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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação




                        «ESTA É A NOSSA FÉ,
  A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

  *Desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia *



1. Formação

Como vimos na reunião anterior, a morte de Cristo consistiu na
separação da alma e do corpo, como na morte dos outros homens.
Mas a divindade, apesar de a alma e o corpo terem-se separado
esteve sempre unida ao corpo e à alma de um modo perfeito.

Vamos ver porque é que no sepulcro estava presente o Filho de Deus,
que também desceu com a alma aos infernos.

Por quatro razões Cristo desceu com a alma aos infernos:

  • Para que suportasse toda a pena do pecado, e, assim,
    expiasse toda a culpa. A pena do pecado do homem não foi
    somente a morte do corpo, mas também uma punição na alma.
    Por que o pecado era também da alma, esta deveria ser punida
    pela privação da visão divina.
    Para Cristo carregar sobre Si toda a punição devida aos
    pecadores, quis não só morrer, mas também descer com a alma
    aos infernos.

  • Foi em socorro de todos os Seus amigos. Muitos estavam
    nos infernos que para lá desceram possuindo caridade e fé no
    Messias, como Abraão, Isaac, Jacob, David e muitos outros
    homens justos.
Penetrarei em todas as partes interiores da terra, e verei todos os que aí
dormem, e iluminarei todos os que esperam no Senhor (Ben 24,25).

   • Para que Cristo tivesse uma vitória perfeita contra o diabo.
     Para que Cristo triunfasse sobre o diabo de um modo completo,
     quis tirar-lhe a sede do reino e prendê-lo na sua própria casa,
     que é o inferno. Por isso aí desceu, tirou-lhe todos os bens,
     aprisionou-o e apoderou-se das almas que estavam à espera da
     Ressurreição de Jesus.

   • Para libertar os santos que estavam nos infernos. Assim
     como Cristo quis submeter-se à morte para libertar os vivos, da
     morte, quis também descer aos infernos, para libertar os que aí
     se encontravam. Estavam no inferno devido ao pecado original
     causado por Adão, do qual não poderiam ser libertados, senão
     por Cristo. (A diferença entre esta razão e a segunda
     apresentada, prende-se com o Dogma do Pecado Original. Jesus
     foi salvar também aqueles que só tinham a mácula do pecado
     original).

Podemos assim tirar alguns ensinamentos para a nossa formação
enquanto grupo e enquanto crentes.

- Devemos ter uma firme esperança em Deus
Quando o homem está em aflição, deve esperar sempre o auxílio
divino e Nele confiar. Nada há de mais sério do que cair no inferno. Se
Cristo libertou os que estavam nos infernos, e se cada um, é de facto
amigo de Deus, deve confiar para que Ele o liberte de qualquer
angústia.

- Devemos despertar em nós o temor, e afastar o pecado. Pois, apesar
de Cristo ter suportado a paixão pelos pecadores, e ter descido aos
infernos, não libertou todos mas somente aqueles que estavam sem
pecado mortal. Por isso que ninguém desça à morte com pecado
mortal à espera de perdão.
- Devemos viver atentos. Se Cristo desceu aos infernos para a nossa
salvação, também nós devemos, com solicitude lá descer em espírito,
meditando sobre as penas nele existentes.

- Devemos ter consciência que Jesus nos ofereceu um exemplo de amor.
Cristo desceu aos infernos para libertar os seus. Devemos também nós
auxiliar os nossos. Eles, por si mesmos, nada podem conseguir. Nós é
que devemos ir em socorro dos que estão no purgatório.

Santo Agostinho disse que podemos auxiliar os que estão no
purgatório, principalmente de três formas:
     - Missas;
     - Orações;
     - Esmola;
São Gregório acrescenta um quarto: o jejum.

Lemos nos Evangelhos que muitos ressuscitaram dos mortos, como
Lázaro, o filho da viúva e a filha do chefe da Sinagoga.

Mas a Ressurreição de Cristo difere daquelas e de outras, em
alguns aspectos:

  1. Devido à causa da ressurreição, porque os outros que
     ressuscitaram, não ressusitaram por próprio poder, mas pelo
     poder de Cristo. Jesus ressuscitou por próprio poder, porque
     não era apenas homem, mas Deus.
     Como Cristo por sua própria força entregou a alma, reassumiu-
     a também por própria força. Por isso é dito no Credo
     ressuscitou e não foi ressuscitado, como se o fosse por outro.

  2. Difere, em segundo lugar, devido à vida que fora ressuscitada.
     Cristo ressuscitou para a vida gloriosa e incorruptível. Os outros
     para a mesma vida que antes possuíam, como se verificou em
     Lázaro e nos outros ressuscitados.
3. Difere ainda quanto à sua eficácia e quanto ao seu futuro,
      porque foi em virtude daquela que todos ressuscitaram.

   Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande
solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou
silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam
há séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos.
   Vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que
jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte,
Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu Filho. Entrou o Salvador onde eles
estavam, levando em suas mãos a arma vitoriosa da cruz.


                                             De uma antiga homilia de Sábado Santo



   4. A quarta diferença é relativa ao tempo, porque a ressurreição
   dos outros foi retardada para o fim dos tempos, à excepção da
   Virgem Maria. Cristo, porém, ressuscitou ao terceiro dia porque a
   sua Ressurreição e a sua Morte realizaram-se para a nossa salvação,
   e Ele, portanto, só quis ressurgir quando fosse isso vantajoso para a
   nossa salvação.



2. Considerações finais


Sobre o que acabamos de expor, podemos fazer quatro considerações:

Devemos esforçar-nos para ressurgirmos espiritualmente da
morte da alma, contraída pelo pecado, para a vida justa e recta
que se obtém pela penitência.

Não devemos atrasar esta nossa ressurreição da morte, mas
realizá-la já, porque Cristo ressuscitou no terceiro dia.

Devemos também ressurgir para a vida incorruptível, de modo
que não mais morramos, isto é, que devemos perseverar no propósito
de não mais pecar.
Devemos ressurgir para uma vida nova e gloriosa evitando tudo
o que antes nos foi ocasião e causa de morte e pecado. Lê-se na
Carta aos Romanos: "Como Cristo ressurge entre os mortos pela glória
do Pai, também nós deve mos andar na novidade de vida" (Rom 5,4).


                                                Referências no You Cat:




3. Oração

Deus eterno e omnipotente: ao celebrarmos o mistério redentor de
Vosso Filho Unigénito, que depois de ter descido à morada dos
mortos saiu vitoriosamente do sepulcro, concedei aos Vossos fiéis
que, sepultados com Cristo no Baptismo, também com Cristo
ressuscitem para a vida eterna. Ele que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
Ámen.

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Caminhada mariana
 

Juventude Mariana Vicentina - Formação sobre a descida de Cristo aos infernos

  • 1. Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação «ESTA É A NOSSA FÉ, A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR» *Desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia * 1. Formação Como vimos na reunião anterior, a morte de Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros homens. Mas a divindade, apesar de a alma e o corpo terem-se separado esteve sempre unida ao corpo e à alma de um modo perfeito. Vamos ver porque é que no sepulcro estava presente o Filho de Deus, que também desceu com a alma aos infernos. Por quatro razões Cristo desceu com a alma aos infernos: • Para que suportasse toda a pena do pecado, e, assim, expiasse toda a culpa. A pena do pecado do homem não foi somente a morte do corpo, mas também uma punição na alma. Por que o pecado era também da alma, esta deveria ser punida pela privação da visão divina. Para Cristo carregar sobre Si toda a punição devida aos pecadores, quis não só morrer, mas também descer com a alma aos infernos. • Foi em socorro de todos os Seus amigos. Muitos estavam nos infernos que para lá desceram possuindo caridade e fé no Messias, como Abraão, Isaac, Jacob, David e muitos outros homens justos.
  • 2. Penetrarei em todas as partes interiores da terra, e verei todos os que aí dormem, e iluminarei todos os que esperam no Senhor (Ben 24,25). • Para que Cristo tivesse uma vitória perfeita contra o diabo. Para que Cristo triunfasse sobre o diabo de um modo completo, quis tirar-lhe a sede do reino e prendê-lo na sua própria casa, que é o inferno. Por isso aí desceu, tirou-lhe todos os bens, aprisionou-o e apoderou-se das almas que estavam à espera da Ressurreição de Jesus. • Para libertar os santos que estavam nos infernos. Assim como Cristo quis submeter-se à morte para libertar os vivos, da morte, quis também descer aos infernos, para libertar os que aí se encontravam. Estavam no inferno devido ao pecado original causado por Adão, do qual não poderiam ser libertados, senão por Cristo. (A diferença entre esta razão e a segunda apresentada, prende-se com o Dogma do Pecado Original. Jesus foi salvar também aqueles que só tinham a mácula do pecado original). Podemos assim tirar alguns ensinamentos para a nossa formação enquanto grupo e enquanto crentes. - Devemos ter uma firme esperança em Deus Quando o homem está em aflição, deve esperar sempre o auxílio divino e Nele confiar. Nada há de mais sério do que cair no inferno. Se Cristo libertou os que estavam nos infernos, e se cada um, é de facto amigo de Deus, deve confiar para que Ele o liberte de qualquer angústia. - Devemos despertar em nós o temor, e afastar o pecado. Pois, apesar de Cristo ter suportado a paixão pelos pecadores, e ter descido aos infernos, não libertou todos mas somente aqueles que estavam sem pecado mortal. Por isso que ninguém desça à morte com pecado mortal à espera de perdão.
  • 3. - Devemos viver atentos. Se Cristo desceu aos infernos para a nossa salvação, também nós devemos, com solicitude lá descer em espírito, meditando sobre as penas nele existentes. - Devemos ter consciência que Jesus nos ofereceu um exemplo de amor. Cristo desceu aos infernos para libertar os seus. Devemos também nós auxiliar os nossos. Eles, por si mesmos, nada podem conseguir. Nós é que devemos ir em socorro dos que estão no purgatório. Santo Agostinho disse que podemos auxiliar os que estão no purgatório, principalmente de três formas: - Missas; - Orações; - Esmola; São Gregório acrescenta um quarto: o jejum. Lemos nos Evangelhos que muitos ressuscitaram dos mortos, como Lázaro, o filho da viúva e a filha do chefe da Sinagoga. Mas a Ressurreição de Cristo difere daquelas e de outras, em alguns aspectos: 1. Devido à causa da ressurreição, porque os outros que ressuscitaram, não ressusitaram por próprio poder, mas pelo poder de Cristo. Jesus ressuscitou por próprio poder, porque não era apenas homem, mas Deus. Como Cristo por sua própria força entregou a alma, reassumiu- a também por própria força. Por isso é dito no Credo ressuscitou e não foi ressuscitado, como se o fosse por outro. 2. Difere, em segundo lugar, devido à vida que fora ressuscitada. Cristo ressuscitou para a vida gloriosa e incorruptível. Os outros para a mesma vida que antes possuíam, como se verificou em Lázaro e nos outros ressuscitados.
  • 4. 3. Difere ainda quanto à sua eficácia e quanto ao seu futuro, porque foi em virtude daquela que todos ressuscitaram. Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos. Deus morreu segundo a carne e acordou a região dos mortos. Vai à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Quer visitar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte. Vai libertar Adão do cativeiro da morte, Ele que é ao mesmo tempo seu Deus e seu Filho. Entrou o Salvador onde eles estavam, levando em suas mãos a arma vitoriosa da cruz. De uma antiga homilia de Sábado Santo 4. A quarta diferença é relativa ao tempo, porque a ressurreição dos outros foi retardada para o fim dos tempos, à excepção da Virgem Maria. Cristo, porém, ressuscitou ao terceiro dia porque a sua Ressurreição e a sua Morte realizaram-se para a nossa salvação, e Ele, portanto, só quis ressurgir quando fosse isso vantajoso para a nossa salvação. 2. Considerações finais Sobre o que acabamos de expor, podemos fazer quatro considerações: Devemos esforçar-nos para ressurgirmos espiritualmente da morte da alma, contraída pelo pecado, para a vida justa e recta que se obtém pela penitência. Não devemos atrasar esta nossa ressurreição da morte, mas realizá-la já, porque Cristo ressuscitou no terceiro dia. Devemos também ressurgir para a vida incorruptível, de modo que não mais morramos, isto é, que devemos perseverar no propósito de não mais pecar.
  • 5. Devemos ressurgir para uma vida nova e gloriosa evitando tudo o que antes nos foi ocasião e causa de morte e pecado. Lê-se na Carta aos Romanos: "Como Cristo ressurge entre os mortos pela glória do Pai, também nós deve mos andar na novidade de vida" (Rom 5,4). Referências no You Cat: 3. Oração Deus eterno e omnipotente: ao celebrarmos o mistério redentor de Vosso Filho Unigénito, que depois de ter descido à morada dos mortos saiu vitoriosamente do sepulcro, concedei aos Vossos fiéis que, sepultados com Cristo no Baptismo, também com Cristo ressuscitem para a vida eterna. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.