SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Tomás
de
Alencar
JOANA RODRIGUES, Nº7, 11ºB
Quem foi?


Ele apresentou Maria Monforte a Pedro;



Amigo de Carlos da Maia;



Representa



Posteriormente, na 3º geração,

o

Romantismo,

na

2º

surge como um o símbolo do

geração da família Maia;

ultrarromantismo;


É o Poeta das “Vozes de Aurora”, o

Estilista de “Elvira”, o Dramaturgo do
“Segredo do Comendador”;



Falso moralista



Incoerente.
Caracterização Psicológica


Era calvo, em toda a sua pessoa "havia alguma coisa de antiquado, de artificial e de

lúgubre". Simboliza o romantismo piegas.


Era camarada, inseparável e íntimo de Pedro da Maia



Eça serve-se desta personagem para construir discussões de escola, entre naturalistas
e românticos, numa versão caricatural da Questão Coimbrã.



Não tem defeitos e possui um coração grande e generoso. É um gentleman e um
patriota à moda antiga. É o poeta do ultrarromantismo.
1º aparecimento
Surge no Cap. I quando Pedro vê pela 1ª vez Maria Monforte:


“… Mas um rapaz alto, macilento, de bigodes negros, vestido de

negro, que fumava encostado à outra ombreira, numa pose de tédio…”


“E o Alencar, depois de passar os dedos magros pelos anéis da
cabeleira e pelas pontas do bigode…”
Menções



É por uma carta dele que Afonso da Maia toma conhecimento de que Mª

Monforte se encontra em Paris


É também ele que informa que Mª Monforte tinha um retrato duma
criança que diz a Alencar ser da filha, que morreu em Londres.



Tanto Alencar como Afonso da Maia partem do princípio de que se trata
da filha mais velha. Afonso da Maia presume assim que a neta morreu.
Jantar no Hotel Central
« Ega exclamou: “Saúde ao poeta!”
E apareceu um indivíduo muito alto (…), com uma face
escaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos

espessos, românticos bigodes grisalhos (…)
Era ele! O ilustre cantor das Vozes de Aurora, o estilista de Elvira, o
dramaturgo do Segredo do Comendador. »
Alencar diz a origem do nome de
Carlos
« - Teu pai – dizia ele – o meu Pedro, queria-te pôr o nome de Afonso (…) Mas tua mãe
(…) teimou em que havias de ser Carlos. E justamente por causa de um romance que eu
lhe emprestara. (…) Era um romance sobre o último Stuart, aquelo belo tipo do príncipe
Carlos Eduardo (…)Consultou-me, consultava-me sempre sempre, nesse tempo eu era
alguém (…). Enfim, voltei-me para tua mãe, e disse-lhe, palavras textuais: “Ponha-lhe o
nome de Carlos Eduardo (…) que é o verdadeiro nome para o frontispício de um
poema, para a fama de um heroísmo ou para o lábio de uma mulher!” »


Segundo o ponto de vista de Alencar – que é o ponto de vista do
Romantismo -, as senhoras poderiam ler literatura romântica sem corar, o que
não acontecia com a literatura realista e naturalista que alimentava o gosto
por pintar ambientes sórdidos e analisar situações escabrosas.



Por isso refere que, nesses tempos, não havia “a pústula e o pus”, referindo-se
ao Realismo e ao Naturalismo.
Discussão entre Ega e Alencar


No final do jantar, Ega recita com entusiasmo poemas de um
poeta moderno, Simão Craveiro.



Alencar que detestava Craveiro, o homem da “Ideia Nova”, o

“Paladino

do

Realismo”,

condenou

esses

versos

e

ficou

visivelmente transtornado.
(Capitulo VI)
Excertos da discussão
« Alencar passou a mão pela testa lívida, e com o olho cavo fito no outro, a voz

rouca e lenta:
- Olha, João da Ega, (…) Todos esses epigramas, esses dichotes lorpas do raquítico, e
dos que o admiram, passam-me pelos pés como enxurro de cloaca… O que faço é

arregaçar as calças! (…) Mais nada, meu Ega (…)
E arregaçou-as realmente (…)
- Pois quando encontrares enxurros desses – gritou-lhe o Ega – agacha-te e bebe-os!

Dão-te sangue e força ao lirismo!
Mas Alencar, sem o ouvir, berrava para os outros (…) »
« (…) – Não se esborracham assim crânios – disse de lá o Ega num tom frio de
troça.
Alencar voltou para ele um face medonha (…) todo ele tremia:
- Esborrachava-lho, sim, esborrachava, João da Ega! (…) – Mas não
quero, rapazes! Dentro daquele crânio só há excremento, vómito, pus, matéria
verde, e se lhos esborrachasse, porque lho esborrachava, rapazes, todo o miolo

podre saía, empestava a cidade, tínhamos o cólera! Irra! Tínhamos a peste! »
« (…) – Com efeito, não vale a pena ninguém zangar-se por causa desse Craveirote

de Ideia Nova (…) que se não lembra que a porca da irmã é um meretriz de doze
vinténs em Marco de Canaveses!
- Não, isso agora é de mais, pulha! – gritou Ega, arremessando-se, de punhos

fechados.
(…) E, de entre os braços de Cohen, Ega berrava, já rouco:
- Esse pulha, esse covarde… Deixe-me, Cohen! Não, isso hei-de esbofeteá-lo!... A D.

Ana Craveiro, uma santa!... Esse caluniador… Não, isso hei-de esganá-lo. »
Reconciliação entre Ega e Alencar
« O autor de Elvira (…) exclamou que entre ele e o Ega não devia ficar uma
nuvem! Tinha-se excedido (…) E ali declarava bem alto que D. Ana Craveiro era

uma santa!
(…) Abraçaram-se. Alencar jurou que ainda na véspera, em casa de D. Joana
Coutinho, ele dissera que não conhecia ninguém mais cintilante que o Ega! Ega
afirmou logo que em poemas nenhuns corria, como nos do Alencar, uma tão bela
veia lírica. Apertaram-se outra vez, com palmadas pelos ombros. Trataram-se de
irmãos na arte, trataram-se de génios. »

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Marisa Ferreira
 

Mais procurados (20)

Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel Central
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Episodios maias
Episodios maiasEpisodios maias
Episodios maias
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
. Maias simplificado
. Maias simplificado. Maias simplificado
. Maias simplificado
 
Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
 
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
Crónica de Costumes - Jantar dos Gouvarinho
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Contextualização literária de "Os Maias"
Contextualização literária de "Os Maias"Contextualização literária de "Os Maias"
Contextualização literária de "Os Maias"
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Esquema síntese crónica de costumes os maias
Esquema síntese crónica de costumes   os maiasEsquema síntese crónica de costumes   os maias
Esquema síntese crónica de costumes os maias
 
OCEANO NOX_Análise.ppsx
OCEANO NOX_Análise.ppsxOCEANO NOX_Análise.ppsx
OCEANO NOX_Análise.ppsx
 
Tempo Maias
Tempo MaiasTempo Maias
Tempo Maias
 
Apresentação dos Maias - Capítulo 4
Apresentação dos Maias - Capítulo 4Apresentação dos Maias - Capítulo 4
Apresentação dos Maias - Capítulo 4
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 

Destaque

Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
sin3stesia
 
Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindade
AnaFPinto
 
Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820
Joana Filipa Rodrigues
 

Destaque (18)

Tomás de alencar
Tomás de alencarTomás de alencar
Tomás de alencar
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindade
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
 
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais IApontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
 
Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820Revolução liberal portuguesa de 1820
Revolução liberal portuguesa de 1820
 
Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA (2015)
Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA (2015)Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA (2015)
Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA (2015)
 
Parques de ciências e tecnologia
Parques de ciências e tecnologiaParques de ciências e tecnologia
Parques de ciências e tecnologia
 
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte II
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte IIImpacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte II
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte II
 
O acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União EuropeiaO acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
 
O bom uso da retórica
O bom uso da retóricaO bom uso da retórica
O bom uso da retórica
 
Retórica e democracia
Retórica e democraciaRetórica e democracia
Retórica e democracia
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte IIIImpacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
 
Policy Memorandum on Brexit
Policy Memorandum on BrexitPolicy Memorandum on Brexit
Policy Memorandum on Brexit
 

Semelhante a Tomás de Alencar

Assis, m os deuses de casaca
Assis, m   os deuses de casacaAssis, m   os deuses de casaca
Assis, m os deuses de casaca
Nicolas Pelicioni
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
luisprista
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
luisprista
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
Kauan_ts
 
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaA Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
Hadassa Castro
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
luisprista
 

Semelhante a Tomás de Alencar (20)

Assis, m os deuses de casaca
Assis, m   os deuses de casacaAssis, m   os deuses de casaca
Assis, m os deuses de casaca
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 121-122
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 123-124
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Noite na Taverna
Noite na TavernaNoite na Taverna
Noite na Taverna
 
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e CursoTrabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
 
Modernismo brasileiro 1ª geração
Modernismo brasileiro 1ª geraçãoModernismo brasileiro 1ª geração
Modernismo brasileiro 1ª geração
 
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaA Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
 
Cronicas futuro
Cronicas futuroCronicas futuro
Cronicas futuro
 
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesMonteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
 
Poemas Malditos
Poemas MalditosPoemas Malditos
Poemas Malditos
 
Simbolismo autores
Simbolismo   autoresSimbolismo   autores
Simbolismo autores
 
01. intertextualidade pre
01. intertextualidade pre01. intertextualidade pre
01. intertextualidade pre
 
Alvares de Azevedo - Macário
Alvares de Azevedo - MacárioAlvares de Azevedo - Macário
Alvares de Azevedo - Macário
 
Alvares de Azevedo Poemas Malditos
Alvares de Azevedo   Poemas MalditosAlvares de Azevedo   Poemas Malditos
Alvares de Azevedo Poemas Malditos
 
Navios Negreiros - Castro Alves
Navios Negreiros - Castro AlvesNavios Negreiros - Castro Alves
Navios Negreiros - Castro Alves
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 125-126
 
Bocage
BocageBocage
Bocage
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 

Mais de Joana Filipa Rodrigues

Provas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo DescartesProvas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Joana Filipa Rodrigues
 

Mais de Joana Filipa Rodrigues (20)

O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
 
A Teoria Crítica pelos olhos de Robert Cox
A Teoria Crítica pelos olhos de Robert CoxA Teoria Crítica pelos olhos de Robert Cox
A Teoria Crítica pelos olhos de Robert Cox
 
Soberania - Sovereignty by Sorensen
Soberania - Sovereignty by SorensenSoberania - Sovereignty by Sorensen
Soberania - Sovereignty by Sorensen
 
Sistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUESistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUE
 
Comunidade Europeia: OPNI?
Comunidade Europeia: OPNI?Comunidade Europeia: OPNI?
Comunidade Europeia: OPNI?
 
Victor Gavin
Victor GavinVictor Gavin
Victor Gavin
 
Liberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. IgualdadeLiberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. Igualdade
 
Globalização e Direitos Humanos
Globalização e Direitos HumanosGlobalização e Direitos Humanos
Globalização e Direitos Humanos
 
Conferência de Berlim
Conferência de BerlimConferência de Berlim
Conferência de Berlim
 
A Crise dos Refugiados parte I
A Crise dos Refugiados parte IA Crise dos Refugiados parte I
A Crise dos Refugiados parte I
 
História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6
 
Psicologia - a mente, as emoções e a conação
Psicologia - a mente, as emoções e a conaçãoPsicologia - a mente, as emoções e a conação
Psicologia - a mente, as emoções e a conação
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
 
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
 
Psicologia 12º
Psicologia 12ºPsicologia 12º
Psicologia 12º
 
Fidel Castro
Fidel CastroFidel Castro
Fidel Castro
 
Cógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de DescartesCógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de Descartes
 
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo DescartesProvas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo Descartes
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 

Tomás de Alencar

  • 2. Quem foi?  Ele apresentou Maria Monforte a Pedro;  Amigo de Carlos da Maia;  Representa  Posteriormente, na 3º geração, o Romantismo, na 2º surge como um o símbolo do geração da família Maia; ultrarromantismo;  É o Poeta das “Vozes de Aurora”, o Estilista de “Elvira”, o Dramaturgo do “Segredo do Comendador”;  Falso moralista  Incoerente.
  • 3. Caracterização Psicológica  Era calvo, em toda a sua pessoa "havia alguma coisa de antiquado, de artificial e de lúgubre". Simboliza o romantismo piegas.  Era camarada, inseparável e íntimo de Pedro da Maia  Eça serve-se desta personagem para construir discussões de escola, entre naturalistas e românticos, numa versão caricatural da Questão Coimbrã.  Não tem defeitos e possui um coração grande e generoso. É um gentleman e um patriota à moda antiga. É o poeta do ultrarromantismo.
  • 4. 1º aparecimento Surge no Cap. I quando Pedro vê pela 1ª vez Maria Monforte:  “… Mas um rapaz alto, macilento, de bigodes negros, vestido de negro, que fumava encostado à outra ombreira, numa pose de tédio…”  “E o Alencar, depois de passar os dedos magros pelos anéis da cabeleira e pelas pontas do bigode…”
  • 5. Menções  É por uma carta dele que Afonso da Maia toma conhecimento de que Mª Monforte se encontra em Paris  É também ele que informa que Mª Monforte tinha um retrato duma criança que diz a Alencar ser da filha, que morreu em Londres.  Tanto Alencar como Afonso da Maia partem do princípio de que se trata da filha mais velha. Afonso da Maia presume assim que a neta morreu.
  • 6. Jantar no Hotel Central « Ega exclamou: “Saúde ao poeta!” E apareceu um indivíduo muito alto (…), com uma face escaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos espessos, românticos bigodes grisalhos (…) Era ele! O ilustre cantor das Vozes de Aurora, o estilista de Elvira, o dramaturgo do Segredo do Comendador. »
  • 7. Alencar diz a origem do nome de Carlos « - Teu pai – dizia ele – o meu Pedro, queria-te pôr o nome de Afonso (…) Mas tua mãe (…) teimou em que havias de ser Carlos. E justamente por causa de um romance que eu lhe emprestara. (…) Era um romance sobre o último Stuart, aquelo belo tipo do príncipe Carlos Eduardo (…)Consultou-me, consultava-me sempre sempre, nesse tempo eu era alguém (…). Enfim, voltei-me para tua mãe, e disse-lhe, palavras textuais: “Ponha-lhe o nome de Carlos Eduardo (…) que é o verdadeiro nome para o frontispício de um poema, para a fama de um heroísmo ou para o lábio de uma mulher!” »
  • 8.  Segundo o ponto de vista de Alencar – que é o ponto de vista do Romantismo -, as senhoras poderiam ler literatura romântica sem corar, o que não acontecia com a literatura realista e naturalista que alimentava o gosto por pintar ambientes sórdidos e analisar situações escabrosas.  Por isso refere que, nesses tempos, não havia “a pústula e o pus”, referindo-se ao Realismo e ao Naturalismo.
  • 9. Discussão entre Ega e Alencar  No final do jantar, Ega recita com entusiasmo poemas de um poeta moderno, Simão Craveiro.  Alencar que detestava Craveiro, o homem da “Ideia Nova”, o “Paladino do Realismo”, condenou esses versos e ficou visivelmente transtornado. (Capitulo VI)
  • 10. Excertos da discussão « Alencar passou a mão pela testa lívida, e com o olho cavo fito no outro, a voz rouca e lenta: - Olha, João da Ega, (…) Todos esses epigramas, esses dichotes lorpas do raquítico, e dos que o admiram, passam-me pelos pés como enxurro de cloaca… O que faço é arregaçar as calças! (…) Mais nada, meu Ega (…) E arregaçou-as realmente (…) - Pois quando encontrares enxurros desses – gritou-lhe o Ega – agacha-te e bebe-os! Dão-te sangue e força ao lirismo! Mas Alencar, sem o ouvir, berrava para os outros (…) »
  • 11. « (…) – Não se esborracham assim crânios – disse de lá o Ega num tom frio de troça. Alencar voltou para ele um face medonha (…) todo ele tremia: - Esborrachava-lho, sim, esborrachava, João da Ega! (…) – Mas não quero, rapazes! Dentro daquele crânio só há excremento, vómito, pus, matéria verde, e se lhos esborrachasse, porque lho esborrachava, rapazes, todo o miolo podre saía, empestava a cidade, tínhamos o cólera! Irra! Tínhamos a peste! »
  • 12. « (…) – Com efeito, não vale a pena ninguém zangar-se por causa desse Craveirote de Ideia Nova (…) que se não lembra que a porca da irmã é um meretriz de doze vinténs em Marco de Canaveses! - Não, isso agora é de mais, pulha! – gritou Ega, arremessando-se, de punhos fechados. (…) E, de entre os braços de Cohen, Ega berrava, já rouco: - Esse pulha, esse covarde… Deixe-me, Cohen! Não, isso hei-de esbofeteá-lo!... A D. Ana Craveiro, uma santa!... Esse caluniador… Não, isso hei-de esganá-lo. »
  • 13. Reconciliação entre Ega e Alencar « O autor de Elvira (…) exclamou que entre ele e o Ega não devia ficar uma nuvem! Tinha-se excedido (…) E ali declarava bem alto que D. Ana Craveiro era uma santa! (…) Abraçaram-se. Alencar jurou que ainda na véspera, em casa de D. Joana Coutinho, ele dissera que não conhecia ninguém mais cintilante que o Ega! Ega afirmou logo que em poemas nenhuns corria, como nos do Alencar, uma tão bela veia lírica. Apertaram-se outra vez, com palmadas pelos ombros. Trataram-se de irmãos na arte, trataram-se de génios. »