necessidades, as opiniões e as
dificuldades desse indivíduo como elementos significantes e influentes que merecem
investigação.
Para o desenvolvimento do modelo Sense Making, cada momento deve ser
Findability: sensemaking
Para o desenvolvimento do modelo Sense Making, cada momento deve ser
considerado um novo momento, mesmo que seja a repetição de comportamentos
passados. Neste sentido, é importante observar como o indivíduo interpreta e transpõe
este momento.
Qual a estratégia usada para solucionar a situação que gerou resultado zero.
Como o usuário reinicia uma nova fase de busca da informação.?
39. Um Sistema de Busca se desdobra em 4 partes
Interface simples/avançada Página com resultado
Ajuda
Página sem resultado
40. Design de interaçãoDesign de interaçãoDesign de interaçãoDesign de interação ---- trabalha com os elementos interativos da
interface, utilizando padrões e técnicas comuns entre os usuários
Design de interfaceDesign de interfaceDesign de interfaceDesign de interface ---- envolve os projetistas de sites, aplicativos, jogos
e outras tecnologias que dependem de uma interação humano
computador. Os projetistas são responsáveis por criar interfaces
amigáveis e com elementos de interação já projetados pelo design de
Findability: Busca
amigáveis e com elementos de interação já projetados pelo design de
interação.
Design de informaçãoDesign de informaçãoDesign de informaçãoDesign de informação - deve estar presente em todas as etapas.
Através do design de informação são criadas adequações visuais para
toda a informação que será disponibilizada.
51. Findability: Resultado de busca
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/index.php?tipoPesquisa=1
Rio de Janeiro – junho de 2012
52. Findability: Resultado de busca
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/index.php?tipoPesquisa=1
Mestrado ou Doutorado?
Rio de Janeiro – junho de 2012
53. Findability: Resultado de busca
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=CMUHE014909&opt=1
Rio de Janeiro – junho de 2012
54. Recomendações
Permitir opções de ordenação por alguns campos
Disponibilizar filtros para refinar a busca
Definir a relevância a partir dos algoritmos do motor de busca
Findability: Resultado de busca
Definir a relevância a partir dos algoritmos do motor de busca
Acompanhar os logs de busca (IP, termo, data da pesquisa, resultado
Obtido)
Perfil de informação a ser buscada é determinante para definir o
resultado de busca!
55. Se o site tiver uma grande variedade de conteúdo e for muito
dinâmico, melhor investir mais na interface que na navegação.
Foco no usuário, conteúdo e contexto: há muita subjetividade,
diversos perfis cognitivos e modelos mentais, sem contar o
regionalismo e jargões de cada área.
Ofereça o máximo de elementos de ajuda. Pop up, exemplos,
Findability: Busca
Ofereça o máximo de elementos de ajuda. Pop up, exemplos,
explicações simples e básicas e navegação por índices.
Evite busca cega!
56. Curador de informação – é o profissional capaz de filtrar informações
relevantes e compartilhar promovendo a inteligência coletiva
Exemplo de filtro: GoogleReader
“O curador como filtrador / O curador como agenciador
A plataforma como dispositivo curatorial” – Gisele Beiguelman
Web Semântica: um processo de construção da opinião coletiva
pautado por plataformas baseadas em algoritmos.
Tendências
pautado por plataformas baseadas em algoritmos.
Será a busca perseguindo a criação de significado.
A sociedade vive na era da pós-ideia, ou seja, os indivíduos se tornaram grandes
acumuladores de fatos e informações, mas já não conseguem desenvolver um
pensamento crítico e profundo. Caminhamos em direção a um mundo em que a web
está nos mostrando o que queremos ver, mas não necessariamente o que nós
precisamos ver. Neal Gabler, especialista em mídia (2011)
57. As ciências devem se aproximar!
Ciência da Informação - Computação -
Comunicação e Semiótica
Áreas de estudo:
Nuvem de Tags
Representação descritiva Vocabulário controlado Sensemaking
Arquitetura da Informação UsabilidadeUsabilidadeUsabilidadeUsabilidade
Interação Humano-Computador (IHC) Design centrado no usuário
Busca Web 2.0.... Curadoria de informação
58. BEIGUELMAN, Giselle - http://www.desvirtual.com
CHOO, W. C. A organização do conhecimento: como as
organizações usam a informação para criar significado. São
Paulo: Senac, 2003.
MANOVICH, LEV - http://manovich.net/
MORVILLE, P. Ambient Findability. 1 ed. Cambridge:
O’Reilly, 2005a. 188p
ROSENBAUM, Steve autor do livro “Curation Nation” e CEO da
Magnify.net - http://bit.ly/LpuS90
“ a habilidade humana de organizar a tsunami de informações
da web é cada vez mais importante.”