2. Introdução
No âmbito da disciplina de História foi-nos proposto o
desenvolvimento do tema: A Escravatura .
Neste trabalho iremos não só falar da escravatura em si
, como também falaremos de como esta era vista perante a
sociedade da altura.
Ainda dentro deste tema vamos desenvolver: o
cruzamento de culturas e a miscigenação.
3. O que é a Escravatura?
A escravidão é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro
designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força, uma vez que, é "obrigado" a
realizar todos os serviços impostos pelo seu dono, pois, se não o fizer, acaba chicoteado, na maioria das
vezes .
Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como
uma mercadoria, sendo que os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais,
a idade, a procedência e o destino. O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma
dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e/ou objeção pessoal ou legal.
4. ◦ A escravidão foi praticada por muitos povos em diferente regiões, desde as épocas mais antigas.
Eram feitos escravos, em geral, os prisioneiros de guerra e pessoas com dívidas, mas
posteriormente destacou-se a escravidão de negros. Na idade moderna, sobretudo a partir da
descoberta da América, houve um prosperidade da escravidão. Desenvolveu-se então um cruel e
lucrativo comércio de homens, mulheres e crianças, entre África e América.
◦ A escravidão passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença da
suposta superioridade racial e cultural dos europeus. Chama-se tráfico negreiro o transporte
forçado de africanos para a América como escravos durante o período colonista.
5. Origem e destino
dos escravos
negros no Brasil
Todo o trafico negreiro é
uma historia de violência
e de desrespeito dos
Direitos Humanos.
Prisioneiros das guerras
intertribais ou negros
esfomeados e sem
recursos, eis a origem dos
escravos traficados.
6.
7. Transporte dos
escravos
O transporte era feito da
África para o Brasil nos
porões dos navios negreiros.
Amontoados, em condições
desumanas, no começo
muitos morriam antes de
chegar ao Brasil, sendo que
os corpos eram lançados ao
mar. Por isso o cuidado com
o transporte de escravos
aumentou para que não
houvesse prejuízo. As
condições da tripulação dos
navios não era muito
melhor que a dos escravos.
8. Já nos navios as condições
pioravam, tanto porque o
espaço reservado a negros
era igual ao de um morto
no caixão, como porque o
barco se convertia nas suas
sepulturas. À chegada à
América, mais de 1/3 dos
escravos havia falecido de
fome, sede, doença, asfixia
ou devido a acidentes,
revoltas e repressões.
9. Lutas entre
escravos
As lutas entre os escravos
eram muito violentas, muito
até influenciadas pelos atos
dos seus donos. Chegavam a
haver muitos feridos, e
alguns sucumbiam.
Apesar de estarem cativos,
os escravos, dentro da sua
comunidade, mantinham
uma vida dita normal, uma
vez que, estes podiam ter e
gerar família, no entanto na
maioria das vezes as suas
mulheres eram violadas.
11. Intervenção papal a favor dos índios: A Igreja
declara “Os Índios, Homens Livres”
“Nós consideramos que os índios são realmente homens, não só capazes de
compreender a religião católica (…) Não se deve escravizá-los de maneira nenhuma. (E
declaramos) que os ditos índios e os outros povos devem ser convertidos à religião de Jesus
Cristo pela evangelização e pelo exemplo de costumes edificantes.”
Papa Paulo III, 9 de Junho de 1537, in J. S. SILVA DIAS, op. cit.
12. Condição
dos Índios:
Liberdade
ou
Escravidão
“De todos esses exemplos antigos e modernos ressalta
claramente que não existem nações no mundo (…) pois que são
feitos à imagem e semelhança de Deus. (…) toda a raça dos homens
é uma, e todos os homens no que respeita à sua criação e às coisas
naturais são semelhantes e nenhum nasce instruído (…) Quando
encontramos no mundo populações selvagens, elas são como terra
inculta(…)”
Bartolomeu de Las Casas, “Apologética História”, 1552 in R.
ROMANO, op. cit.
13. “Seria inadmissível recusar àqueles que nunca cometeram qualquer injustiça aquilo que
reconhecemos aos sarracenos e aos judeus, esses inimigos perpétuos da religião cristã. (…)
Ele (Aristóteles) fala da escravatura que existe na sociedade cívil: essa escravatura é legitima e
não torna ninguém escravo por natureza. (…)
Assim, admitindo que esses bárbaros sejam tao estúpidos e obtusos como se diz, não de deve
por isso recusar-lhes um verdadeiro poder e não se deve contá-los entre o numero dos escravos
legítimos.”
Francisco de Vitoria, “Premiere Leçon sur le Indien”, 1539 in R. ROMANO, op.cit.
14. “É por isso que as feras são domadas e submetidas ao império do homem. (…) o homem
manda na mulher, o adulto na criança, o pai no filho. (…) Esta mesma situação se verifica
entre os homens. (…)E se recusam esse império pode ser-lhes imposto por meio das armas e
essa guerra será justa tal como o declara o direito natural.”
Sepúlveda, “Dialogus de Justa Belli Causi”, 1542 in R. ROMANO, op. Cit
15. Miscigenação (mistura de raças, de povos e de diferentes etnias)
◦ Poucos países no mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o Brasil. Os
portugueses já trouxeram para o Brasil séculos de integração genética e cultural de povos
europeus. Embora os portugueses sejam basicamente uma população europeia, 7 séculos de
convivência com mouros do norte de África e com judeus deixaram um importante legado a este
povo. No Brasil, uma parte substancial dos colonizadores portugueses miscigenou-se com índios e
africanos, num processo muito importante para a formação do País. A esse e outros processos
somou-se o processo de imigração de muitos mais europeus.
16. ◦ Os índios brasileiros não apresentavam relevantes diferenças
genéticas entre si: seriam todos descendentes do primeiro grupo de
caçadores asiáticos que chegaram às Américas, há 60 mil anos.
Porém, culturalmente falando, os aborígenes brasileiros estavam
inseridos numa diversidade de nações com línguas e costumes
distintos. A chegada dos primeiros colonos portugueses, homens
na maioria, culminou em relações e concubinatos com as índias.
Em 4 de abril de 1755, D. José, rei de Portugal, assinou decreto
autorizando a miscigenação de portugueses com índios.
17. Os africanos trazidos e escravizados no Brasil pertenciam a um leque enorme de etnias e nações. A
maior parte eram bantos, originários de Angola, Congo e Moçambique. Porém, em lugares como a Bahia,
predominaram os escravizados da região da Nigéria, Daomé e Costa da Mina em alguns momentos,
principalmente no século XVIII.
Alguns escravos islâmicos eram alfabetizados em árabe e já traziam para o Brasil uma rica e variada
bagagem cultural. O governo libertou os escravos no final do século XIX, mas não lhes deu assistência
social, e, por vários motivos, incluindo a necessidade de mão-de-obra e a ambição de "branquear" a
população nacional, estimulou a vinda de imigrantes europeus. Havia entre os governantes do País a ideia
de que se os imigrantes se casassem com pardos e negros, iriam "embranquecer" a população brasileira.
18. A famosa pintura A
Redenção de Cam,
feita em 1895 por
Modesto Brocos y
Gómez, sintetiza a
ideia na época: através
da miscigenação, os
brasileiros ficariam a
cada geração mais
brancos.
19. A
F
R
I
C
A
◦ As primeiras excursões portuguesas à África
subsaariana foram pacíficas. Os portugueses
muitas vezes casavam-se com mulheres
nativas e eram aceites pelos líderes locais. Os
investimentos na navegação da costa oeste da
África foram inicialmente estimulados pela
crença de que a principal fonte de lucro seria a
exploração de minas de ouro, expectativa que
não se realizou. Assim, consta que o comércio
de escravos que se estabeleceu no Atlântico
entre 1450 e 1900 contabilizou a venda de
cerca de 11 313 000 indivíduos.
◦ Em torno do comércio de escravos estabeleceu-se o
comércio de outros produtos, tais como marfim,
tecido, tabaco, armas de fogo e peles. Os
comerciantes usavam como moeda pequenos objetos
de cobre, manilhas e contas de vidro trazidos de
Veneza. Mas a principal fonte de riqueza obtida pelos
europeus na África foi mesmo a mão-de-obra barata
requerida nas colônias americanas e que pareceu-lhes
uma boa justificação para os investimentos em
explorações marítimas que, especialmente os
portugueses, faziam desde o século XIV. Dessa
forma, embora no século XV os escravos fossem
vendidos em Portugal e na Europa de maneira geral,
foi com a exploração das colônias americanas que o
tráfico atingiu grandes proporções.
20. B
R
A
S
I
L
A primeira forma de escravidão no Brasil
foi dos negros da terra, os índios especialmente
na Capitania de São Paulo onde os seus
moradores pobres não tinham condições de
adquirir escravos africanos, nos primeiros dois
séculos de colonização. A Escravização de
índios foi proibida pelo Marquês de Pombal,
pois foram considerados pouco aptos ao
trabalho. No Brasil, a escravidão africana teve
início com a produção canavieira na primeira
metade do século XVI como tentativa de
solução à "falta de braços para a lavoura",
como se dizia então.
Os portugueses, brasileiros e mais tarde os holandeses
traziam os negros africanos das suas colônias na África
para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de
rapadura do Nordeste. Os comerciantes de escravos
vendiam os africanos como se fossem mercadorias que
adquiriam de tribos africanas que haviam feito prisioneiros.
Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais
fracos ou velhos. Eram mais valorizados, para os trabalhos
na agricultura, os negros provenientes do sul da África e
tinham menos valor os vindo do centro oeste da África,
chamados negros Mina por serem embarcados no porto de
São Jorge de Mina, e serem mais aptos para as minas,
trabalho o qual já se dedicavam na África Ocidental.
21. ◦ Como eram vistos como mercadorias, ou mesmo como animais, eram avaliados fisicamente,
sendo melhor avaliados os escravos que tinham melhor aparência/corpo, numa avaliação
altamente racista. O preço dos escravos sempre foi elevado quando comparado com os preços
das terras, estas abundantes no Brasil. Assim, durante todo o período colonial brasileiro, nos
inventários de pessoas falecidas, o lote de escravos, mesmo quando em pequeno número,
sempre era avaliado por um valor, em mil-réis, muito maior que o valor atribuído às terras do
fazendeiro. Assim a morte de um escravo ou sua fuga representava para o fazendeiro uma
perda econômica e financeira imensa.
◦ A escravidão no Brasil levou à formação de muitos quilombos (locais de refugio) que
traziam insegurança e frequentes prejuízos a viajantes e produtores rurais. O maior de Minas
Gerais foi assim descrito por Luís Gonzaga da Fonseca, na sua "História de Oliveira".
22. Bibliografia
◦ Além da pasta, com inúmeras informação acerca do tema, dada pela professora, também
pesquisamos fora daí:
◦ Livro: O tempo da História, 3ª Parte, História A 10º Ano;
◦ http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o;
◦ http://www.slideshare.net/margs04/escravatura-apresentao;
◦ http://www.slideshare.net/joanana/escravatura;
◦ https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_negreiro;
◦ http://www.infopedia.pt/$abolicao-do-trafico-de-escravos.