1. “A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos.” (Johann Goethe)
TEMA: POLÍTICAS PÚBLICAS E COMBATE ÀS DROGAS
Texto I
Policiais na região da Cracolândia, na cidade de São Paulo.
Texto II
Holanda faz campanha contra consumo de maconha por turistas
Brasília - Um dos países mais liberais no consumo de drogas no mundo, a Holanda,
resolveu mudar a política em relação ao tema. As autoridades holandesas
anunciaram uma ofensiva contra o turismo para consumo de drogas no país.
A partir de agora, os coffee shops, cafés que têm autorização para vender maconha e
haxixe em pequenas quantidades, serão acessíveis somente para quem mora na
Holanda.
A medida, por enquanto, atinge apenas as províncias do Sul da Holanda, nas
fronteiras com a Bélgica e a Alemanha. Mas a ideia é estender a decisão a todo país
até o fim do ano que vem. Várias placas foram instaladas nas fronteiras com a
mensagem: "Novas regras, sem drogas".
Segundo a legislação holandesa, os 670 coffee shops holandeses devem se
transformar, aos poucos, em clubes de acesso limitado com, no máximo, 2 mil
membros cada. Os clientes serão identificados por um documento, já apelidado de
"carteirinha da maconha", fornecido somente aos maiores de 18 anos que residem na
Holanda.
2. A medida tem como objetivo diminuir o incômodo causado pelo chamado turismo da
droga, formado por viajantes que visitam a Holanda para consumir entorpecentes.
A atividade é criticada por causa dos engarrafamentos, do barulho durante a noite e
do aumento de vendedores ilegais que perambulam pelas ruas do país.
Os donos de coffee shops são contrários à medida, pois temem a queda nos lucros
proporcionados pela venda de drogas a turistas. Alguns comerciantes da cidade de
Maastricht, próxima das fronteiras com Bélgica e Alemanha, disseram que vão
enfrentar a decisão do governo. Eles contavam com uma clientela de cerca de 1,4
milhão de turistas por ano.
(Fonte: <http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/holanda-faz-campanha-
contra-consumo-demaconha- por-turistas>. Último acesso: 09/05/2012)
Manifestantes fazem churrasco como forma de protesto contra a operação policial na Cracolândia, na Cidade de
São Paulo. Considerada truculenta e abusiva, a Operação Centro Legal é alvo de investigação do Ministério
Público de São Paulo
Texto III
A truculência não resolve
Por Francisco Alves Filho
O volume de trabalho de Celso Ferreira, 45 anos, funcionário da Prefeitura do Rio de
Janeiro, aumentou muito no último ano. Contratado para um cargo de título
pomposo, “educador social”, ele é uma das 50 pessoas cuja função é ir às chamadas
cracolândias da cidade para recolher os usuários de crack e levá-los para abrigos
3. municipais. Depois de criar um “Protocolo de Abordagem Social”, no início de 2011, a
prefeitura passou a internar compulsoriamente crianças e adolescentes viciadas.
“A quantidade de meninos recolhidos aumentou bastante. Gosto do que faço, é
preciso recuperá-los”, diz Celso, evangélico fervoroso. Mais precisamente, foram 544
nos últimos 12 meses. Apesar da boa intenção de funcionários como ele, a iniciativa
da Prefeitura do Rio é alvo de polêmica e sérias contestações. A eficácia do
tratamento iniciado com uma internação obrigatória é questionada por muitos
especialistas, defensores de uma abordagem baseada no convencimento e no apoio
familiar.
“Lugar de criança não é na rua. Se não quero isso para o meu filho não quero nenhum
menino ou menina”, diz o secretário de Ação Social, Rodrigo Bethlem, encarregado da
tarefa. Apesar da convicção de Bethlem, o percentual de sucesso não pode ser
considerado alto (28,16%) e a veracidade dos dados tem sido contestada.
Em cidades como Porto Alegre, Salvador e Recife, consultórios montados na rua se
colocam como alternativa a esse tipo de abordagem. O Brasil ainda busca a
metodologia ideal para combater o flagelo do crack.
A rotina dos funcionários que recolhem os menores para internação compulsória se
parece com um jogo de gato e rato. Nas operações frequentes, feitas geralmente em
locais perigosos pela proximidade com o tráfico, eles assistem a muitos viciados
fugirem em debandada assim que suas vans estacionam.
Quando conseguem se aproximar de algum jovem usuário de crack, gastam um bom
tempo conversando. “Tentamos fazer ele ir por vontade própria, para evitar levar
pelo braço”, conta Celso. A maioria escapa, há quem arremesse pedras contra os
veículos, mas algumas crianças e adolescentes alcançados pelos funcionários acabam
levados para as vans. “Com o tempo, notamos a diminuição de meninos nessas
cracolândias, uma prova de que estamos avançando”, diz Betlem.
São muitos os especialistas que acham o contrário. “A internação compulsória pode
ser indicada para alguns casos, são exceções e não a regra”, acredita Pedro
Abramovay. Ele reconhece, no entanto, que a ação da prefeitura do Rio tem o
benefício de seguir os parâmetros da saúde e da ação social e não da captura policial,
como ocorre em São Paulo. “As instalações para onde são levadas essas crianças,
porém, têm métodos e aparência de prisão, são inadequadas para o tratamento”.
(Fonte: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-
truculencia-nao-resolve/>. Último acesso: 09/05/2012)
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO- -
4. ARGUMENTATIVO em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema O Poder do
Estado Brasileiro na Repressão e no Combate às Drogas, apresentando proposta
de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e
ninguém que não entenda.
(Cecília Meireles)
Texto I
3 de Maio Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
Em 1993, a Assembleia Geral proclamou 3 de maio como o Dia Internacional da
Liberdade de Imprensa (decisão 48/432, de 20 de dezembro). A iniciativa resultou da
aprovação, em 1991, pela Conferência Geral da UNESCO, de uma resolução sobre a
promoção da liberdade de imprensa em todo o mundo, reconhecendo que uma
imprensa livre, pluralista e independente era um componente essencial de qualquer
sociedade democrática.
Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-
mundial-da-liberdade-de-imprensa.php
Texto II
A liberdade de imprensa faz com que os meios de comunicação, seja jornal, revista,
rádio, televisão ou internet, noticiem informações de interesse do povo. Está ligada à
liberdade de expressão de todos nós, mas os jornalistas o fazem através dos meios de
comunicação, passando notícias que digam respeito ao público.
Na prática, a liberdade de imprensa não é tão clara assim. Ao redor do
mundo, vários membros da imprensa têm sido assassinados, detidos ou mesmo
tomados como reféns pelo fato de exercerem, em consciência, esse direito. De acordo
com o relatório de violência de imprensa no Brasil, da Federação Nacional de
Jornalistas (FENAJ), em 2009, 55 jornalistas sofreram violência ao estarem exercendo
sua profissão. O tema que encabeça a lista é de política e administração pública de
verbas com 18 acusações de violência.
Mas não só casos de violência que caminham contra a liberdade de imprensa. Em
2009, um episódio repercutiu em todo o país: a censura. O jornal Estado de São Paulo
foi proibido de publicar informações obtidas a partir de uma investigação da Polícia
Federal sobre supostos atos ilícitos praticados pelo empresário Fernando Sarney,
5. filho do ex-Presidente da República e atual Presidente do Senado Federal, senador
José Sarney.
A censura foi estabelecida em 31 de julho, por liminar concedida pelo desembargador
Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Logo depois, foi comprovado
que Dácio Vieira era ex-consultor do Senado e amigo da família Sarney.
Segundo o ranking que mede o nível de liberdade de imprensa no mundo, o Brasil
ocupa o lugar 71 entre os 175 países analisados no ano de 2009.
O relatório diz que os jornalistas brasileiros correm riscos graves em algumas regiões
brasileiras, especialmente quando o assunto abordado é tráfico, corrupção ou
questões ambientais. Nos estados das regiões Norte e Nordeste, os ataques podem
chegar a assassinato, assim como na região sul, próximo da fronteira do Paraguai,
onde está o centro do comércio de drogas.
No Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, devemos nos conscientizar de que a
mídia deve ser ela própria, algo que possa fazer a mudança de um povo, que deve
noticiar os fatos, os problemas e as dificuldades do dia a dia, para que possa haver
solução. A imprensa é muito importante e deseja apenas ser o elo entre o povo e
nossos governantes, entre os acontecimentos e a população. A imprensa deseja
continuar realizando seu trabalho livre de ameaças e qualquer outra limitação,
trabalhando para informar a todos nós.
Texto III
6. http://4.bp.blogspot.com/_7sjRcTUViYQ/TAZQAXZe1MI/AAAAAA
AABE0/mRWBxbqVr_U/s1600/ liberdade-de-imprensa-2.jpg
Considerando os textos acima como motivadores, redija um TEXTO DISSERTATIVO-
ARGUMENTATIVO a respeito do seguinte recorte temático:
O papel e o desafio da imprensa em uma sociedade democrática
http://www.youtube.com./watch?v=hEci6ZROXsY
http://www.youtube.com/watch?v=gcfocffOl9c