2. O jornalismo Literário não ignora o que aprendeu
no diário, ele cria novas estratégias.
A apuração rigorosa continua a observação, a
ética, a capacidade de expressar claramente.
Foge do lead, e vai à busca da criatividade,
elegância e estilo, aplicando técnicas literárias de
construção narrativa.
3. Já na literatura a divisão começou com
Aristóteles, que separou os gêneros em: lírico,
épico e dramático.
A partir do século XVII o modelo começou a
ser questionado.
No entanto, só no século XX que se instalaram
os gêneros: cientifico, técnico, cotidiano e etc.
4. Pré-história do jornalismo: 1631 a 1789.
Caracterizada por uma economia elementar,
produção artesanal e forma semelhante ao livro.
Primeiro jornalismo: 1789 – 1830. Conteúdo
literário e político, com texto crítico, comandado
por escritores, políticos e intelectuais
5. Segundo jornalismo 1830 – 1900. Marca o início
da profissão do jornalista e criação de
reportagens, manchetes, publicidades
Terceiro jornalismo: 1900 – 1960. Marcado pela
imprensa monopolistas, grandes grupos
editoriais, e rubricas políticas
Quarto Jornalismo: de 1960 em diante. Marcada
pela evolução na informação, tecnologia,
velocidade e interatividade.
6. Atualmente podemos identificar dois tipos de
crítica literária.
Produzida na Universidade: por professores,
intelectuais e estudantes de mestrado e doutorado
em letras.
Já a outra está escrita diariamente nas paginas dos
jornais e revistas e demais publicações midiáticas.
7. Com o fim da literatura nos jornais depois de 1950,
com intuito de trazer novidade aos leitores a
literatura tornou-se um suplemento.
É com essa lógica que surgem os cadernos
literários na imprensa. Suplementar significa
ampliar, adicionar, complementar.
Os suplementos têm a função de acrescentar
alguma coisa aos jornais, mas devem seguir as
características da imprensa moderna.
8. O New Journalism é um gênero jornalístico
surgido na imprensa dos Estados Unidos, na
década de 60, que tem como principais expoentes
Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer e Truman
Capote.
Classificado como romance de não-ficção, sua
principal característica é misturar a narrativa
jornalística com a literária.
9. “O Novo Jornalismo Novo explora as
situações do cotidiano, o mundo ordinário,
as subculturas. Mas não envereda pela
abordagem do exotismo ou do
extraordinário, encarando os problemas
como sintomas da vida americana. O
objetivo é assumir um perfil ativista,
questionar valores, propor soluções”.
(pág. 60)
10. Atualmente, grande parte das biografias
disponíveis no mercado é produção jornalística.
Esses textos são escritos a partir da fusão das
linguagens do jornalismo e da literatura, o que
caracteriza o jornalismo literário, e vêm
rompendo com um antigo modo de contar
histórias individuais.
11. Apesar do rótulo “romance-reportagem”, tipicamente
brasileiro, ser hoje pouco utilizado, ele continua
circulando no país
. Foi na década de 1970, fase de maior sucesso, que a
mistura de jornalismo e literatura recebeu a
denominação de romance-reportagem.
12.
“O conceito também poderia estar contido em
outro, mais abrangente, que é o de livro-
reportagem. Mas não haveria distinção entre
o uso deliberado ou não da ficção”.
(pág. 104/105)
13. Jornalismo literário é a junção de dois gêneros
(jornalístico e literário), gênero com
especificidades próprias.
Os escritos deste gênero unem o aprendizado da
redação jornalística com técnicas narrativas
tiradas da literatura.
Aplica-se técnica literária de construção narrativa
a uma realidade factual.
14. O que fazem os autores é “ficcionalizar” as
informações jornalísticas, acrescentando dados e
situações, além de descrever um possível dialogo
interior da personagem.
A ficção-jornalística, segundo o autor, não tem
compromisso com a realidade, apenas a explora
como suporte para a sua narrativa.