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Jornal Cidade - Ano II - Nº 37 - 08 de Novembro de 2014
Principais notícias das cidades do centro-oeste mineiro. Notícias de Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Moema, Pedra do Indaiá e Japaraíba.
Jornal Cidade - Lagoa da Prata - Nº 83 - 29/09/2016
Jornal Cidade - Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte e região - Ano II Nº 38
1. LAGOA DA PRATA
POLÍTICA CIDADES POLÍTICA CIDADES SAÚDE
Página 08 Página 06 Página 07 Página 11
Gerente do
INSS assume
responsabilidade
por agência
fechada em
Santo Antônio
do Monte
Página 12
Japaraíba
destaca-se
entre as 50
melhores do
Brasil em
responsabilidade
social
Contemplados
com casas
populares são
convocados
para assinar
termo de
adesão em LP
1ª Ágora
Cultural
agrada
população
em S. A. do
Monte
Lagoa da
Prata está
em alerta
contra a
dengue
Vereadores rejeitam
projeto que proibia
lançamento de vinhaça
nos canaviais
S. A. DO MONTE
“Lixo tem sido
jogado no rio Gandu”
Página 09
Página 05
Movimento Salve a Nossa Água cobra atitude para a preservação
e manutenção dos rios e mananciais de S. A. do Monte
Pressionados por cerca de 300 trabalhadores
da usina, cinco parlamentares mudaram de
posicionamento
FOTOS: EMERSON ALENCAR
2. 2 PUBLICAÇÕES OFICIAIS www.jornalcidademg.com.br
ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
3.
4. 4 OPINIÃO www.jornalcidademg.com.br
CARTA AO LEITOR Todo dia, sem demoras
Juliano Rossi | Jornalista e Diretor do Jornal Cidade
juliano@jornalcidademg.com.br
ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
Elias Costa é jornalista e assessor de imprensa na Câmara dos Deputados
elias.costa@gmail.com
ll Faz 10 meses que mi-nha
vida foi sacudida com
o diagnóstico de um cân-cer.
Pais, irmãos, namora-da
e amigos confessaram-
-se incrédulos diante da no-tícia
que repassei. O fato de
estar longe de casa, moran-do
a quase mil quilômetros
de distância, reforçou ainda
mais o sentimento de im-potência.
Em nome da se-gurança
emocional e pes-soal,
retornei ao meu estado
natal, me recolhi às pessoas
mais próximas e iniciei uma
batalha silenciosa e aflitiva.
Passados esses meses,
ninguém tira da minha ca-beça
o quão duro e teimoso
fui em sacrificar minha qua-lidade
de vida em função de
um ideal de satisfação pes-soal
e profissional que hoje
não faz tanto sentido. Não
fosse o acaso de um diag-nóstico
precoce, uma vez
que descobri o tumor por
“acidente”, o sentimento de
energia e alívio que sinto ho-je
por ter superado esse pro-blema
de saúde, seria uma
fantasma alimentado pelo
descuido, desconhecimen-to
e, confesso, sentimento de
ser invencível.
“Outubro Rosa”, “Novem-bro
Azul”, campanhas de
mobilização popular com
o objetivo claro da preven-ção
de vários tipos de cân-cer
masculinos e femini-nos,
tem obtido bons resul-tados
e, pelo bem dos descui-dados,
salvado muitas vidas.
Acontece que vivemos dias
tão corridos e focados em re-sultados
financeiros e pes-soais
que esquecemos mui-tas
vezes de cuidar do nosso
bem mais precioso: a saúde.
Sem ela, pouca coisa é pos-sível.
Daí que as chances de
cura de um câncer quando
diagnosticado no início são
enormes e é isso que essas
campanhas estampadas
em azul e rosa buscam: sal-var
vidas de homens e mu-lheres,
em sua grande maio-ria,
desatentos de seus pró-prios
corpos.
A dura experiência de
enfrentar um câncer me
abriu os olhos de forma mar-cante
que o diagnóstico pre-coce
faz total diferença. En-tão
é melhor não perder tem-po
e se cuidar. Todo dia, sem
demoras. As campanhas são
bem-vindas, mas eu garanto
que não é preciso esperar os
meses coloridos para lem-brar
que sua saúde, sua vida
é importante.
A dura experiência
de enfrentar um câncer
me abriu os olhos de
forma marcante que o
diagnóstico precoce faz
total diferença. Então
é melhor não perder
tempo e se cuidar.
Biosev sinaliza
mais diálogo
com a sociedade
A importância econô-mica
da Biosev para La-goa
da Prata é inegável.
São gerados 1.500 empre-gos
diretos. A empresa
pagou de janeiro a outu-bro
deste ano 26 milhões
de reais em salários. Fo-ram
mais de 2,5 milhões
de reais por mês injetados
na economia do municí-pio.
Por outro lado, a in-dústria
da cana tem uma
dívida enorme com a po-pulação.
Ao longo de sua
história, provocou o maior
dano ambiental de toda a
extensão do Rio São Fran-cisco,
drenou dezenas de
lagoas para beneficiar o
plantio de cana. A maior
lagoa, a do Brejão, tinha o
tamanho de 295 campos
de futebol.
Ao contrário de ou-tras
grandes empresas,
a Biosev tem uma parti-cipação
social ínfima, se
comparada ao seu poten-cial.
Além disso, de acor-do
com um dirigente da
Apae, não abriu vagas
em seu quadro de funcio-nários
para pessoas com
deficiência e também re-jeitou
o programa Menor
Aprendiz, que oferece
oportunidade de qualifi-cação
e trabalho a jovens
e adolescentes que procu-ram
o primeiro emprego.
Se o projeto apresen-tado
pelo vereador Adria-no
Moraes para proibir o
lançamento da vinhaça
foi criticado pela falta de
consistência técnica, pe-lo
menos serviu para um
propósito: alertar a dire-ção
da empresa de que a
comunidade deseja, além
de trabalho e renda (o que
é extremamente essen-cial),
diálogo, transparên-cia
e qualidade de vida.
O superintendente da
Biosev, Leandro Kasper,
reconheceu que falta di-álogo
por parte da em-presa
e planeja uma nova
estratégia de relaciona-mento
com a comunida-de.
Isso é um bom sinal. E
que a teoria se torne uma
prática cotidiana. Lagoa
da Prata reconhece o va-lor
da empresa. E os exe-cutivos
precisam enten-der
que a razão social da
Biosev S.A não represen-ta
apenas a nomenclatu-ra
formal do contrato da
empresa, mas sim, uma
razão social para a qual a
mesma deve existir.
“HOJE VOTO CONTRA”
“A mente que se abre
a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho
original”. Essa frase é de
Albert Einstein, o autor
da Teoria da Relativida-de.
Mudar de opinião, ser
convencido de que existe
um argumento melhor, é
uma virtude.
Isto posto, espera-se
que o homem e a mulher
que ocupam cargos pú-blicos,
principalmente os
eletivos, tenham sabe-doria
e consistência em
seus posicionamentos. E
exerçam o seu ofício com
seriedade e distinção.
Durante a primeira vo-tação
do projeto polêmi-co
que pretendia proibir
o lançamento de vinho-to
nos canaviais, cinco
vereadores votaram fa-voráveis
ao texto sem ao
menos apresentarem a
sua argumentação com
relação à matéria. São
eles: Adriano Moreira,
Nego da Ambulância, Ed-mar
Nunes, Di-Gianne e
Quelli Cássia Couto. Ape-nas
o autor da iniciativa,
Adriano Moraes, defen-deu
a sua tese.
Quando um vereador vota
determinado projeto, nós,
cidadãos, esperamos que
ele tenha estudado a ma-téria,
avaliado os pontos
positivos e negativos, pa-ra
então se posicionar.
Mas não é isso que acon-tece.
Durante a segunda vo-tação
do projeto, o verea-dor
Iraci Antônio dos San-tos
(Nego da Ambulância)
afirmou: “Hoje eu tive a
oportunidade de conver-sar
com técnicos da área
e me disseram que a vi-nhaça
não provoca cân-cer”.
Ora, vereador! Por-que
somente na segunda
votação o senhor foi estu-dar
a matéria que estava
sendo analisada?
O questionamento vale
para os outros quatro ve-readores
e dá margem ao
cidadão de questionar se,
em alguns momentos, as
decisões deles devam ser
levadas a sério.
Considerando que não
houve alteração no texto
do projeto entre as duas
votações, e considerando
que na primeira votação
o plenário estava vazio e
não tinha 300 funcioná-rios
da empresa a pres-sionar,
fica a pergunta:
- Os senhores não de-veriam
ter estudado a
matéria antes da primei-ra
votação para então se
posicionarem?
- Quem nos garante se
o plenário da Câmara es-tivesse
vazio na segunda
votação, o projeto não se-ria
aprovado, sem ressal-vas,
como na primeira vo-tação?
Para finalizar, acredi-tamos
que esse impasse
foi importante para abrir
os olhos dos executivos
da empresa com relação
à necessidade do diálogo
com a comunidade. Tam-bém
acreditamos que, se
aprovado, o projeto pode-ria
dificultar os trabalhos
da empresa ao ponto de
torná-la inviável.
Mas fica a dica aos ve-readores
que mudaram
de opinião. Se tivessem
estudado o projeto antes
da primeira votação, se
tivessem se aprofunda-do
sobre as especificida-des
da vinhaça, essa polê-mica
toda não tinha vin-do
à tona.
OBS: Às vezes as vo-tações
são levadas tão a
sério que nesta legisla-tura
já teve uma situação
em que um vereador dis-cursou
favorável a um de-terminado
projeto e, logo
em seguida, votou contra
o mesmo. Ele foi alertado
pelos colegas e aprovou o
texto.
LAGOA DA PRATA
5. ANO ii • EdiçãO 38
21/11/2014 A 05/12/2014
FACEBOOk.COM/JORNALCIDADEMG POLÍTICA 5
LAGOA DA PRATA
Vereadores rejeitam projeto
que proibia lançamento de
vinhaça nos canaviais
Pressionados por cerca de 300 trabalhadores da usina,
cinco parlamentares mudaram de posicionamento
ll Os vereadores de Lagoa
da Prata rejeitaram por 8 votos
a 1, em segunda votação, rea-lizada
na última segunda-fei-ra,
uma proposta de alteração
na Lei Orgânica do Município,
de autoria de Adriano Moraes/
PV, que proibia o lançamento
de vinhaça nos canaviais e
em todos os terrenos agríco-las.
Com a argumentação de
que a proposta iria trazer con-seqüências
para a empresa,
com risco até de fechamento
da unidade em Lagoa da Pra-ta,
a Biosev mobilizou cerca de
300 funcionários, que partici-param
da sessão e pressiona-ram
os vereadores a derruba-rem
o projeto, que já havia si-do
aprovado em primeira vo-tação
por 6 votos a 3, realiza-da
no último dia 5.
Os parlamentares Adria-no
Moreira, Quelli Couto, Di-
-Gianne Nunes, Edmar Nu-nes
e Iraci Antônio (Nego da
Ambulância), votaram favorá-veis
ao projeto na primeira vo-tação
sem nenhuma ressalva
ou questionamento. Na oca-sião,
os legisladores sequer
explicaram os motivos pelos
quais aprovaram a proposta.
Já na última segunda-feira,
pressionados pelo plenário
da Câmara completamente
lotado, os vereadores muda-ram
de opinião e reprovaram
o projeto. (Leia análise da no-
Superintendente da Biosev
Como o senhor avalia a rejei-ção
desse projeto?
É um projeto que iria prejudi-car
Leandro
dos Santos
kaster
Lagoa da Prata. Inviabili-zaria,
com certeza, a usina. O
setor inteiro está em dificul-dades.
E não podemos res-tringir
mais ainda essa situ-ação
de mercado.
Se o projeto fosse aprovado,
existia mesmo a possibili-dade
de fechar a indústria
em LP?
Geramos de 5 mil a 10 mil
metros cúbicos de vinhaça
por dia. Teríamos realmen-te
a inviabilidade da empre-sa.
Estamos passando por um
momento difícil no setor. Em
Lagoa da Prata, não temos
um solo de alta produtivida-de,
diferentemente de regi-ões
de São Paulo, Mato Gros-so
do Sul e Goiás. Se hoje nós
temos um prejuízo no grupo
Biosev, Lagoa da Prata repre-senta
60% desse prejuízo.
Por que a empresa descum-pre
a legislação municipal?
Com relação ao não cumpri-mento
de uma lei munici-pal,
vamos verificar isso. De
qualquer forma, a Biosev é
um grupo que cumpre as leis.
E como será o relacionamen-to
da empresa com a cidade
de agora em diante?
Reconhecemos falhas por
parte do grupo com relação
a esse relacionamento. Com
certeza vamos abrir pautas
tícia na Carta ao Leitor). Paulo
Roberto Pereira, Cida Marceli-no
e Fortunato do Couto (Na-tinho)
mantiveram o posicio-namento
da primeira votação.
Durante a discussão da
matéria, todos os parlamen-tares
foram unânimes em re-conhecer
que, mesmo rejei-tando
a proposta de Adriano
Moraes que pretendia proi-bir
o lançamento de vinhaça
nos canaviais, a Biosev preci-sa
melhorar o relacionamen-to
com a comunidade, com
os poderes constituídos, ser
mais transparente e investir
em ações sociais.
VINHAÇA
A vinhaça é um resíduo
pastoso e malcheiroso que
sobra após a destilação fra-cionada
do caldo de cana-de-
-açúcar fermentado para a ob-tenção
do etanol. Para cada li-tro
de álcool produzido, a em-presa
gera 12 litros de vinha-ça,
que posteriormente é lan-çada
nos canaviais como fer-tilizante.
A proposta de emenda do
vereador Moraes foi criticada
durante as discussões por não
apresentar consistência téc-nica
acerca dos perigos que a
vinhaça poderia trazer à saú-de
pública e também por não
oferecer soluções com rela-ção
à destinação dos resídu-
os, uma vez que o lançamen-to
da vinhaça em rios e córre-gos
é proibido por lei.
DESCUMPRIMENTO
DE LEI
Em Lagoa da Prata, exis-te
uma lei municipal, de 2011,
também de autoria do verea-dor
Adriano Moraes, que proí-be
o lançamento da vinhaça a
uma distância mínima de mil
metros de núcleos populacio-nais,
do distrito de Martins
Guimarães, da localidade dos
Mirandas e das rodovias MG-
170 e MG-429. Segundo Mora-es,
a empresa nunca cumpriu
essa lei. “Chegamos a esse
projeto atual por dois fatores.
O não cumprimento de uma
lei que nos protege, sobre a
distância mínima para se lan-çar
vinhoto, e a drenagem de
quase todas as nossas lagoas.
Se não estivessem drenando
as nossas lagoas atualmen-te
não teríamos esse proble-ma
do mau cheiro. Ninguém
quer fechar a empresa. Isso é
uma chantagem que sempre
fazem quando tem um proje-to
polêmico. Isso aí é politica-gem.
Eles falam que só políti-cos
fazem politicagem, mas
empresários também fazem,
fazendo pressão nos funcio-nários.
Se quiserem resolver o
problema definitivamente de
mau cheiro em Lagoa da Pra-
ENTREVISTA
de conversação e manter um
contato melhor.
A empresa vai se compro-meter
a diminuir o odor da
vinhaça?
Vamos aumentar a dosagem
de um produto que utilizamos
para a redução de odores. Va-mos
fazer um teste, mas não
sabemos como será o resul-tado.
A usina drenou diversas la-goas
na região e hoje existe
uma iniciativa popular que
deseja a revitalização da la-goa
do Brejão, manifesta-da
por um abaixo-assinado
com 1700 assinaturas. A em-presa
vai apoiar essa vonta-de
da população?
Existe uma proibição de plan-tio
nessa área. Hoje, o cana-vial
que está lá é antigo e defi-ciente.
Porém, não temos um
posicionamento claro por fal-ta
de embasamento técnico.
Já tivemos em mãos relató-rios
que não são favoráveis à
recuperação do Brejão como
lagoa, porém, muitas pesso-as
falam que isso é totalmen-te
possível. Acreditamos que
esse é um tema que deve ser
melhor estudado por todos
que estão se posicionando.
Mas havendo um estudo téc-nico
que comprove a viabili-dade
da revitalização da la-goa,
a empresa vai apoiar?
Acredito que sim. Não temos
nada contra.
ta é só voltarem com as lago-as
do Brejão, dos Patos, dos
Porcos, das Batatas e fecha-rem
os drenos que estão ma-tando
as lagoas. O mau cheiro
significa que nosso ar não es-tá
saudável”, argumenta Mo-raes,
autor do projeto.
DINHEIRO E EMPREGO
Os executivos da Biosev
argumentam que se o projeto
fosse aprovado haveria a pos-sibilidade
da empresa encer-rar
suas atividades, gerando
desemprego e diminuindo
a receita do município. An-tes
da discussão e votação da
matéria, o diretor Lindomar
Ribeiro dos Santos usou a tri-buna
popular para falar da im-portância
econômica da em-presa
para a cidade. “A usina
emprega 1500 trabalhadores e
gera 300 empregos indiretos.
Cerca de 7 mil pessoas vivem
a partir da atividade produti-va
da empresa. Nos primei-ros
dez meses do ano paga-mos
mais de 26 milhões de
reais em salários aos traba-lhadores.
Foram desembol-sados
mais de 2 milhões de
reais em cartão-alimentação.
Até o mês de outubro a usina
recolheu mais de 550 mil re-ais
aos cofres do município.
Embora o nosso setor esteja
passando por uma forte cri-se
nacional, a usina partici-pou
no ano de 2013 com mais
de 3,5 milhões de reais no re-passe
de ICMS feito pelo Es-tado
à Prefeitura de Lagoa da
Prata”.
O superitendente da Bio-sev,
Leandro Kaster, disse
que não tinha conhecimento
da legislação municipal e se
comprometeu a verificar a si-tuação.
MUDARAM DE OPINIÃO E REJEI-TARAM
A PROPOSTA NA SEGUN-DA
VOTAÇÃO:
•edmar nunes: Antes de decidir
o voto, tem que se buscar emba-samento
e informações. Vamos
aproveitar para cobrar o lado social
da empresa com Lagoa da Prata.
•quelli couto: Em minha primei-ra
votação fui favorável ao projeto.
Na semana passada tivemos uma
reunião aqui com representantes
da Biosev. Foi muito oportuna para
ver qual é a preocupação da Biosev
com relação ao município nas áre-as
de meio ambiente, saúde e so-cial.
A empresa se comprometeu
a tentar diminuir esse odor. Hoje
mudarei meu voto.
•Iraci Antônio (Nego da Ambulân-cia):
Na primeira votação, votei fa-vorável.
Hoje tive a oportunidade
de conversar com técnicos da área
e pessoas que trabalham há mais
de 30 anos na empresa. Me disse-ram
que a vinhaça não provoca
câncer. Hoje votarei ao contrário.
•Adriano Moreira: Sou assistente
social. Temos problemas para se-rem
resolvidos. Temos que defen-der
principalmente o trabalhador.
Hoje o grande patrimônio da em-presa
é o trabalhador. Teria de tra-zer
nesse projeto alternativas para
a destinação da vinhaça.
•Di-Gianne Nunes: Falaram que o
projeto iria fechar a usina. O vere-ador
não tem poder de fechar usi-na.
O projeto é radical, uma vez que
não apresenta soluções e não dá
tempo para a empresa se adaptar.
Fiz alguns requerimentos (à Bio-sev)
e não foram respondidos. A
Biosev peca por não esclarecer à
população sobre a quantidade de
vinhaça que é aplicada nos cana-viais.
Uma coisa é inegável. O pro-jeto
do vereador Adriano Moraes
teve uma conquista: estreitou o re-lacionamento
da empresa com a
Câmara.
VOTARAM CONTRA O PROJETO
NAS DUAS SESSÕES:
•paulo roberto pereira: Existe
uma normativa do Copam que im-põe
várias exigências para a usi-na
utilizar a vinhaça como fertili-zante.
O projeto como foi coloca-do
não se discutiu uma solução.
Fazer o quê com o vinhoto? A usi-na
hoje faz parte de uma multina-cional,
onde as decisões são toma-das
de forma racional, sem paixão.
Fechar ou não fechar é questão de
uma canetada. Acredito no fecha-mento
caso a empresa seja invia-bilizada.
•Fortunato do couto (natinho): É
humanamente impossível, de uma
hora para a outra, acabar com o
lançamento do vinhoto nos cana-viais.
Essa empresa é muito impor-tante
para Lagoa da Prata.
•Cida Marcelino: Meu voto foi con-trário.
Jamais vou mudar de posi-ção.
A Biosev realmente deixa a de-sejar
no lado social. Mas creio que
depois desse grande impasse va-mos
ter muito diálogo.
VOTOU FAVORÁVEL
•adriano moraes: Pelo posiciona-mento
dos vereadores, uma coisa
ficou clara: o distanciamento da
empresa com os poderes Executi-vo
e Legislativo. Como não cum-priram
a lei em 2011, chegamos a
esse ponto.
o que disseram os vereadores:
6. 6 CIDADES ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
www.aacddegijlmnor.cmo.br
s. a. do monte s. a. do monte
1ª Ágora Cultural na
cidade agrada população
Patrícia Borges busca parcerias para fazer programação mensal em 2015
ll Abrindo as comemora-ções
de 139 anos de emanci-pação
política de Santo An-tônio
do Monte, no domin-go,
dia 9 de novembro, a “1ª
Ágora Cultura em Samon-te”
teve como principais ob-jetivos
formar público cul-tural
e mostrar as várias ini-ciativas
e talentos artísticos
da cidade. Para a idealizado-ra,
Patrícia Borges, a emanci-pação
de um povo passa pe-lo
desenvolvimento humano
e embora os santoantonien-ses
tenham melhorado muito
seu poder aquisitivo, os inves-timentos
de tempo e dinheiro
em formação cultural ainda
são pequenos. “É importante
ressaltar que este não foi um
projeto só da Prefeitura e da
Revista Ágora, mas de inúme-ras
pessoas que doaram um
pouco de seu trabalho para
torná-lo possível. Graças a
Deus, muitos pensam como
nós e não se contentam com
o discurso que aqui não valo-rizamos
‘essas coisas’. Para
valorizar nós temos que ter
acesso a ela e esse é o propó-sito
de momentos como esse,
despertar e oferecer possibili-dades
às nossas crianças, pa-ra
que elas se tornem agentes
e futuramente produtoras das
mais variadas artes no muni-cípio.
Só enxergamos o que
conhecemos e acreditamos
que somente através da pe-riodicidade
e qualidade dos
eventos conseguiremos for-mar
verdadeiros consumi-dores
de cultura”, enfatizou
Patrícia.
A Revista Ágora, a Editora
Gulliver e a Secretaria Muni-cipal
de Cultura reuniram de
8h30 às 12h, na avenida Tan-credo
Neves, em frente ao CE-TUC,
manifestações artísticas
variadas. Gê Lara “estava na
rua” para lançar o Livro “Tun-dé,
no mundo da Lua”. Desta-que
para os lançamentos dos
livros de dois autores mirins:
Planeta Arthur – “A guerra
inesquecível” escrito por Ar-thur
Meneses Silva e “Sésar e
os Olimpianos” por Alexandre
Sousa Pereira.
Dezenas de crianças e
artistas locais passaram pe-lo
palco que foi montado ex-clusivamente
para valorizar
a comunidade. “O que cultua-mos
no nosso dia a dia? Mui-tas
É importante ressaltar que este não foi
um projeto só da Prefeitura e da Revista
Ágora, mas de inúmeras pessoas que
doaram um pouco de seu trabalho para
torná-lo possível.
vezes dizemos, de forma
generalizada, que Santo An-tônio
do Monte não tem cul-tura,
ignorando que existem
inúmeras manifestações es-palhadas
pela cidade em pro-jetos
voluntários de grupos,
igrejas, famílias. Isso é cultu-ra!
As escolas também são ho-je
uma das grandes responsá-veis
em fomentar o interesse
das crianças sendo, muitas
vezes, o espaço onde elas des-cobrem
seus gostos, talentos
e aptidões. Assim, passaram
pelo palco a Orquestra de Cor-das
Acordes do Monte, proje-to
do professor Igor Silva; os
alunos de música do profes-sor
Moisés Nascimento; alu-nos
de flauta do projeto “Mú-sica
na Escola”, desenvolvi-do
pelo professor Júnior na
Escola Municipal Juca Pin-to
e grupo de dança da Igreja
Emanuel desenvolvido de for-ma
voluntária pela bailarina
Ana Cláudia Santos”, esclare-ceu
Patrícia.
Teve ainda “contação” de
história, oficinas de xadrez
gigante, desenho e pintura
no rosto, praça de recreação
Layle Brinquedos e tendas de
projetos e serviços das secre-tarias
municipais da Admi-nistração
2013/2016. A entra-da
do evento era franca e fo-ram
oferecidos pipoca e algo-dão
doce a vontade.
“Mais do que a cidade que
sabemos, temos que enxergar
a Samonte que queremos. Al-guns
títulos da Editora Gulli-ver
acabaram no evento, cen-tenas
de pessoas prestigia-ram
a 1ª Ágora Cultura e por
isso nossa intenção é fazer
um projeto mensal para 2015”,
disse Patrícia, destacando que
o evento só foi possível pela
união de forças público/pri-vado
assim como, de muitos
voluntários. A organização
agradece de forma especial
ao apoio da Câmara Munici-pal,
de Márcio Alaor (Banco
BMG), Vanusia Leão (Abraca-dabra),
Geraldo Cabral (Casa
do Estudante), Ângela Santos
e Ademar de Oliveira (Gaze-ta
Montense), Juliano Rossi e
Everton Costa (Jornal Cidade),
Kelen Miranda e a Paula Bor-ges
(Sicoob Lagoacred Gerais
/ Cartão Samonte Card), Oza-mar
Santos e João Henrique
Bessa (Fashion Cosméticos).
FOTOs: Patrícia Borges
Vereador Martim
Rodrigues será o
próximo presidente
da Câmara
FOTO: Divulgação Câmara
O vereador Martim Rodrigues assumirá, pela segunda vez,
a presidência da Câmara de Samonte
ll No dia 10 de novembro
foi realizada a eleição pa-ra
a nova mesa diretora
da Câmara de Santo Antô-nio
do Monte para os próxi-mos
dois anos. O vereador
Martim Rodrigues foi eleito
presidente, tendo como vi-ce
Luís Antônio Resende, 1º
secretário Américo Libério
da Silva e 2º secretário An-tônio
Sebastião de Miran-da.
Em entrevista ao Jor-nal
Cidade, Martim falou de
sua trajetória profissional
e destacou os projetos que
pretende realizar durante o
seu mandato na presidên-cia
da casa.
O santoantoniense Mar-tim
Rodrigues tem qua-se
quinze anos de vida pú-blica.
Na área profissional,
atua como farmacêutico,
empresário e bioquímico.
Martim diz que colocou-se
à disposição para presidir a
Câmara para dar continui-dade
a alguns objetivos. “Eu
já fui presidente no manda-to
de 2011/2012 e gostaria de
realizar alguns projetos que
não tive tempo para realizar
naquele momento. Quero
rever todo o regimento in-terno
do Legislativo, pois o
mesmo foi criado em 1990
e de lá para cá foram acres-cidas
somente duas emen-das.
Também quero rever
e atualizar a Lei Orgânica
Municipal, promover ações
sociais e melhorias para a
população dentro dos ser-viços
prestados pela Câma-ra”,
afirmou.
Martim ainda destacou
que o seu principal projeto é
levar à população informa-ções
sobre o Poder Legisla-tivo.
“A população precisa
entender como é o processo
dentro de uma Câmara, para
tanto, o nosso desejo é nos
aproximar da comunidade
através de diversos canais
de comunicação e também
trazer o povo para as reuni-ões”,
destacou.
O presidente eleito res-saltou
que pretende dar con-tinuidade
aos projetos ini-ciados
pelo atual mandatá-rio,
o vereador Luís Antônio
Resende. “Tivemos a bri-lhante
construção do atual
prédio da Câmara, que tem
condições de ofertar vários
serviços extras para a popu-lação.
Quero comungar mi-nhas
ideias com as dos ou-tros
vereadores”, disse.
Na segunda-feira (10/11) ocorreu a eleição da nova mesa
diretora da Camara Samonte para o período 2015/2016.
Confira como ficou a nova composição:
PRESIDENTE: Martim Rodrigues
VICE-PRESIDENTE: Luís Antônio Resende
1º SECRETÁRIO: Américo Libério da Silva
2º SECRETÁRIO: Antônio Sebastião de Miranda
7. ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
facebook.com/jornalcidademg POLÍTICA 7
lagoa da prata
Contemplados com casas populares são
convocados para assinar termo de adesão
Prefeitura e construtora convocam os 60 primeiros mutuários. Os outros 182
beneficiados serão chamados em outras três etapas
llAs 60 primeiras famílias
beneficiadas pelo progra-ma
“Minha Casa, Minha Vi-da”
foram convocadas pe-la
prefeitura e construtora
Valadares Gontijo para uma
assembleia e assinatura do
termo de adesão com a em-presa.
O evento foi realiza-do
no último dia 10, no Tea-tro
Fausto Rezende. Ao todo,
serão construídas 242 mo-radias
populares no futuro
Conjunto Habitacional Ân-gelo
Teodoro. Os outros 182
mutuários serão convoca-dos
em outras três etapas. A
construção das casas é uma
iniciativa da prefeitura de
Lagoa da Prata em parceria
com o governo federal e Cai-xa
Econômica Federal.
O processo de seleção
dos beneficiados pelo pro-grama
teve início em 23 de
setembro de 2013 pela em-presa
2MD, que faz a inter-mediação
entre a prefeitura,
construtora, banco e mutu-ários.
“Apuramos um déficit
habitacional de 3.700 mora-dias
em Lagoa da Prata”, ex-plicou
Edi Júnior, represen-tante
da 2MD que participou
da assembleia.
ATRASO NAS OBRAS
A gerente da Caixa Eco-nômica
Federal, Avelina Fer-reira,
explicou aos mutuários
os motivos que ocasionaram
a demora na tramitação da
papelada. “Começamos o
processo deste conjunto ha-bitacional
de uma forma e o
Ministério Público Federal
mudou a maneira de contra-tação
dos financiamentos.
Então tivemos que começar
tudo outra vez. Tivemos que
ir a Divinópolis várias vezes
para resolver o mais rápido
possível este entrave. Entre-garemos
todas as 242 mora-dias,
mas a intenção da ad-ministração
municipal é fa-zer
mais 500 casas. Sabemos
que o processo é burocrático,
mas vale a pena quando vo-cê
pega e chave, fecha a por-
ta e diz: esta casa é minha”,
afirmou.
O proprietário da Cons-trutora
Valadares Gontijo,
Roberto Gontijo, garantiu aos
mutuários que vai entregar
as 60 primeiras moradias no
prazo de até 12 meses. “O iní-cio
das obras sofreu um atra-so
de até seis meses devido
às novas exigências do Mi-nistério
Público, que solici-tou
a criação de uma coope-rativa,
que nós já fizemos. A
intenção era construir as ca-sas
em até 18 meses, mas vou
assumir o compromisso de
entregá-las em um ano”, ga-rantiu
Gontijo.
SONHO REALIZADO
O publicitário Eduardo
Oliveira é um dos mutuários
que foram contemplados
nessa primeira etapa e sairá
do imóvel alugado quando
estiver com a chave de sua
casa própria em mãos. “Moro
de aluguel há quatro anos e
não tinha nenhum plano fu-turo
para obter uma casa. A
prefeitura doou o lote, retirou
alguns impostos, o governo
federal concedeu os subsí-dios
e tivemos todo o apoio.
Queremos que o bairro Ân-gelo
Teodoro seja um local
bom para se viver e que não
seja esquecido”, destacou.
Oliveira ainda ressaltou
que mesmo com a demo-ra
na parte burocrática, o fi-nanciamento
trará benefí-cios
para a sua família. “Es-tou
muito feliz, pois teremos
vinte e cinco anos para pa-gar
o imóvel sobre o valor
Cali (Sec. Assistência Social), Edi Junior, vereador Edmar
Nunes, prefeito Paulo Teodoro e Avelina, gerente da Caixa
mensal de R$ 450 a R$ 500, e
as prestações irão diminuin-do
a cada ano, chegando ao
valor mínimo de R$ 250. Para
uma casa de 44 metros qua-drados
eu acho um valor al-to,
porém, a ideia é dar conti-nuidade
à nossa vida de um
modo mais acessível”, afir-mou.
O prefeito Paulo César
Teodoro participou do even-to
e falou aos mutuários so-bre
o investimento feito pela
prefeitura na realização des-se
projeto. “Doamos o terre-no
e a infraestrutura. Este é
o primeiro passo e acredito
FOTO: Ascom PMLP
que logo mais teremos ou-tros
projetos. A ideia é en-tregar
as chaves das casas o
mais rápido possível para os
primeiros sessenta selecio-nados”.
A Assessoria de Comuni-cação
da prefeitura informou
que outros programas habi-tacionais
estão sendo ava-liados
para serem implanta-dos.
Quatro representantes
dos beneficiários, indicados
e aprovados na assembleia,
acompanharão todo o pro-cesso
juntamente com os ór-gãos
responsáveis pela exe-cução
da obra.
FOTO: juliano rossi
Eduardo Oliveira não tinha
expectativa de construir
uma casa própria
8. 8 CIDADES ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
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Gerente s. a. do monte do INSS assume
responsabilidade pela agência fechada
Executivo afirma que município tomou todas as providências necessárias e Santo Antônio do Monte é “privilegiada por
possuir diversas agências ao seu redor (Itapecerica, Arcos, Lagoa da Prata e Bom Despacho)”
llO gerente-executivo do
INSS Alexandre Alves Go-mes,
da regional em Divi-nópolis,
assumiu a incom-petência
do órgão em inau-gurar
a agência em Santo
Antônio do Monte, que foi
construída há mais de dois
anos. Em ofício enviado à
Câmara Municipal, Gomes
informa que o prédio pos-sui
todo o mobiliário, ins-talação
da rede de acesso
aos sistemas e contrata-ções
dos serviços de con-servação
e vigilância. “Po-rém,
estamos sem condi-ções
de inaugurar por falta
de pessoal. Essa situação
não é única, existem deze-nas
de agências concluí-das
em todo o país aguar-dando
a admissão de pes-soal
para serem inaugu-radas.
Esclareço que em
breve o INSS deverá abrir
concurso e temos a certe-za
que Santo Antônio do
FOTO: Maurício Costa
Monte será contempla-da
com vagas de tal forma
que não só teremos con-dições
de inaugurar, mas
também de prestar servi-ços
de boa qualidade à po-pulação”,
afirma. De acor-do
com o executivo, a agên-cia
precisa de oito funcio-nários
para prestar o aten-dimento.
“O ideal são cin-co
servidores administra-tivos,
dos peritos médicos e
um estagiário”, afirma.
No dia 7 de novembro,
Gomes recebeu a visita do
prefeito de Pedra do Indaiá,
Cláudio Gonçalves Coelho,
do presidente da Câmara
de Samonte, Luis Antônio
Resende e do vice-prefei-to
Edmilson Aparecido da
Costa (Dinho do Braz), para
tentarem resolver o impas-se
em relação à abertura e
funcionamento da agên-cia.
Gomes esclareceu que
a Previdência Social pos-sui
uma meta de expansão
de sua rede de atendimen-to.
A gerência-executiva do
INSS em Divinópolis rece-beu
a incumbência de inau-gurar
cinco unidades, das
quais quatro já foram inau-guradas
(em Arcos, Cláudio,
Mateus Leme e Monte San-to
de Minas).
O executivo explicou
também que houve atrasos
em procedimentos buro-cráticos
na documentação
da edificação com a Advo-cacia
Geral da União (AGU)
e Assembleia de Minas Ge-rais,
que precisou aprovar
uma lei liberando o imó-vel
ao município para doa-ção.
“Concluído o processo
de liberação do terreno, ti-vemos
que esperar o orça-mento
do ano seguinte pa-ra
obtenção dos recursos,
licitação e contratação da
empresa que fez a edifica-ção.
Paralelo a esses atra-sos,
o INSS fez concurso, e
considerando que a agên-cia
em Santo Antônio do
Monte não estava conclu-ída,
não houve previsão de
vagas”, finaliza Gomes.
FOTO: assessoria decomunicação câmara samonte
Políticos foram recebidos pelo gerente-executivo do INSS para tentarem resolver o impasse
9. ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
facebook.com/jornalcidademg MEIO AMBIENTE 9
“Lixo tem sido jogado
no rio Gandu”
Movimento Salve a Nossa Água cobra atitude para a preservação
e manutenção dos rios e mananciais de Samonte
Iniciado o período de Piracema
ll De novembro a fevereiro
acontece o período de defe-so,
mais conhecido por pi-racema.
Nesta época os pei-xes
migradores fazem um
esforço físico intenso para
subir o leito do rio em busca
do local de desova. Alguns
chegam a nadar centenas
de quilômetros em poucos
dias.
Assim, os governos fe-deral
e estadual instituí-ram
durante a piracema o
período de defeso para rios
e águas continentais. Em
Minas Gerais é permitida
apenas a pesca com limi-te
de quantidade para es-pécies
exóticas (de outros
países), alóctones (de ou-tras
bacias brasileiras), hí-bridos
(produzidos em labo-ratório),
além de poucas es-pécies
autóctones (nativas
da bacia).
De acordo com o coman-dante
da Polícia Militar do
Meio Ambiente de Lagoa
da Prata, Edimilson Lage,
aqueles que cometerem in-frações
no período da Pira-cema
sofrerão as penali-dades
previstas no Decre-to
nº 44.844, de 25 de junho
de 2008, na Lei 14.181, de 17
de janeiro de 2002 e, no que
couber o contido na Lei Fe-deral
nº 11.959, de 29 de ju-nho
de 2009 e nas demais
regulamentações pertinen-tes,
sem prejuízos das san-ções
penais previstas na Lei
9.605/98.
Lage ainda destacou
que a Polícia Militar de Meio
Ambiente irá cumprir ações
e operações durante o perí-odo
de piracema com o ob-jetivo
de prevenir e repri-mir
atos ilícitos ambientais
de pesca, comércio e trans-porte
de pescado duran-te
o período de defeso. “Ire-mos
priorizar a realização
de ações de divulgação do
período de Piracema junto
à imprensa, visando à pre-venção
aos ilícitos contra a
fauna ictiológica e estabe-lecer
os contatos necessá-rios
com os demais órgãos
ambientais para execução
de ações integradas ou con-juntas
de cunho preventivo
e repressivo”.
Para o comandante, a
participação da população é
de suma importância. “A Po-lícia
de Meio Ambiente con-ta
com o apoio da população
com o intuito de identificar
os autores de crimes am-bientais
nos municípios da
região, repassando as infor-mações
para a Polícia Mili-tar
de Meio Ambiente de La-goa
da Prata, ou através do
disque-denúncia 181”, des-tacou.
Para saber mais infor-mações
sobre a Piracema,
acesse a portaria de normas
para a pesca no período de
defeso em: www.jornalcida-demg.
com.br
lagoa da prata
comandante da Polícia Militar do Meio Ambiente de
Lagoa da Prata, Edimilson Lage
llMembros do movimen-to
“Salve a Nossa Água” esti-veram
na Câmara Municipal
de Santo Antônio do Monte e
fizeram uso da tribuna para
esclarecer questões relativas
ao uso consciente da água e
a preservação do meio am-biente.
De acordo com o en-genheiro
agrônomo da Ema-ter,
Cléber Monteiro, o traba-lho
de conscientização teve
início com a análise do en-torno
dos rios e córregos que
cortam o município. “Estive-mos
no entorno dos rios pa-ra
ver como os agricultores
têm contribuído para a ma-nutenção
dos mesmos. Tam-bém
fomos em escolas mu-nicipais,
estaduais e rurais
para falarmos sobre a bacia
hidrográfica do córrego Bu-ritis,
e assim pretendemos
continuar através da Emater,
ofertando assistência téc-nica
para o descarte de lixo,
cuidados com os rios, e tudo
mais que envolve o meio am-biente”,
afirmou.
Monteiro ainda destacou
a importância da preserva-ção
da água dos rios perten-centes
ao município. “A nos-sa
água banha quase todas
as cidades vizinhas, por is-so
precisamos unir forças,
criar projetos e fazer aconte-cer.
Precisamos que as coi-sas
aconteçam aqui em San-to
Antônio do Monte e não
que nosso dinheiro vá para
outras cidades”, destacou.
Para o vereador Martim
Rodrigues, a Secretaria Mu-nicipal
de Meio Ambiente
deveria fazer uma parceria
com o movimento para agre-gar
valor às ações. “É lamen-tável
vermos pessoas que
têm boa vontade e que que-rem
preservar o meio am-biente,
e no final não tem
apoio. Precisamos agir rá-pido”,
frisou.
Segundo o professor
Emerson Alencar, o proble-ma
de abastecimento de
água no município já preju-dicou
e muito a população.
“Estivemos quase à beira do
colapso. Por isso devemos
agir com atitudes preserva-doras
e reparatórias . Nossa
cidade precisa de uma segu-rança
hídrica”, afirmou.
Emerson ainda destacou
que o rio Gandú, que abas-tece
o município, tem sido
contaminado diariamente.
“Há locais em que o lixo não
está sendo coletado e tem
sido jogado em locais proi-bidos,
como é o caso do rio
Gandú. Será que vale a pe-na
colocar em risco o rio pa-ra
construir mais casas? En-tendemos
que a população
precisa de moradia, mas te-mos
que levar em conta que
o rio que está lá é o que abas-tece
o município. Precisa-mos
nos mobilizar e cons-cientizar”,
afirmou.
s. a. do monte
professor Emerson
Alencar
10. Insetos e pequenos animais
oferecem riscos à saúde das pessoas
ll Eles são pequenos e aparen-temente
inofensivos. As pragas
urbanas, como são conhecidas
as aranhas, formigas, baratas,
ratos, escorpiões, moscas, cara-mujos,
grilos, abelhas, pombos,
cobras, lacraias, cupins, entre
outros insetos e animais, são
capazes de causar grandes pre-juízos
financeiros e à saúde das
pessoas. Eles insistem em con-viver
nos mesmos ambientes
que o ser humano e se prolife-ram
desordenadamente.
Nesta edição do caderno es-pecial
“Mais Saúde”, a reporta-gem
do Jornal Cidade procurou
o engenheiro agrônomo Gusta-vo
Silveira Borges Carvalho, di-retor
da Desinsecta. Ele expli-ca
que algumas pragas podem
causar incidentes com riscos de
morte e faz um alerta: “Em La-goa
da Prata um homem ficou
paralítico após contaminação
da ‘doença do pombo’ e existe o
risco de infestação de perceve-jos”.
PERIGOS
A Desinsecta é uma empre-sa
especializada no controle de
pragas urbanas. Atua há 10 anos
nos estados de Minas Gerais,
São Paulo, Paraná, Mato Grosso
e Mato Grosso do Sul. A unidade
mineira, com escritório em La-goa
da Prata, é responsável pe-lo
atendimento em indústrias,
comércios, estabelecimentos de
saúde e residências em mais de
40 cidades do interior do estado.
Carvalho destaca quais são
as principais pragas urbanas
registradas na cidade. “Ratos,
morcegos e pombos causam
grandes prejuízos econômi-cos,
contaminação de alimen-tos
e podem ser reservatórios
de doenças como leptospiro-se,
peste bubônica, hantaviro-se,
entre outras”, diz.
Dentre as pragas que ofere-cem
risco de morte, o agrônomo
destaca as cobras, escorpiões e
abelhas. “A picada do escorpião
causa muita dor e pode levar a
óbito, principalmente se a víti-ma
for crianças menores de dez
anos de idade. A picada de abe-lha
também pode levar à morte
se a vítima tiver alergia”, avisa.
DOENÇA DO POMBO
Os pombos estão relaciona-dos
na categoria de animais que
causam prejuízos econômicos,
mas, de acordo com Carvalho,
um homem em Lagoa da Pra-ta
ficou paralítico ao limpar re-síduos
de aves contaminadas.
“Ele provavelmente foi limpar
o forro da casa dele, onde havia
carcaça, fezes de pombo morto e
bactérias em decomposição. Os
pombos transmitem uma doen-ça
chamada criptococose, que é
causada pela inalação de fezes
secas. Ao fazer a limpeza, é ne-cessário
utilizar equipamentos
de proteção individual e másca-ras
antipó”.
PERCEVEJOS
De acordo com o agrônomo,
as pessoas também devem fi-car
atentas com relação aos col-chões.
De acordo com Carvalho,
há alguns meses a Desinsecta re-gistrou
em Lagoa da Prata um ca-so
de uma mulher que solicitou
um atendimento após o seu filho
apresentar o corpo todo mancha-do
com picadas. “Chegando na
casa dela percebemos que eram
percevejos. Então notificamos a
Vigilância Sanitária. Os perce-vejos
foram exterminados, mas
estão voltando. A Europa e os Es-tados
Unidos já apresentam ín-dices
de infestação preocupan-tes.
Com as viagens rotineiras, as
pessoas estão trazendo-os para
o Brasil. O colchão foi doado por
um homem que se mudou de São
Paulo para cá. No dia seguinte, fa-lei
para ela que iríamos recolher o
colchão. Ela disse que ficou com
medo e jogou-o na rua. Fomos ao
local mas alguém já tinha pega-do.
Esse colchão está circulando
por aí”, lamenta.
CONTROLE DE PRAGAS
Carvalho explica que as pra-gas
urbanas precisam de ali-mento,
água, abrigo e acesso. “É
o que chamamos de 4 ás. A pes-soa
precisa observar se sua resi-dência
ou comércio oferece lo-cais
e condições que favoreçam
à proliferação das pragas e, prin-cipalmente,
solicitar uma assis-tência
especializada no contro-le
de pragas”.
Ao contratar o serviço, o
cliente deve buscar informações
sobre a idoneidade da empresa
junto ao Procon e órgãos fiscali-zadores.
TAMBÉM É IMPORTANTE:
•Solicitar o registro da empre-sa;
•Perguntar o nome e a forma-ção
do responsável técnico;
•Desconfiar de anúncios “mi-lagrosos”;
•Se informar sobre o produto a
ser utilizado;
•Obter informações sobre a to-xidade
dos inseticidas usados;
•Exigir preço fechado;
•Observar asseio dos funcio-nários
e cumprimentos dos
horários.
Saiba como controlar as pragas urbanas e oferecer mais qualidade
de vida à sua família
11. lagoa da prata E S. A. DO MONTE
Cidade está em alerta
contra a dengue
Funcionários do setor de saúde e guarda municipal se reúnem para elaborar
estratégias de combate à doença
llO Ministério da Saúde di-vulgou
no dia 4 de novembro
os números do Levantamen-to
Rápido do Índice de Infes-tação
pelo Aedes aegypti
(LIRAa), realizado em outu-bro
deste ano, em 1.463 cida-des.
De acordo com o coorde-nador
da Vigilância Sanitá-ria
e Epidemiológica de La-goa
da Prata, Vicente Amo-rim,
o período que vai de no-vembro
a maio exige muita
cautela. “Em 2013 o índice do
LirAa definiu 3,5% de infesta-ção
de mosquito, já em 2014
estamos com 1,7%. Mas este
dado não me engana, pois es-sa
queda ocorreu por causa
da estiagem. Para se ter ideia,
os ovos podem ficar alojados
nos locais escolhidos pela fê-meas
por volta de 400 dias, e
quando vem a chuva é uma
questão de dez dias estes
mosquitos já começam a
aparecer. Estamos, sim, em
estado de alerta”, afirmou.
Amorim ainda destacou
que dois fatores tem preocu-pado
a vigilância epidemio-lógica
de Lagoa da Prata. “No
município temos um núme-ro
altíssimo de terrenos su-jos,
mas ao contrário do que
muitos pensam, 70% dos fo-cos
estão nas casas, o que
não minimiza os cuidados
com os lotes vagos. Os do-nos
não fazem a limpeza e a
população ainda joga lixo pa-ra
agravar o problema. Outro
fator que estamos enfrentan-do
é a falta de abertura para
receber os agentes. Os pro-fissionais
vão até as casas
das pessoas uniformiza-dos
e são credenciados pa-ra
aquele serviço. A dengue
não está somente no quintal,
pode estar no reservatório de
água da geladeira, do ar con-dicionado
e em outros locais
que as pessoas nem imagi-nam”,
destacou.
O coordenador ainda
destacou que várias reuniões
já foram e estão sendo de-senvolvidas
para que o mu-nicípio
não sofra com a den-gue
e nem com a febre chi-kungunya.
“Fizemos reuni-ões
com o prefeito, secretá-rio
de saúde e médicos para
desenvolvermos planos de
ações que sejam efetivos no
controle do mosquito, mas
precisamos da ajuda da po-pulação”,
frisou.
S. A. DO MONTE
Em Santo Antônio do
Monte o resultado do LIRAa
deu 0,5%, o que significa um
baixo índice de infestação
do mosquito. De acordo com
a coordenadora da Vigilância
Ambiental do município, Fa-biana
Gonçalves, apesar do
dado ser satisfatório os cui-dados
devem permanecer.
“Não devemos parar com as
ações e sim intensificá-las
com combate diário e a ajuda
da população em manter os
lotes vizinhos limpos”, des-tacou.
Gonçalves ainda frisou
que devido ao longo perío-do
de racionamento de água
FOTO: Ascom PMLP
no município, muitas pesso-as
adquiriram caixas de água
e reservatórios, tornando ain-da
mais preocupante a situ-ação.
“Pedimos apenas para
a população se manter vigi-lante
quanto ao mosquito e
também para que atendam
os agentes quando passa-rem
nas suas casas”, afirmou.
DENGUE X
CHINKUNGUNYA
Tanto a dengue quan-to
a febre chikungunya são
transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti. Esta última,
no entanto, também tem ou-tra
forma de transmissão, por
meio de outro mosquito, cha-mado
Aedes albopictus, pre-sente
majoritariamente em
áreas rurais e peri-urbanas
(entre o perímetro urbano e
área rural). Assim, as formas
de prevenção das duas doen-ças
são as mesmas: combater
os criadouros dos mosquitos,
evitando o acúmulo de água
parada.
Já em relação aos sin-tomas
das doenças, é preci-so
ficar atento a uma queixa
específica da chikungunya:
dores fortes nas articulações,
principalmente nos pés e nas
mãos. “Pacientes com febre
chikungunya queixam-se,
sobretudo, de problemas nas
articulações. Em alguns ca-sos,
a dor é tanta que pesso-as
têm dificuldade para ficar
em pé ou desempenhar as ta-refas
diárias”, explica o dire-tor
de Vigilância Epidemio-lógica
do Ministério da Saú-de,
Cláudio Maierovitch.
Febre acima de 39 graus
centígrados, de início repen-tino,
dor de cabeça, nos mús-culos
e manchas vermelhas
na pele são outros sintomas.
No caso da dengue, os sinto-mas
mais comuns são dores
no corpo e dores de cabeça.
12. 12 CIDADES ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
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Alunos concluem curso do Proerd
llAlunos das escolas mu-nicipais
e do Instituto Maria
Augusta Machado (IMAM)
de Lagoa da Prata e escolas
municipais e estaduais de
Japaraíba receberam o di-ploma
de conclusão do Pro-grama
Educacional de Re-sistência
às Drogas e à Vio-lência
(PROERD). Em Lagoa
da Prata o evento aconteceu
no dia 7 de novembro, no Po-liesportivo
Francelino Perei-ra,
e contou com a presença
do prefeito Municipal Paulo
César Teodoro, a secretária
de Educação Paulene Andra-de,
a secretária de Assistên-cia
Social Cali Silva, o secre-tário
de Administração Ze-zinho
Ribeiro, representan-tes
da Guarda Municipal, fa-miliares
dos alunos, compo-nentes
da Polícia Militar e do
Tenente Batista.
Durante o evento foram
sorteadas para os alunos
seis bicicletas, além de ou-tros
brindes. A solenidade
foi acompanhada pela apre-sentação
da Banda Lira São
Carlos.
Em Japaraíba a formatu-ra
aconteceu no dia 6 de no-vembro
no Ginásio Polies-portivo
Municipal, e contou
com a presença do prefei-to
Municipal Roberto Emí-lio
Lopes, o assessor de ga-binete
Nivaldo Modesto, di-retoras
da escolas munici-pais
e estaduais, o secretá-rio
de Educação Joaquim
Jacinto, a secretária de As-sistência
Social Henedina
Fernandes, o secretário de
Saúde Eugênio Fernandes,
a banda da Polícia Militar e
da banda Arco de Sol da As-cult.
De acordo com o coorde-nador
do PROERD, Soldado
Cotta, o objetivo do progra-ma
é trabalhar com crian-ças
de 6 a 17, mas o foco prin-cipal
são as de 10 a 11 anos.
“Trabalhamos com vários
grupos, mas nosso princi-pal
objetivo é atuar com os
pré adolescentes, pois a in-cidência
de adesão ao mun-do
das drogas acontece nes-ta
fase. Muito se vê falando
em clínicas de recupera-ção,
mas estamos fazendo
o contrário, queremos ins-truir
as crianças a não en-trarem
no mundo das dro-gas”,
afirmou.
O projeto é desenvol-vido
nas escolas durante o
horário de aula e só no ano
de 2014 passaram cerca de
mil e trezentas crianças. “As
crianças adoram, mas pre-cisamos
de mais ajuda para
manter este projeto, assim
gostaria de pedir o apoio de
empresários”, destacou o
soldado.
Cotta ainda frisou que o
programa tem conseguido
o seu objetivo, minimizan-do
o índice de envolvimen-to
com drogas. “Sempre fa-zemos
este estudo para ver
a efetividade de nosso tra-balho,
e ao longo do tem-po
percebemos que o índi-ce
de envolvimento com as
drogas lícitas e ilícitas por
parte dos alunos que passa-ram
pelo PROERD diminuiu
e muito”, salientou.
lagoa da prata e japaraíba
FOTO: divulgação
Soldado Cota e aluno
formando do Proerd, em
Japaraíba
Cidade destaca-se entre as
cinquenta melhores do Brasil
em responsabilidade social
ll O município de Japaraíba
receberá o prêmio “Respon-sabilidade
Social”, por ter fi-cado
entre as cinquenta me-lhores
do Brasil. A homena-gem
acontecerá de 7 a 10 de
dezembro, durante o 7º Con-gresso
Nacional de Gestores
Municipais, na Bahia
Nos critérios de avalia-ção
foram levados em con-sideração
a coordenação de
políticas municipais de As-sistência
Social, execução
das atividades relativas à
prestação de serviços so-ciais,
ações visando o desen-volvimento
social, combate
à desigualdade, inclusão so-cial
e plano municipal de As-sistência
Social.
A ordem da premiação
não foi divulgada, mas em
Minas Gerais foram selecio-nadas
somente duas cida-des,
que são Japaraíba e Rio
Casca, na Zona da Mata.
De acordo com a Secre-tária
de Políticas Sociais de
Japaraíba, Henedina Dias
Fernandes, a conquista é fru-to
de muito trabalho. “Estou
muito feliz e honrada por re-ceber
o prêmio e saber que a
nossa equipe está entre as 50
melhores do Brasil. Agrade-ço
FOTO: assessoria de comunicação
a Deus por esta conquis-ta
e compartilho esse o me-recimento
com toda a equipe
aqui da Secretaria Municipal
de Políticas Sociais (CRAS,
Serviço de Convivência e
Fortalecimento De Víncu-los-
SCFV, rede de proteção
socioassistencial pública e
sociedade civil organizada)
e a Administração Munici-pal,
pois juntos trabalhamos
para fazer com que a Assis-tência
Social seja um direi-to
e um dever, com inclusão
e efetividade social, sempre
com transparência e respon-sabilidade”,
declara.
Japaraíba
secretária de politicas sociais de japaraíba, henedida dias, desenvolve trabalhos
da assistência social
13. ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
facebook.com/jornalcidademg COLUNISTAS 13
Sob o império
Causos e Prosas
José Antônio (Rádio Samonte FM) das línguas soltas
bandeirantes@isimples.com.br
A caixa de Ki Big
llNo meu tempo de me-nino
usava muito a gente
vender Ki Big na rua, o Ki
Big era o famoso picolé. E
na ocasião eu ia na casa da
dona Ilda, esposa do saudo-so
Virgílio Loredo, mãe do
Valdir e da Ivone, vender
geladinha (chup-chup) e
Ki Big, entre outros luga-res
que o pessoal já me es-perava.
Eu ia na fábrica de Ki
Big, do famoso Quito do
Horácio, que se chamava
Picolés Ki Joia, para pe-gar
as encomendas para
vender; e ali eu chegava e
as filhas do senhor Láza-ro
do Fubá estavam ali fa-bricando
picolés. A fábri-ca
ficava perto da Escola
Waldomiro de Magalhães
Pinto, no bairro Dom Bos-co.
Só que a minha vonta-de
era pegar um carrinho
para vender os Ki Big, mas
o senhor Quito não deixa-va
porque eu era muito pe-queno,
então eu saía ape-nas
com a caixinha de iso-por,
e assim eu fazia várias
viagens buscando e levan-do
picolés.
Eu vendia muito, e al-gumas
pessoas até arre-matavam
os picolés que
estavam na caixinha, mas
vender mesmo eu vendia
quando tinha jogo no Cam-po
do Flamengo ou do Na-cional.
E ali eu tinha que ir
e voltar o tempo todo para
carregar a caixinha de pi-colé.
Um certo dia eu peguei
uma caixa de Ki Big e desci
para o Centro passando pe-la
antiga Estação Ferrovi-ária,
indo para a rua Bene-dito
Valadares onde fica-va
a antiga rodoviária, on-de
o senhor Delfino vendia
as passagens e também ti-nha
o bar do Davi, e ali pas-savam
vários turistas que
iam para a praia de Lagoa
da Prata. E lá estava na ro-doviária
um ônibus de tu-rismo
preparado para ir à
Lagoa da Prata, quando um
me chamou de dentro do
ônibus querendo comprar
picolé. Só que eu deveria
ter ido na porta do ônibus
e vendido, mas eu apenas
coloquei a caixa na cabeça
para eles pegarem, e eles
limparam a caixeta de pi-colé.
E naquele meio tempo
o motorista do ônibus co-meçou
a arrancar para ir
embora, mas eu estava sa-tisfeito
porque olhei a cai-xeta
de Ki Big e ela estava
vazia, mas e para receber?
O danado do ônibus foi só
subindo, passando próxi-mo
à linha de ferro, pas-sando
pela rua Dr. Álva-ro
Brandão, passando pe-lo
bar do João Nhonhoca,
pai do Binho do bar, passou
também pelo bar do Luís
Carlos do Chiquinho Fer-reira,
do armazém do sau-doso
Olavo Mantiba, do bo-teco
do Zagachado, arma-zém
do Laninho, do Tõe de
Paula, armazém do Zé Luís
Braga, da Cerealista Cabral;
e eu correndo atrás do ôni-bus
pra esse povo me pa-gar.
Gente do céu! Eu fui
até na entrada da cidade
atrás desse ônibus, mas
não adiantou.
Eu tive que vender pi-colé
o mês inteiro para pa-gar
o Quito. Venda igual es-sa...
foi boa, mas eu não re-cebi
nenhum centavo.
FOTO: divulgação
ll A imensa maioria de nos-sos
políticos, a começar pe-los
chefes de Executivo Mu-nicipal,
opta por escolher au-xiliares
de perfil a que cha-mam
de doutrinável, figuras
que caminham entre a baju-lação
e a transmissão de fo-focas,
que alimentam o arre-medo
de “serviço de (des)in-teligência”
do mandatário.
Não temos, portanto, uma es-trutura
pública profissional,
pois a cada mudança de go-verno
o ganhador preenche
o leque de cargos de confian-ça
com centenas de catequi-záveis
dispostos a seguir or-dens
ainda que explicita-mente
errôneas ou até mes-mo
a ser cooptados por ter-ceiros,
segundo o espírito de
“Macunaíma” que os habita.
Quanto menor o municí-pio
maior é o movimento dos
cidadãos em torno do poder
público municipal, que geral-mente
é o maior emprega-dor
da comunidade, geran-do
o exercício de um desre-grado
jogo de influência,
que nada de produtivo traz à
área administrativa da cida-de,
transformando-se até em
mau exemplo, pois nota-se
a presença de pessoas que
ocupam cargo comissiona-do
exatamente pela capaci-dade
de fazer futricas, reche-adas
de apimentado destem-pero,
ao falar da vida alheia,
colocando temor nas acu-adas
autoridades, que com
elas não bolem nem mes-mo
nos casos de necessida-de
de cortes na despesa com
os servidores.
É bastante comum o pre-feito
eleito promover uma
série de contratações logo
no início de seu mandato, pa-ra
pouco tempo depois, a fim
de atender à lei de responsa-bilidade
fiscal, ter que demi-tir,
semeando inimigos e, ao
mesmo tempo, escancaran-do
à sociedade o pavor das
tais línguas soltas, que são
usadas desabridamente por
seus proprietários (os donos
da boca e da bocada remu-nerada)
como instrumento
de manutenção de empre-go,
ainda que nada produ-zam
em matéria de benefí-cio
para a população.
Em ambiente assim per-verso,
apenas algumas áreas
conseguem ser contempla-das
com investimento e den-tre
elas não está a sempre
abandonada cultura. Daí a fá-cil
comprovação da existên-cia
de tanta gente com diplo-ma,
pompa e circunstância,
mas completamente despro-vida
de sensibilidade e qual-quer
preparo para lidar com o
público. No vazio cultural, te-mos
um contingente de pro-fissionais
que indicam trata-mento
médico equivocado,
que conduzem mal as ações
judiciais, que engenham ca-sas
com estranhas e inade-quadas
divisões, que gover-nam
como se não estivem à
disposição dos anseios cole-tivos
ou como se o ser huma-no
fosse um simples detalhe.
Fechamos este artigo com
frases que andamos crian-do,
espontaneamente, dian-te
de panorama social tão
propício à prosperidade tan-to
do mal quanto da desones-tidade,
em pronunciamentos
no mês de novembro, entre
a Pré-bienal do livro de Divi-nópolis
(2/11/2014) e outros
eventos:
1) Tem gente que ao falar de
CULTURA fica com a colhei-ta
da mandioca.
2) Sociedade que não cuida
de sua cultura toma o aspec-to
árido de lavoura de euca-lipto:
cresce viçosa, atinge
alturas, mas jamais gera um
fruto sequer.
3) Há pessoas que só não fa-lam
mal das montanhas que
as cercam porque elas não
lhes viram as costas.
Carlos Lúcio Gontijo
Poeta, escritor e jornalista | www.carlosluciogontijo.jor.br
14. 14 CIDADES ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
www.aacddegijlmnor.cmo.br
LAGOA DA PRATA E s. a. do monte
Tribunal de Justiça divulga lista de
jurados convocados para 2015
llO Tribunal de Justiça de Mi-nas
Gerais divulgou nesta se-mana
a lista de jurados convo-cados,
para o ano de 2015, da co-marca
de Lagoa da Prata.
De acordo com o site do Tri-bunal
de Justiça, denomina-se
“Jurado” toda pessoa não ma-gistrada,
investida na função de
julgar no órgão coletivo que é o
Tribunal do Júri. Nenhuma qua-lificação
profissional é exigida e
a função de jurado é obrigatória
por imposição constitucional. O
jurado representa a sociedade
da qual faz parte, decide em no-me
dela. Portanto, o Júri é a ex-pressão
democrática da vonta-de
do povo, competindo aos que
o integram agir de forma inde-pendente
e magnânima. A vo-tação
é secreta e seu veredicto
é soberano.
O alistamento dos jurados é
feito anualmente pelo Juiz Pre-sidente
do Júri. Ele irá requisitar
às autoridades locais, associa-ções
de classe, sindicatos pro-fissionais
e repartições públicas
a indicação de cidadãos que re-únam
as condições legais para
exercer essa função (Art. 436,
CPP). A Lista Geral, a ser publi-cada
no mês de outubro de cada
ano, poderá ser alterada de ofí-cio,
ou em virtude de reclama-ção
de “qualquer do povo”, até a
publicação definitiva – novem-bro,
com recurso, dentro de 20
dias, para Instância Superior,
sem efeito suspensivo. A Lista
Geral dos jurados, com a iden-tificação
das respectivas profis-sões,
será publicada na impren-sa,
onde houver e afixada à por-ta
do edifício do Fórum. O nome
dos alistados, com a indicação
de sua residência, será escrito
em cartões idênticos, os quais,
após conferidos com a presen-ça
do Ministério Público, ficarão
guardados em uma urna fecha-da
a chave, sob a responsabili-dade
do Juiz.
DIREITOS DOS JURADOS
1º) Nenhum cidadão poderá ser
excluído dos trabalhos do júri ou
deixar de ser alistado em razão
de cor ou etnia, raça, credo, sexo,
profissão, classe social ou eco-nômica,
origem ou grau de ins-trução
(Art. 436, §1º, CPP).
2º) O exercício efetivo da fun-ção
de jurado constituirá servi-ço
público relevante e estabele-cerá
presunção de idoneidade
moral (Art. 439, CPP).
3º) Constitui também direito
do jurado, na condição do art.
439 do Código de Processo Pe-nal,
preferência, em igualdade
de condições, nas licitações pú-blicas
e no provimento, median-te
concurso, de cargo ou função
pública, bem como nos casos de
promoção funcional ou remo-ção
voluntária (Art. 440, CPP).
4º) Nenhum desconto será fei-to
nos vencimentos ou salário
do jurado sorteado que compa-recer
à sessão do júri (Art. 441,
CPP).
DEVERES DOS JURADOS
1º) O serviço do júri é obrigató-rio.
2º) A recusa injustificada ao
serviço do júri acarretará mul-ta
no valor de 1 (um) a 10 (dez)
salários mínimos, a critério do
juiz, de acordo com a condição
econômica do jurado (Art. 436,
§2º, CPP).
3º) A recusa ao serviço do júri
fundada em convicção religio-sa,
filosófica ou política impor-tará
no dever de prestar servi-ço
alternativo, sob pena de sus-pensão
dos direitos políticos,
enquanto não prestar o serviço
imposto. Entende-se por servi-ço
alternativo o exercício de ati-vidades
de caráter administra-tivo,
assistencial, filantrópico
ou mesmo produtivo, no Poder
Judiciário, na Defensoria Públi-ca,
no Ministério Público ou em
entidade conveniada para es-ses
fins. O juiz fixará o serviço
alternativo atendendo aos prin-cípios
da proporcionalidade e
da razoabilidade (Art. 438, CPP).
4º) Ao jurado que, sem causa
legítima, deixar de comparecer
no dia marcado para a sessão ou
retirar-se antes de ser dispen-sado
pelo presidente será apli-cada
multa de 1 (um) a 10 (dez)
salários mínimos, a critério do
juiz, de acordo com a sua con-dição
econômica (Art. 442, CPP).
5º) Somente será aceita escusa
fundada em motivo relevan-te
devidamente comprovado
e apresentada, ressalvadas as
hipóteses de força maior, até o
momento da chamada dos ju-rados
(Art. 443, CPP).
6º) O jurado somente será dis-pensado
por decisão motiva-da
do juiz presidente, consig-nada
na ata dos trabalhos (Art.
444, CPP).
7º) O jurado, no exercício da fun-ção
ou a pretexto de exercê-la,
será responsável criminalmen-te
nos mesmos termos em que
o são os juízes togados (Art. 445,
CPP).
8º) Aos suplentes, quando con-vocados,
serão aplicáveis os dis-positivos
referentes às dispen-sas,
faltas e escusas e à equipa-ração
de responsabilidade pe-nal
prevista no art. 445 deste Có-digo
(Art. 446, CPP).
JURADOS DE S. A. DO MONTE
A redação do Jornal Cidade
entrou em contato com o Fó-rum
de Santo Antônio do Mon-te,
mas até o fechamento desta
edição não foram fornecidos os
dados solicitados devido o ho-rário
de trabalho da servidora.
Para ver a lista completa
acesse o site:
www.jornalcidademg.com.br
CONFIRA A LISTA DE
CONVOCADOS PARA
LAGOA DA PRATA ABAIXO:
15. ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
facebook.com/jornalcidademg ECONOMIA 15
Embaré recebe o prêmio Ouro na categoria
“Competitividade Internacional”
O prêmio foi resultado da valorização da brasilidade em seus produtos exportados
ll A Embaré Indústria
Alimentícia recebeu o
prêmio Ouro na catego-ria
Competitividade In-ternacional
– Produtos
para Exportação, promo-vido
pela ABRE (Associa-ção
Brasileira de Emba-lagem).
A empresa se desta-cou
com as embalagens
que reforçam referên-cias
étnicas e culturais
que trazem lendas in-dígenas
e a linguagem
do cordel, valorizando a
brasilidade. A linha cha-mada
Embaré Brazilian
Delights leva ao mercado
seis novos sabores típi-cos
de balas: açaí, cupua-çu,
graviola, manga, ma-mão
e pitanga.
O projeto foi desen-volvido
em 2013 pela As-sociação
Brasileira da
Lagoa da prata
Indústria de Chocolates,
Cacau, Amendoim, Ba-las
e Derivados, em par-ceria
com a Apex-Bra-sil
– Agência Brasileira
de Promoção de Expor-tações
e Investimentos,
e teve por objetivo esti-mular
as empresas bra-sileiras
a investirem em
inovação, fato este que
gerou resultado através
da Embaré e outras cin-co
indústrias.
A Associação Bra-s
i l e ira da Indús t r ia
de Chocolates, Cacau,
Amendoim, Balas e De-rivados
foi fundada em
1957 com o objetivo de
responder pela política
do setor junto às esferas
públicas e privada, tanto
no Brasil quanto no exte-rior.
Suas diretrizes são
voltadas para a valori-zação
destas indústrias,
que são responsáveis pe-la
geração de 31 mil em-pregos
diretos e 62 mil
indiretos. Atualmente,
a ABICAB engloba a ca-deia
produtiva brasilei-ra,
representando 92%
do mercado de chocola-tes,
70% do mercado de
balas e confeitos, 80% do
mercado de amendoim e
100% do mercado de ca-cau.
Dentre as principais
atividades desenvolvi-das
em prol do fortaleci-mento
e desenvolvimen-to
do setor, destaca-se o
Programa Sweet Brasil,
criado em março de 1998,
que tem por objetivo pro-mover
os produtos brasi-leiros
no mercado exter-no,
por meio de parceria
com a Apex-Brasil.
16. 16 COMUNIDADE ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
Retrato da Vida
www.aacddegijlmnor.cmo.br
ll Sonhei uma menina! De-verá
dançar balé, tocar pia-no,
ser uma médica, debu-tar...
Deverá ser a moça mais
luxenta da cidade, pois a arte
de costurar da mãe iria nela
resplandecer em amor, bele-za,
orgulho e vaidade.
Desde o primeiro dia da
gravidez eu tinha certeza que
ela estava no meu ventre. O
meu ser irradiava felicida-de,
alegria, entusiasmo. Já
era mãe de um lindo meni-no
louro de olhos claros, mas
agora era a vez dela, a milha
filha.
A gravidez transcorria
normalmente, com cuidados,
pré-natal e eu trabalhando na
Escola Estadual Dr. Jacinto
Campos de manhã e costu-rando
a tarde.
E ela se formava, amada,
acariciada e minha amiga.
Quantas vezes no alvore-cer
da madrugada, acaricia-va
a barriga e dizia: Você será
a minha melhor amiga, com-panhia...
amor perfeito mãe e
filha... filha e mãe. Com que
paixão teci suas roupinhas,
construí no mais fundo do
meu ser a sua vida.
Chega o momento espe-rado.
Cesariana marcada, 16
de setembro de 1978, um sá-
O sentimento de uma família
ao ter um filho especial
bado, engraçado, como tra-balhei
na véspera, arrumei a
minha casa, lavei, limpei e jo-guei
coisas fora. Como tirei li-xo
daquela casa que a pouco
tempo morávamos eu, meu
marido, meu filho e ela. Na-quela
noite não dormi.
Orei muito, tinha medo
de não ser a hora certa da ce-sariana
e pedi tanto a Deus
que comecei a ter contra-ções
de madrugada. Corre-mos
para o hospital, o médi-co
já estava lá, pois uma outra
senhora iniciava o trabalho
de parto e necessitava urgen-te
ser operada. E eu tive que
esperar. Numa ante-sala do
bloco cirúrgico me recordo
do quanto me sentia mal, do
quanto acariciei minha bar-riga,
da ansiedade, falta de ar
e a sensação que morria, re-nascia,
dormia e acordava....
E quando realmente dei
por mim, ouvi um choro e o
grito: é uma menina!
Lágrimas, êxtase, felicidade,
o ápice da realização da mãe:
a filha linda, perfeita, more-ninha
e muito cabelo. Olha-va
para ela e meditava. Obri-gado
Senhor! Engraçado, até
hoje faço isto!
Depois de dois dias fomos pa-ra
casa. Nos braços a pérola
preciosa, no coração a espe-rança,
a realização, a vida...
Tudo transcorria normal
até o terceiro mês, quando
o primeiro sinal do furacão
que passaria pela minha vi-da,
pelo meu eu começou. Di-go
furacão porque, fui explo-dida,
queimada, esparrama-da
e quase virei cinzas... e ne-las
ficaram todos os meus so-nhos,
ficou a minha menina.
Depois da primeira con-vulsão,
começaram as des-cobertas;
seus olhinhos tor-tos
não eram charme, era al-go
mais sério era consequên-cia
do que nós pais, nem os
médicos enxergavam, só
Deus via.
Na minha cabeça come-çou
a explosão de dúvidas,
incerteza, anseios, angústia,
dor e muitas lágrimas por ela
e por mim.
A partir daí, começamos uma
caminhada que nos levava a
neurologistas, oculistas, ele-troencefalogramas,
tomo-grafias,
onde me perdia, pois
na minha formação de pro-fessora
nunca tinha ouvido,
a não ser o trabalho lindo que
D. Helena Antipoff desenvol-veu
no Brasil com crianças
retardadas, na Fazenda do
Rosário.
E no meio deste incêndio
de emoções as perguntas si-lenciosas.
Quem é minha fi-lha?
Surda? Cega? Retarda-da?
Por quê eu? Por quê, por
quê, por quê???
Mas o diagnóstico veio
como um punhal, que se en-costou
no meu peito, e deva-garinho,
silencioso se mo-via
e aprofundava até atin-gir
o coração, o cérebro e
matar a filha que eu sonhei,
que eu abracei, beijei, desde
o seu nascimento. Mas na-quele
dia saí do consultório
médico com outra filha, que
tem Má Formação Congêni-ta
do SNC, sistema ventricu-lar
supratentorial de cavida-de
única; dilatação assimé-trica
e forma bizarra; agene-sia
do corpo caloloso.
Meu Deus, aquele voca-bulário
era desconhecido,
eu não sabia nada daquilo,
eu estava nas cinzas, no fun-do
do poço, arrasada, destru-ída...
Dias, semanas e meses
eu me desesperei, chorei...
noites e noites em claro... Pe-gava
aquela menina nos bra-ços,
apertava e pensava: é a
minha filha!
Nesse turbilhão de emoções,
ela crescia, tudo diferente do
outro filho.
Começaram as expecta-tivas,
quando vai andar, falar,
estudar? Quando vai realizar
isso ou aquilo? Vai ser o quê?
Recordo-me da noite que
sonhei com ela me chaman-do
mamãe e abrindo os seus
braços para mim. Como isso
demorou a acontecer!
O ser humano é obstina-do
a olhar somente para a
frente, mas quando no sofri-mento,
nas grandes transfor-mações
por que passa, come-ça
a olhar e ver, atrás, do la-do
e descobre e busca aque-les
com quem se identifica.
Aí que descobre, que não é o
único, nem está sozinho. Is-to
é como recarregar as nos-sas
energias, os sonhos, as
esperanças. Foi quando per-cebi
que aquela era a “minha
filha” e sem saber como, deu-
-se, o renascimento da filha e
da mãe, ela era toda minha e
eu era toda dela.
Das cinzas surge a brasa,
da brasa as chamas que mo-delam,
trabalham, transfor-mam,
encantam as pesso-as,
levando-as a sonhar nor-malmente,
trilhar novos ca-minhos,
vivendo com inten-sidade
cada momento, se en-tregando
e se aconchegan-do
nos braços de Deus, com
a certeza de que Ele é que di-rige
os nossos passos. As in-cógnitas
se transformam em
certezas, e os desafios em
ações e realidade.
Hoje, trinta e seis anos
passados, costumo dizer ser
uma mulher abençoada, pois
“Mamãe” é a palavra que mais
ouço da minha filha querida,
que é a minha melhor ami-ga
e companheira e uma can-tora
que canta e encanta. Te-nho
a consciência que não é
a Juliana que é a minha filha,
mas eu, Isamin Couto, é que
fui escolhida para ser a sua
mãe.
LEO Clube realiza treinamento
de liderança distrital
ll O LEO Clube de Lagoa da
Prata (braço do Lions Clube
formado por jovens e adoles-centes)
realizou no último fi-nal
de semana o treinamen-to
de liderança com a parti-cipação
de membros de ou-tros
distritos. De acordo com
o presidente da entidade,
Philip Rubens, o clube é divi-dido
por distritos que se reú-nem
cerca de quatro vezes ao
ano. “Cada uma dessas reu-niões
tem um propósito de-terminado,
e esta em Lagoa
da Prata teve como objetivo
o treinamento de lideranças,
que é um dos principais me-tas
do LEO”, afirmou.
O encontro contou com a
participação de cento e cin-quenta
pessoas. “Na sexta-
-feira levamos nossos visi-tantes
para conhecerem La-goa
da Prata. Deixamos a noi-te
livre para passearem por al-guns
locais indicados . No sá-bado
de manhã, fizemos uma
caminhada saindo do nosso
alojamento, que era na Escola
Estadual Virgínio Perillo, até
o Centro Cultural, onde tive-mos
a primeira reunião. Na
parte da tarde nos reunimos
na praia, tivemos várias dinâ-micas
e uma palestra. À noite
tivemos a abertura oficial no
teatro da praia”, destacou.
Três empreendedores de
Lagoa da Prata realizaram
palestras e mostraram as su-as
experiências de lideran-ça.
Paulo Roberto Pereira, di-retor
da Sommus, presiden-te
da Associação Comercial
e vereador, falou sobre ges-tão
de pessoas. Nilson Antô-nio
Bessas, diretor-presidente
da Lagoacred e escritor, pales-trou
sobre liderança no em-preendedorismo
e o empre-sário
Márcio Bento, da Patri-monium
Contabilidade reali-zou
uma palestra motivacio-nal,
estimulando a liderança
no mundo dos negócios atra-vés
de sua trajetória de vida.
lagoa da prata
os palestrantes Nilson Bessas e Paulo Roberto
17. ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
facebook.com/jornalcidademg social 17
michele@«Estrelando« jornalcidademg.com.br
llOlá, pessoal!!! Estou chegando... Eu sou a mais no-va
colunista. Vou escrever a coluna social. Fui convi-dada
pelo diretor deste veiculo de comunicação pa-ra
abrilhantar ainda mais o Jornal Cidade. Para as
pessoas que não me conhecem, eu sou professora de
Artes e fotógrafa nas horas vagas. Nasci e fui criada
aqui em Lagoa da Prata. Neste espaço vou contar ba-bados,
fofocas, notícias sobre arte, espetáculo, sho-ws,
músicas e teatros. E claro não pode faltar fotos
de eventos da cidade e região. Porém, com um pouco
de pimenta para temperar esses babados...
Michele Pacheco
NIVER DA CLEIA LOPES
Dia 28 de novembro é o aniversário da nossa ami-ga
Cleia, que vai soprar velinhas e comemorar no
Scoth Bar nesta data. Uma boa filha dedicada aos
pais, tem uma linda filha, a Maria Luiza, que pare-ce
uma bonequinha mais fofa. Trabalha na empre-sa
Embaré com empenho e dedicação. Boa amiga
nas horas difíceis, companheira e o que mais te ad-miro
é a sua simplicidade e humildade. E além de
tudo é bonita essa pessoa. Felicidades e continue
sempre assim.
PÊSAMES
Meus sentimentos à família da criança Ravi, que, por
coincidência do destino, eu fotografei no evento que
aconteceu na Praça da Matriz durante a Semana do
Livro e da Biblioteca. Ele estava presente próximo à
Gracinha para fazer tatuagem e todo feliz, como to-da
criança naquele local, se divertindo e aproveitan-do
as brincadeiras. Foi um anjo que foi para o Céu.
FESTIVAIS DE DANÇA
Esta aberta a temporada dos festivais de danças dos
estúdios da cidade. Desejo boa sorte a todos os bai-larinos
e participantes que vão subir ao palco e mos-trar
a sua arte. Dedico este espaço também para pa-rabenizar
aos pais de todos os alunos que dedicam
seu tempo para levar e buscar e incentivam seus fi-lhos
a construir um futuro melhor e fazem a diferen-ça.
Sem ajuda de todos vocês este evento não aconte-ceriam.
Os professores com carinho e dedicação que
fazem da dança uma arte de encantar a todos. Para-benizo
por este trabalho brilhantemente.
MÚSICA DE RAIZ É COM O RECANTO DA CHIBATA
Está de volta, o que é bom sempre volta.... O Recanto
da Chibata está com nova formação, trazendo um no-vo
integrante, o Dênis. Seja bem vindo a essa equipe
de sucesso. O grupo esta completo com os integran-tes
Daniel, Denis, Bil, Chicão e Francis com novida-de,
lançando seu 4º CD. Destacada pelo seu repertó-rio
diferenciado, voltado ao sertanejo raiz, presença
de palco, carisma, os “Meninos do Recanto da Chibata
“ocupam lugar de destaque na imprensa que sempre
enaltece a qualidade do grupo e dos shows apresen-tados.
Música nova e boa na área gente!!!!
EXPÔLAGOA
Já foram confirmadas as atrações da ExpoLagoa 2015.
Preparem a sola da bota! Fernando e Sorocaba, Bru-no
e Marrone, Gustavo Lima e a novidade: dois show
em um: Eduardo Costa e Leonardo, com o show Ca-baré.
Vale registrar que toda a gravação foi rechea-da
de piadas tanto do Eduardo quanto do Leonardo,
muitas delas impublicáveis. O repertório é composto
de boa parte de músicas conhecidas e naquele estilo
bem dramático, que agrada a tanta gente (me incluo
nessa). Ambos uniram os gostos e gravaram aquilo
que queriam, sem muitas pretensões. Este show tem
agradado o grande publico e já esta confirmado pa-ra
Lagoa da Prata também.
INFORMAÇÕES:
VII Festival de Danças Impactus - Data: 13 e 14 de-zembro
às 19 horas. Ginásio Poliesportivo Franceli-no
Pereira.
Festival de dança do Studio Juliana Soares - Data:
20 de Dezembro. Local Poliesportivo Leopoldo Bes-sione(
Praça de Esportes) ás 19:30.
II Mostra de Dança e Conclusão de Curso - Palco -
Centro de Danças - Data: 29 de Novembro ás 19:30. Lo-cal:
Centro Catequético.
18. 18 ESPORTE ANO ii • Edição 38
21/11/2014 a 05/12/2014
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s. a. do monte
Turma do Alto Forno realiza a
16ª arrecadação de alimentos para
confecção de cestas básicas
Os alimentos serão ofertados para famílias carentes do município
durante o jogo entre Cruzeiro e Atlético de S. A. do Monte
ll Há 16 anos cruzeiren-ses
e atleticanos se reú-nem
em prol das famílias
carentes do município. O
objetivo é arrecadar ali-mentos
junto à comuni-dade
e com isso montar
cestas básicas que serão
distribuídas para os mais
necessitados.
A primeira fase de ar-recadação
aconteceu no
dia 4 de novembro e an-tes
da distribuição, que
está prevista para 21 de
dezembro, ocorrerá a
partida entre os times
no Campo do Nacional.
As aquisições dos ali-
mentos permanecerão
até a semana do jogo, e
poderá ser feita quando
um carro de som passar
pelas ruas da cidade, jun-tamente
com um “guar-dião
da caridade”, ou no
Bar do Deca, na rua Aris-tides
Cabral.
No ano passado a Tur-ma
do Alto Forno arreca-dou
245 cestas, e de acor-do
com o coordenador da
Liga Municipal de Des-portos
de Santo Antônio
do Monte, Márcio Teixei-ra,
a meta este ano é arre-cadar
ainda mais. “Nos-so
objetivo é conseguir
trazer a população pa-ra
um momento tão im-portante.
Estamos unin-do
uma boa ação ao es-porte,
e com isso, além de
agradecer a todos que se
comoveram com a nos-sa
ação, quero também
convidar e sensibilizar
a comunidade de S. A. do
Monte para que também
nos ajude a fazer o bem
para o próximo”, desta-cou.
Como forma de arre-cadação
os “guardiões da
caridade” também estão
vendendo camisas do
Atlético e do Cruzeiro.
lagoa da prata
Craques da Seleção Brasileira
estarão em quadra na final da
Copa Lagoacred Card de futsal
Lenísio, em pé, segundo da esquerda para a direita, vestiu a camisa da Farmel para
disputar a semifinal.
l l Acontecerá hoje à
noite, no Ginásio Polies-portivo
Leopoldo Besso-ne,
a final da Copa La-goacred
Card de Futsal
2014 entre Farmel (La-goa
da Prata) e Calçados
Addan (Itapecerica). A
expectativa é que o time
lagopratense tenha re-forços
na decisão, com
atletas que já vestiram
a camisa da seleção bra-sileira.
Os nomes seriam
confirmados apenas ho-je
de manhã.
Na terça-feira da se-mana
passada, na últi-ma
rodada da primei-
FOTO: Divulgação Copa Lagoacred Card
ra fase, a Farmel se re-forçou
com o pivô Índio,
que já atuou pelo Corin-thians,
Palmeiras, Barce-lona
(Espanha), Dínamo
(Rússia) e seleção brasi-leira.
Na quinta-feira 13,
quando disputaria a se-mifinal
contra a Trans-portadora
Pontual (de
São Gotardo), o time teria
o reforço de Lenísio, ex-
-Atlético/MG e camisa 10
da seleção nacional. Mas
a partida não aconteceu
porque os visitantes in-formaram
que se envol-veram
em um acidente
na BR-262 e não chega-ram
a tempo para dispu-tar
a partida.
A organização da co-pa
manteve a derrota do
time de São Gotardo por
“WO” por não ter registra-do
o boletim de ocorrên-cia
do acidente e infrin-gir
as regras do torneio,
que exige a apresenta-ção
de documentos com-probatórios
quando o ti-me
não puder compare-cer
à partida.
Antes da decisão, a
partir das 20h, Transpor-tadora
Pontual e Souza
Paiol (de Pitangui) dis-putarão
o terceiro lugar.
19.
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INFORMATIVO INSTITUCIONAL
Empresários e produtores rurais de
Japaraíba participam de palestra
ll Para comemorar os 25
anos de fundação da coope-rativa,
o Sicoob Crediprata
promoveu nos últimos me-ses
o seminário “Empreen-dedorismo
é Atitude”, mi-nistrado
pelo palestrante
William Caldas, em parce-ria
com o Sebrae. Os eventos
foram realizados em Moe-ma,
Lagoa da Prata e, no últi-mo
dia 12, em Japaraíba, on-de
mais de 500 pessoas (em-presários,
produtores rurais
e trabalhadores) tiveram a
oportunidade de conhecer
estratégias e ferramentas
para obterem melhores re-sultados
em seus empreen-dimentos.
O evento foi reali-zado
no ginásio poliesporti-vo
da Praça de Esportes.
O presidente do Con-selho
de Administração da
cooperativa, José Aparecido
da Silva, falou, em seu dis-curso
na abertura do even-to,
sobre a proposta da Cre-diprata
para os associados
de Japaraíba. “Aqui é uma
cidade de grande poten-cial,
devido ao empreende-dorismo
de sua população.
Nosso objetivo é proporcio-nar
um momento de capa-citação
dos associados, le-vando-
os a uma reflexão de
seu comportamento e po-sicionamento
no mercado.
Acreditamos que estimu-laremos
o desenvolvimen-to
dos negócios e fomenta-remos
a economia e o cres-cimento
da cidade. É o co-nhecimento
que agrega va-lor
ao seu negócio”.
A agência da Credipra-ta
em Japaraíba foi inau-gurada
em 1997. O diretor-
-executivo Antônio Claret
ressaltou em seu pronun-ciamento
a importância
da cooperativa para a eco-nomia
local. “Temos mui-
20aceimnoo
Sicoob Crediprata realiza terceiro seminário empresarial em comemoração aos 25 anos da cooperativa
ta gratidão às pessoas que
acreditaram no projeto lá
no começo. Foi com muito
trabalho que ganhamos a
confiança da comunidade.
Hoje temos mais de seten-ta
por cento da movimenta-ção
financeira do municí-pio.
É uma grande respon-sabilidade”.
Em entrevista ao Jor-nal
Cidade, o gerente de
relacionamento Fernan-do
Aparecido Lopes proje-ta
um crescimento dos ne-gócios
em Japaraíba. “Acre-dito
que os próximos anos
serão de um crescimento
Antonio Claret e José Aparecido da Silva
e solidez ainda maior. Va-mos
trabalhar para crescer
com solidez para trazer se-gurança
FOTOs: juliano rossi
aos nossos asso-ciados
e resultados ainda
melhores”.
CREDIPRATA, 25 ANOS
Os gerentes Ledimir, Fernando e mardem acompanhados
por Clarisce e William Caldas
centenas de pessoas, dentre empresários, produtores rurais e trabalhadores participaram do evento
ASSOCIADOS APROVAM
Antônio Carlos
Martins de Melo,
produtor rural,
associado desde 1998.
“A Crediprata é muito im-portante
para nós, pois os
produtores rurais cresce-ram
financeiramente e
melhoraram as condições
de trabalho. Facilitou mui-to
para obter incentivos e
financiamentos”.
Regina Maria
Arantes de Melo,
esposa do Antônio.
“Para nós, que moramos
na roça, eles são amigos. A
Crediprata é assim com to-das
as pessoas. Que eles
continuem desse jeito,
pois nos ajudou muito”.
Rosilaine Fernandes
Rabelo, vereadora,
associada desde 2003.
“A Crediprata é muito im-portante
para Japaraí-ba.
As pessoas tinham que
procurar as agências das
cidades vizinhas. Gostaria
de parabenizar a todos pe-lo
bom trabalho e bom de-sempenho.
Desejo muita
sorte para que todos pos-sam
colher muitos frutos”.
Sandra Guimarães Bor-ges,
proprietária da em-presa
Palitos Gabriela.
“A Crediprata oferece mui-to
apoio às pequenas em-presas,
com várias linhas
de crédito que nos ajudam
a crescer, pois os bancos
particulares não ajudam
tanto. Torço para que a co-operativa
continue cres-cendo
e que conte com o
nosso apoio”.
Arthur Teixeira Rabelo,
vereador, primeiro as-sociado
em Japaraíba.
“A Crediprata transformou a
vida de Japaraíba. Quero pa-rabenizar
toda a direção da
Crediprata, e, em especial,
a todos os funcionários da
agência em Japaraíba, que
conhecem a nossa realida-de,
sabem o dia a dia de cada
pessoa, e tratam todos com
igualdade e competência”.
Joaquim Maria Pereira,
Comercial Santa Rita,
associado desde 1998.
“A Crediprata ajuda muita
gente, tanto na zona rural
quanto no comércio. A Cre-diprata
proporcionou um
crescimento muito grande
na cidade”.