6. Introdução
• A palavra administração vem do latim ad(direção,
tendência para) e minister (subordinação ou
obediência) significa aquele que realiza uma função
abaixo do comando de outrem, isto é aquele que
presta um serviço a outro.
• A tarefa da administração é interpretar os objetivos
propostos pela organização e transformá-los em
ação organizacional por meio de planejamento,
organização, direção e controle.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
7. Teoria Geral da administração
• A teoria geral da administração (TGA) é o conjunto
de teorias da administração que busca fundamentar
esta atividade e elevá-la à condição de ciência.
• Cada teoria apresenta as influências do momento
histórico de sua criação sob a forma de ênfases, ou
seja, cada teoria administrativa evidencia um
aspecto das organizações negando ou colocando em
segundo plano os outros aspectos.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
9. • Teoria Científica – Principal autor : Frederick Taylor
• Ênfase: Nas tarefas
• Proposta: aumento da produção pela eficiência do nível
operacional. O homem é motivado pela remuneração material
(Homo economicus).
• Princípios: Divisão do trabalho, especialização do operário,
padronização de tarefas e atividades. Os trabalhadores possuíam
incentivos salariais e prêmios compatíveis com a produção, estudo
dos tempos e movimentos (motion-time study), supervisão
funcional, condições ambientais do trabalho, estudo da fadiga
humana.
• Crítica: aspecto mecanicista: o homem era visto como uma peça
da engrenagem e não como um ser humano. A padronização induz
ao bloqueio da iniciativa e da criatividade dos trabalhadores.
• Influência na Enfermagem: Divisão de Atividades, Procedimento
padronizados (princípios científicos).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
10.
11. • Teoria Clássica – Principal autor: Henry Fayol
• Ênfase: Na estrutura
• Proposta: visa a eficiência da organização pela adoção de uma
estrutura e de um funcionamento compatível com essa
estrutura. Os seguidores desta teoria foram denominados
“anatomistas” e “fisiologistas” da organização.
• Para Fayol, em uma empresa coexistem 6 funções:
• Técnica;
• Comercial;
• Financeira;
• De Segurança;
• Contábil e
• Administrativa (definida como função de prever, organizar,
coordenar, comandar, controlar).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
12. • O processo administrativo (POCCC):
• Prever – Visualizar o futuro;
• Organizar – Constituir o duplo organismo material e social da empresa;
• Comandar – Dirigir e orientar o pessoal;
• Coordenar – Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços;
• Controlar – Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras
estabelecidas.
• Quanto mais organizado, maior a produção.
• Princípios: divisão horizontal do trabalho (subordinação total do
trabalhador ao seu chefe imediato), autoridade e responsabilidade,
disciplina, unidade de comando e direção, remuneração do pessoal,
centralização, subordinação e hierarquia, estrutura linear.
• Crítica: não admite a informalidade ,construída pelo relacionamento
interpessoal, e inibe a criatividade, por fixar as atividades administrativas
com regras.
• Influência na Enfermagem: organogramas representativos da
hierarquização do serviço de enfermagem em uma instituição hospitalar. A
preocupação com a quantidade do trabalho é maior do que com a
qualidade do trabalho.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
15. • Teoria das Relações Humanas –Principal autor: Elton Mayo
• Ênfase: Nas pessoas
• Proposta: enfatiza a variável pessoa ao invés da variável estrutura,
preocupando-se com o homem no trabalho (aspecto psicológico) e
com os grupos (aspecto sociológico), em lugar da inquietação com
os métodos de trabalho, as regras e as normas. Surge o “HOMEM
SOCIAL”, ou seja, motivado pela interação social.
• Princípios: recompensa social e enfoque de temas como:
motivação humana, liderança e comunicação e dinâmica de grupo.
Conceito de “organização informal”.
• A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de
compreender e de comunicar; A pessoa humana é motivada pela
necessidade de “estar junto” e de “ser reconhecido”
• Crítica: forma paternalista de Administração.
• Influência na Enfermagem: liderança como estratégia para conduzir
grupos e comunicação adequada (Registro de Enfermagem).
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18. • Teoria Burocrática – Principal autor: Max Weber
• Ênfase: Na estrutura
• Proposta: visava a organização sob o ponto de vista estruturalista
com enfoque na racionalidade. Organização, controle, autoridade e
poder de dominação. Mantém uma sistemática divisão de trabalho.
• Princípios: valorização da especialização profissional, remuneração
de acordo com o cargo e possibilidade de ascensão profissional,
meritocracia,
• Conceitos importantes:
• Autoridade = probabilidade de que um comando ou ordem seja
obedecido; Poder institucionalizado e oficializado. Poder =
Probabilidade de impor sua própria vontade dentro de uma relação
social.
• Para ter poder e autoridade é preciso ter Legitimidade = que é a
capacidade de justificar o seu exercício.
• Autoridade + poder gera dominação = significa que a vontade da
autoridade será obedecida;
• Para ter Dominação é necessário um Aparato
administrativo.(burocracia).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
19. • Disfunções da burocracia:
• Internalização das regras e apego aos regulamentos;
• Excesso de formalismo e de papelório,
• Resistência a mudanças;
• Despersonalização do relacionamento; Categorização como
base do processo decisorial;
• Superconformidade a rotinas e procedimentos;
• Exibição de sinais de autoridade;
• Conflitos com o público;
• Crítica: valorização das normas e regras em detrimento ao
contingente humano.
• Influência na Enfermagem: especialização da profissão,
valorização das regras e normas, disfunções da burocracia
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
21. • Teoria Comportamental.
• Ênfase: Nas pessoas e na estrutura
• Proposta: Na abordagem comportamental, a preocupação com a
“estrutura” transferiu-se para o “processo” e para a “dinâmica
organizacional”, ou seja, para o comportamento organizacional. A teoria
comportamentalista busca equilibrar o comportamento e a motivação do
funcionário com as necessidades da empresa.
• Princípios: Teoria das necessidades básicas (Maslow), Teoria dos 2 fatores
de Hezberg (fatores motivacionais x fatores higiênicos), Conceito de
Homem administrativo, Teoria das decisões. Teoria X e Teoria Y (Mc Gregor)
• Crítica: Relatividade da Teoria da motivação humana.
• Influência na Enfermagem: Valorização da motivação humana e do
fenômeno da liderança.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
22. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
• A estrutura organizacional refere-se à
maneira como um grupo é formado, suas
linhas de comunicação e seus meios de
canalização de autoridade e de tomada de
decisão.
• Cada organização possui uma estrutura
formal (planejada e informada/conhecida) e
uma informal (não planejada e oculta).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 22
23. Tipos de Representações
Gráficas
• Organograma – representação gráfica e abreviada da
estrutura organizacional, onde mostra as funções
desenvolvidas pelos órgãos, as atividades e/ou as
relações de interdependência entre os órgãos, os
níveis administrativos que compõem a organização e
representa a hierarquia institucional.
• Funcionograma – é um gráfico de organização, que
tem por finalidade o detalhamento das
atividades/tarefas que compõem uma função, da
qual se originou um órgão no organograma.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 23
24. Elementos
• Figura geométrica – retângulo
– Unidade de comando
– Representação dos órgãos
– Tamanho dos retângulos deve ser proporcional à
importância da hierarquia
– A hierarquia deve ser lida no sentido de cima para baixo
(vertical)
– Órgãos de mesma hierarquia permanecem na mesma linha
(horizontal)
• Linhas verticais e horizontais cheia.
• Linhas pontilhadas ou quebradas – representam os cargos do
corpo de funcionários (cargos de assessoria)
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 24
25. Significado dos componentes
Linhas de
comunicação
Autoridade e hierarquia
(cadeia de comando)
Unidades de trabalho (cargos e departamentos)
Divisão horizontal do trabalho
25
27. Tipos de estruturas Organizacionais
• Organização linear – não possuem cargos de assessoria,
apenas supervisão linear.
• Organização linha –staff, ou linha assessoria – possuem
cargos de assessoria
• Organização funcional - possuem cargos de assessoria e de
supervisão funcional
• Organização Matricial – Associa a estrutura tradicional a uma
estrutura de projetos
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 27
31. Estrutura matricial
Presidência
Diretoria de Diretoria de Diretoria de Diretoria de
Projetos Produção Qualidade Recursos Humanos
Projeto
A
Projeto
B
31
33. Conceitos importantes:
• Supervisão linear – Autoridade de um chefe sobre
tudo que acontece num setor. Ex: Chefe de
enfermagem da clínica médica.
• Supervisão funcional – Autoridade de chefe sobre
uma função onde quer que ela aconteça. Ex:
Comissão de curativos, Educação continuada.
• Assessoria – Não possui autoridade. Tem a função de
reunir, informações e dados para auxiliar o processo
de decisão dos chefes.
• Projeto – Atividade que possui prazo determinado
para acabar.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 33
34. Aspectos relativos a estrutura
• A-Divisão do trabalho e especialização:
• Tipos:
• Especialização Horizontal
(departamentalização)- especialização de
atividades num mesmo nível hierárquico.
• Especialização vertical (processo escalar)-
Especialização de atividades em níveis
hierárquicos diferentes.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 34
35. Tipos de autoridade
• Autoridade técnica: Autoridade apenas sobre
aspectos técnicos.
• Autoridade administrativa: Autoridade
apenas sobre aspectos administrativos.
• Autoridade integral: Autoridade sobre
aspectos técnicos e administrativos.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 35
37. • “Planejamento é a função administrativa que
determina antecipadamente o que se deve
fazer e quais os objetivos que devem ser
atingidos. É um modelo teórico pra a ação
futura.”
37
38. • Inativo – Os inativistas entendem que o statu
quo é o ambiente desejável.
• Reativo – Planejamento ocorre como reação a
um problema.
• Pré-ativo – Planejamento voltado para o
futuro sem levar em conta as experiências
passadas.
• Pro-ativo – Planejamento voltado para o
futuro considerando o presente e o passado.
38
39. • Conhecimento do sistema como um todo (sistema técnico
e sistema social).
• Determinação dos objetivos: Princípio da comunicação
total, princípio da coerência vertical, princípio da coerência
horizontal.
• Estabelecimento de prioridades;
• Seleção de recursos disponíveis.
• Estabelecimento do plano operacional: Planejamento
estratégico, tático, operacional;
• Desenvolvimento;
• Aperfeiçoamento;
39
42. Planejamento Estratégico
situacional (PES)
• A metodologia do planejamento estratégico situacional (PES)
tem como precursores os professores Carlos Matus e Mário
Testa. O seu pressuposto é de que não existe uma só
racionalidade no planejamento (a econômica) no campo das
políticas públicas, há também a influência de fatores políticos
e sociais.
• O Planejamento Estratégico e Situacional, sistematizado
originalmente pelo Economista chileno Carlos Matus, diz
respeito à gestão de governo, à arte de governar.
by Ismael Costa ismac@globo.com
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44. A técnica dos cenários
Cenários - as diversas realidades
Atores – participantes (executam ações/jogadas)
Paisagens - a parte fixa ou pouco mutável do cenário
(como organizações, estruturas e funções que pouco se
alteram durante o projeto).
Regras estabelecidas, que podem ser leis, normas,
regulamentos, preceitos, costumes, princípios,
tradições ou crenças.
Acumulações- conhecimentos pessoais, poder
econômico, poder político, liderança,
Fluxos -representam as ações ou movimentos que se
realizam dentro das regras
by Ismael Costa ismac@globo.com
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45. A governabilidade
• Diz-se que um ator tem Governabilidade
sobre um problema quando controla os
recursos necessários para realizar as jogadas.
• Do contrário, ele não terá governabilidade,
mas pode fazer demandas junto a outro ator
que tenha essa governabilidade. Caso esse
outro seja da oposição e, portanto, sem
chances de aderir ao projeto do ator, resta
denunciá-lo.
by Ismael Costa ismac@globo.com
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46. Zonas de governabilidade
• Zona I - Espaço de governabilidade. É o espaço onde se
situam as regras, acumulações e fluxos sobre os quais o ator
do problema tem governabilidade.
• Zona II - Espaço fora de governabilidade. É o espaço onde se
situam as regras, acumulações e fluxos fora de
governabilidade do ator, mas que fazem parte do problema.
• Zona III - Espaço fora do jogo. São as regras, acumulações e
fluxos fora do jogo, mas que podem influenciá-lo.
by Ismael Costa ismac@globo.com
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47. Tipos de Poder (MATUS 1996):
• Poder Político: relacionado a mandatos
políticos.
• Poder econômico: relacionado a quem detém
o controle de recursos financeiros
• Poder administrativo: relacionado a que
detém cargo público nas 3 esferas de poder
• Poder Técnico: quem detém o conhecimento
técnico
by Ismael Costa ismac@globo.com
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48. Os momentos do PES
• Momento Explicativo (substitui o antigo “diagnóstico): A
realidade é explicada mediante a seleção de problemas
relevantes, buscando-se uma compreensão mais amplia de
por que estes ocorrem e identificando-se os nós críticos, isto
é , os centros práticos de ação.
• Momento Normativo: inclui a identificação dos atores que
fazem parte do problema, a identificação dos recursos de
que esses atores dispõem para controlar as operações e o
peso de cada ator. Nos diferentes cenários , faz-se a projeção
de cada uma das operações pensadas.
by Ismael Costa ismac@globo.com
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49. • Momento Estratégico: Busca responder às seguintes
indagações: As operações do plano são viáveis nesse
momento? Quais as possíveis reações de cada ator envolvido
no problema? Como construir a viabilidade para as ações
inviáveis? O momento estratégico permeia todos os
momentos de elaboração e execução do plano.
• Momento Tático-Operacional : Consiste no momento de
implementação das ações propostas. Nesse momento , é
necessário fazer a mediação do plano na realidade, isto é,
adequá-lo diante das situações que se apresentam.
by Ismael Costa ismac@globo.com
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50. • Explicativo: como explicar a realidade?
• Normativo: como conceber o plano?
• Estratégico: como tornar viável o plano?
• Tático-operacional: como agir no cotidiano de
forma planejada?
by Ismael Costa ismac@globo.com
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52. Importância
• Os recursos materiais representam cerca de 75%
do capital das organizações; Os sistemas de
recursos materiais das organizações hospitalares
têm registrado cerca de 3000 a 6000 itens de
consumo.
• Estudos mostram que a diversidade de itens em
uma unidade básica de saúde é bem menor:
aproximadamente 110 itens.
• Um aspecto fundamental no gerenciamento de
recursos materiais nas organizações de saúde
refere-se à sua finalidade que é a assistência aos
clientes por meio de ações que não podem ser
interrompidas.
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53. Conceitos
• Administração de RM: envolve a totalidade dos fluxos de
materiais de uma organização(programação, compra,
recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação,
transporte interno, armazenamento no depósito de produtos
acabados).
• Suprimento: designa todas as atividades visam o
abastecimento de materiais para a produção, ou seja não
envolve o depósito de produtos acabados.
• Logística: é empregado para o armazenamento dos produtos
acabados e sua movimentação, ou seja, a distribuição física
até o cliente.
54.
55. FASES DA ADM. DE REC. MATERIAIS
Padronização
Especificação
Previsão
por finalidade
por duração
Suprimento Classificação por porte
por custo
por matéria-prima
Concorrência
Compra*
Licitação
Recebimento
Armazenamento
Distribuição*
Logística
de qualidade
Controle
de quantidade
56. Etapas
• Programação: inclui a padronização, a
especificação e a previsão.
• Padronização – determinação do tipo de
material a ser utilizado;
• Especificação – descrição das características
de cada material.
• Previsão – cálculo (estimativa) da quantidade
de material necessária para realizar as
atividades da organização ou setor.
57. Previsão
ES= 10 a 20% do CMM + CTR
Fórmula:
CM = CMM + ES CTR=CMM/30 x N
• CM = cota mensal, CMM= Consumo médio mensal, ES =
Estoque de segurança.
• Obs: A CMM é a média de valores utilizada nos últimos meses
(não inferior à 3 e não superior a 12 meses)
• Ex: Jan – 200, Fev-240, Mar-220 . CMM= soma dos 3 meses
dividida por 3 , ou seja, 660/3. CMM= 220.
• ES= 10 a 20% do CMM + CTR
• CTR=CMM/30 x N onde CTR = Consumo diário durante o
tempo de reposição e N= número de dias de espera para
reposição.
58. Continuação
• Quando a questão não informar o número de
dias de reposição , basta acrescentar o
percentual de estoque de segurança.
• Ex: CMM=220 + 10% = CM=242.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
59. Continuação
• Quando a questão informar o número de dias de reposição calcular o CTR
para acrescentar ao estoque de segurança
• ES= 10 a 20% do CMM + CTR
• CTR=CMM/30 x N onde CTR = Consumo diário durante o tempo de reposição
e N= número de dias de espera para reposição.
• Ex: Dias de reposição : 15, CMM=220
• CTR= (CMM/30 )x N
• CTR= 220/30 x 15
• CTR=110
• ES = 10 a 20%CMM + CTR
• ES = 22+110
• ES= 132
• CM= CMM+ES ,ou seja, CM = 220+132, CM=352
60. Provisão
• Técnica para manter o serviço abastecido de
material. São técnicas de reposição.
• Tipos:
• Sistema de provisão do tipo QUANTIDADE (considera
o cálculo do estoque mínimo).
• Sistema de provisão do tipo TEMPO (considera a
média de consumo por tempo)
• Sistema de provisão do tipo QUANTIDADE-TEMPO
(utilizada a média do tempo com o estoque mínimo)
• Sistema de provisão do tipo IMEDIATA POR
QUANTIDADE.
61. Processo de compra de material
• O processo de compra de material poderá
ocorrer na forma de concorrência nas
instituições privadas ou sob a forma de
licitação nas instituições públicas.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
62. Licitação (lei 8666/93):
• É o processo administrativo mediante a qual a administração pública
seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse,
visando proporcionar oportunidades iguais aos fornecedores.
• Modalidades de licitação (lei 8666/1993)
• Convite: Mínimo de 3 empresas (cadastradas ou não). (produtos de baixo
preço)
• Tomada de preço: A todos os interessados devidamente cadastrados ou
que tendam as condições do cadastramento. (preços médios)
• Concorrência: Interessados que comprovem possuir os requisitos mínimos
na fase de habilitação preliminar (altos preços)
• Concurso: Utilizada entre quaisquer interessados para escolha de trabalho
técnico e científico.
• Leilão: Utilizadas entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou legalmente apreendidos.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
63. Pregão
• Uma nova modalidade de licitação chamada pregão foi instituída
pela lei 10.520 de 2002.
• Observações sobre o pregão:
• VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes,
apresentarão declaração dando ciência de que cumprem
plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os
envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos,
procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da
conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no
instrumento convocatório;
• VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os
das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela
poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a
proclamação do vencedor;
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
64. Pregão
• IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições
definidas no inciso anterior, poderão os autores das
melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer
novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os
preços oferecidos;
• X - para julgamento e classificação das propostas, será
adotado o critério de menor preço, observados os prazos
máximos para fornecimento, as especificações técnicas e
parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos
no edital;
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
65. Controle de materiais
• Quantidade: controle de consumo, ficha de
estoque, livros, etc...
• Qualidade:Controle de uso, Manutenção
preventiva e corretiva, empréstimos e
transporte, emissão de parecer técnico.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
66. Classificação dos RM
• Classificam-se quanto à:
• Finalidade: uso a que se destina.
• Duração:
• Permanente: materiais com duração superior a 2 anos;
• Consumo: duração prevista para 2 anos no máximo.
• Porte :
• Pequeno: inaladores, pacotes de curativo.
• Médio: ventiladores respiratórios, aspiradores.
• Grande: autoclaves (vapor ou de óxido de etileno)
• Custo: Alto custo, baixo custo
• Matéria-prima: determina a forma de utilização, limpeza,
esterilização, acondicionamento, guarda e manutenção. Os mais
utilizados são os plásticos, silicones, vidros
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
68. • Dimensionamento de pessoal é a prática da estimativa de
profissionais necessários pra realização de uma atividade.
Para isso é necessário levar em conta dois aspectos: o
quantitativo e o qualitativo.
• A literatura sobre o assunto habitualmente refere o aspecto
qualitativo como o mais importante para o dimensionamento
da equipe, pois a capacidade de trabalho de cada profissional
é bastante heterogênea variando de acordo com a formação,
condições físicas, idade e etc.
69. • CCP – Cálculo dos cuidados progressivos
• SCP – Cuidados progressivos + constante
marinho
• Carga de Trabalho - GAIDZINSKY
70. • 1º Passo: Estimativa do perfil de cuidado (horas de assistência
do serviço): Cuidados mínimos (autocuidado), intermediários,
semi-intensivos e intensivos.
• Parâmetros da res.293/2004 do COFEN:
• 3,8 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência mínima
ou autocuidado;
• 5,6 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência
intermediária;
• 9,4 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência semi-
intensiva;
• 17,9 horas de Enfermagem, por cliente, na assistência
intensiva.
71. Sistema de classificação de pacientes
• Paciente de Cuidado Mínimo (PCM): cliente/paciente estável sob o
ponto de vista clínico e de enfermagem e auto-suficientes quanto
ao atendimento das necessidades humanas básicas;
• Paciente de Cuidados Intermediários (PCI): cliente/paciente
estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, requerendo
avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência
dos profissionais de enfermagem para o atendimento das
necessidades humanas básicas;
• Pacientes de Cuidados Semi-Intensivos (PCSI): cliente/paciente
recuperável, sem risco iminente de morte, passíveis de
instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de
enfermagem e médica permanente e especializada.
• Paciente de Cuidados Intensivos(PCIt): cliente/paciente grave e
recuperável, com risco iminente de morte, sujeitos à instabilidade
das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica
permanente e especializada.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
72. • 2º passo – Cálculo da FTE (força de trabalho
de enfermagem)
• Obs: para cada tipo de cuidado , um cálculo
diferente.
• Fórmula – FTE= (NC X HA X DS)/CHS
• NC = número de clientes, HA = horas de
assistência, DS= dias da semana, CHS= carga
horária semanal
73. • 3º passo : Cálculo do pessoal de enfermagem
(PE)
• PE = (FTE1 + FTE2 ... FTEN ) + ITS
• ITS = ÍNDICE TÉCNICO DE SEGURANÇA
74. • § 2º - O quantitativo de profissionais estabelecido deverá ser
acrescido de um índice de segurança técnica (IST) não
inferior a 15% do total.
• 1 - Para assistência mínima e intermediária: de 33 a 37% são
Enfermeiros (mínimo de seis) e os demais, Auxiliares e/ ou
Técnicos de Enfermagem;
• 2 - Para assistência semi-intensiva: de 42 a 46% são
Enfermeiros e os demais, Técnicos e Auxiliares de
Enfermagem;
• 3 - Para assistência intensiva: de 52 a 56% são Enfermeiros e
os demais, Técnicos de Enfermagem.
75. Carga de Trabalho (GAIDZINSKY)
• O cálculo de GAIDZINSKY inclui as seguintes variáveis: Carga
de trabalho , tempo efetivo do trabalho do profissional e
índice técnico de segurança.
• Carga de trabalho - C= Nj . Hj ONDE Nj=qte média diária de
pacientes segundo o grau de dependência (j), Hj é o tempo
média diário de cuidado por grau de dependência , j=grau de
dependência
• Tempo efetivo de trabalho- T(efetivo) = t.p ONDE t=jornada
de trabalho e p = proporção do tempo produtivo (cerca de
85% ou 0,85).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
76. Continuação
• Ausências previstas por folga semanal (E%) – E%= (e/d-e) .100 onde
e=nº de dias de folga; d=número de dias trabalhados.
• Ausências previstas por feriados (F%)- F%=(f/D-f).100 onde f-dias de
feriados, D=dias do ano
• Ausências previstas por férias (Vk%) – Vk%=(vk/D-vk) onde vk-média de
dias de férias; D=dias do ano
• Ausências não previstas (Ak%) – Ak%=(∑a k,i/D-∑a k,i).100 onde ∑a
k,i=somatório dos dias médios de ausência por cat. Profissional, D= dias
do ano.
• Logo ISTk%= {[(1+(E%/100) (1+(F%/100) (1+(Vk%/100) (1+(Ak%/100)] -
1}.100
• Assim Q=quantidade de profissionais
• Q=(∑C/∑t(efeƟvo)) . IST
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77. Intervalo
Produzido por Ismael Costa
ismac@globo.com
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www.blogprofismael.blogspot.com
78.
79. • Necessidade de profissionais capacitados para
o alcance dos objetivos da empresa;
• Necessidade de atualização;
• Integração de novos funcionários;
• Motivação do pessoal;
80. • “processo que inclui as experiências posteriores
ao adestramento inicial, que ajudam o pessoal a
apreender competências importantes para seu
trabalho”; (OMS)
• “processo permanente que se inicia após a
formação básica e está destinado a atualizar e
melhorar a capacidade de uma pessoa ou grupo,
frente às evoluções técnico-científicas e às
necessidades sociais”. (OPAS)
81. • Participar dos processos de mudança na
organização;
• Incentivar as pessoas ao auto-
desenvolvimento.
• Capacitar os enfermeiros para a difusão do
conhecimento
• Coordenar o processo de avaliação e
desempenho profissional;
82. • Fases:
• Diagnóstico Situacional.
• Objetivos.
• Metodologia/ Estratégia.
• Avaliação.
• Análise dos recursos e dos custos.
• Relatório Final
83. Tipos
• Orientação inicial - São programas para os funcionários recém-
admitidos. cm que estes recebem informações quanto à filosofia,
à política e estrutura do hospital; aos direitos e de veres; e à
planta física.
• Treinamento - São programas que objetivam preparar o
funcionário para melhor assumir um cargo ou função. Nesse
sentido, poderão ser aplicados tanto a indivíduos que estão sendo
admitidos na instituição como àqueles que irão assumir uma nova
posição hierárquica.
• Atualização - São programas em que os funcionários recebem
informações para melhorar e ampliar conhecimentos e
habilidades no seu campo específico de atuação. Esse tipo de
programa inclui cursos intra e extra instituição.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
84.
85. • É o processo de busca ativa ou de atração de
candidatos para os cargos existentes.
• O recrutamento deve ser um processo
contínuo.
• Recrutamento externo x Recrutamento
interno (oportunidades de ascensão).
86. Seleção
• Escolha fundamentada da pessoa para
desenvolver determinada atividade,
objetivando uma maior eficiência individual e
grupal.
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87. • Determinar a quantidade e os profissionais
necessários para o cumprimento da filosofia
da instituição e suas responsabilidades legais
e fiscais.
• Recrutar, entrevistar, selecionar e designar os
funcionários , com base nos padrões de
desempenho.
89. Recursos físicos
• Compreendem as áreas externas e internas que
compõem um serviço de saúde.
• Unidade: compreende o espaço físico determinado e
especializado para o desenvolvimento de atividades
assistenciais.
• Dimensão: refere-se ao tamanho da unidade em
função do equipamento, da população a ser
atendida e das atividades a serem realizadas.
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90. • Estabelecimento de assistência à saúde
(EAS) : é entendido como qualquer
edificação destinada à prestação de
assistência à saúde da população em
qualquer nível de complexidade.
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91. Gerenciamento de recursos
físicos
• Consiste na participação do enfermeiro na alocação
deste recursos, com o objetivo de promover
segurança, privacidade, conforto e adequadas
condições de trabalho.
• Para isso devemos considerar a legislação em vigor
como a RDC 50 da ANVISA (agência nacional de
vigilância sanitária).
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92. Outros fatores a considerar
• Modelo assistencial
• Aspectos técnicos
• Econômicos
• Ambientais
• Arquitetura
• Instalações (elétrica, hidráulica, climatização
etc...)
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94. • Tem como objetivo a atenção e cuidados com o meio
ambiente, no que se refere ao uso e descarte de
materiais e substâncias químicas e radioativas.
• Existem inúmeras divergências entre as legislações
que regulamentam estas atividades.
• É de responsabilidade dos serviços de saúde
TODO o processo de gerenciamento de resíduos
oriundos de seu funcionamento.
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95. Biossegurança
• É o conjunto de ações voltadas para a preservação,
minimização ou eliminação de riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção, ensino
desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, riscos que podem comprometer a saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
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96. Classificação
• Os resíduos de serviços de saúde quanto aos riscos
potenciais poluidores do meio ambiente e prejudiciais
à saúde pública, segundo as suas características
biológicas, físicas, químicas, estado da matéria e
origem, para o seu manejo seguro, são agrupados
com termos técnicos definidos Resolução RDC nº 33,
de 25 de maio de 2003 (Anvisa) e RDC 306/2004. A
ABNT tem outra referência de classificação (NBR
12807-1993). Há ainda a resolução do CONAMA
358/2005.
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97. Classificação
• Grupo A: Resíduos infectantes, que por suas
características de maior virulência, infectividade e
concentração de patógenos, apresenta risco
potencial adicional à saúde pública;
• Grupo B: Químicos - resíduos contendo substâncias
químicas que apresentam risco à saúde pública ou
ao meio ambiente, independente de suas
características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
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98. • Grupo C: Rejeitos radioativos .
• São considerados rejeitos radioativos quaisquer
materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de isenção especificados na
norma Cnen-NE-6.02 . .Licenciamento de Instalações
Radiativas., e para os quais a reutilização é imprópria
ou não prevista.
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99. • Grupo D: Resíduos comuns - são todos os resíduos gerados nos
serviços de saúde e que, por suas características, não
necessitam de processos diferenciados relacionados ao
acondicionamento, identificação e tratamento, devendo ser
considerados resíduos sólidos urbanos . RSU. Por sua
semelhança aos resíduos domiciliares, não apresentam risco
adicional à saúde pública.
• Grupo E: Perfurocortantes - são os objetos e instrumentos
contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e
agudas, capazes de cortar ou perfurar.
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101. PGRSS
• Plano de gerenciamento de RSS (PGRSS).
• Os resíduos produzidos pelos
estabelecimentos de saúde devem ser
gerenciados, intra e extra empreendimento,
Todo gerador de RSS deverá elaborar o Plano
de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde (PGRSS), de acordo com as Normas
estabelecidas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
102. Observações – Res. CONAMA
358/2005
• Art. 5o O PGRSS deverá ser elaborado por profissional de nível
superior, habilitado pelo seu conselho de classe, com apresentação
de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART, Certificado de
Responsabilidade Técnica ou documento similar, quando couber.
• Art. 14. É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no
momento da geração, de acordo com suas características, para fins
de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos,
garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente.
• Art. 26. Aos órgãos ambientais competentes, integrantes do
Sistema Nacional de Meio Ambiente-SISNAMA, incumbe a
aplicação desta Resolução, cabendo-lhes a fiscalização, bem como
a imposição das penalidades administrativas previstas na
legislação pertinente.
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103. Termos RDC 306
• 1 - MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de
gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
estabelecimento, desde a geração até a disposição final,
incluindo as seguintes etapas:
• 1.1 - SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no
momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e
os riscos envolvidos.
• 1.2 - ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os
resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A
capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
104. Termos RDC 306
• 1.3 - IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas que
permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
• 1.4 - TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos
dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento
temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
• 1.4.2 - Os recipientes para transporte interno devem ser
constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido de
tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e
bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo
correspondente ao risco do resíduo neles contidos, de acordo
com este Regulamento Técnico.
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105. • 1.5 - ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Consiste na guarda
temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados,
em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos
geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
• 1.5.2 - A sala para guarda de recipientes de transporte interno de
resíduos deve ter pisos e paredes lisas e laváveis, sendo o piso ainda
resistente ao tráfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de
iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois
recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de
armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para o
armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “SALA DE
RESÍDUOS”.
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106. • 1.6 TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que
modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao
meio ambiente.
• 1.7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO - Consiste na guarda dos recipientes de
resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo
com acesso facilitado para os veículos coletores.
• 1.7.1 - No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos
de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
• 1.8 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS -Consistem na remoção dos RSS do
abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da
população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações
dos órgãos de limpeza urbana.
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107. • 1.9 - DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos
no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo
a critérios técnicos de construção e operação, e com
licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA nº.237/97.
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110. Introdução
• A necessidade de:
• reduzir os riscos de iatrogenia,
• de reduzir os custos com ações judiciais,
• de fazer a melhor adequação custo x
eficiência impõe aos serviços de saúde a
prática do controle de qualidade.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
111. Conceito
• Refere-se às atividades que avaliam, monitoram ou
regulamentam os serviços prestados aos
consumidores. Na enfermagem, o objetivo do
cuidado com qualidade é assegurar qualidade e, o
mesmo tempo, atender as metas planejadas.
• Segundo DONABEDIAM (1980) “Qualidade da
assistência à saúde deve maximizar medidas
abrangentes para o bem-estar do cliente, em todas
as suas partes, tomando em consideração o
equilíbrio entre ganhos e perdas, inerentes ao
processo de atenção médico hospitalar”.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
112. Evolução do conceito de
qualidade
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
113. Características
• A qualidade se dá em um continuum , de
inaceitável a excelente;
• O foco recai nos serviços oferecidos pelo sistema
de prestação de cuidados em saúde, em oposição
aos comportamentos individuais;
• A qualidade pode ser avaliada a partir da
perspectiva dos indivíduos, populações ou
comunidades.
• A ênfase está nos resultados de saúde desejados;
• Evidências de pesquisas definirão aquilo que
melhora os resultados de saúde.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
114. Etapas
• É determinado um critério ou padrão.
• São coletadas informações pra observar se o
padrão foi alcançado.
• São tomadas medidas educativas ou
corretivas se o critério não foi atendido
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115. Desenvolvimento de padrões
• Um padrão é um nível predeterminado de excelência que
funciona como um modelo a ser seguido e praticado. Os
padrões possuem características distintivas, são
predeterminados, estabelecidos por uma autoridade e
comunicados às pessoas influenciadas por eles, sendo aceitos
pelos indivíduos. Pelo fato de os padrões serem empregados
como instrumentos de medida, devem ser objetivos,
mensuráveis e atingíveis.
• Exemplo: “A coleta de dados sobre o estado de saúde dos
clientes é sistemática e contínua. Os dados são acessíveis,
comunicados e registrados”. (ANA[1], 1973)
•
[1] Associação Norte-americana de enfermagem.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
116. Conceitos - Donabediam
• ESTRUTURA - recursos físicos, humanos, materiais e
financeiros necessários para a assistência médica.
Inclui financiamento e disponibilidade de mão-de-
obra qualificada.
• PROCESSO - atividades envolvendo profissionais de
saúde e pacientes, com base em padrões aceitos. A
análise pode ser sob o ponto de vista técnico e/ou
administrativo.
• RESULTADO - produto final da assistência prestada,
considerando saúde, satisfação de padrões e de
expectativas.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
117. Os 7 pilares de Donabediam
1. EFICÁCIA - capacidade de a arte e a ciência da medicina
produzirem melhorias na saúde e no bem-estar. Significa o
melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis, dado
o estado do paciente e mantidas constantes as demais
circunstâncias.
2. EFETIVIDADE - melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas
condições usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a
qualidade, a efetividade pode ser mais precisamente
especificada como sendo o grau em que o cuidado, cuja
qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de melhoria
da saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como
alcançáveis.
3. EFICIÊNCIA - é a medida do custo com o qual uma dada
melhoria na saúde é alcançada. Se duas estratégias de cuidado
são igualmente eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de
menor custo.
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118. 4. OTIMIZAÇÃO - torna-se relevante à medida que os efeitos do cuidado da saúde
não são avaliados em forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa
curva ideal, o processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional aos
custos acrescidos, que tais "adições" úteis perdem a razão de ser.
5. ACEITABILIDADE - sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas
e valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e
otimização, além da acessibilidade do cuidado, das características da relação
médico-paciente e das amenidades do cuidado.
6. LEGITIMIDADE - aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela
comunidade ou sociedade em geral.
7. EQÜIDADE - princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na
distribuição do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma
população. A eqüidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os
indivíduos e legítimo para a sociedade.
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119. Os 5s - conceito
• O 5S foi desenvolvido há décadas no Japão, e a
prática, junto com o conceito de Qualidade Total,
tornou-se eficiente ferramenta para a melhoria
contínua da qualidade e produtividade.
• O processo do 5S, isto é, a prática de “bons hábitos”,
parte do princípio de que as pessoas mudam o
comportamento influenciadas por projetos bem-
sucedidos de comportamento grupal e pelas
condições ambientais que o cercam
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
120. Os elementos dos 5s
SEIRI: Seleção, utilização, descarte.
Tem como objetivo eliminar o que não tem utilidade. Liberar
espaço para realizar a arrumação e a organização.
SEITON: Arrumação, organização.
Depois de jogar fora o que não serve pra nada, é hora jogar
coisas importantes no lugar apropriado. Uma boa arrumação
permite diminuir o desperdício de tempo e materiais, além de
reduzir custos desnecessários (com manutenção, espaço,
limpeza, etc.). Lembre-se do princípio da ordem da teoria
clássica da administração: “Um lugar pra cada coisa, cada
coisa em seu lugar”.
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121. Cont.
SEISO: limpeza.
É mais fácil manter a limpeza daquilo que está organizado e
tem utilidade certa.
SEIKETSU: padronização.
Utilizando muitas vezes a descrição de processos que
objetivam padronizar a organização, arrumação e rotina de
limpeza, o verdadeiro foco é a transformação cultural das
pessoas.
SHITSUKE: autodisciplina, ordem mantida.
Significa atitude positiva, colaboração, responsabilidade e
respeito ao próximo. As pessoas adquirem a compreensão
dos valores necessários para a convivência com o grupo de
trabalho e com o público em geral.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
122. O benchmarking
• O Benchmarking é um método que tem como
objetivo a comparação entre referências
(benchmarks) de processos, práticas ou medidas de
desempenho (exemplos: satisfação do cliente,
motivação dos empregados, resultados da empresa)
entre organizações, para levá-las a níveis de
superioridade e vantagem competitiva. Baseia-se no
enfoque de que a maneira eficaz para promover uma
mudança é aprendendo com a experiência dos
outros.
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123. Cont.
O benchmarking deve estar focalizado
naqueles poucos processos vitais que
exercerão maior influência na obtenção dos
objetivos da empresa.
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124. Tipos de avaliação
• Habilitação ou Alvará: trata-se de uma avaliação executada
pela autoridade sanitária jurisdicional. Pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária ou por entidade delegada para esse
propósito.
• Categorização: refere-se à classificação de unidades
ambulatoriais ou de internação, de acordo com critérios
determinados como: graus de complexidade e prevenção de
riscos, de especialidades médicas e de outros serviços;
• Programas de auto-avaliação: são métodos de monitoração
como: reuniões anátomo-patológicas Discussões de casos
clínicos ou revisões de prontuários.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
125. • Outras maneiras, também, podem ser
utilizadas, considerando critérios explícitos e
aceitáveis de desempenho que são
comparados com a atenção oferecida
(controle de infecção, morbidade, grau de
satisfação individual e da familia, referência e
contra-referência entre uma rede de
serviços);
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
127. Indicadores
• O indicador é uma unidade de medida de uma atividade, com a
qual está relacionado, ou, ainda, uma medida quantitativa que
pode ser usada como um guia para monitorar e avaliar a
qualidade assistencial e as atividades de um serviço (JCAHO,
1992).
• Constata-se que os indicadores são construídos mediante uma
expressão matemática, em que o numerador representa o total de
eventos predefinidos e o denominador, a população de risco
selecionada, observando-se a confiabilidade, a validade, a
sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo dos dados.
• BITTAR (2001) refere que o indicador é um sinalizador que
identifica ou dirige a atenção para assuntos específicos de
resultados em uma organização de saúde, devendo periodicamente
ser revisto.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
128. ACREDITAÇÃO
• Processo de avaliação de unidades de saúde relativamente
novo e que é definido como um sistema de avaliação e
certificação da qualidade dos serviços de saúde. Pode ser
visto como um programa de educação permanente, e não
como fiscalizador.
• Diferentemente da auditoria, o processo de acreditação não
avalia um serviço, ele avalia todo o complexo de saúde. A
acreditação é dividida por níveis e para alcançar o nível mais
alto de todos os níveis anteriores devem ser contemplados
129. • Organizações acredidatoras no Brasil:
• JCAHO/CBA – Joint Comition (internacional)
• ONA – Organização nacional de acreditação
(nacional)
• CQH – Consórcio qualidade hospitalar
(nacional)
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública
130. NÍVEIS DE ACREDITAÇÃO
Níveis Critérios de Avaliação
Nível 1 Segurança
Nível 2 Segurança e organização
Nível 3 Segurança, organização e as práticas de gestão e qualidade.
132. Conceitos de Liderança
• A liderança pode ser visualizada sob diversos ângulos, a
saber:
1. Liderança como um fenômeno de influência interpessoal;
2. Liderança como um processo de redução de incerteza de um
grupo;
3. Liderança como uma relação funcional entre líder e
subordinado;
4. Liderança como um processo em função do líder, dos
seguidores e de variáveis da situação.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 132
133. Teorias sobre liderança
• Teoria do Grande Homem
• Teoria dos traços de personalidade
• Teorias dos estilos de liderança
• Teorias situacionais de liderança
• Teoria interacional de liderança.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 133
134. • Teoria do Grande Homem – Liderança como vocação inata (uns
nascem para liderar outros para serem liderados)
• Teorias de Traços de Personalidade - Um traço é uma qualidade
ou característica distintiva da personalidade.
• Segundo estas teorias, o líder é aquele que possui alguns traços
específicos de personalidade que o distinguem das demais
pessoas. Assim, o líder apresenta características marcantes de
personalidade através das quais pode influenciar o
comportamento das demais pessoas.
• Obs: As duas teorias acima caíram em descrédito.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 134
135. Teoria dos estilos de liderança
• São as teorias que estudam a liderança em
termos de estilos de comportamento do líder
em relação aos seus subordinados, isto é,
maneiras pelas quais o líder orienta sua
conduta.
• Liderança autocrática,
• Liberal (laissez-faire),
• Democrática.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 135
136. Teorias situacionais de liderança
• São as teorias que procuram explicar a liderança
dentro de um contexto bem mais amplo do que as
teorias anteriormente apresentadas.
• Enquanto as teorias de traços de personalidade são
demasiado simplistas e limitadas , as teorias sobre
estilos de liderança também deixam de considerar
variáveis situacionais importantes e que não podem
ser desprezadas.
• As teorias situacionais partem do principio de que não
existe um único estilo ou característica de liderança
válida para toda e qualquer situação.
• A recíproca é que é verdadeira: cada tipo de situação
requer um tipo de liderança diferente para se alcançar
a eficácia dos subordinados.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 136
137. O "Continuum" de Liderança -Tannenbaum e
Schmidt (1958)
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 137
138. Teoria interacional de liderança
• A premissa básica da teoria interacional é a de
que o comportamento de liderança costuma
ser determinado pela relação entre a
personalidade do líder e a situação
específica.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 138
139. Líder Transformacional x Líder
Transacional
• Segundo Burns (1978), líderes e liderados possuem capacidade
de elevar uns aos outros a níveis mais altos de motivação e
moralidade. Identificando tal idéia como liderança
transformacional, ele defendeu a existência de dois tipos de
líderes em cargos administrativos.
• O administrador tradicional, preocupado com as operações
cotidianas, foi chamado de líder transacional; o administrador
comprometido, que possui maior visão e é capaz de fortalecer
os outros com ela foi chamado de líder transformacional.
• Ainda que qualidades transformacionais sejam desejáveis,
precisam ser acompanhadas de qualidades transacionais, pois
estas fazem parte do processo administrativo do dia-a-dia.
Legislação do sus, administração em enfermagem, saúde pública 139
140. Líder Transacional x
Transformacional
• TRANSACIONAL • TRANSFORMACIONAL
• Tem o foco nas tarefas • Identifica valores comuns
administrativas • É comprometido
• É zeloso • Inspira os outros com a
• Usa a negociação para visão
alcançar as metas • Tem uma visão a longo
• Valores partilhados não são prazo
identificados • Busca os efeitos
• Examina as causas • Delega poder.
• Usa recompensa por
contingência
140