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 A descoberta da radiação logo
    interessou a biologia e às ciências
    médicas.
   Porquê?




Imagens são reconstruídas a
partir de
projeções de raios X;
 Os       radioisótopos    podem          ser
  classificados em naturais e artificiais.
 A emissão radioativa altera a estrutura
  atômica do emissor pois modifica a
  composição e a energia do seu núcleo.
 Os isótopos que emitem radiação são
  chamados de radionuclídeos.
 Estes são instáveis e emitem radiação
  liberando o excesso de energia que
  possuem.
 Os    principais elementos radioativos
  usados no tratamento de tumores são:
  césio-137, cobalto-60 e rádio-226.
 Kanadá (século 10 a.c), Democritus (século
  5 a.c), Lavoisier e Dalton acreditavam que
  a matéria era formada         por partículas
  maciças indivisíveis.
 Robert Boyle (1961) usou a expressão
  “elemento” para identificar a porção da
  matéria que não poderia ser decomposta
  em partes mais simples.
 Lavoisier   diferenciou     elemento     de
  composto químico.
 Boltwood descobriu o iônio e mostrou
  que ele não poderia ser separado do
  tório por técnicas químicas.
 Em 1896 foi descoberta a primeira
  partícula subatômica, o próton, que
  formava os raios canais de Goldstein.
 1897 Thomson descobriu o elétron.
 Rutherford, em 1911, mostrou que o átomo
  não era uma esfera maciça. Modelo do
  sistema solar. Esse modelo apresentou dois
  obstáculos.
1- Não explicava as Bandas espectrais
  emitidas por átomos excitados, porque não
  admitia a teoria da mecânica quântica.
2- Todo corpo acelerado deveria ganhar ou
  perder energia.
Niels Bhor (1913) ao lado de Rutherford
propôs um novo modelo atômico. No
qual os elétrons giram em torno do
núcleo,em órbitas circulares, ocupando
orbitais específicos. Ao ganhar energia
esses elétrons poderiam saltar para
orbitais mais externos.
   Einstein com sua teoria da relatividade
    acrescentou importantes conceitos aos
    modelos de Rutherford e Bohr.

                           Explicou os achados
                           espectroscópicos que
                           revelaram ser os
                           espectros constituídos
                           por uma série de
                           bandas largas.
   Sommerfeld idealizou órbitas elípticas
    para os elétrons ao invés das circulares
    de Bohr.




   Schrodinger propôs que os elétrons deveriam
    atuar como ondas, baseou-se na idéia do
    binômio partícula-onda proposto por De
    Broglie.
    No estudo dos radionuclídeos será adotado o
     modelo de Bohr.

1. Praticamente toda a massa atômica está
   concentrada no núcleo e os elétrons girando
   em torno dele.
2. O número de prótons será chamado de
   número atômico (Z).
3. Massa atômica (A)= Prótons + nêutrons, é
   calculada tomando-se como referência a
   massa do carbono que é igual a 12.
 Cada elemento é ordenado de acordo
  com seu número atômico.
 Colunas são as famílias e elementos de
  um     mesmo     grupo      apresentam
  propriedades químicas semelhantes.
 Em 1967, Niepce de Saint-Victor foi o
  primeiro a observar os efeitos das
  radiações nucleares, ele percebeu que
  uma emulsão de cloreto de prata era
  velada quando posta em presença de
  sais de urânio.
 Becquerel (1896) repetiu o experimento
  e descobriu a radioatividade do urânio.
   Em 1898 Pierre e Marie Curie
    descreveram o rádio e o polônio como
    elementos dotados de radioatividade
    natural.
 Rutherford concluiu que existiam dois tipos
  de radiações e denominou-as alfa e
  beta.
 Curie e Villard descobriram       os raios
  gama, que não sofriam desvios quando
  submetidos a um campo elétrico.
 A emissão gama nunca é efeito
  primário, geralmente é precedida por
  uma emissão alfa ou beta.
 Rutherford analisando as partículas alfa
  mostrou que eram semelhantes ao
  núcleo do hélio.
 As partículas betas são constituídas por
  elétrons dotados de alta velocidade.
I
 13153 78   ,
 131 representa a massa atômica A;
 53 representa o número atômico Z;
 78 A-Z que corresponde ao número de nêutros.
 131I- Radionuclídeo iodo-131 em estado ionizado.
 131I* Radionuclídeo iodo-131 com núcleo em
  estado excitado.
 131I ou 131I0 Radionuclídeo iodo-131 em estado
  fundamental.
 Isótopos
 125I, 126I, 127I, 128I, 129I, 130I, 131I são isótopos
  do iodo.
 Os radioisótopos ou radionuclídeos
 Decaimento ou transformação nuclear
 Instabilidade nuclear
 Isômeros
14C   ---------------   +   N
6
   Estabilidade Nuclear: - Força Forte
                          - Força Superforte
                          - Força Fraca
 Núcleos instáveis que emitem energia e
  aumentam sua estabilidade.
 Desaparece o átomo-pai e forma-se o
  átomo-filho através.
 Emissão de energia sob a forma de
  radiações alfa e beta, acompanhada
  ou não por radiação gama.
 Z menor que 20 com Z=N são estáveis
  (Z/N =1).
 Ex: C14 onde Z/N= 1,33, quando perde
  um nêutron e se transforma em N14
  torna-se estável.
 Linha de estabilida
de.

   Não é possível saber qual o momento
    da transmutação, nem com qual núcleo
    irá primeiro ocorrer.
Radiação        Símbolo   Carga Faixa de Penetração
                                Energia
                                  (MeV)
                                          Ar          Água
Alfa            α         +2    3-9       3-9 cm      25-45 μm
Beta Negativa   β-        -1    0-3       0-10 m      0-1 mm
Beta Positiva   β         +1    0-3       0-10 m      0-1 mm
Nêutrons        n         0     0-10      0-100 m     0-1 m
Gama            γ         0     0,01-10   Até 100 m   Até 10 cm
 Para Becquerel e para os Curie o Urânio
  e o Rádio eram fontes inesgotáveis de
  energia.
 Owen, Rutherford e Soddy (1988-1902)
  perceberam que alguns elementos
  perdiam sua capacidade de emitir
  radiação.
 Rutherford     chamou       isso     de
  decaimento,       e    as       reações
  intranucleares para que ele ocorra, de
  desintegração.
   A desintegração de uma população de
    átomos instáveis se dá de acordo com a
    equação:

                  N = No . e-λ.t
   Quantidade    de átomos que sofrem
    desintegração na unidade de tempo.



   Com o auxílio do cáuculo integral temos
    que:
              A = Ao . e-λ.t
   Bequerel (Bq) - SI

                 1 Bq = 1 dps

   Curie (Ci)

                1 Ci = 3,7 x 1010 dps (equivale
    a 1g de rádio-226)
   Se e usarmos para t = t1/2                como
    consequência N = No/2, temos:

                No/2 = No .e-λ.t
             ln (1/2) = ln (.e-λ.t)
          ln 1 – ln 2 = - λ t1/2 ln e
                 -ln 2 = - λ t1/2
                  ln 2 = λ t1/2
      λ = ln 2/ t1/2 ou          λ = 0,693/ t1/2
 Símbolos e Convenções:
  -Nas formas de decaimento radioativo são
  representadas      inicialmente  com   o
  elemento-pai e termina com o elemento-
  filho.
 Decaimento com emissão:
-de partículas negativas-( )
-de partículas positivas – ( )
-gama – ( )
 Nível de energia: quantificado em MeV
 Geralmente acontece com elementos
  que possuem número atômico maior
  que 82.
 De grande interesse tende a se fixar nos
  ossos.
  O Decaimento do radionuclídeo Radio-226
  transforma este em Radônio-222 que ser’a
  transformado em Chumbo-210 depois de
  sucessivas emissões de radiação.
 Essa emissão pode ocorrer com quatro
  energias diferentes.
 - 94,6%: 4,87 MeV - direto
 - 5,4%: o deixa excitado em 0,19 MeV por
  0,3 ns
 - Ainda existem as energias 0,6 MeV e a,45
  MeV.
 Outro caso é o do Polônio-214, onde ele
  se transforma em Chumbo-210 (99,9
  %), com a emissão de uma partícula α1
  com 7,686 MeV.
 Se ao invés da partícula α1for emitida
  uma partícula α2, com 6,904 MeV o
  núcleo fica excitado e logo ocorre uma
  emissão gama com 0,800 MeV e com
  isso o Polônio-214 transform-se em
  Chumbo-210.
  O tempo de meia-vida                  dos
  radionuclídios        é       inversamente
  proporcional à energia das partículas α
  emitidas – Rutherford.
   As partículas α se propagam no ar em
  trajetórias quase retilíneas.
 À medida que as partículas α se
  propagam,      elas      perdem     energia
  cinética por meio da colisão ou
  interação     de    campo       elétrico   (
  excitação ou ionização).
 Câmara de Wilson
 Alguns elétrons podem ganhar energia
  bastante para produzir ionizações
  secundárias.
 “Straggling” : Ocorre no momento em
  que a partícula α atrai dois elétrons do
  meio e então sofre neutralização, após
  transferir sua energia a outras partículas
  ao interagir essas.
Três formas:
 Emissão de négatrons (β-)
 Emissão de pósitrons (β +)
 Captura de elétrons (EC)


Importância na MEDICINA:
 Atuam como traçadores
Emissão de négatrons (β-)

       AX 0           AY   + β- + νˉ + γ + Q
      z         Z+1

O elemento Y formado tem numero Atômico maior
uma unidade.

Há conversão de Nêutrons em Prótons:
A conversão dos Nêutrons em Prótons
  aumentam estabilidade do núcleo.
Uma parte da energia de conversão é
  transportada pelo Antineutrino.

 Descoberta por Pauli, em 1931.
 Não possui carga elétrica
 Massa desprezível
 Difícil detecção
A emissão Gama pode ou não estar
  associada à emissão beta negativa.

   Toda energia retirada > não há emissão

Interação das partículas beta negativas:
 Ocorre devido a sua massa e carga
   elétrica.
 Ocorre com os núcleos ou eletróns dos
   átomos do meio.
Se ocorrer no núcleo pode ser:
 Elástica: há conservação da energia cinética
 Inelástica: há redução da energia cinética


Atração para o interior do núcleo > cede toda
  a energia .
Atração proximidades do átomo > desvio da
  trajetória.
A quantidade de energia perdida depende do
  grau de desaceleração que sofre.
BREMSSTRAHLUNG
Propagação no AR:
 Interação com elétrons
 Excitação dos átomos do meio
 Deslocamento de elétrons das camadas
  K, L, M > produção de raios X
  característicos.
Emissão de Pósitrons

                   Equação Geral
           AX0         AY + β+ + ν + γ + Q
       z           Z-1


Nota-se:
 Número de massa constante
 Numero atômico diminuído de uma unidade
 Presença de neutrino
Conversão de Prótons em Nêutrons:
1. Relação nêutrons/prótons desfavorável
2. A conversão busca estabilizar o núcleo.


Cada partícula β+ pode transportar um valor
  máximo de energia. Caso, dada partícula
     não alcance esse valor, o neutrino
     transporta essa diferença energética.

É preciso lembrar !!
Nêutron > próton : pode ser espontânea
Próton > nêutron : requer energia (ligações
   intranucleares.
Interação

   O pósitron é uma partícula efêmera, já que
    é uma antiparticula dos elétrons e, com
    eles, interage rapidamente, sofrendo
    ANIQUILAÇÃO.

   Aniquilação: Transformação da matéria e
    da antimatéria em energia
    eletromagnética.

   Essa energia aparece sob forma de dois
    fótons.
Por captura de elétron orbital

125I   e   55Fe

                         Equação geral
                     AX0      AY + ν + γ + Q
                    z      Z-1


Núcleo captura e- > interação com próton para
  formação de nêutron.
               e- + p+     n + ν

Nota-se:
 Redução do número atômico
Captura K
 90 % dos elétrons são da camada K


Retirada de um elétron : desequilíbrio da
  eletrosfera >> preenchimento do espaço >>
  salto de camadas >> emissão de raios X
  característicos.
Esses raios emitidos excitam e- do meio

Elétrons de AUGER > e- ejetados
Efeito fotoelétrico interno – interação dos fótons
  com os elétrons orbitários.
 Princípio
  baseado na
  repulsão de dois
  corpos
  eletrizados com
  mesma carga
 Permite
  conhecer o sinal
  da carga elétrica
  de um corpo
 Versão moderna
  do Eletroscópio de
  folhas de ouro
 Mesmo princípio
  do E.F.O.
 Pode ser usado
  para ler doses de
  radiação (rad,
  Gy)
   Contém: Argônio,
    Hélio ou Neônio e
    mais um gás
    halógeno ou um
    orgânico como o
    metano ou o
    butano
   Ocorre uma
    redução de
    potencial entre os
    eletrodos que pode
    ser detectada
 Radiações alfa e beta + e – do Argônio
 Emissão de radiação ultravioleta ou raios
  X
 Efeito avalanche

      Gases Halógenos x Gases
   Orgânicos
Durabilidade: Mais      Menos
Eficiência:      Menos    Mais
Efeito da tensão elétrica
        aplicada


Uso dos contadores G-M
   O que são cintiladores?

   Constituição
                -Solvente orgânico (compostos aromáticos
    e tolueno,por exemplo)

                     -Substância Cintiladora(PPO,Butil-
    PBD,BBOT,Bis-MSB,POPOP,Dimetil-POPOP)

                     -Quenchers (acetona,oxigênio ou
    halogênios)

                              Químicos
                              “De cor”
   1°-Radiação incide sobre moléculas do solvente
   2°-Excitação/Perda de excesso de energia
   3°-Excitação de moléculas cintiladoras primárias
   4°-Emissão de fótons/transferência de excesso de
    energia para moléculas cintiladoras secundárias
   5°-Passagem das moléculas cintiladoras
    secundárias de um equilíbrio estável para um
    metaestado
   6°-Desexcitação e emissão de fótons

      *Ação dos quenchers(químicos ou “de cor) e a
    excitação do fotocátodo
Radiação ionizante

     ↓       ↓
 ↓       ↓
Mº           M*
 ↓            ↓

M*           Mº
 ↓

Mº
 ↓
S1       →       hv1 (poucos destes fótons chegam ao fotocátodo)*
 ↓
S2
 ↓

S2*
 ↓
hv2
Mº-Molécula do solvente

M*-Molécula do solvente excitada
S1- Molécula cintiladora primária
S2-Molécula cintiladora secundária
C-Quencher
* hv1 - a maioria é capturada pelos quenchers (químicos ou “de cor”)
     Cº → C*→ calor
                ↓
            “desexcitação”
   O que é junção pn?
               O que é Doping?

                 Átomos “dopantes”:

    N,P,As,Sb(pentavalentes),B,Al,Ga,In(trivalentes)

      Semicondutor p X Semicondutor n
Junção pn
*Zona de depleção
   Naturais X Artificiais

   Naturais
      * Bombardeio da radiação cósmica



    Artificiais
   Mecanismos clínicos



       Tomografia por emissão de pósitrons




       Tratamento de Neoplasias malignas



       Farmacologia
O acelerador de partículas Ciclotron   O radiofármaco é sintetizado
RDS 111 é dedicado à produção do       em células blindadas, próprias
radioisótopo flúor-18                  para manuseio de materiais
                                       radioativos
Rosa de Hiroshima
(1973)

Composição: Vinícius
de Moraes e Gerson
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Mudas telepáticas      Da rosa da rosa
Pensem nas meninas     Da rosa de Hiroshima
Cegas inexatas         A rosa hereditária
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas        A rosa radioativa
Pensem nas feridas     Estúpida e inválida
Como rosas cálidas     A rosa com cirrose
                       A anti-rosa atômica

                       Sem cor sem perfume
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  • 1.
  • 2.
  • 3.  A descoberta da radiação logo interessou a biologia e às ciências médicas.  Porquê? Imagens são reconstruídas a partir de projeções de raios X;
  • 4.
  • 5.  Os radioisótopos podem ser classificados em naturais e artificiais.  A emissão radioativa altera a estrutura atômica do emissor pois modifica a composição e a energia do seu núcleo.
  • 6.  Os isótopos que emitem radiação são chamados de radionuclídeos.  Estes são instáveis e emitem radiação liberando o excesso de energia que possuem.  Os principais elementos radioativos usados no tratamento de tumores são: césio-137, cobalto-60 e rádio-226.
  • 7.  Kanadá (século 10 a.c), Democritus (século 5 a.c), Lavoisier e Dalton acreditavam que a matéria era formada por partículas maciças indivisíveis.  Robert Boyle (1961) usou a expressão “elemento” para identificar a porção da matéria que não poderia ser decomposta em partes mais simples.  Lavoisier diferenciou elemento de composto químico.
  • 8.  Boltwood descobriu o iônio e mostrou que ele não poderia ser separado do tório por técnicas químicas.  Em 1896 foi descoberta a primeira partícula subatômica, o próton, que formava os raios canais de Goldstein.  1897 Thomson descobriu o elétron.
  • 9.  Rutherford, em 1911, mostrou que o átomo não era uma esfera maciça. Modelo do sistema solar. Esse modelo apresentou dois obstáculos. 1- Não explicava as Bandas espectrais emitidas por átomos excitados, porque não admitia a teoria da mecânica quântica. 2- Todo corpo acelerado deveria ganhar ou perder energia.
  • 10.
  • 11. Niels Bhor (1913) ao lado de Rutherford propôs um novo modelo atômico. No qual os elétrons giram em torno do núcleo,em órbitas circulares, ocupando orbitais específicos. Ao ganhar energia esses elétrons poderiam saltar para orbitais mais externos.
  • 12. Einstein com sua teoria da relatividade acrescentou importantes conceitos aos modelos de Rutherford e Bohr. Explicou os achados espectroscópicos que revelaram ser os espectros constituídos por uma série de bandas largas.
  • 13. Sommerfeld idealizou órbitas elípticas para os elétrons ao invés das circulares de Bohr.  Schrodinger propôs que os elétrons deveriam atuar como ondas, baseou-se na idéia do binômio partícula-onda proposto por De Broglie.
  • 14. No estudo dos radionuclídeos será adotado o modelo de Bohr. 1. Praticamente toda a massa atômica está concentrada no núcleo e os elétrons girando em torno dele. 2. O número de prótons será chamado de número atômico (Z). 3. Massa atômica (A)= Prótons + nêutrons, é calculada tomando-se como referência a massa do carbono que é igual a 12.
  • 15.
  • 16.  Cada elemento é ordenado de acordo com seu número atômico.  Colunas são as famílias e elementos de um mesmo grupo apresentam propriedades químicas semelhantes.
  • 17.  Em 1967, Niepce de Saint-Victor foi o primeiro a observar os efeitos das radiações nucleares, ele percebeu que uma emulsão de cloreto de prata era velada quando posta em presença de sais de urânio.  Becquerel (1896) repetiu o experimento e descobriu a radioatividade do urânio.
  • 18. Em 1898 Pierre e Marie Curie descreveram o rádio e o polônio como elementos dotados de radioatividade natural.
  • 19.  Rutherford concluiu que existiam dois tipos de radiações e denominou-as alfa e beta.  Curie e Villard descobriram os raios gama, que não sofriam desvios quando submetidos a um campo elétrico.
  • 20.  A emissão gama nunca é efeito primário, geralmente é precedida por uma emissão alfa ou beta.  Rutherford analisando as partículas alfa mostrou que eram semelhantes ao núcleo do hélio.  As partículas betas são constituídas por elétrons dotados de alta velocidade.
  • 21. I  13153 78 ,  131 representa a massa atômica A;  53 representa o número atômico Z;  78 A-Z que corresponde ao número de nêutros.  131I- Radionuclídeo iodo-131 em estado ionizado.  131I* Radionuclídeo iodo-131 com núcleo em estado excitado.  131I ou 131I0 Radionuclídeo iodo-131 em estado fundamental.
  • 22.  Isótopos  125I, 126I, 127I, 128I, 129I, 130I, 131I são isótopos do iodo.  Os radioisótopos ou radionuclídeos  Decaimento ou transformação nuclear  Instabilidade nuclear  Isômeros
  • 23. 14C --------------- + N 6
  • 24. Estabilidade Nuclear: - Força Forte - Força Superforte - Força Fraca
  • 25.  Núcleos instáveis que emitem energia e aumentam sua estabilidade.  Desaparece o átomo-pai e forma-se o átomo-filho através.  Emissão de energia sob a forma de radiações alfa e beta, acompanhada ou não por radiação gama.
  • 26.  Z menor que 20 com Z=N são estáveis (Z/N =1).  Ex: C14 onde Z/N= 1,33, quando perde um nêutron e se transforma em N14 torna-se estável.  Linha de estabilida de.  Não é possível saber qual o momento da transmutação, nem com qual núcleo irá primeiro ocorrer.
  • 27. Radiação Símbolo Carga Faixa de Penetração Energia (MeV) Ar Água Alfa α +2 3-9 3-9 cm 25-45 μm Beta Negativa β- -1 0-3 0-10 m 0-1 mm Beta Positiva β +1 0-3 0-10 m 0-1 mm Nêutrons n 0 0-10 0-100 m 0-1 m Gama γ 0 0,01-10 Até 100 m Até 10 cm
  • 28.  Para Becquerel e para os Curie o Urânio e o Rádio eram fontes inesgotáveis de energia.  Owen, Rutherford e Soddy (1988-1902) perceberam que alguns elementos perdiam sua capacidade de emitir radiação.  Rutherford chamou isso de decaimento, e as reações intranucleares para que ele ocorra, de desintegração.
  • 29. A desintegração de uma população de átomos instáveis se dá de acordo com a equação: N = No . e-λ.t
  • 30. Quantidade de átomos que sofrem desintegração na unidade de tempo.  Com o auxílio do cáuculo integral temos que: A = Ao . e-λ.t
  • 31. Bequerel (Bq) - SI 1 Bq = 1 dps  Curie (Ci) 1 Ci = 3,7 x 1010 dps (equivale a 1g de rádio-226)
  • 32.
  • 33. Se e usarmos para t = t1/2 como consequência N = No/2, temos: No/2 = No .e-λ.t ln (1/2) = ln (.e-λ.t) ln 1 – ln 2 = - λ t1/2 ln e -ln 2 = - λ t1/2 ln 2 = λ t1/2 λ = ln 2/ t1/2 ou λ = 0,693/ t1/2
  • 34.
  • 35.  Símbolos e Convenções: -Nas formas de decaimento radioativo são representadas inicialmente com o elemento-pai e termina com o elemento- filho.  Decaimento com emissão: -de partículas negativas-( ) -de partículas positivas – ( ) -gama – ( )  Nível de energia: quantificado em MeV
  • 36.
  • 37.
  • 38.  Geralmente acontece com elementos que possuem número atômico maior que 82.  De grande interesse tende a se fixar nos ossos.
  • 39.  O Decaimento do radionuclídeo Radio-226 transforma este em Radônio-222 que ser’a transformado em Chumbo-210 depois de sucessivas emissões de radiação.  Essa emissão pode ocorrer com quatro energias diferentes. - 94,6%: 4,87 MeV - direto - 5,4%: o deixa excitado em 0,19 MeV por 0,3 ns - Ainda existem as energias 0,6 MeV e a,45 MeV.
  • 40.  Outro caso é o do Polônio-214, onde ele se transforma em Chumbo-210 (99,9 %), com a emissão de uma partícula α1 com 7,686 MeV.  Se ao invés da partícula α1for emitida uma partícula α2, com 6,904 MeV o núcleo fica excitado e logo ocorre uma emissão gama com 0,800 MeV e com isso o Polônio-214 transform-se em Chumbo-210.
  • 41.  O tempo de meia-vida dos radionuclídios é inversamente proporcional à energia das partículas α emitidas – Rutherford.  As partículas α se propagam no ar em trajetórias quase retilíneas.  À medida que as partículas α se propagam, elas perdem energia cinética por meio da colisão ou interação de campo elétrico ( excitação ou ionização).
  • 42.  Câmara de Wilson  Alguns elétrons podem ganhar energia bastante para produzir ionizações secundárias.  “Straggling” : Ocorre no momento em que a partícula α atrai dois elétrons do meio e então sofre neutralização, após transferir sua energia a outras partículas ao interagir essas.
  • 43. Três formas:  Emissão de négatrons (β-)  Emissão de pósitrons (β +)  Captura de elétrons (EC) Importância na MEDICINA:  Atuam como traçadores
  • 44.
  • 45. Emissão de négatrons (β-) AX 0 AY + β- + νˉ + γ + Q z Z+1 O elemento Y formado tem numero Atômico maior uma unidade. Há conversão de Nêutrons em Prótons:
  • 46. A conversão dos Nêutrons em Prótons aumentam estabilidade do núcleo. Uma parte da energia de conversão é transportada pelo Antineutrino.  Descoberta por Pauli, em 1931.  Não possui carga elétrica  Massa desprezível  Difícil detecção
  • 47.
  • 48. A emissão Gama pode ou não estar associada à emissão beta negativa.  Toda energia retirada > não há emissão Interação das partículas beta negativas:  Ocorre devido a sua massa e carga elétrica.  Ocorre com os núcleos ou eletróns dos átomos do meio.
  • 49. Se ocorrer no núcleo pode ser:  Elástica: há conservação da energia cinética  Inelástica: há redução da energia cinética Atração para o interior do núcleo > cede toda a energia . Atração proximidades do átomo > desvio da trajetória. A quantidade de energia perdida depende do grau de desaceleração que sofre.
  • 51. Propagação no AR:  Interação com elétrons  Excitação dos átomos do meio  Deslocamento de elétrons das camadas K, L, M > produção de raios X característicos.
  • 52. Emissão de Pósitrons Equação Geral AX0 AY + β+ + ν + γ + Q z Z-1 Nota-se:  Número de massa constante  Numero atômico diminuído de uma unidade  Presença de neutrino Conversão de Prótons em Nêutrons:
  • 53. 1. Relação nêutrons/prótons desfavorável 2. A conversão busca estabilizar o núcleo. Cada partícula β+ pode transportar um valor máximo de energia. Caso, dada partícula não alcance esse valor, o neutrino transporta essa diferença energética. É preciso lembrar !! Nêutron > próton : pode ser espontânea Próton > nêutron : requer energia (ligações intranucleares.
  • 54. Interação  O pósitron é uma partícula efêmera, já que é uma antiparticula dos elétrons e, com eles, interage rapidamente, sofrendo ANIQUILAÇÃO.  Aniquilação: Transformação da matéria e da antimatéria em energia eletromagnética.  Essa energia aparece sob forma de dois fótons.
  • 55. Por captura de elétron orbital 125I e 55Fe Equação geral AX0 AY + ν + γ + Q z Z-1 Núcleo captura e- > interação com próton para formação de nêutron. e- + p+ n + ν Nota-se:  Redução do número atômico
  • 56. Captura K  90 % dos elétrons são da camada K Retirada de um elétron : desequilíbrio da eletrosfera >> preenchimento do espaço >> salto de camadas >> emissão de raios X característicos. Esses raios emitidos excitam e- do meio Elétrons de AUGER > e- ejetados Efeito fotoelétrico interno – interação dos fótons com os elétrons orbitários.
  • 57.
  • 58.  Princípio baseado na repulsão de dois corpos eletrizados com mesma carga  Permite conhecer o sinal da carga elétrica de um corpo
  • 59.  Versão moderna do Eletroscópio de folhas de ouro  Mesmo princípio do E.F.O.  Pode ser usado para ler doses de radiação (rad, Gy)
  • 60. Contém: Argônio, Hélio ou Neônio e mais um gás halógeno ou um orgânico como o metano ou o butano  Ocorre uma redução de potencial entre os eletrodos que pode ser detectada
  • 61.  Radiações alfa e beta + e – do Argônio  Emissão de radiação ultravioleta ou raios X  Efeito avalanche Gases Halógenos x Gases Orgânicos Durabilidade: Mais Menos Eficiência: Menos Mais
  • 62. Efeito da tensão elétrica aplicada Uso dos contadores G-M
  • 63.
  • 64. O que são cintiladores?  Constituição -Solvente orgânico (compostos aromáticos e tolueno,por exemplo) -Substância Cintiladora(PPO,Butil- PBD,BBOT,Bis-MSB,POPOP,Dimetil-POPOP) -Quenchers (acetona,oxigênio ou halogênios) Químicos “De cor”
  • 65.
  • 66. 1°-Radiação incide sobre moléculas do solvente  2°-Excitação/Perda de excesso de energia  3°-Excitação de moléculas cintiladoras primárias  4°-Emissão de fótons/transferência de excesso de energia para moléculas cintiladoras secundárias  5°-Passagem das moléculas cintiladoras secundárias de um equilíbrio estável para um metaestado  6°-Desexcitação e emissão de fótons *Ação dos quenchers(químicos ou “de cor) e a excitação do fotocátodo
  • 67. Radiação ionizante ↓ ↓ ↓ ↓ Mº M* ↓ ↓ M* Mº ↓ Mº ↓ S1 → hv1 (poucos destes fótons chegam ao fotocátodo)* ↓ S2 ↓ S2* ↓ hv2 Mº-Molécula do solvente M*-Molécula do solvente excitada S1- Molécula cintiladora primária S2-Molécula cintiladora secundária C-Quencher * hv1 - a maioria é capturada pelos quenchers (químicos ou “de cor”) Cº → C*→ calor ↓ “desexcitação”
  • 68.
  • 69. O que é junção pn? O que é Doping? Átomos “dopantes”: N,P,As,Sb(pentavalentes),B,Al,Ga,In(trivalentes) Semicondutor p X Semicondutor n Junção pn *Zona de depleção
  • 70.
  • 71.
  • 72. Naturais X Artificiais  Naturais * Bombardeio da radiação cósmica Artificiais
  • 73. Mecanismos clínicos Tomografia por emissão de pósitrons Tratamento de Neoplasias malignas Farmacologia
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  • 75. O acelerador de partículas Ciclotron O radiofármaco é sintetizado RDS 111 é dedicado à produção do em células blindadas, próprias radioisótopo flúor-18 para manuseio de materiais radioativos
  • 76. Rosa de Hiroshima (1973) Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad Pensem nas crianças Mas oh não se esqueçam Mudas telepáticas Da rosa da rosa Pensem nas meninas Da rosa de Hiroshima Cegas inexatas A rosa hereditária Pensem nas mulheres Rotas alteradas A rosa radioativa Pensem nas feridas Estúpida e inválida Como rosas cálidas A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada