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“O Trapo”
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Comunicação e Multimédia
2013/14
Produção Audiovisual II

Prof:
Tânia Rocha
Pedro Colaço

Realização:
Ana Tavares #53093
Ivo Mendes #54449
Índice
Ideia/Conceito ........................................................................................................... 3
Sinopse ..................................................................................................................... 4
Storyline .................................................................................................................... 5
Pesquisa Factual ....................................................................................................... 6
Pesquisa Estética ...................................................................................................... 8
Pesquisa Técnica ...................................................................................................... 9
Guião Literário......................................................................................................... 10
Storyboard .............................................................................................................. 14
Guião Técnico ......................................................................................................... 19
Mapa de Rodagem .................................................................................................. 30
Anexos .................................................................................................................... 33
Análise do poema ................................................................................................ 33

2
Ideia/Conceito
Representação do poema Trapo, de Álvaro de Campos que é um dos
heterónimos de Fernando Pessoa, em vídeo. Composto com imagens descritivas dos
significados do poema.

3
Sinopse
O poema Trapo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa,
transmite-nos a tristeza que ele sente naquele dia, desde o momento que é acordar
para a vida; e o produto final é a ideia de estar sozinho a solidão interna e tudo o que
compõe o interior e o sentimento. O que sentimos devido a certos acontecimentos
marcantes.
O interior da personagem é apresentado por ideias chave que é preciso
associar ao que nos faz mudar de atitudes e ao que é ser um ―trapo‖ na nossa vida.

4
Storyline

5
Pesquisa Factual
Filme do Desassossego – João Botelho

http://www.fpessoa.com.ar/
http://www.fpessoa.com.ar/poesias.asp?Poesia=271

Poema:
Trapo
O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
Bem sei: a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.

6
Casa do penedo

http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk
http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk

Alvão

http://www.youtube.com/watch?v=TAWawpWbmqk

7
Pesquisa Estética

http://www.youtube.com/watch?v=OTjP82ZmkO8

O filme do Desassossego – João Botelho

8
Pesquisa Técnica
Timelapse:processo cinematográfico em que a frequência de cada fotograma
por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme será
reproduzido. Quando visto a uma velocidade normal, o tempo parece correr
mais depressa e assim parece saltar (lapsing).

Contraluz: Consiste em ter um objeto em frente a uma luz, e então apenas a
silhueta é apresentada.

Travelling: movimento na horizontal ou na vertical, na qual a camara e tudo
que a segura move-se numa direção.

9
Guião Literário
Cena 1
EXT. - ALVÃO - AMANHECER
As nuvens do mau tempo aparecem num dia de sol. Apenas as nuvens se mexem
com o vento mudando de forma e a cada vez o dia agradável passa a um dia nublado
e frio.
Nuvens e a luz do amanhecer fazem uma contraluznas folhas de papel a voam com o
vento pela paisagem fora.

Cena 2
EXT. –VILA REAL (RUA DIREITA) - AMANHECER
Trapo de pano mexe juntamento com o pouco vento que lhe é depositado; e tudo que
o rodeia se mexe como se o tempo fosse acelerado.
Plantas mexem-se com o vento e alguém de costas passa, um pouco distante.
Pessoa caminha em direção á sombra (local escuro), pelo paralelo húmido e sujo,
tendo os pés descalços como um pobre.
Mãos enegrecidas e calosas, da pouco feliz vida que levam, esfregam-se devido ao
frio.
Essa pessoa com uma idade por volta dos 20/25 anos, com um aspeto de abandono
(cabelo gadelhudo e barba por fazer), sentado num bando de rua um pouco afastado
de tudo o que o rodeia.

Cena 3
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Pessoa com idade acima dos 40 anos com ar sério e maduro, a recitar o poema de
Álvaro de Campos, ―Trapo‖. A luz projetada sobre si dá-lhe o contraste total do fundo
negro.

Cena 4
EXT. – FAFE (PARDELHAS) - DIA
A luz ao fundo do túnel vê-se distante e cada vez mais se afasta, e no final v.
Enquanto se ouve o a linha 2 e 3 do poema.

10
Cena 5
EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) – DIA
Enquanto a linha 4 do poema é recitada pela voz da pessoa com mais idade, vê-se
que a personagem de rua passa o seu olhar do além para o paralelo negro e gasto.

Cena 6
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Luz forte projetada no rosto da personagem que recita a linha 5 do poema, da-lhe um
ar sério e dramático á exposição do seu interior.

Cena 7
INT. – JANELA – DIA
Gotas de chuva escorrem pela janela como lágrimas de uma pessoa que sofre no seu
interior. E a voz profunda e sentimental expõe a linha 6 e 7 do poema ―Trapo‖

Cena 8
INT. – FUNDO NEGRO – NOITE
Pessoa leva um cigarro á boca, acende-o e fuma-o realçando a ideia de que o seu
fumo é o ar que todos nós respiramos normalmente, (inspirar e expirar
sequencialmente). Assim é acompanhado pelas linhas 8, 9 e 10.

Cena 9
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Frontalmente e personagem recita a linha 11 e 12, dramatizada pela sua composição.
Apagando-se as luzes no final da frase.

Cena 10
– NEGRO Após a escuridão da luz apagada, ouve-se a linha 13, com a imposição do dramatismo
presente pela voz madura.

11
Cena 11
EXT. – FAFE (LAGOA) – DIA
Pessoa com a sua solidão e sofrimento encontra-se sentada num sofá roto e furado do
seu uso e sacrifício dos anos passados, num descampado onde apenas só se vê o
poder da angústia do mesmo.
A presença da personagem é substituída pelasua ausência.
Toda esta ação sobrenatural é acompanhada pela recitação das linhas 14 e 15.

Cena 12
EXT. – FAFE (BARRAGEM DE QUEIMADELA) – DIA
Águas calmas e serenas são acompanhadas pela forte presença das linhas 16 e 17 do
poema. De repente sai uma pessoa da água, como alguém que se quisesse expor,
mudar o que o rodeava e recomeçar tudo.
A nossa personagem está acordada a ver o ―passado‖, junto de um riacho que passa
entre a dura que é a vida, os penedos, sendo acompanhado pela linha 18 e 19.

Cena 13
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Recitador, dramático expõe a linha 20 e 21 como se viesse do seu sentimento interior
e que o marca e marcou no passado; sentado e cansado do passado.

Cena 14
EXT. – FAFE (CASA DO PENEDO) – DIA
De frente para o sol, escrevendo, a personagem de rua está frustrada por nada lhe
correr bem rica e anula o que tinha exposto do seu interior.

Cena 15
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A expressão facial de cerca de 10 a 15 mulheres com idades entre os 60 e os 6 anos,
a levar uma maçã vermelha á boca e a dar uma trica. A sua apresentação vai
decrescendo dando a ideia de que o que tinha acontecido foi no passado, infância. É
acompanhado pelo som das linhas 24, 25, 26 e 27 do poema.

12
Cena 16
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A personagem encontra-se a pé e a recitar a ultima frase do poema, em que após ter
acabado sai para a sua esquerda desanimado e a olhar para o chão.

13
Storyboard

14
15
16
17
18
Guião Técnico

Data

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Ext

Natural

Camara de
filmar/teleobjet
iva/tripé

Contrapicado

Plano
Geral

Fixo

Começam
a aparecer
nuvens no
céu; mau
tempo

Vento
suave
de
fundo

Ext

Natural
(Contra-luz)

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Normal

Plano
Geral

Fixo

Folhas de
papel
voam pela
paisagem

Vento
suave
de
fundo

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

1

Data

Cena 1

Iluminação

2

Cena 2

Int/
Ext

1

19

Nº
Plan
o

Texto

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

normal

Plano
conjunt
o

Fixo

Trapo
velho
mexe-se
com o
vento

Texto

Som

Som

Som do
movime
nto de
pessoa
s numa
cidade
ao
amanh
ecer

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Apenas
se vê o
céu e a
mudança
temporal;
timelaps
e

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

O trapo
deve
estar no
primeiro
plano e
deve
mostrar o
que o
rodeia
em
timelaps
e
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

normal

Primeir
o plano

Travelli
ng na
lateral

Plantas a
mexer com
o vento e
um vulto
passa de
costas em
frente as
plantas

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Contrapicado

Plano
Medio

Fixo

Ext

Natural

Camara de
filmar/tele
objetiva

Picado

Plano
Pormen
or

Fixo

Pessoa
caminha
pelo
paralelo
húmido,
em direção
a zona
com
sombra
Mão com
calos e
negras
esfregamse

5

Data

Natural

4

20

Ext

3

Cena 3

2

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Contrapicado

Plano
Conjunt
o

Travelli
ng na
lateral

Pessoa
sentada
num
banco,
sozinha

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Som do
movime
nto de
pessoa
s numa
cidade
ao
amanh
ecer
Persona
gem leva
os pés
descalço
s

Ouvese a
respira
ção de
uma
pessoa
A pessoa
está
sentada
no
segundo
banco
Texto

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.
Cena 5

Data
Data

21

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Normal

Plano
Americ
ano

fixo

Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 1 do
poema
―Trapo‖

―O dia deu em
chuvoso.‖

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

1

Cena 4

1

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular

Normal

Plano
Geral

Travelli
ng
(frente
para
trás)

Vê-se luz
ao fundo
do túnel, e
no final um
vulto
atravessa
a fonte de
luz (túnel)

―A manhã,
contudo, esteve
bastante azul.
O dia deu em
chuvoso.‖

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Fundo
negro

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.
Data
Data

Cena 7

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular

Normal

Plano
Geral

Camar
a
subjetiv
a

Personage
m passa o
olhar do
além para
o chão em
paralelo

―Desde manhã
eu estava um
pouco triste.‖

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

PAP

fixo

Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 5 do
poema
―Trapo‖

―Antecipação?‖

Fundo
negro

2

22

Ext

1

Cena 6

1

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Close
Up

Fixo

Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 5 do
poema
―Trapo‖

―Tristeza? Coisa
nenhuma?‖

Fundo
negro

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Som

Som

Tempo

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Obs.
Data
Data

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Plano
Geral

Fixo

Janela
com gotas
de chuva
escorrem
como se
fossem
lágrimas

―Não sei: já ao
acordar estava
triste.
O dia deu em
chuvoso.‖

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Plano
Pormen
or

Fixo

Pessoa
leva
cigarro á
boca

―Bem sei: a
penumbra da
chuva é
elegante. ‖

Fundo
negro

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Plano
Pormen
or

Fixo

Acende o
cigarro

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Plano
Pormen
or

Fixo

Fuma o
cigarro
como se
fosse o
seu ar
puro.

―Bem sei: o sol
oprime, por ser
tão ordinário,
um elegante. ‖
―Bem sei: ser
susceptível às
mudanças de
luz não é
elegante.
‖

Fundo
negro

3

Cena 9

Natural

2

23

Int

1

Cena 8

1

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Fundo
negro

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.
Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Plano
Medio

fixo

Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 11 e
12 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes

―Mas quem
disse ao sol ou
aos outros que
eu quero ser
elegante?
Dêem-me o céu
azul e o sol
visível.‖

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Normal

fixo

Apenas se
houve a
linha 13 do
poema.

―Mas quem
disse ao sol ou
aos outros que
eu quero ser
elegante?
Dêem-me o céu
azul e o sol
visível.‖

Data

1

Cena 11

Fundo
negro

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Data

Cena 10

1

24

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Fundo
negro

Houvese um
interrup
tor.

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.
1

Ext

Natural

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé

Normal

Plano
Geral

Fixo
(ou
travellin
g)

Sentado
num sofá
velho e
roto,
sozinho
num
descampa
do.

―Hoje quero só
sossego.
Até amaria o
lar,(…)‖

2

Ext

Natural

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé

Normal

Plano
Geral

Fixo
(ou
travellin
g)

Sofá velho
e roto, num
descampa
do.

―(…) desde que
o não tivesse.‖

Linha 14,
e metade
da 15

Som de
uma
rajada
de
vento
quando
ele
desapa
rece

A mesma
posição
do plano
1, mas
agora
sem a
personag
em.

25

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Som

1

Data

Cena 12

O resto
da linha
15

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé

Normal

Plano
Conjunt
o

Fixo

Águas de
barragem
calmas e
serenas

―Chego a ter
sono de vontade
de ter sossego. ‖

Som
natural

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Linha 16
Data

Natural

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé

Normal

Plano
medio

Fixo

Nas
mesmas
águas sai
uma
pessoa
como se
fosse um
peixe a
saltar da
água,
sentir-se
livre

―Não
exageremos!‖

Ext

Natural

Camara de
filmar/ Tele
Objetiva /Tripé

Normal

Cose
Up

Fixo

Linha 18

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé

Picado

Plano
Conjunt
o

Fixo

Personage
m a pensar
na vida, a
olhar em
frente
Personage
m no
mesmo
local mas
de costas,
e vê-se o
riacho e as
pedras

―Tenho
efetivamente
sono, sem
explicação.‖

4

26

Ext

3

Cena 13

2

―O dia deu em
chuvoso.‖

Linha 19

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Som
dele a
sair da
água

Som

Linha 17

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 20 e
121 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 20 e
21 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes

―Carinhos?
Afetos? São
memórias...‖

Fundo
negro;
linha 20

―É preciso serse criança para
os ter...‖

Fundo
negro;
linha 21

Movim
ento

Acção

Texto

Som

Fixo

Personage
m sentado
na casa do
penedo,
escreve
em folhas
de papel.

―Minha
madrugada
perdida, meu
céu azul
verdadeiro!‖

Som
natural;
naturez
a

Data

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

PAT

fixo

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Close
Up

fixo

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

1

27

Int

2

Cena 14

1

Ext

Natural

Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé

Normal

Plano
Conjunt
o

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Persona
gem em
contraluz
; Linha
22
28

Ext

Natural

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé

Normal

PAT

Fixo

Personage
m risca e
rasga as
folhas que
tinha
escrito

―O dia deu em
chuvoso.‖

Som de
uma
tempes
tade

Nº
Plan
o

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

Som

1

Data

Cena 15

2

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé

Normal

Close
Up

fixo

Mulheres
desde os
60 até aos
6 anos a
morder
uma maça

―Boca bonita da
filha do caseiro,
Polpa de fruta
de um coração
por comer...
Quando foi
isso? Não sei...
No azul da
manhã...‖

Persona
gem em
contraluz
; Linha
23

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Deve ser
rítmico,
começar
lentamen
te; no
final,
acaba
com a
imagem
fixa da
menina
de 6
anos a
mascar a
maça
;Fundo
negro;
linha 24,
25, 26,
27
Data

Cena 16

Int/
Ext

Iluminação

Equipamento

Angulo

Escala

Movim
ento

Acção

Texto

1

29

Nº
Plan
o

Int

Artificial; luz
direta

Camara de
filmar/Grande
angular/tripé

Normal;
3/4

PAm

fixo

Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 28
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes

―O dia deu em
chuvoso.‖

Som

Tempo

Tempo
Acomulativ
o

Obs.

Persona
gem
quando
acaba de
recitar e
sai para
o seu
lado
direito;
Fundo
negro;
linha 28
Mapa de Rodagem
Data
Outubro/Novembro

Local
Alvão

Cena
1

Iluminação
Natural

Equipamento
Camara de
filmar/Teleobjetiva/Grande
Angular/tripé

Novembro

Vila Real (Rua
Direta)

2

Natural

Camara de filmar/Tele
Objetiva/Grande
Angular/tripé

Novembro

Estúdio

3

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Grande
Angular/tripé

Novembro

Fafe
(Pardelhas)

4

Natural

Camara de filmar/Grande
angular

Novembro

Vila Real (Rua
direita)

5

Natural

Camara de filmar/Grande
angular

Novembro

Estúdio

6

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

Outubro

Janela de uma
casa

7

Natural

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

30

Equipa
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia

Personagens

Logística
Carro, Lanche,
PC, folhas de
papel

Personagem de
Rua

Personagem de
Estúdio

Personagem de
Rua

Personagem de
Rua

Personagem de
Estúdio

Personagem de
Rua

Carro

Obs.
Novembro

Fundo Negro

8

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

Novembro

Estúdio

9

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

Fundo Negro

10

Novembro

Fafe (Lagoa)

11

Natural

Novembro

Fafe (Barragem
de
Queimadela)

12

Natural

Camara de filmar/Tele
objetiva/Grande
Angular/tripé

Novembro

Estúdio

13

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

Novembro

Fafe (Casa do
penedo)

14

Natural

Camara de filmar/Tele
Objetiva/Tripé

Novembro

Estúdio

15

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé

Novembro

Estúdio

16

Artificial; luz
direta

Camara de filmar/Grande
angular/tripé

31

Camara de filmar/Grande
angular/tripé
Camara de
filmar/TeleObjetiva/Tripé

Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia

Personagem de
Rua

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Rua

Carro, Lanche,
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Personagem de
Estúdio

Personagem de
Estúdio

Personagem de
Rua

Mulheres desde
os 60 até aos 6
anos

Personagem de
Estúdio

Carro, Lanche
Diretores de
Fotografia

32
Anexos
Análise do poema

É notável que o sujeito poético se sente cansado, e o estado do tempo parece exprimir
o seu estado de espírito: tal como o dia está chuvoso, também o sujeito poético parece
triste e carregado de mágoa;

Todavia denotamos que o estado do tempo não foi chuvoso o dia todo – de manhã
estava sol – quiçá esta manhã e este dia sejam uma alusão ao sujeito poético: o dia é
a vida do sujeito poético, e a manhã tal como é o início do dia, será também o início da
vida do sujeito poético, remetendo-nos para a sua infância, e as saudades que o
mesmo sente desta;

Percebemos ainda que o sujeito poético pretende ficar na sua própria sombra,
discreto, sem grandes alusões em torno da sua imagem, provavelmente devido ao
desânimo que sente dentro de si mesmo;

A confirmação do estado de espírito do sujeito poético é dada pela enunciação de que
em si tem elementos com conotação negativa tal como o nevoeiro; é aqui também que
o sujeito lança o apelo de lhe ser dada luz, sol e o céu – o belo, o claro, a luz, o
infinito. Esta última ideia leva-nos a crer que o sujeito poético tenta mudar o estado em
que se encontra, ou pelo menos, pretende fazê-lo.

Nota-se ainda que há inquietação na alma do sujeito poético, levando-o a procurar o
sossego, e o conforto que poderia ser dado por um lar – contudo não deseja a
pertença – como se esta impedisse o seu bem estar.

Entende-se o tédio que o sujeito sente, o sono, que poderá ser a sua tentativa de
evasão terrena, alienação quase.

O sujeito poético remete-nos agora para uma parte da sua vida onde parece ter sido
feliz e amado: a sua infância, recordando-a com nostalgia.
Contudo, demonstra que a infância é a ―madrugada perdida‖, ou seja, não voltará a
esse período áureo da sua vida, onde foi, efetivamente, feliz.

33
Há aqui referência a uma figura feminina, talvez enquanto criança/adolescente, devido
á simplicidade e carinho com que é descrita ―a filha do caseiro‖, quiçá um amor na vida
do sujeito poético, amor esse, contudo, também irremediavelmente perdido a seus
olhos.

O poema é então concluído com o sujeito poético a afirmar que o dia deu em chuvoso,
o que nos pode remeter para o facto de, apesar de ter tido uma infância alegre, com
amor, da qual tem saudade, o que é certo é que no momento presente sente-se
desolado, triste, com sono, como se o facto de viver o cansasse.

Analisado por: Daniela Leal, estudante de Psicologia da FLUP

34

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Dossier de Produção (final) - 2013/14

  • 1. “O Trapo” Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Comunicação e Multimédia 2013/14 Produção Audiovisual II Prof: Tânia Rocha Pedro Colaço Realização: Ana Tavares #53093 Ivo Mendes #54449
  • 2. Índice Ideia/Conceito ........................................................................................................... 3 Sinopse ..................................................................................................................... 4 Storyline .................................................................................................................... 5 Pesquisa Factual ....................................................................................................... 6 Pesquisa Estética ...................................................................................................... 8 Pesquisa Técnica ...................................................................................................... 9 Guião Literário......................................................................................................... 10 Storyboard .............................................................................................................. 14 Guião Técnico ......................................................................................................... 19 Mapa de Rodagem .................................................................................................. 30 Anexos .................................................................................................................... 33 Análise do poema ................................................................................................ 33 2
  • 3. Ideia/Conceito Representação do poema Trapo, de Álvaro de Campos que é um dos heterónimos de Fernando Pessoa, em vídeo. Composto com imagens descritivas dos significados do poema. 3
  • 4. Sinopse O poema Trapo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, transmite-nos a tristeza que ele sente naquele dia, desde o momento que é acordar para a vida; e o produto final é a ideia de estar sozinho a solidão interna e tudo o que compõe o interior e o sentimento. O que sentimos devido a certos acontecimentos marcantes. O interior da personagem é apresentado por ideias chave que é preciso associar ao que nos faz mudar de atitudes e ao que é ser um ―trapo‖ na nossa vida. 4
  • 6. Pesquisa Factual Filme do Desassossego – João Botelho http://www.fpessoa.com.ar/ http://www.fpessoa.com.ar/poesias.asp?Poesia=271 Poema: Trapo O dia deu em chuvoso. A manhã, contudo, esteve bastante azul. O dia deu em chuvoso. Desde manhã eu estava um pouco triste. Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma? Não sei: já ao acordar estava triste. O dia deu em chuvoso. Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante. Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante? Dêem-me o céu azul e o sol visível. Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim. Hoje quero só sossego. Até amaria o lar, desde que o não tivesse. Chego a ter sono de vontade de ter sossego. Não exageremos! Tenho efetivamente sono, sem explicação. O dia deu em chuvoso. Carinhos? Afetos? São memórias... É preciso ser-se criança para os ter... Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro! O dia deu em chuvoso. Boca bonita da filha do caseiro, Polpa de fruta de um coração por comer... Quando foi isso? Não sei... No azul da manhã... O dia deu em chuvoso. 6
  • 9. Pesquisa Técnica Timelapse:processo cinematográfico em que a frequência de cada fotograma por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme será reproduzido. Quando visto a uma velocidade normal, o tempo parece correr mais depressa e assim parece saltar (lapsing). Contraluz: Consiste em ter um objeto em frente a uma luz, e então apenas a silhueta é apresentada. Travelling: movimento na horizontal ou na vertical, na qual a camara e tudo que a segura move-se numa direção. 9
  • 10. Guião Literário Cena 1 EXT. - ALVÃO - AMANHECER As nuvens do mau tempo aparecem num dia de sol. Apenas as nuvens se mexem com o vento mudando de forma e a cada vez o dia agradável passa a um dia nublado e frio. Nuvens e a luz do amanhecer fazem uma contraluznas folhas de papel a voam com o vento pela paisagem fora. Cena 2 EXT. –VILA REAL (RUA DIREITA) - AMANHECER Trapo de pano mexe juntamento com o pouco vento que lhe é depositado; e tudo que o rodeia se mexe como se o tempo fosse acelerado. Plantas mexem-se com o vento e alguém de costas passa, um pouco distante. Pessoa caminha em direção á sombra (local escuro), pelo paralelo húmido e sujo, tendo os pés descalços como um pobre. Mãos enegrecidas e calosas, da pouco feliz vida que levam, esfregam-se devido ao frio. Essa pessoa com uma idade por volta dos 20/25 anos, com um aspeto de abandono (cabelo gadelhudo e barba por fazer), sentado num bando de rua um pouco afastado de tudo o que o rodeia. Cena 3 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Pessoa com idade acima dos 40 anos com ar sério e maduro, a recitar o poema de Álvaro de Campos, ―Trapo‖. A luz projetada sobre si dá-lhe o contraste total do fundo negro. Cena 4 EXT. – FAFE (PARDELHAS) - DIA A luz ao fundo do túnel vê-se distante e cada vez mais se afasta, e no final v. Enquanto se ouve o a linha 2 e 3 do poema. 10
  • 11. Cena 5 EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) – DIA Enquanto a linha 4 do poema é recitada pela voz da pessoa com mais idade, vê-se que a personagem de rua passa o seu olhar do além para o paralelo negro e gasto. Cena 6 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Luz forte projetada no rosto da personagem que recita a linha 5 do poema, da-lhe um ar sério e dramático á exposição do seu interior. Cena 7 INT. – JANELA – DIA Gotas de chuva escorrem pela janela como lágrimas de uma pessoa que sofre no seu interior. E a voz profunda e sentimental expõe a linha 6 e 7 do poema ―Trapo‖ Cena 8 INT. – FUNDO NEGRO – NOITE Pessoa leva um cigarro á boca, acende-o e fuma-o realçando a ideia de que o seu fumo é o ar que todos nós respiramos normalmente, (inspirar e expirar sequencialmente). Assim é acompanhado pelas linhas 8, 9 e 10. Cena 9 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE – Frontalmente e personagem recita a linha 11 e 12, dramatizada pela sua composição. Apagando-se as luzes no final da frase. Cena 10 – NEGRO Após a escuridão da luz apagada, ouve-se a linha 13, com a imposição do dramatismo presente pela voz madura. 11
  • 12. Cena 11 EXT. – FAFE (LAGOA) – DIA Pessoa com a sua solidão e sofrimento encontra-se sentada num sofá roto e furado do seu uso e sacrifício dos anos passados, num descampado onde apenas só se vê o poder da angústia do mesmo. A presença da personagem é substituída pelasua ausência. Toda esta ação sobrenatural é acompanhada pela recitação das linhas 14 e 15. Cena 12 EXT. – FAFE (BARRAGEM DE QUEIMADELA) – DIA Águas calmas e serenas são acompanhadas pela forte presença das linhas 16 e 17 do poema. De repente sai uma pessoa da água, como alguém que se quisesse expor, mudar o que o rodeava e recomeçar tudo. A nossa personagem está acordada a ver o ―passado‖, junto de um riacho que passa entre a dura que é a vida, os penedos, sendo acompanhado pela linha 18 e 19. Cena 13 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE – Recitador, dramático expõe a linha 20 e 21 como se viesse do seu sentimento interior e que o marca e marcou no passado; sentado e cansado do passado. Cena 14 EXT. – FAFE (CASA DO PENEDO) – DIA De frente para o sol, escrevendo, a personagem de rua está frustrada por nada lhe correr bem rica e anula o que tinha exposto do seu interior. Cena 15 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE – A expressão facial de cerca de 10 a 15 mulheres com idades entre os 60 e os 6 anos, a levar uma maçã vermelha á boca e a dar uma trica. A sua apresentação vai decrescendo dando a ideia de que o que tinha acontecido foi no passado, infância. É acompanhado pelo som das linhas 24, 25, 26 e 27 do poema. 12
  • 13. Cena 16 INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE – A personagem encontra-se a pé e a recitar a ultima frase do poema, em que após ter acabado sai para a sua esquerda desanimado e a olhar para o chão. 13
  • 15. 15
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 18. 18
  • 19. Guião Técnico Data Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Ext Natural Camara de filmar/teleobjet iva/tripé Contrapicado Plano Geral Fixo Começam a aparecer nuvens no céu; mau tempo Vento suave de fundo Ext Natural (Contra-luz) Camara de filmar/Grande angular/tripé Normal Plano Geral Fixo Folhas de papel voam pela paisagem Vento suave de fundo Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção 1 Data Cena 1 Iluminação 2 Cena 2 Int/ Ext 1 19 Nº Plan o Texto Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé normal Plano conjunt o Fixo Trapo velho mexe-se com o vento Texto Som Som Som do movime nto de pessoa s numa cidade ao amanh ecer Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Apenas se vê o céu e a mudança temporal; timelaps e Tempo Tempo Acomulativ o Obs. O trapo deve estar no primeiro plano e deve mostrar o que o rodeia em timelaps e
  • 20. Camara de filmar/Grande angular/tripé normal Primeir o plano Travelli ng na lateral Plantas a mexer com o vento e um vulto passa de costas em frente as plantas Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé Contrapicado Plano Medio Fixo Ext Natural Camara de filmar/tele objetiva Picado Plano Pormen or Fixo Pessoa caminha pelo paralelo húmido, em direção a zona com sombra Mão com calos e negras esfregamse 5 Data Natural 4 20 Ext 3 Cena 3 2 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé Contrapicado Plano Conjunt o Travelli ng na lateral Pessoa sentada num banco, sozinha Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Som do movime nto de pessoa s numa cidade ao amanh ecer Persona gem leva os pés descalço s Ouvese a respira ção de uma pessoa A pessoa está sentada no segundo banco Texto Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs.
  • 21. Cena 5 Data Data 21 Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Grande angular/tripé Normal Plano Americ ano fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 1 do poema ―Trapo‖ ―O dia deu em chuvoso.‖ Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto 1 Cena 4 1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular Normal Plano Geral Travelli ng (frente para trás) Vê-se luz ao fundo do túnel, e no final um vulto atravessa a fonte de luz (túnel) ―A manhã, contudo, esteve bastante azul. O dia deu em chuvoso.‖ Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Fundo negro Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs.
  • 22. Data Data Cena 7 Natural Camara de filmar/Grande angular Normal Plano Geral Camar a subjetiv a Personage m passa o olhar do além para o chão em paralelo ―Desde manhã eu estava um pouco triste.‖ Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal PAP fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema ―Trapo‖ ―Antecipação?‖ Fundo negro 2 22 Ext 1 Cena 6 1 Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Close Up Fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema ―Trapo‖ ―Tristeza? Coisa nenhuma?‖ Fundo negro Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Som Som Tempo Tempo Tempo Acomulativ o Tempo Acomulativ o Obs. Obs.
  • 23. Data Data Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Plano Geral Fixo Janela com gotas de chuva escorrem como se fossem lágrimas ―Não sei: já ao acordar estava triste. O dia deu em chuvoso.‖ Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Plano Pormen or Fixo Pessoa leva cigarro á boca ―Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. ‖ Fundo negro Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Plano Pormen or Fixo Acende o cigarro Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Plano Pormen or Fixo Fuma o cigarro como se fosse o seu ar puro. ―Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. ‖ ―Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante. ‖ Fundo negro 3 Cena 9 Natural 2 23 Int 1 Cena 8 1 Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Fundo negro Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs.
  • 24. Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Plano Medio fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 11 e 12 do poema ―Trapo‖. No final de recitar apagam-se as luzes ―Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante? Dêem-me o céu azul e o sol visível.‖ Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Camara de filmar/Grande angular/tripé Normal fixo Apenas se houve a linha 13 do poema. ―Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante? Dêem-me o céu azul e o sol visível.‖ Data 1 Cena 11 Fundo negro Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Data Cena 10 1 24 Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Fundo negro Houvese um interrup tor. Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs.
  • 25. 1 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé Normal Plano Geral Fixo (ou travellin g) Sentado num sofá velho e roto, sozinho num descampa do. ―Hoje quero só sossego. Até amaria o lar,(…)‖ 2 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé Normal Plano Geral Fixo (ou travellin g) Sofá velho e roto, num descampa do. ―(…) desde que o não tivesse.‖ Linha 14, e metade da 15 Som de uma rajada de vento quando ele desapa rece A mesma posição do plano 1, mas agora sem a personag em. 25 Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Som 1 Data Cena 12 O resto da linha 15 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé Normal Plano Conjunt o Fixo Águas de barragem calmas e serenas ―Chego a ter sono de vontade de ter sossego. ‖ Som natural Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Linha 16
  • 26. Data Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé Normal Plano medio Fixo Nas mesmas águas sai uma pessoa como se fosse um peixe a saltar da água, sentir-se livre ―Não exageremos!‖ Ext Natural Camara de filmar/ Tele Objetiva /Tripé Normal Cose Up Fixo Linha 18 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé Picado Plano Conjunt o Fixo Personage m a pensar na vida, a olhar em frente Personage m no mesmo local mas de costas, e vê-se o riacho e as pedras ―Tenho efetivamente sono, sem explicação.‖ 4 26 Ext 3 Cena 13 2 ―O dia deu em chuvoso.‖ Linha 19 Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Som dele a sair da água Som Linha 17 Tempo Tempo Acomulativ o Obs.
  • 27. Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 121 do poema ―Trapo‖. No final de recitar apagam-se as luzes Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 21 do poema ―Trapo‖. No final de recitar apagam-se as luzes ―Carinhos? Afetos? São memórias...‖ Fundo negro; linha 20 ―É preciso serse criança para os ter...‖ Fundo negro; linha 21 Movim ento Acção Texto Som Fixo Personage m sentado na casa do penedo, escreve em folhas de papel. ―Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!‖ Som natural; naturez a Data Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal PAT fixo Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Close Up fixo Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala 1 27 Int 2 Cena 14 1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé Normal Plano Conjunt o Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Persona gem em contraluz ; Linha 22
  • 28. 28 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé Normal PAT Fixo Personage m risca e rasga as folhas que tinha escrito ―O dia deu em chuvoso.‖ Som de uma tempes tade Nº Plan o Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto Som 1 Data Cena 15 2 Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Normal Close Up fixo Mulheres desde os 60 até aos 6 anos a morder uma maça ―Boca bonita da filha do caseiro, Polpa de fruta de um coração por comer... Quando foi isso? Não sei... No azul da manhã...‖ Persona gem em contraluz ; Linha 23 Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Deve ser rítmico, começar lentamen te; no final, acaba com a imagem fixa da menina de 6 anos a mascar a maça ;Fundo negro; linha 24, 25, 26, 27
  • 29. Data Cena 16 Int/ Ext Iluminação Equipamento Angulo Escala Movim ento Acção Texto 1 29 Nº Plan o Int Artificial; luz direta Camara de filmar/Grande angular/tripé Normal; 3/4 PAm fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 28 poema ―Trapo‖. No final de recitar apagam-se as luzes ―O dia deu em chuvoso.‖ Som Tempo Tempo Acomulativ o Obs. Persona gem quando acaba de recitar e sai para o seu lado direito; Fundo negro; linha 28
  • 30. Mapa de Rodagem Data Outubro/Novembro Local Alvão Cena 1 Iluminação Natural Equipamento Camara de filmar/Teleobjetiva/Grande Angular/tripé Novembro Vila Real (Rua Direta) 2 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Grande Angular/tripé Novembro Estúdio 3 Artificial; luz direta Camara de filmar/Grande Angular/tripé Novembro Fafe (Pardelhas) 4 Natural Camara de filmar/Grande angular Novembro Vila Real (Rua direita) 5 Natural Camara de filmar/Grande angular Novembro Estúdio 6 Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Outubro Janela de uma casa 7 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé 30 Equipa Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Personagens Logística Carro, Lanche, PC, folhas de papel Personagem de Rua Personagem de Estúdio Personagem de Rua Personagem de Rua Personagem de Estúdio Personagem de Rua Carro Obs.
  • 31. Novembro Fundo Negro 8 Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Novembro Estúdio 9 Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Fundo Negro 10 Novembro Fafe (Lagoa) 11 Natural Novembro Fafe (Barragem de Queimadela) 12 Natural Camara de filmar/Tele objetiva/Grande Angular/tripé Novembro Estúdio 13 Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Novembro Fafe (Casa do penedo) 14 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé Novembro Estúdio 15 Artificial; luz direta Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé Novembro Estúdio 16 Artificial; luz direta Camara de filmar/Grande angular/tripé 31 Camara de filmar/Grande angular/tripé Camara de filmar/TeleObjetiva/Tripé Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Personagem de Rua Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia Realizadores, Operadores de Camara, Personagem de Rua Carro, Lanche Personagem de Rua Carro, Lanche, Toalhas Personagem de Estúdio Personagem de Estúdio Personagem de Rua Mulheres desde os 60 até aos 6 anos Personagem de Estúdio Carro, Lanche
  • 33. Anexos Análise do poema É notável que o sujeito poético se sente cansado, e o estado do tempo parece exprimir o seu estado de espírito: tal como o dia está chuvoso, também o sujeito poético parece triste e carregado de mágoa; Todavia denotamos que o estado do tempo não foi chuvoso o dia todo – de manhã estava sol – quiçá esta manhã e este dia sejam uma alusão ao sujeito poético: o dia é a vida do sujeito poético, e a manhã tal como é o início do dia, será também o início da vida do sujeito poético, remetendo-nos para a sua infância, e as saudades que o mesmo sente desta; Percebemos ainda que o sujeito poético pretende ficar na sua própria sombra, discreto, sem grandes alusões em torno da sua imagem, provavelmente devido ao desânimo que sente dentro de si mesmo; A confirmação do estado de espírito do sujeito poético é dada pela enunciação de que em si tem elementos com conotação negativa tal como o nevoeiro; é aqui também que o sujeito lança o apelo de lhe ser dada luz, sol e o céu – o belo, o claro, a luz, o infinito. Esta última ideia leva-nos a crer que o sujeito poético tenta mudar o estado em que se encontra, ou pelo menos, pretende fazê-lo. Nota-se ainda que há inquietação na alma do sujeito poético, levando-o a procurar o sossego, e o conforto que poderia ser dado por um lar – contudo não deseja a pertença – como se esta impedisse o seu bem estar. Entende-se o tédio que o sujeito sente, o sono, que poderá ser a sua tentativa de evasão terrena, alienação quase. O sujeito poético remete-nos agora para uma parte da sua vida onde parece ter sido feliz e amado: a sua infância, recordando-a com nostalgia. Contudo, demonstra que a infância é a ―madrugada perdida‖, ou seja, não voltará a esse período áureo da sua vida, onde foi, efetivamente, feliz. 33
  • 34. Há aqui referência a uma figura feminina, talvez enquanto criança/adolescente, devido á simplicidade e carinho com que é descrita ―a filha do caseiro‖, quiçá um amor na vida do sujeito poético, amor esse, contudo, também irremediavelmente perdido a seus olhos. O poema é então concluído com o sujeito poético a afirmar que o dia deu em chuvoso, o que nos pode remeter para o facto de, apesar de ter tido uma infância alegre, com amor, da qual tem saudade, o que é certo é que no momento presente sente-se desolado, triste, com sono, como se o facto de viver o cansasse. Analisado por: Daniela Leal, estudante de Psicologia da FLUP 34