1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE - RS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO DE JORNALISMO
Novo Jornalismo
(New Journalism)
Jornalismo Literário
2. História
• Pré-História do jornalismo (1631 – 1790)
– Forma semelhante ao livro
• Assuntos econômicos
• Primeiro Jornalismo (1789-1830 )
– Conteúdo literário e político
• Comandada por escritores e intelectuais
• Pega o período da revolução francesa.
• Segundo jornalismo (1830-1900)
– Nascimento da imprensa de massa e profissionalização dos jornalistas
• Reportagens, manchetes, tudo bem dividido.
• Terceiro jornalismo (1900-1960)
– Fortes grupos começam a liderar os diferentes tipos de mídia.
• Quarto jornalismo (1960 em diante)
– Marcada pela informação eletrônica e interativa.
4. Jornalismo e Literatura
• Início do Jornalismo
– Boletim pessoal ou panfletário partidário
• Inserção da informação nos jornais
– Séculos XVIII e XIX
• Utilização mecânica da impressão
• Empresa de Informação
– Espalhar notícias, ideias e diversão
5. Jornalismo e Literatura
• Pilares que sustentam a informação
jornalística
– Atualidade e Periodicidade
• Liberdade de Imprensa
– Imprensa marrom
• Mistura de propaganda e manipulação de ideias
• Difusão dos públicos
– Linguagem cotidiana
– Folhas de suplemento literário
6. Escritores de Reportagens Especiais
• Estados Unidos – 1960
• Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer e Truman Capote
• Reportagens Especiais
– Expressão jornalística para uma matéria que
escapava à categoria da notícia pura e simples
• Pequenos fatos “divertidos”, engraçados, do
movimento policial, história de interessa humano
• Davam ao repórter espaço para escrever
– Michel Mok
» Guerra do Vietnã
7.
8. Romance: sem espaço para jornalistas
• Romance realista americano – 1930
• Não havia espaço para jornalista
• Reportagens Especiais – 1960
– Escrever jornalismo para ser lido como um
romance
• Roubou do romance o lugar de principal acontecimento
da literatura
9. Características
• Jornalismo de Revista dos anos 1950
– Usar elementos que remetem a outros estilos
literários
• Remetento a intimidade
• Conto:
– Joe Louis: o Rei da meia-idade
• Cenas da vida privada deum herói dos esportes que estava
ficando velho
– “Oi, meu bem”, Joie Louis disse a sua mulher, ao vê-la esperando
por ele no aeroporto de Los Angeles. Ela sorriu, foi até ele , e
estava quase se pondo na ponta dos pés para beijá-la quando, de
repente, parou. “Joe”, disse ela, “cadê sua gravata?
10. Características
• Jornalismo de Revista dos anos 1950
– Revistas Time, Esquire, True, Life e Sport Illustrated
– Jornais Herald Tribune
• Revistas
– Passagens narrativas criticadas pelos jornalistas da
época
• Eram inventadas
• Jornais
– Como escrever bem com um prazo diário?
11. Características
• Algo novo no jornalismo
• Usar recursos literários
– Vinhetas
– Erudição
– Memórias
– Sociologia
• Tudo o que for necessário para contar a história
• Não-ficção apurada
– Ponto de vista
12. Características
• O Narrador - ponto de vista
– Personalidade
– Para além da discussão de objetividade e
subjetividade
– Imaginar a sensação do leitor ao ler a matéria
• Referências
– Truman Capote – A sangue frio
• Coletânea de artigos de revista
– Romance de não-ficção
13. Recursos
• Construção cena a cena para contar a história
• Resgistrar o diálogo completo
– Diálogo Realista
• Para testemunhar as cenas da vida de outras pessoas
• Envolver o leitor
• Realidade Emocional
• Sem usar os sentimentos do jornalista
• Entrevista
– Ponto de vista da terceira pessoa
» Apresentar cada cena ao leitor por intermédio dos olhos de um personagem particular
» Sensação de estar dentro da cabeça do personagem
• Detalhes simbólicos do cotidiano
– Fazem com que o leitor lembre-se de seu próprio status de vida
• Registro dos gestos, hábitos, maneiras e costumes
• Estilos da mobília, roupas, decoração, comportamentos, maneiras de viajar,
comer, manter a casa, etc
• Detalhes simbólicos
– Olhares, poses, estilos de andar
14. Recursos
• Entrevista
– Contato do repórter com a pessoa
• Século XIX
– Emprego da entrevista na apuração
• Meados do Século XX
– Brasil: João do Rio
15. Reportagens e o Novo Jornalismo
• Origens
– Literatura de viagem Século XIX
• Autobiografias
• Unidade básica da reportagem
– Cena
• Ficar o tempo suficiente para qe as cenas possam ser
descritas
• Penetrar na vida de pessoas desconhecidas
– Delicadeza
– Sem bombardear com perguntas
16.
17. Jornalismo Gonzo
• Dr. Hunter S. Thompson (1960)
– Pai do Jornalismo Gonzo
• Surge junto com o New Journalism
• Características
– Trabalho próximo da antropologia
– Defende a idéia de que a literatura é realista
• Abre mais espaço para o uso de fição, ou alucinação, na
narrativa
18. Jornalismo Gonzo
• Felipe Pena
– “estilo de reportagem, caracterizado por um
envolvimento pessoal com a ação que estava
descrevendo, sem medir conseqüências, por mais
perigosas que fossem”.
• Usa técnicas não convencionais:
– Uso do humor é freqüente
– Uso de narcóticos aparece em algumas das obras
• Em outras, o uso de bebidas
– Interagir com o entrevistado, no sentido participativo
• Chegando até a xingá-lo, se for o caso
19. Características
• Narrativa em primeira pessoa
– O autor participa da notícia e deixa isso explícito ao leitor.
• Utilização do humor
– O humor está sempre presente, muitas vezes disfarçado de
ironia.
• Opinião:
– O jornalista participa da ação e emite opinião sobre o fato.
• Uso de palavrões:
– Na maioria dos textos de Thompson o palavrão é um re-curso,
principalmente para caracterizar o humor do texto.
• Linguagem clara:
– O jornalista utiliza linguagem coloquial, de fácil compreensão.
20. Características
• Reportagem especial sobre moradores de rua
– O repórter moraria uma semana ou um mês na
rua, sem qualquer ajuda, para vivenciar o dia-a-
dia daqueles que não têm um teto.
– No momento de confeccionar a reportagem, além
das entrevistas coletadas
• Dar sua própria versão dos fatos
• Contar o que viveu nos dias em que dormiu ao relento.
21. Jornalismo Gonzo
• Usa técnicas jornalísticas
– Narração da ação
– Uso de sequências alineares
• Mudando tempo e espaço continuamente
22. “um estilo de reportagem baseada
na idéia de William Faulkner de que
a melhor ficção é muito mais
verdadeira que qualquer tipo de
jornalismo – e os melhores
jornalistas sempre souberam disso”.
(THOMPSON, 2004, p. 46)
23. Thompson
• Entra no jornalismo através da Força Aérea Americana
– Bate a caminhonete do patrão e, por isso, se inscreve nas
Forças
• Entra como editor de esportes do jornal da Força
• Quando sai, vai procurar emprego no jornalismo
– Tenta um jornal esportivo, mas não é aceito
• Publica Hells Angels
– Livro que o torna conhecido
• Passa a contribuir com matérias para veículos de
comunicação
• Atua em outros setores
– Candidata-se a delegado de uma cidadezinha
24. Thompson
• Quebra a imagem do jornalista como bem
comportado
– Usa drogas e armas e dirige em alta velocidade
• Questiona o establishment norte americano
– Critica duramente Bush e Nixon
• Faz matérias clássicas
– Entrevista com Muhamed Ali
• A grande caçada aos tubarões
– Coletânea de reportagens de Thompson publicadas na imprensa
norte-americana
• Rum: Diário de um jornalista bêbado
– Conta, como romance, sua passagem por um jornal de língua
inglesa de Porto Rico, quando ele tinha 22 anos
25. Livros
• Medo e Delírio em Las Vegas
– Viaja com seu advogado para fazer uma matéria sobre
rally em Las Vegas e depois ficam para uma
conferência sobre narcóticos
• Hells Angeles
– Se insere no grupo de motoqueiros durante um ano e
meio
• Medo do Medo
– Coletânea de textos que revelam um pouco da
biografia de Thompson
26. O jornalismo gonzo na
contemporaneidade
• 50 anos a mil
– Lobão e o jornalista Claudio Tognolli
• Narrador, em primeira pessoa, participa dos
acontecimentos
• Aborda questões com potencial jornalístico
– Música e denúncias de abusos de poder
• CQC
– O repórter participa da
notícia, e, inclusive, retruca as agressões dos
entrevistados
27.
28. Uma espiadinha na semana
Rede Record
Documentário Jornalístico
Diário do Inferno
http://maureliomello.blogspot.com.br/20
12/04/o-diario-do-inferno-versao-de.html
29. • Falcão – Meninos do tráfico
– Fantástico – Maio de 2006