Este documento discute os gêneros textuais e sua importância no ensino. Apresenta diferentes gêneros orais e digitais e explica porque é importante trabalhar com gêneros textuais em sala de aula, permitindo que os alunos se apropriem de práticas de letramento essenciais.
3. UNIDADE 05
ANO 01
Os diferentes textos em salas de alfabetização.
ANO 02
O trabalho com os gêneros textuais na sala
de aula.
ANO 03
Trabalho com gêneros textuais em sala de aula diversidade e progressão escolar andando juntas.
4. Objetivos
• Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento;
•
Analisar
alfabetização,
e
planejar
sequências
integrando
diferentes
didáticas
para
componentes
turmas
curriculares,
de
e
atividades voltadas para o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita;
• Conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação
e planejar situações didáticas em que tais materiais sejam usados.
6. Produção textual com diferentes
gêneros
Micro entrevista
Nome:_________________________________________
Atua há quanto tempo no magistério:_________________
Formação superior:_______________________________
Estado civil:_____________________________________
Tem filhos? _________
Quantos? ______________
Características físicas: ____________________________
______________________________________________
8. :
Para refletir:
Como eu faria estas perguntas se fosse
uma entrevista de verdade?
Como é feito uma entrevista de fato?
Que outros gêneros eu poderia utilizar a
partir desta entrevista?
11. POEMA COLETIVO
Cada
participante
deverá
escrever
dois
versos, utilizando rimas sobre sua(seu) colega.
Dica: pode-se utilizar o sujeito “esta pessoa” para
ficar genérico.
Sugestão para sala de aula: Após a escrita
individual, todos os versos serão organizados
coletivamente e depois colados em papel bobina.
12. GÊNEROS
- Cada esfera de troca social elabora tipos relativamente
estáveis de enunciados, os gêneros.
-Três elementos os caracterizam: conteúdo temático – estilo –
construção composicional.
- A escolha de um gênero se determina pela esfera, as
necessidades da temática, o conjunto dos participantes e a
vontade enunciativa ou intenção do locutor.
(Schneuwly, 2004)
14. GÊNEROS TEXTUAIS
TIPOS TEXTUAIS
•
Instrumentos culturais disponíveis nas
interações sociais.
•
Instrumento para agir linguisticamente.
•
Historicamente mutáveis e relativamente
estáveis.
•
Formas verbais de ação definidos por
propriedades sociocomunicativas.
•
Sequências teoricamente definidas
pela natureza linguística da sua
composição:
narração, exposição, argumentação, d
escrição e injunção.
•
Não têm função social definida.
•
Constructos teóricos definidos por
É uma criação linguísticas
propriedadesmental, simples, que serve de
exemplificação na descrição de uma teoria
•
Predominam os critérios
sociocomunicativas.
•
Conjunto
concretas
aberto
de
de
ação
designações
.
•
Predomina
a
identificação
sequências linguísticas típicas.
•
Conjunto
teóricas
(MARCUSCHI, 2008)
limitado
de
de
categorias
(SCHNEUWLY e DOLZ, 2004)
17. Práticas sociais:
atividades mediadas pela linguagem
Práticas de
linguagem
Práticas de
linguagem
Gêneros
Gêneros
Fazer compras
Casamento
Práticas de
linguagem
PRÁTICAS
SOCIAIS
Festa junina
Práticas de
linguagem
Alugar /
vender um
imóvel
Gêneros
Ir ao médico
Gêneros
Práticas de
linguagem
Gêneros
CENPEC
19. Gêneros orais
“Na concepção dos atuais PCNs, o ensino de língua
oral deve ir além da interação dialogal de sala de
aula. Reconhece-se que o aluno em idade escolar já
dispõe de competência discursiva e linguística para
uso cotidiano, no entanto, assume que essas
interações não dão conta do amplo espectro de usos
linguísticos que as situações sociais do cidadão
contemporâneo demandam do campo da língua
oral, ou seja, não dão conta da "fala pública" e de
seus campos discursivos. Assim, propõem objetivos,
estratégias e sugestões de abordagem embasados
na diversidade de gêneros do oral e das situações de
uso público da fala.“
(BELINTANE, 2000)
20. Gêneros orais
“É preciso criar contextos de produção também para os
gêneros orais em que se determinam quem é o público, o
que será dito e como. É isso que permite aos alunos se
apropriarem das noções, das técnicas e dos instrumentos
necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de
expressão em situações de comunicação”.
Bernard Schneuwly
21. Telefonema falso
- Sim... A sala esta cheia... Sim... São as aulas do PNAIC que eu te contei..
- Isso, na Escola de Gestão.
- Esta formação acontece na hora-atividade e a noite.
- Sim, as professoras são do 2º ano.
- Isso, as formações estão acontecendo no Brasil todo.
- A formação é baseada nos cadernos do PNAIC, do MEC. São 8 cadernos para cada ano do ciclo
I, fora os cadernos da Educação do Campo e o da Educação Especial.
- Hoje estamos conversando sobre gêneros textuais.
- Olha, entre no site do MEC, lá você consegue baixar os cadernos do PNAIC, ou então, me
mande um e-mail só para eu não esquecer e eu mando pra você.
- O material é muito bom, sim. Com certeza irá ampliar seu olhar sobre as questões de
alfabetização.
-Até mais. Depois nos falamos. Beijos.
Narração
Argumentação
INJUNÇÃO:
Quando você
Injunção
chama o leitor
Descrição
Exposição
23. • PARLENDA
• são versinhos com temática infantil que são recitados em
brincadeiras de crianças. São usadas por adultos também para
embalar, entreter e distrair as crianças.
• TRAVA-LÍNGUA
• frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico
(brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou
seja, uma pessoa passa uma frase díficil para um outro indíviduo
falar.
• QUADRINHA
• é uma espécie de trova popular, cuja letra é formada por quatro
versos, normalmente de sete sílabas cada um, muito usada para
desafios, provérbios populares e adivinhas.
24. • CANTIGA
• é um tipo de canção infantil popular relacionada às brincadeiras
de roda.
• PIADA
• é uma breve história, de final engraçado e às vezes
surpreendente, cujo objetivo é provocar risos ou gargalhadas em
quem a ouve ou lê.
• APRESENTAÇÃO ORAL
• é uma exposição, feita oralmente, sobre um tema, por exemplo,
arte, ciência, política, religião, para um público mais ou menos
restrito.
• TELEFONEMA
• Conversa ou comunicação pelo telefone
25. • EXPOSIÇÃO ORAL
• Discurso em que se desenvolve um assunto (conteúdo
referencial), ou transmitindo-se informações, ou descrevendo-se
ou, ainda, explicando-se algum conteúdo a um auditório de
maneira bem estruturada.
• JÚRI SIMULADO
• Estudar e debater um tema, levando todos os participantes do
grupo se envolverem e tomar uma posição.
• DEBATE
• é uma discussão entre duas ou mais pessoas que queiram apenas
colocar suas ideias em questão ou discordar das demais, sempre
tentando prevalecer a sua própria opinião ou sendo convencido
pelas opiniões opostas.
26. • ENTREVISTA
• é uma conversação entre duas ou mais pessoas) em que
perguntas são feitas para obter informação do entrevistado.
• NOTÍCIA
• é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador
e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador
para obter informação do entrevistado.
• REPORTAGEM
• é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no
testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e,
numa perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas,
relacionadas com o seu contexto.
27. Valorizar os textos
de tradição
oral, reconhecend
o-os como
manifestações
culturais.
Relacionar fala e
escrita, tendo em
vista a apropriação
do sistema de
escrita, as variantes
linguísticas e os
diferentes gêneros
textuais.
Reconhecer a
diversidade
linguística, valorizando
as diferenças culturais
entre variedades
regionais, sociais, de
faixa etária, de
gênero, dentre outras
Participar de
interações
orais em sala
de aula
(questionando,
sugerindo, etc)
Textos
orais.
Situações
planejadas
de ensino
Analisar a pertinência
e a consistência de
textos
orais, considerando
as finalidades e
características dos
gêneros seguintes.
Escutar textos de
diferentes
gêneros, os mais
formais, comuns
em situações
públicas, analisan
do-os .
Planejar
intervenções orais
em situações
públicas:
exposição
oral, debate, cont
ação de história.
Produzir textos
orais de diferentes
gêneros, com
diferentes
propósitos
(entrevistas, notíci
as, etc).
28. GÊNEROS DIGITAIS
São gêneros textuais que emergem no contexto
da tecnologia digital em ambientes virtuais.
(Marcuschi, 2005)
29. Gêneros digitais
Segundo Marcuschi, os gêneros textuais precisam ser
compreendidos
como
“artefatos
culturais
construídos
historicamente pelo ser humano”. Sob esse aspecto, diante do
contexto dinâmico da cultura digital, o debate sobre os gêneros são
redimensionados para os novos suportes de comunicação,
percebendo-se o ciberespaço e os ambientes virtuais de
aprendizagem como novos domínios para as relações sociais entre
os sujeitos, bem como para novas estratégias comunicativas usadas
nos gêneros digitais (SILVA, 2011, p. 130).
33. Por que trabalhar com gêneros textuais?
As práticas de linguagem são mediadas por instrumentos culturais e
históricos, ou seja, por gêneros textuais. Se a escola investe no ensino dos
gêneros estará facilitando, portanto, a apropriação dos usos da língua.
Não é preciso criar uma espécie de graduação dos gêneros e começar a
estabelecer uma hierarquia entre eles, determinando quais devem ser
explorados em cada ano. A proposta de Dolz e Schneuwly (2004) é que esta
progressão seja garantida por meio do aprofundamento dos objetivos
didáticos. Assim, um mesmo gênero pode ser trabalhado em
anos/ciclos/séries diferentes, mas com o passar dos anos essa abordagem
deve ser cada vez mais complexa (aprendizagem em espiral).
Bronckart (1999) e Schneuwly e Dolz (2004)
Unidade 5 - Ano 2
34. Papel fundamental da escola na
apropriação dos gêneros
Segundo Machado (2005, p. 251), “a apropriação dos
gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de
possibilidade de inserção prática dos indivíduos nas
atividades comunicativas humanas”.
Na nossa sociedade, para que haja realmente a
apropriação dos gêneros é preciso que sejam mobilizadas
instituições educacionais formalizadas, ou seja, essa é uma
tarefa
que
compete,
sobretudo,
às
escolas
(SCHNEUWLY, 1995).
36. GRUPO DE 4 – ESCREVER EM CADA PAPEL
UMA RESPOSTA PARA CADA PERGUNTA:
QUEM
O QUÊ
QUANDO
ONDE
38. “Dona de casa ronca no consultório do
dentista à meia-noite.”
39. Para turmas mais avançadas,
poderiamos agora, criar
uma reportagem em cima
desta manchete.
41. Quais gêneros trabalhar em sala de aula?
• “... Textos interessantes, que tenham significado para
seu grupo de alunos, assim como proporcionar um
bom trabalho de exploração e compreensão desses
textos.” (BRANDÃO, 2006)
• “O texto a ser refletido em classe é o texto
significativo. Aquele que circula socialmente, que é
escrito por alguém, com alguma intenção e é
destinado a determinado interlocutor, seja ele real ou
virtual.” (BOZZA, 2008, p.24)
Unidade 5 - Ano 2
42. Escolher gêneros com características composicionais, sociodiscursivas e
linguísticas relativamente diferentes entre si, pois, assim, estará
contribuindo para que seus alunos realizem diferentes operações de
linguagem e se apropriem de diversas práticas de letramento.
Oportunizar ao aluno a possibilidade de refletir sistematicamente sobre
gêneros semelhantes e gêneros diferentes entre si no decorrer de sua
escolaridade.
Pensando nesta progressão e nas semelhanças (e diferenças) entre os
gêneros, conseguimos organizá-los em onze grupos.
Em todas as etapas de escolaridade, sejam realizados estudos
sistemáticos, por meio de diferentes formas de organização do trabalho
pedagógico (projetos didáticos, sequências didáticas, entre outras) de
gêneros pertencentes a estes onze agrupamentos.
Dolz e Schneuwly (2004)
44. 1) Textos literários ficcionais
• Narrativa de fatos e episódios do mundo imaginário. Entre estes:
contos, lendas, fábulas, crônicas, obras, teatrais, novelas e causos.
2) Textos do patrimônio oral, poemas e letras de músicas
• Os textos do patrimônio oral, logo que são produzidos têm
autoria, mas, depois, sem um registro escrito, tornam-se anônimos, passando a ser
patrimônio das comunidades. São exemplos: as
travalínguas, parlendas, quadrinhas, adivinhas, provérbios, poemas e as letras de
músicas.
3) Textos com a finalidade de registrar e analisar as ações humanas individuais e
coletivas e contribuir para que as experiências sejam guardadas na memória das
pessoas.
• Tais textos analisam e narram situações vivenciadas pelas sociedades, tais como as
biografias, testemunhos orais e escritos, obras historiográficas e noticiários.
Unidade 5 - Ano 3
45. 4) Textos com a finalidade de construir e fazer circular entre as pessoas o conhecimento
escolar/científico
• São textos mais expositivos, que socializam informações, por exemplo, as notas de
enciclopédia, os verbetes de dicionário, os seminários orais, os textos didáticos, os
textos de divulgação científica, etc.
5) Textos com a finalidade de debater temas que suscitam pontos de vista diferentes,
buscando o convencimento do outro
• Os sujeitos exercitam suas capacidades argumentativas. Cartas de reclamação,
cartas de leitores, artigos de opinião, editoriais, debates regrados, reportagens, etc.
6) Textos com a finalidade de divulgar produtos e/ou serviços - e promover campanhas
educativas no setor da publicidade
• A persuasão está presente, mas com a finalidade de fazer o outro adquirir produtos
e/ou serviços ou mudar determinados comportamentos. São exemplos: cartazes
educativos, anúncios publicitários, placas e faixas.
Unidade 5 - Ano 3
46. 7) Textos com a finalidade de orientar e prescrever formas de realizar atividades
diversas ou formas de agir em determinados eventos
• São os textos instrucionais, tais como as receitas, os manuais de uso de
eletrodomésticos, as instruções de jogos, de montagem e os regulamentos.
8) Textos com a finalidade de orientar a organização do tempo e do espaço nas
atividades individuais e coletivas necessárias à vida em sociedade.
• São eles: as agendas, os cronogramas, os calendários, os quadros de horários, as
folhinhas e os mapas.
9) Textos com a finalidade de mediar as ações institucionais.
• São textos que fazem parte, principalmente, dos espaços de trabalho:
os requerimentos, os formulários, os ofícios, os currículos e os avisos.
Unidade 5 - Ano 3
47. 10) Textos epistolares utilizados para as mais diversas finalidades
• As cartas pessoais, os bilhetes, os e-mails, os telegramas medeiam as relações
entre as pessoas, em diferentes tipos de situações de interação.
11) Textos não verbais
• Os textos que não veiculam a linguagem verbal, escrita, tendo, portanto, foco
na linguagem não verbal, tais como as histórias em quadrinhos só com imagens, as
charges, pinturas, esculturas e algumas placas de trânsito compõem tal
agrupamento.
Unidade 5 - Ano 3
53. Referências
•
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•
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BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997, 2003.
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BOZZA, S. Ensinar a ler e escrever: uma possibilidade de inclusão social. Org. Rogério
Bozza. Pinhais: Editora Melo, 2008, 148 p.
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54. Referências
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