Os Grupos Temáticos do Conselho Comunitário de Manguinhos debatem questões como evasão escolar e comercialização direta de alimentos. Uma pesquisa mostra que moradores compram frutas e verduras principalmente na feira, mas que os preços altos dificultam o acesso. O projeto propõe uma nova forma de organizar a comercialização desses produtos.
Jornada dos Desafios Objetivos do Desenvolimento Sustentável
Acesso a alimentos saudáveis
1. Favela
Gastrô:
Especial
Conselho
combate evasão
escolar
DSUP:
um condomínio
popular
Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
Veja nesse número:
Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - Distribuição Gratuita
Favela
Criativa:
acontecendo
ÁGUA
A culpa é nossa?
Fotos:EdilanoCavalcante
Casa do
trabalhador:
feira de emprego
Gabarito Alex. qxd 4/13/10 6:26 PM Page 3
2. Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
2 Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
Os Grupos Temáticos (GT’s) do Conselho Comunitário de Manguinhos continuam
se reunindo para debater suas pautas. Fique por dentro do que está rolando!
O GT Educação, Cultura, Esporte e Lazer está debatendo o tema da evasão esco-
lar, ou seja, as crianças e adolescentes que estão fora da escola. Para avançar na
solução desse problema, o Grupo tem contado com o apoio do Projeto Aluno
Presente, que está articulando os contatos com a rede municipal de educação no
Complexo de Manguinhos. Ao longo destas conversas, surgiu a proposta de lançar
uma campanha permanente sobre Juventude e Garantia de Direitos. Os próximos
encontros serão dedicados a pensar a construção de uma agenda sociocultural
para abordar a temática da evasão escolar e da juventude de forma intersetorial.
OGT Assistência Social e Direitos
Humanos se reuniu, no mês de
março, para apresentar os dados da
pesquisa sobre consumo e comércio
de produtos hortifrutigranjeiros no
Complexo de Manguinhos, do Projeto
Sistema de Comercialização Direta e
Solidária, realizada em 2014. Além
disso, o Grupo debateu questões
relacionadas ao nosso Mapeamento
Participativo e informes gerais.
OGT Comunicação vem se
apresentando como o
espaço privilegiado para
debater a pauta do jornal Fala
Manguinhos! e aprovar seu
conteúdo. Além disso, mem-
bros deste GT estão se dedi-
cando a reconstruir o projeto
de comunicação para apresen-
tar para potenciais parceiros,
tendo em vista potencializar
as ações da nossa Agência de
Comunicação Comunitária.
Jorge Luis
Conselho Comunitário de
Manguinhos
FotosdeJorgeLuis
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3. No dia 4 de março, moradores do
Complexo de Manguinhos, que
também fazem parte do curso de for-
mação de Jovens Agentes de Cultura,
do Programa Favela Criativa, come-
çaram a praticar um pouco do que
aprenderam. As ações de destaque,
nesse dia, foram a recuperação de um
canteiro na Praça do DESUP, a elabo-
ração de telas com artes de grafite e, em
seguida, a apresentação do filme Teto
Verde Favela, do diretor Careca Arts. Por
fim, músicos locais fizeram duelos de
rimas criativas, retratando seus cotidi-
anos. Foi uma tarde de muita arte, que
deixou claro como esses jovens vêm
aprendendo a trilhar suas escolhas, den-
tro do que amam fazer.
Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
No dia 02 de março foi realiza-
da, na Casa do Trabalhador, a
Feira do Emprego. Várias parceri-
as contribuíram para informação
e encaminhamento para entrevis-
tas de emprego, para jovens e
adultos, principalmente na área do
comércio.
Em destaque, os novos par-
ceiros da Casa do Trabalhador: a
Universidade Veiga de Almeida,
com bolsas de 15% a 25% para
vários cursos e o Instituto Coca
ODiscípulos de Oswaldo fez mais um belo desfile no carnaval 2015, na
Comunidade do Amorim. Pelo 14º ano, o Bloco arrastou os foliões
pelas ruas, integrando moradores da região e trabalhadores da Fiocruz.
Com 100 ritmistas, a bateria deu um show à parte e colocou todos para
sambar.
Bloco Discípulos
de Oswaldo
Casa do Trabalhador
Cola, com atividade para jovens. A
Casa do Trabalhador está localiza-
da na Av. Dom Hélder Câmara
1.180. O horário de atendimento é
das 9h às 17h.
Favela Criativa
3Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
FotosdeTaynáQuintella
Fotos: Edilano Cavalcante
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4. Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
4 Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
Favela Gastrô:
De onde vem
os alimentos da
sua mesa?
V
ocê sabe qual trajeto o ali-
mento percorre até chegar à
sua casa? Você sabe porque
paga tão caro para comprar frutas,
legumes e verduras? Quanto do
valor pago é recebido pelo agricul-
tor e pelo comerciante onde você
compra? Existem várias etapas,
desde os produtores até os con-
sumidores, e entender esse cami-
nho é dar o primeiro passo para
compreender os preços elevados
dos alimentos.
O sistema de produção e co-
mercialização de frutas, legumes e
verduras – os chamados hortifruti-
granjeiros – é marcado pela pre-
sença de inúmeros agentes, que
atuam como intermediários entre
os agricultores e os comerciantes.
Apesar dos serviços de arma-
zenagem, transporte e logística –
que, geralmente, são desempe-
nhados pelos intermediários gera-
rem custos, não são eles os princi-
pais responsáveis pelos altos
preços. Ao exercerem a função de
atravessadores, os intermediários
acumulam informações e podem
influenciar no aumento dos preços
dos alimentos.
Essa forma convencional dos
produtos hortifrutigranjeiros che-
garem até os estabelecimentos
próximos à sua casa faz com que
ocorra uma elevação do preço – o
que não significa que esses ganhos
estejam sendo repassados ao
agricultor ou ao comerciante onde
você compra. Os preços elevados
tornam esses produtos cada vez
menos acessíveis às famílias com
baixa renda e afeta diretamente a
chamada Segurança Alimentar
Nutricional.
Segundo a legislação, entende-
se por Segurança Alimentar e
Nutricional a realização do direito
de todos ao acesso regular e per-
manente a alimentos de qualidade,
em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, tendo
como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respei-
tem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econô-
mica e socialmente sustentáveis.
Diante desse cenário, está
sendo construído, nas reuniões do
Conselho Comunitário de Mangui-
nhos, um projeto que propõe reor-
ganizar esse sistema de produção
e comercialização dos produtos
hortifrutigranjeiros. Considerando
que as atividades de logística e
transporte são fundamentais, este
projeto propõe uma nova forma de
Favela Gastrô:
Fotos:EdilanoCavalcante
Gabarito Alex. qxd 4/13/10 6:27 PM Page 8
5. Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
5
organização deste circuito, que
precisa ter como marcas a comer-
cialização direta e solidária.
Na Comercialização Direta e
Solidária, a distância entre agri-
cultor e comerciante é diminuída.
Com isso, a diferença entre o
preço pago pelo consumidor, e o
preço recebido pelo produtor agrí-
cola, é muito menor do que aque-
la que ocorre na comercialização
convencional, gerando, assim,
ganhos para o comerciante (au-
mento de renda) e consumidor
(diminuição do preço final). Essa
proposta trata, além da redis-
tribuição de renda, de reforçar
ações de Segurança Alimentar e
Nutricional no Complexo de
Manguinhos.
Com o objetivo de compreender
o mercado desses produtos hor-
tifrutigranjeiros, do ponto de vista
do consumo e do comércio, foi
realizada uma pesquisa com 265
moradoras, para descobrir os prin-
cipais hábitos alimentares desta
população. Quando perguntados
sobre a frequência com que com-
pravam frutas, legumes e verduras,
62% respondeu uma vez por sem-
ana; 22% disse fazer essas com-
pras duas vezes por semana; 8%
compra uma vez por mês e 8%
respondeu que compra raramente.
As pessoas que responderam ‘rara-
mente’ falaram que o princi-
pal motivo para esse consumo
ser tão baixo é o preço alto
desses produtos.
Outro aspecto investi-
gado na pesquisa era os
locais de compra. A
maior parte respondeu
que prefere comprar na
feira e no sacolão/hor-
tifrúti, dizendo que a
preferência se dá por
conta da proximidade
desses estabelecimen-
tos aos seus locais de
residência.
E no que diz respeito ao uso de
agrotóxicos nos alimentos, 89%
respondeu que já ouviu falar de
seus efeitos na saúde e 92% disse
que teria interesse em comprar
frutas, legumes e verduras sem
agrotóxicos e a um preço acessível.
Essa mesma pesquisa também
entrevistou os estabelecimentos
que vendem esses alimentos no
Complexo de Manguinhos, onde
foram identificados 29 comer-
ciantes. Os dados revelam que a
maior parte - 92% - possui mais de
um ano de existência, sendo que
46% dos entrevistados já atuam
há mais de oito anos, o que de-
monstra que já é um mercado
consolidado no território.
Além disso, quando pergun-
tados sobre o suporte que tive-
ram acesso para construir seu
negócio, 81% respondeu que
nunca teve acesso a crédito,
92% nunca fez nenhum curso
relacionada à gestão e 69%
não faz nenhum tipo de divul-
gação do seu estabeleci-
mento. Sobre as dificul-
dades enfrentadas para comprar
frutas, legumes e verduras, 38%
aponta o preço como problema,
27% cita a qualidade dos produtos
e 27% se queixou da dificuldade
para entrega.
Quando o assunto era o uso de
agrotóxicos na produção de frutas,
legumes e verduras, 85% disse já
ter ouvido falar sobre seus efeitos
na saúde e 77% teria interesse em
comercializar esses produtos sem
agrotóxicos.
Diante de tudo isso, é impor-
tante considerar que existem ou-
tras formas de comercialização de
produtos hortifrutigranjeiros, que
privilegiem as relações de soli-
dariedade e de trabalho em rede.
Articular a proposta de geração de
renda à oferta de uma alimentação
saudável é o desafio desse projeto
e a participação dos moradores
tem se revelado, mais uma vez,
indispensável para avançar nessa
construção.
Rodrigo Lopes e Jorge Luis
Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
Os preços elevados tornam
esses produtos cada vez
menos acessíveis às famílias
com baixa renda
Os preços elevados tornam
esses produtos cada vez
menos acessíveis às famílias
com baixa renda
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Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
GraciaraSilva(foto)
6
Em dias de ‘escassez’ de água potável no Brasil, onde os
governos desenvolvem campanhas para a população reduzir
o consumo, algumas questões devem ser pensadas. Segundo
a ONU (Organização das Nações Unidas) 97,5% do volume
de toda água em nosso planeta é salgada e 2,5% é doce.
Porém, do total da água doce, 70% está em forma de gelo
e 29,7% está no subsolo. Portanto, sobra 0,3% em
acessos mais fáceis, como lagos e rios.
Quem gasta
mais água no
Brasil?
Gabarito Alex. qxd 4/13/10 6:27 PM Page 6
7. Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição 7
Um dado interessante, nesse
cenário da situação da água, é que
os maiores consumidores no
mundo não são as pessoas. Em
primeiro lugar encontra-se a agri-
cultura, que gasta 70% de toda
água potá-vel do planeta para a
irrigação. Em segundo lugar está a
indústria, que gasta 20% da água.
E, por fim, em terceiro lugar, o uso
doméstico, que utiliza 10% desse
total.
Ficou surpreso? Pois vai ficar
mais ainda. Os números no Brasil
revelam que a agricultura chega a
consumir 72% da água potável e a
indústria 22%. O uso doméstico
não passa de 6%. Mas quando se
fala em desperdício, geralmente o
responsável é o consumidor, que
nada mais é que todos nós, em
nossas casas. Acusam e condenam
as comunidades, a dona de casa e
até o banho um pouco mais
demorado. É claro que devemos
pensar sobre a educação e relação
que todos devemos ter com os
recursos naturais, como a água,
evitando gasto desnecessário.
Porém, o que podemos observar
é que o maior desperdício se dá
pela falta de planejamento da
gestão dos recursos hídricos do
nosso país e do nosso Estado.
Atribuir essa crise ao consumo
doméstico, ou fazer com que a po-
pulação pague essa conta, é
desconsiderar que a agricultura de
irrigação e a indústria nacional
gastam, juntas, 94% da água con-
sumida no país. Com o detalhe que
o setor agrícola tem forte influên-
cia politica e econômica e não é
taxado por captar água para as
suas atividades. Logo, os investi-
mentos tecnológicos, a fim de
reduzirem esse desperdício, não
ocorrem.
Há que se investir de modo
responsável em despoluição de
rios e proteção de áreas de man-
anciais, impedindo a ocupação
irregular. O saneamento básico é
outro ponto de combate ao des-
perdício de água. A captação do
esgoto é caótica, tanto nas favelas
quanto em luxuosos condomínios,
que poluem devido à fiscalização
falha do poder público. As cidades
saneadas captariam mais esgoto e,
assim, a água de reuso serviria
para determinadas atividades.
O Estado do Rio de Janeiro é o
que mais desperdiça água. A sua
capital, onde moramos, encontra-
se em 37º lugar no ranking do
Instituto Trata Brasil, em relação
à eficiência na prestação de
serviço de saneamento à popu-
lação. Segundo o Ministério das
Cidades, a água já é desperdiçada,
em cerca de 40%, antes mesmo de
chegar às torneiras da população.
O que observamos é a falta de
investimento nas favelas para evi-
tar a perda, pelos constantes vaza-
mentos nas tubulações, sejam por
furto ou falta de manutenção.
Estamos em um momento crítico,
sim. Porém, mais crítica é a forma
com que nos apresentam o proble-
ma, não abrindo-se o debate sobre
as questões ambientais relacio-
nadas à poluição, desmatamento e
planejamento equivocado.
Estamos todos sofrendo as con-
sequências das gestões falhas que,
durante vários anos, ignoraram
a responsabilidade que traz o
crescimento populacional e o
crescimento econômico, deixando
em segundo plano o debate ambi-
ental. O Brasil é um país com mui-
tos recursos naturais e não faz
sentido essa crise de abastecimen-
to d’água.
Robson Viana
Segundo o Ministério
das Cidades, a água já é
desperdiçada, em cerca
de 40%, antes mesmo
de chegar às torneiras
da população.
FotodeGraciaraSilva
Gabarito Alex. qxd 4/13/10 6:26 PM Page 5
8. Notícias e Serviços para o Complexo de Manguinhos
• O Jornal Fala Manguinhos e o Blog Fala Manguinhos são
projetos da Agência de Comunicação Comunitária.
• Apoio Institucional: Conselho Comunitário de Manguinhos +
Coordenadoria de Cooperação Social da Fundação Oswaldo
Cruz + Laboratório de Comunicação Dialógica / Faculdade
de Comunicação Social / Universidade do Estado do Rio de
Janeiro + Instituto Pereira Passos / Diretoria de
Desenvolvimento Econômico Estratégico + Produtora Outra
Coisa / ONG Gestão e Participação Social (GPS) e Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF Campus
Nilópolis).
• Para participar ou anunciar nos projetos
Fala Manguinhos! entre em contato com a gente pelo telefone
982332037 ou pelo e.mail fala manguinhos@gmail.com
• Distribuição Gratuita – Tiragem 10.000
• Participaram desta edição:
• Agência de Comunicação Comunitária: Anastácia dos
Santos; Edilano Cavalcante; Graciara Silva; Robson Viana;
Rodrigo Lopes; Simone Quintella; Tayná Q. Assis;
Leo Sobral; Wanderson Costa Cruz; GPS e IF: Pâmella Nunes
• Laboratório de Comunicação Dialógica – Marcelo Ernandez
Macedo e Gabriel Diniz
• Fundação Oswaldo Cruz – Alex Vargas
• Conselho Comunitário de Manguinhos: Grupo de
Comunicação / Secretaria Administrativa / Jorge Luiz
Expediente
8 Rio de Janeiro - Fevereiro/Março de 2015 - 10 a
Edição
O
terreno do antigo Departamento de
Suprimentos do Exército (DSUP), às mar-
gens da Avenida Dom Hélder Câmara, hoje
deu lugar ao Condomínio DSUP, com 7 blocos de
4 andares, financiado com recursos do PAC. No
mesmo espaço, o Complexo de Manguinhos rece-
beu a primeira Biblioteca Parque do Brasil, que
permite a comunidade e visitantes - sem pagar
nada - acessar à internet, ouvir músicas, partici-
par de atividades culturais e fazer empréstimos
de livros e filmes. O cinema custa R$4,00 (meia)
e R$8,00 (inteira). A Bibllioteca possui um acervo
com cerca de 27 mil livros, à disposição dos
moradores. Também existe, na Praça do DSUP, um
Centro de Referência da Juventude (CRJ), com
atividades para crianças e jovens. E, no meio da
Praça, encontramos a Casa da Mulher, especial-
izada no atendimento de assuntos femininos –
violência, qualificação profissional etc. Fechando
o conjunto dos prédios públicos, podemos citar o
Posto de Orientação Urbanística e Social e o
Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila.
Para o lazer, ciclovia, quadras de futebol e pista
de skate.
Nesta edição, Fala Manguinhos! conversou
com Maicon Justino de Jesus, de 23 anos,
morador do DSUP: "Cresci na "Coreia", como é
conhecida a comunidade CHP2. Assim que o
Condomínio ficou pronto me mudei para lá. Fui
síndico, fiz parte de uma composição de mo-
radores que concorreram à associação de
moradores. Fui auxiliar na associação. Me con-
sidero um morador da Zona Sul de Manguinhos.
Fui privilegiado com um apartamento próximo da
escola onde concluí o ensino médio."
Sobre a mudança de vida após o apartamento
novo, Maicon diz:"Hoje não tenho mais vergonha
de convidar um amigo para vir na minha casa.
Acho que as 570 famílias que vivem aqui, mesmo
com algumas dificuldades, estão bem melhor do
que onde viviam antes. Temos no quintal de nos-
sas casas a UPA de Manguinhos, a Clínica da
Família, o CRJ, Casa do Trabalhador, escola, bi-
blioteca, academia ao ar livre. Porém, enfrenta-
mos, diariamente, problemas causados pelo des-
perdício da água, além da falta de conscientiza-
ção dos moradores com o descarte do lixo e da
economia de energia elétrica. O correio tem difi-
culdade na entrega de cartas e temos entupimen-
tos de bueiros."
O Complexo de Manguinhos é composto por,
aproximadamente, 15 comunidades. E a cada
edição, Fala Manguinhos! contará um pouco
sobre elas. Neste número foi a vez do DSUP, ou
"Predinhos", como é conhecido. Mas na próxima
edição, pode ser a sua comunidade. Fique atento!
(Leo Sobral)
"O primeiro Condomínio popular
do Complexo de Manguinhos."
Condomínio DSUP
Errata: Na edição passada, a foto da capa é de autoria de Anastacia dos Santos.
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