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Portugal no primeiro pós-guerra
Tendências culturais: entre o naturalismo e as
vanguardas.
Permanência do naturalismo, nas primeiras
décadas do século XX
 Nos primeiros anos do século XX, enquanto a Europa assistia ao
surgimento das vanguardas na pintura, em Portugal verificava-se a
permanência de padrões estéticos utilizados desde a segunda metade
do século XIX.
 O público e os governantes viam com agrado a subsistência do naturalismo,
difundido por Malhoa; Columbano; Carlos Reis e Alberto de Sousa. A pintura
de ar livre e as descrições da vida popular eram os temas mais comuns.

 Na literatura, a corrente naturalista mantinha-se forte e dedicava-se ao
louvor das qualidades ditas nacionais, nomeadamente as vivências da
sociedade rural. Por exemplo, Teixeira de Pascoaes cultivava o
“saudosismo”.
Permanência do naturalismo, nas primeiras
décadas do século XX – (causas)
 O regime republicano procurou afirmar-se adotando uma postura
patriótica que se refletiu no apoio ao naturalismo.
 A mudança da Monarquia (com 800 anos) para a República parecia
suscitar a necessidade do novo regime criar uma fundamentação
teórica e uma justificação a todos os níveis, entre eles a arte.

 A descrição do mundo rural pode ainda encontrar justificação na
fraca industrialização e no fraco desenvolvimento urbano do país,
em comparação com o desenvolvimento dos países
industrializados (Inglaterra, Alemanha e França). O mundo rural
era uma realidade.
O Modernismo – caraterísticas gerais
 Cosmopolitismo
 Substituição da visão rústica, melancólica e saudosista
pela vida mundana e boémia.
 Abandono do pormenor em favor da esquematização.
 Abandono da volumetria pela estilização.
 Procura da originalidade sob influência das correntes
impressionista, expressionista, cubista, futurista,
abstracionista e surrealista.
A sua inovação recebeu o desagrado do público e do
poder político, que o marginalizou.
O primeiro Modernismo (1911-1918) - 1
 As primeiras formas de modernismo aparecem em
exposições de caricaturas e de desenhos de humor, onde
os artistas podiam utilizar técnicas mais livres, do que na
pintura.
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 As propostas reais do primeiro modernismo surgem na
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que se fizera até então.
 Os textos criticavam o homem contemplativo e enalteciam o
homem de ação. Propunham o corte com o passado
(criticando o saudosismo) e exaltavam o orgulho, a ação, a
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 Os textos e as pinturas divulgadas na revista escandalizaram o
país. (Júlio Dantas indignou-se e criticou o Orpheu e a resposta
foi o “Manifesto Anti-Dantas”, de Almada Negreiros)
O primeiro Modernismo (1911-1918) - 3
 A revista Portugal Futurista teve apenas uma edição sem
nunca ter chegado ao público, pois foi apreendida pela
polícia logo que saiu da tipografia – aos republicanos não
agradava a vanguarda artística.
 Nessa publicação colaboraram Santa-Rita Pintor, Fernando
Pessoa, Apollinaire, Mário de sá-Carneiro, Álvaro de Campos e
Almada Negreiros com o polémico “Ultimatum futurista às
gerações portuguesas do século XX”, que termina com a
seguinte frase:
“O povo completo será aquele que tiver reunido no seu
máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem,
portugueses, só vos faltam as qualidades.”
O segundo Modernismo (anos 20 e 30)
 Foi menos arrojado que o movimento que o antecedeu, devido à
ditadura vigente em Portugal desde1926.
 Na pintura destacaram-se: Almada Negreiros; Sarah Afonso; Eduardo
Viana e o casal Sonia e Robert Delaunay, entre outros.
 É nesta fase que surgem as representações do Expressionismo; do Cubismo;
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durante a Segunda Guerra Mundial).
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 Na literatura, o movimento surge, sobre tudo, por via das revistas
Contemporânea (1922/26) e Presença (1927/40), esta dirigida por José
Régio (responsável pela publicação da obra de Fernando Pessoa).
 O movimento perde impacto quando começa a ser utilizado como
veículo ideológico do Estado Novo.
Amadeo de Souza-Cardoso
 Embora com
formação em
arquitetura, voltou-se
para a pintura e, sob
influência das
vanguardas
europeias, realizou
pinturas abstratas,
expressionistas,
cubistas e dadaístas.
 Sofreu influência de
Modigliani, patente
no gosto pelas figuras
longilíneas

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

A Máscara do Olho Verde

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

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Futurista.
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ficou patente no
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Portugal pós-guerra entre naturalismo e vanguardas

  • 1. Portugal no primeiro pós-guerra Tendências culturais: entre o naturalismo e as vanguardas.
  • 2. Permanência do naturalismo, nas primeiras décadas do século XX  Nos primeiros anos do século XX, enquanto a Europa assistia ao surgimento das vanguardas na pintura, em Portugal verificava-se a permanência de padrões estéticos utilizados desde a segunda metade do século XIX.  O público e os governantes viam com agrado a subsistência do naturalismo, difundido por Malhoa; Columbano; Carlos Reis e Alberto de Sousa. A pintura de ar livre e as descrições da vida popular eram os temas mais comuns.  Na literatura, a corrente naturalista mantinha-se forte e dedicava-se ao louvor das qualidades ditas nacionais, nomeadamente as vivências da sociedade rural. Por exemplo, Teixeira de Pascoaes cultivava o “saudosismo”.
  • 3. Permanência do naturalismo, nas primeiras décadas do século XX – (causas)  O regime republicano procurou afirmar-se adotando uma postura patriótica que se refletiu no apoio ao naturalismo.  A mudança da Monarquia (com 800 anos) para a República parecia suscitar a necessidade do novo regime criar uma fundamentação teórica e uma justificação a todos os níveis, entre eles a arte.  A descrição do mundo rural pode ainda encontrar justificação na fraca industrialização e no fraco desenvolvimento urbano do país, em comparação com o desenvolvimento dos países industrializados (Inglaterra, Alemanha e França). O mundo rural era uma realidade.
  • 4. O Modernismo – caraterísticas gerais  Cosmopolitismo  Substituição da visão rústica, melancólica e saudosista pela vida mundana e boémia.  Abandono do pormenor em favor da esquematização.  Abandono da volumetria pela estilização.  Procura da originalidade sob influência das correntes impressionista, expressionista, cubista, futurista, abstracionista e surrealista. A sua inovação recebeu o desagrado do público e do poder político, que o marginalizou.
  • 5. O primeiro Modernismo (1911-1918) - 1  As primeiras formas de modernismo aparecem em exposições de caricaturas e de desenhos de humor, onde os artistas podiam utilizar técnicas mais livres, do que na pintura.  Focam a sátira política, social e anticlerical.  Reportam-se a ambientes urbanos e boémios.  Refletem quer cenas de café, quer cenas populares.  Em termos de técnica verifica-se a estilização dos motivos, o recurso a cores claras e contrastantes e a desvalorização da perspetiva.
  • 6. O primeiro Modernismo (1911-1918) - 2  As propostas reais do primeiro modernismo surgem na revista Orpheu e na revista Portugal Futurista  A revista Orpheu, dirigida por Fernando Pessoa e Mário de SáCarneiro, deu a conhecer um novo estilo literário diferente do que se fizera até então.  Os textos criticavam o homem contemplativo e enalteciam o homem de ação. Propunham o corte com o passado (criticando o saudosismo) e exaltavam o orgulho, a ação, a aventura e a glória.  Os textos e as pinturas divulgadas na revista escandalizaram o país. (Júlio Dantas indignou-se e criticou o Orpheu e a resposta foi o “Manifesto Anti-Dantas”, de Almada Negreiros)
  • 7. O primeiro Modernismo (1911-1918) - 3  A revista Portugal Futurista teve apenas uma edição sem nunca ter chegado ao público, pois foi apreendida pela polícia logo que saiu da tipografia – aos republicanos não agradava a vanguarda artística.  Nessa publicação colaboraram Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa, Apollinaire, Mário de sá-Carneiro, Álvaro de Campos e Almada Negreiros com o polémico “Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX”, que termina com a seguinte frase: “O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem, portugueses, só vos faltam as qualidades.”
  • 8. O segundo Modernismo (anos 20 e 30)  Foi menos arrojado que o movimento que o antecedeu, devido à ditadura vigente em Portugal desde1926.  Na pintura destacaram-se: Almada Negreiros; Sarah Afonso; Eduardo Viana e o casal Sonia e Robert Delaunay, entre outros.  É nesta fase que surgem as representações do Expressionismo; do Cubismo; do Abstracionismo e do Surrealismo (que se desenvolve, em Portugal, durante a Segunda Guerra Mundial).  A divulgação artística fez-se através de exposições independentes, da decoração de cafés e clubes e da ilustração de periódicos.  Na literatura, o movimento surge, sobre tudo, por via das revistas Contemporânea (1922/26) e Presença (1927/40), esta dirigida por José Régio (responsável pela publicação da obra de Fernando Pessoa).  O movimento perde impacto quando começa a ser utilizado como veículo ideológico do Estado Novo.
  • 9. Amadeo de Souza-Cardoso  Embora com formação em arquitetura, voltou-se para a pintura e, sob influência das vanguardas europeias, realizou pinturas abstratas, expressionistas, cubistas e dadaístas.  Sofreu influência de Modigliani, patente no gosto pelas figuras longilíneas Menina dos Cravos (de cunho cubista).
  • 10.  A Máscara do Olho Verde Figurativa, com influência expressionista e pincelada espessa  Canção Popular a Russa e o Fígaro Inovação pessoal onde são integrados temas de cariz popular
  • 11. Almada Negreiros Autorretrato num grupo (Brasileira do Chiado)  Colaborou nas revistas Orpheu e Portugal Futurista.  O seu modernismo ficou patente no “Manifesto AntiDantas” pela reação ao conservadorismo artístico.  No campo da pintura sobressai a decoração do café A Brasileira do Chiado e os painéis das Gares Marítimas de Lisboa.
  • 12. Eduardo Viana  Sofre influência de Cézanne e das técnicas cubistas, realizando incursões na decomposição das formas e da cor.  Manteve um cunho naturalista e uma forte atração pela figuração volumétrica.  O seu modernismo reside na criação de telas de cor fulgurante (com contraste vibrantes e luminosos ) e perspetiva esbatida.  Nu (decoração do Bristol Club)