O documento discute os perigos do tabagismo e outras drogas. Primeiro, descreve os riscos do tabagismo à saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas. Segundo, detalha os efeitos de outras drogas como heroína, ecstasy e anfetaminas. Terceiro, discute os impactos do tabagismo em Portugal, como 12 mil mortes por ano.
3. Tabagismo
• Tabagismo é a maior causa de morte evitável do
mundo, vitima anualmente mais de três milhões de pessoas
em todo o planeta e estima-se que dentro de 19 anos
aumente em 330 por cento a taxa de mortalidade.
É, portanto, um flagelo que tem de ser combatido tão
brevemente quanto possível, mas acima de
tudo, compreender em que consiste e as suas implicações.
Sem estes aspectos esclarecidos não há prevenção que
resulte.
4. • Caveira com cigarro aceso é uma obra do pintor holandês Vicent Van
Gogh
5. • Quanto à palavra tabagismo, designa o vício de fumar quaisquer
produtos da indústria tabaqueira, ou melhor, que contenham
tabaco, o que não é comum a todos os derivados daquele sector.
Desde que o consumo da nicotina seja continuado, a adição será
sempre denominada de tabagismo, não importando o grau de
dependência mas o facto de não se poderem encarar vários dias
consecutivos num estado normal com uma total ausência daquela
droga no organismo.
6. • Ao ser fumador uma pessoa está a introduzir no seu corpo cerca
de 4.700 substâncias de elevada toxicidade, nomeadamente
monóxido de carbono (letal em doses
acumuladas), amoníaco, formaldeído, etanol ou acroleína, todos
eles compostos nocivos e a fonte dos 60 tipos de problemas
cancerígenos que afectam as sociedades actuais. O grande agente
anti-vida é a nicotina, presente em quantidades substanciais em
cada cigarro, que em conjunto com o alcatrão são determinantes
para o rápido enfraquecimento das defesas naturais e das células
responsáveis pela oxigenação adequada dos órgãos vitais.
7. • Face aos perigos que o tabagismo representa, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) defende mesmo que este flagelo seja
categorizado de pandemia, isto é, o último nível que pode ser
“atribuído” a uma doença e exclusivo das epidemias
generalizadas, que a OMS considera ser o caso do tabagismo. É
sobretudo por este motivo que a instituição tem vindo a alertar os
decisores políticos de nações um pouco por todo o mundo com a
apresentação de dados concretos que resultam de estudos
conduzidos pelos especialistas que ao longo de décadas têm vindo
a seguir atentamente a evolução do problema .
8. Consequências fatais do tabagismo
• Grande parte dos fumadores não tem consciência dos perigos a
que expõe o seu corpo a cada cigarro que acende e menos ainda
são aqueles que estão cientes de que os efeitos potencialmente
mortais deste vício não se manifestam a curto prazo mas após
anos de intensa preferência por aqueles.
9. • – Fumar aumenta em 700 por cento as possibilidades de Acidentes
Vasculares Cerebrais (AVC) e enfartes nas mulheres durante o
período de gravidez, as quais ficam também bastante vulneráveis à
contracção de cancro da mama e do útero. Para o bebé isso pode
significar uma maior propensão para a obesidade, estatura abaixo
da média, aparecimento de sequelas congénitas ou problemas
que podem ditar uma morte precoce nos primeiros meses de vida;
• – A impotência sexual é a consequência mais comum nos
homens, sendo esta uma condição irreversível que pode ser
atenuada com determinados medicamentos e recursos de ordem
natural, embora estes possam em contrapartida despoletar novos
problemas
10. Flagelo do tabagismo em Portugal
• Anualmente são mais de 12 mil as vítimas mortais provocadas directamente
pelo tabaco no nosso país, mas os números multiplicam-se a cada ano que
passa a um ritmo alarmante. Porém, as medidas de prevenção tardam em
ser implementadas e as recentes restrições continuam sem conseguir baixar
as percentagens negras desta calamidade.
• O último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), datado de
2008, amplia os contornos sombrios das consequências para os fumadores
ao afirmar que apenas 14 em cada 100 pessoas com cancro do pulmão – a
estripe mais fatal desta enfermidade – sobrevivem mais de cinco anos.
11. • Esta é mesmo a sexta causa de morte em Portugal, nação cujo sistema
nacional de saúde, o serviço público do sector, continua com uma diminuta
capacidade para lidar com a doença, seja por falta de meios técnicos ou
económicos, lacunas que cabe ao Estado resolver e parecem não ter fim à
vista num futuro próximo, pelo menos a julgar pelas políticas do respectivo
Ministério.
• Em território nacional a parcela superior dos fumadores é do sexo
masculino (38%), facto que mantém a tendência desde que há registos
desta realidade, demonstrando, no entanto, outro dado preocupante, a
ascensão da prevalência entre as fumadoras (15%), embora os valores
referidos digam respeito a estimativas da população lusitana incluída nas
faixas etárias dos 15 aos 75 anos, não abrangendo, portanto, todos os
demais
12. OUTRAS DROGAS
• Drogas: Heroína, Ecstasy, Anfetaminas ,Cannabis entre muitas outras;
• Os efeitos da heroína duram entre 4 a 6 horas. Inicialmente podem sentir-se
náuseas e vómitos que são depois substituídos por sensação de bem-estar,
excitação, euforia e prazer. Pode sentir-se uma sensação de tranquilidade,
alívio da dor e da ansiedade, diminuição do sentimento de desconfiança,
sonolência, incapacidade de concentração ou depressão. Para além disso,
pode ainda experimentar-se depressão do ciclo respiratório (causa de
morte por overdose), edema pulmonar, baixa de temperatura, impotência,
náuseas, vómitos, obstipação, pneumonia, bronquite ou morte.
13. • O Ecstasy pode provocar uma sensação de intimidade e de
proximidade com outras pessoas, aumento da percepção de
sensualidade, aumento da capacidade
comunicativa, loquacidade, euforia, despreocupação, autoconfiança,
expansão da perspectiva mental, incremento da consciência das
emoções, diminuição da agressividade ou perda da noção de espaço.
A nível físico pode ocorrer a contracção dos músculos da
mandíbula, taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da
boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em
caminhar, reflexos exaltados, vontade de
urinar, tremores, transpiração, cãibras ou dores musculares. Os
efeitos desaparecem 4 a 6 horas após o consumo. Podem ocorrer
algumas consequências residuais nas 40 horas posteriores ao
14. • O consumo de anfetaminas pode provocar hiper-actividade
e uma grande necessidade de movimento, às quais pode
associar-se o aumento da atenção e concentração (daí o
seu uso por estudantes). Paralelamente, a pessoa pode
perder o sono e a fome. O estado de excitação nervosa,
euforia, loquacidade e aumento do grau de confiança, pode
resultar numa diminuição da auto-crítica. No entanto, os
efeitos positivos transformam-se em negativos com alguma
rapidez, podendo a pessoa experimentar fadiga, depressão,
apatia ou agressividade (ocasionalmente). Os efeitos duram
entre 6 a 12 horas .
15. • A Cannabis actua dentro do nosso organismo, dentro das células do cérebro
e do sistema nervoso, provocando alterações a nível mental, mudanças de
humor e as alterações da coordenação motora.
• A Cannabis exerce três fases de efeito depois de fumada:
– 1- A fase de agitação: Na fase de agitação sente-se uma excitação,
dependendo do que se está a fazer no momento.
– 2- A fase da “Larica” : A fase da “larica” é uma fase detestada por
aqueles que têm alguns quilos a mais, pois esta fase faz com que o
desejo de comer se torne incontrolável, principalmente alimentos
doces.
– 3- A fase da sonolência : A sonolência é uma resultante parcial da
“larica”, ou seja, a alimentação excessiva feita depois de fumar, leva ao
sono, quase incontrolável.