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Tabela de processadores:
AMD
rtigo sobre os processadores Intel, trazemos a você nesta semana o
correspondente da AMD. Desde suas fundações, AMD e Intel
escrevem a história da tecnologia, com sua constante briga pela
liderança do mercado de processadores. Felizmente, nós
consumidores somos os maiores beneficiados por essa guerra
saudável e permanente entre as duas maiores fabricantes de
processadores do mundo.
A AMD foi fundada em 1969, construindo seu escritório central no
estado da Califórnia, EUA. Em 1970, a empresa lançou seu primeiro
produto, o AM2501, um chip que fazia cálculos lógicos. Foi o começo
de uma estrada de sucesso, que pode ser observada hoje, já que a
empresa faz frente aos processadores mais poderosos da Intel,
inclusive causando muita polêmica sobre qual das duas empresas
fabrica os melhores equipamentos.
Antes de qualquer coisa, se você quiser ver de uma só vez todas as
tabelas contidas neste artigo, clique na imagem abaixo (uma nova aba
ou janela do seu navegador será aberta).
Definições
Alguns termos usados neste artigo podem gerar dúvidas. Veja o que
eles significam.
Clock - frequência em Hertz na qual o processador trabalha.
Chamado também coloquialmente de "velocidade" do processador.
Black Edition - edição de um processador que possui o multiplicador
desbloqueado, facilitando o overclock.
HyperTransport - é o barramento do processador. A AMD não utiliza
a notação FSB (Front Side Bus) em seus processadores mais
recentes.
O motivo das rivalidades atuais “à la Brasil X Argentina” entre AMD e
Intel, e também entre os usuários que preferem uma ou outra marca,
não é completamente sem fundamento. A explicação está no fato de
que, no início da década de 1980, a IBM tinha somente um fornecedor
de chips, que era a Intel. Isso ia de encontro às políticas da empresa,
e fez com que a IBM cobrasse uma atitude da Intel.
Assim, em 1982, a AMD firmou um contrato com a Intel para se tornar
a segunda fornecedora de chips licenciada para a IBM. Até hoje,
apesar de não conhecerem esse fato, muitos usuários discutem aos
tapas, defendendo a AMD e afirmando que seus processadores são
melhores que os da Intel. Por outro lado, os fãs da Intel argumentam
que a AMD começou à sombra da Intel, e lá permanecerá.
A verdade é que o primeiro processador da AMD era uma cópia
perfeita do Intel 8080 (tecnologia anterior à x86), criado através de
engenharia reversa. Era só o início das “cópias”, já que a AMD, como
segunda fornecedora de chips da IBM, faria processadores idênticos
aos modelos da Intel que ainda seriam lançados. Para cada
processador x86 lançado pela Intel, um correspondente idêntico era
fabricado pela AMD: o Am286 era idêntico ao Intel 80286; o Am386
era idêntico ao 80386, e assim por diante, mas somente até certo
momento.
A história da briga (briga de verdade) entre AMD e Intel durou vários
anos, com direito a processos e quebras de contrato. Porém, nosso
intuito neste artigo é mostrar a você os processadores da AMD, desde
o primeiro, passando pelos atuais, e por fim os que ainda serão
lançados. A empresa já era fabricante de chips antes de começar a
fazer processadores, mas como nosso foco é o cérebro do PC,
começaremos pelos chips fabricados para entrar na luta pelo domínio
do mercado da tecnologia x86.
O primeiro processador da AMD a fazer sucesso foi o Am386, lançado
em 1991. Como já mencionamos, ele era um clone perfeito do 80386
da Intel. Surpreendentemente ou não, o Am386 vendeu milhões de
unidades em questão de meses. Estava dada a largada para a
competição do mercado de processadores. Em seguida, vieram o
Am486 e o Am5x86, que se mostraram perfeitos como alternativas
baratas para os processadores Intel, que eram um pouco mais
poderosos, mas muito mais caros.
Estes três modelos de processador – Am386, Am486 e Am5x86 –
foram todos desenvolvidos através de engenharia reversa, o que se
tornava um processo inviável conforme o passar do tempo. Era
chegada a hora de a AMD tomar uma atitude, e ela tomou: abandonou
a engenharia reversa e lançou mão do know-how adquirido nos anos
de “sombra da Intel” para lançar seu primeiro processador, criado
completamente do início pela equipe da empresa. Nascia o K5.
É praticamente impossível encontrar uma pessoa no mundo que não
conheça o herói Super-Homem, dos quadrinhos. O Super-Homem é
indestrutível e invencível, certo? Errado! Existe uma arma que pode
acabar com a existência do homem de aço, que é a Criptonita. O que
isso tem a ver com o assunto? Tudo! Considere a Intel como o Super-
Homem dos processadores, em conjunto com o fato de a AMD ter
usado o nome K como referência à palavra “Kriptonite”. Ou seja, com
o lançamento da série K, a AMD estaria ameaçando a então
hegemonia da Intel no mercado.
K5
O K5 foi o primeiro processador x86 desenvolvido totalmente pela
AMD, sem qualquer cópia dos processos e códigos da Intel. Lançado
em 1996, o K5 chegou para competir com a primeira versão do
Pentium. Ele era superior ao Pentium em vários aspectos, mas não
possuía instruções MMX, que a Intel recém lançara nos
processadores Pentium MMX. O K5 estava disponível em clocks de 75
a 133MHz.
K6
Ainda em 1996, a AMD comprou a NexGen, outra fabricante de chips,
adquirindo também os direitos de fabricação dos processadores x86
daquela empresa. Com muito investimento e liberdade, os ex-
funcionários da NexGen e recém contratados da AMD criaram o K6,
que foi lançado em 1997. O K6 foi lançado para entrar na competição
com o Pentium II, e se deu muito bem, pois encaixava em qualquer
máquina com suporte ao processador da Intel, e custava muito menos.
Quem já mexia com computadores na época do K6 deve se lembrar
muito bem da quantidade de PCs que vinha com um processador
AMD, ao invés de um Intel. O sucesso do K6 foi tão grande que a
AMD ganhou força e começou a ser um concorrente de peso, além de
uma ótima alternativa aos caros chips da Intel. O K6 possuía
instruções MMX e utilizava o Socket-7, ou seja, o mesmo dos
processadores da Intel com os quais concorria.
K6-2
Depois do K6, os usuários que gostavam de economizar foram
brindados com uma evolução, o K6-2, que obteve aceitação altíssima
do mercado e dos consumidores. Ele também foi lançado para
competir com o Pentium II, e foi o primeiro processador a vir com
instruções SIMD (Single Instruction, Multiple Data), rebatizadas de
3DNow! pela AMD. A nova tecnologia aumentava o desempenho do
processador, mas não obteve muito sucesso.
Athlon
Apesar de ainda manter internamente o K para se referir às gerações
de seus processadores, na sétima geração (K7), a AMD começou a
dar nomes comercialmente mais atrativos aos seus processadores.
Era chegada a era dos nomes chiques, e o Athlon foi o que a
inaugurou, em 1999. Em 2001, foi lançado o Athlon XP. O Athlon
conseguiu ganhar dos processadores Intel, em desempenho, sendo o
primeiro processador da história a ter o clock chegando à casa dos
Gigahertz.
Athlon XP
Em 2001, foi lançado o Athlon XP, para competir com o Pentium III.
Ele tinha números de modelos dados a partir da comparação de seu
desempenho com o modelo Thunderbird do Athlon Classic. As
velocidades de clock variavam dos 1333 a 1533 MHz, com nomes de
modelo como 1900+ e 3100+. Apesar de não fazer oficialmente
referência ao Windows XP, o nome Athlon XP foi automaticamente
associado àquela versão do Windows, já que ambos foram lançados
na mesma época. Oficialmente, o XP dos processadores significava
“Extreme Performance”.
Duron e Sempron
No ano 2000, havia-se criado um novo mercado de processadores de
baixo custo, alternativos aos mais caros, com desempenho ideal para
a informática do dia a dia. O representante da AMD foi o Duron, que
era essencialmente um Athlon de menor capacidade. Posteriormente,
foi lançado o Sempron em substituição ao Duron, para assumir o
mercado de processadores de baixo custo.
Inicialmente, o Sempron tinha os mesmos recursos que o Athlon XP,
mas evoluiu até chegar ao patamar que se encontra hoje,
acompanhando as novas gerações de microarquitetura. Poderia se
definir o Sempron como o grande “coringa” dos processadores, devido
à grande quantidade de modelos gerada por causa dessa evolução.
Em 2005, a AMD lançou o Sempron com tecnologia 64 bits, baseada
no Athlon 64. Mais uma vez, o processador compartilhava
características, mas tinha outras reduzidas para deixar o chip mais
barato e adaptá-lo ao mercado “low-end”.
Athlon 64
O Athlon 64 é um dos membros da nova geração (K8) de
processadores, que começaram a chegar com a tecnologia 64 bits
incorporada. Essa geração também teve uma mudança na forma
como o barramento do sistema funciona, recebendo a tecnologia
HyperTransport. A tecnologia 64 bits foi desenvolvida inicialmente
para o mercado de servidores, mas logo chegou às mãos dos usuários
finais, em processadores domésticos — o Athlon 64 é baseado no
processador para servidores Opteron.
Athlon 64 X2
Pouco tempo depois de lançar o Athlon 64, a AMD criou seu primeiro
processador com dois núcleos, que é o Athlon 64 X2. Trata-se de um
processador com dois núcleos do Athlon 64 no mesmo chip. Como
ficou redundante mencionar a tecnologia 64 bits, já que ela passou a
estar presente na maioria dos processadores, a AMD parou de usar o
“64” no nome dos processadores, renomeando as novas edições para
Athlon X2 somente, para representar a quantidade de núcleos.
Phenom
A décima geração de processadores da AMD possui uma gama
enorme de modelos e características diferentes. Os modelos Phenom,
por exemplo, estão disponíveis em versões com 3 ou 4 núcleos. Seu
sucessor, o Phenom II, foi lançado em 2008, já com suporte a
memória DDR3 e conector AM3. O Phenom II é um dos mais rápidos
processadores da AMD, com cache L3 de 6 MB, em contrapartida aos
2 MB do seu antecessor.
O Phenom II pode chegar até a frequência nominal de 3.4 GHz, e é o
primeiro capaz de suportar condições extremas de overclock, o que
deixou muito felizes os entusiastas da área. CPUs anteriores
simplesmente paravam de funcionar a temperaturas muito baixas
quando se usavam os sistemas de resfriamento instalados pelos
praticantes de overclock. O Phenom II superou esse problema e,
portanto, suporta níveis elevadíssimos de overclock. Seus modelos
possuem 2, 3 ou 4 núcleos.
Com a popularização dos notebooks e netbooks, criou-se um mercado
totalmente novo para os fabricantes de processadores. Intel e AMD
começaram então a criar variações dos seus processadores,
adaptados para as condições de energia e capacidade requeridos por
essa categoria de máquinas. Exceto pelo Turion, que é feito
especificamente para computadores móveis, todas as demais CPUs
ganharam versões para notes e netbooks.
Depois da fusão da AMD com a ATI, ambas as empresas
se beneficiaram da experiência de cada uma para melhorarem seus
equipamentos. Está previsto para 2011 o lançamento de uma nova
tecnologia de processadores, batizada com o codinome “Fusion”
(Fusão). O nome veio da ideia de reunir o processamento de
informações em conjunto com o de imagens em um só chip, o
processador. Ou seja, a AMD está apostando na fusão de CPU e GPU
em um só componente — mas com núcleos dedicados somente a
gráficos e outros dedicados às outras informações.
Queimando neurônios
Tanto se você entende de processadores e tem alguma observação
sobre o que leu, como se é daqueles que gosta de “comprar e
esquecer”, fique à vontade para utilizar o sistema de comentários para
compartilhar conosco as suas impressões sobre a AMD e seus
processadores. Você acha que a estratégia de fundir GPU e CPU em
um só chip é acertada? Por quê? Dê a sua opinião! Ela pode ajuda a
esclarecer para os outros.

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Tabela de processadores

  • 1. Tabela de processadores: AMD rtigo sobre os processadores Intel, trazemos a você nesta semana o correspondente da AMD. Desde suas fundações, AMD e Intel escrevem a história da tecnologia, com sua constante briga pela liderança do mercado de processadores. Felizmente, nós consumidores somos os maiores beneficiados por essa guerra saudável e permanente entre as duas maiores fabricantes de processadores do mundo. A AMD foi fundada em 1969, construindo seu escritório central no estado da Califórnia, EUA. Em 1970, a empresa lançou seu primeiro produto, o AM2501, um chip que fazia cálculos lógicos. Foi o começo de uma estrada de sucesso, que pode ser observada hoje, já que a empresa faz frente aos processadores mais poderosos da Intel, inclusive causando muita polêmica sobre qual das duas empresas fabrica os melhores equipamentos. Antes de qualquer coisa, se você quiser ver de uma só vez todas as tabelas contidas neste artigo, clique na imagem abaixo (uma nova aba ou janela do seu navegador será aberta).
  • 2. Definições Alguns termos usados neste artigo podem gerar dúvidas. Veja o que eles significam. Clock - frequência em Hertz na qual o processador trabalha. Chamado também coloquialmente de "velocidade" do processador. Black Edition - edição de um processador que possui o multiplicador desbloqueado, facilitando o overclock. HyperTransport - é o barramento do processador. A AMD não utiliza a notação FSB (Front Side Bus) em seus processadores mais recentes. O motivo das rivalidades atuais “à la Brasil X Argentina” entre AMD e Intel, e também entre os usuários que preferem uma ou outra marca, não é completamente sem fundamento. A explicação está no fato de que, no início da década de 1980, a IBM tinha somente um fornecedor
  • 3. de chips, que era a Intel. Isso ia de encontro às políticas da empresa, e fez com que a IBM cobrasse uma atitude da Intel. Assim, em 1982, a AMD firmou um contrato com a Intel para se tornar a segunda fornecedora de chips licenciada para a IBM. Até hoje, apesar de não conhecerem esse fato, muitos usuários discutem aos tapas, defendendo a AMD e afirmando que seus processadores são melhores que os da Intel. Por outro lado, os fãs da Intel argumentam que a AMD começou à sombra da Intel, e lá permanecerá. A verdade é que o primeiro processador da AMD era uma cópia perfeita do Intel 8080 (tecnologia anterior à x86), criado através de engenharia reversa. Era só o início das “cópias”, já que a AMD, como segunda fornecedora de chips da IBM, faria processadores idênticos aos modelos da Intel que ainda seriam lançados. Para cada processador x86 lançado pela Intel, um correspondente idêntico era fabricado pela AMD: o Am286 era idêntico ao Intel 80286; o Am386 era idêntico ao 80386, e assim por diante, mas somente até certo momento. A história da briga (briga de verdade) entre AMD e Intel durou vários anos, com direito a processos e quebras de contrato. Porém, nosso intuito neste artigo é mostrar a você os processadores da AMD, desde o primeiro, passando pelos atuais, e por fim os que ainda serão lançados. A empresa já era fabricante de chips antes de começar a fazer processadores, mas como nosso foco é o cérebro do PC,
  • 4. começaremos pelos chips fabricados para entrar na luta pelo domínio do mercado da tecnologia x86. O primeiro processador da AMD a fazer sucesso foi o Am386, lançado em 1991. Como já mencionamos, ele era um clone perfeito do 80386 da Intel. Surpreendentemente ou não, o Am386 vendeu milhões de unidades em questão de meses. Estava dada a largada para a competição do mercado de processadores. Em seguida, vieram o Am486 e o Am5x86, que se mostraram perfeitos como alternativas baratas para os processadores Intel, que eram um pouco mais poderosos, mas muito mais caros. Estes três modelos de processador – Am386, Am486 e Am5x86 – foram todos desenvolvidos através de engenharia reversa, o que se tornava um processo inviável conforme o passar do tempo. Era
  • 5. chegada a hora de a AMD tomar uma atitude, e ela tomou: abandonou a engenharia reversa e lançou mão do know-how adquirido nos anos de “sombra da Intel” para lançar seu primeiro processador, criado completamente do início pela equipe da empresa. Nascia o K5. É praticamente impossível encontrar uma pessoa no mundo que não conheça o herói Super-Homem, dos quadrinhos. O Super-Homem é indestrutível e invencível, certo? Errado! Existe uma arma que pode acabar com a existência do homem de aço, que é a Criptonita. O que isso tem a ver com o assunto? Tudo! Considere a Intel como o Super- Homem dos processadores, em conjunto com o fato de a AMD ter usado o nome K como referência à palavra “Kriptonite”. Ou seja, com o lançamento da série K, a AMD estaria ameaçando a então hegemonia da Intel no mercado. K5 O K5 foi o primeiro processador x86 desenvolvido totalmente pela AMD, sem qualquer cópia dos processos e códigos da Intel. Lançado em 1996, o K5 chegou para competir com a primeira versão do Pentium. Ele era superior ao Pentium em vários aspectos, mas não possuía instruções MMX, que a Intel recém lançara nos processadores Pentium MMX. O K5 estava disponível em clocks de 75 a 133MHz. K6 Ainda em 1996, a AMD comprou a NexGen, outra fabricante de chips, adquirindo também os direitos de fabricação dos processadores x86 daquela empresa. Com muito investimento e liberdade, os ex- funcionários da NexGen e recém contratados da AMD criaram o K6,
  • 6. que foi lançado em 1997. O K6 foi lançado para entrar na competição com o Pentium II, e se deu muito bem, pois encaixava em qualquer máquina com suporte ao processador da Intel, e custava muito menos. Quem já mexia com computadores na época do K6 deve se lembrar muito bem da quantidade de PCs que vinha com um processador AMD, ao invés de um Intel. O sucesso do K6 foi tão grande que a AMD ganhou força e começou a ser um concorrente de peso, além de uma ótima alternativa aos caros chips da Intel. O K6 possuía instruções MMX e utilizava o Socket-7, ou seja, o mesmo dos processadores da Intel com os quais concorria. K6-2 Depois do K6, os usuários que gostavam de economizar foram brindados com uma evolução, o K6-2, que obteve aceitação altíssima do mercado e dos consumidores. Ele também foi lançado para competir com o Pentium II, e foi o primeiro processador a vir com instruções SIMD (Single Instruction, Multiple Data), rebatizadas de 3DNow! pela AMD. A nova tecnologia aumentava o desempenho do processador, mas não obteve muito sucesso.
  • 7. Athlon Apesar de ainda manter internamente o K para se referir às gerações de seus processadores, na sétima geração (K7), a AMD começou a dar nomes comercialmente mais atrativos aos seus processadores. Era chegada a era dos nomes chiques, e o Athlon foi o que a inaugurou, em 1999. Em 2001, foi lançado o Athlon XP. O Athlon conseguiu ganhar dos processadores Intel, em desempenho, sendo o primeiro processador da história a ter o clock chegando à casa dos Gigahertz. Athlon XP Em 2001, foi lançado o Athlon XP, para competir com o Pentium III. Ele tinha números de modelos dados a partir da comparação de seu desempenho com o modelo Thunderbird do Athlon Classic. As velocidades de clock variavam dos 1333 a 1533 MHz, com nomes de modelo como 1900+ e 3100+. Apesar de não fazer oficialmente referência ao Windows XP, o nome Athlon XP foi automaticamente associado àquela versão do Windows, já que ambos foram lançados na mesma época. Oficialmente, o XP dos processadores significava “Extreme Performance”. Duron e Sempron No ano 2000, havia-se criado um novo mercado de processadores de baixo custo, alternativos aos mais caros, com desempenho ideal para a informática do dia a dia. O representante da AMD foi o Duron, que era essencialmente um Athlon de menor capacidade. Posteriormente, foi lançado o Sempron em substituição ao Duron, para assumir o mercado de processadores de baixo custo.
  • 8. Inicialmente, o Sempron tinha os mesmos recursos que o Athlon XP, mas evoluiu até chegar ao patamar que se encontra hoje, acompanhando as novas gerações de microarquitetura. Poderia se definir o Sempron como o grande “coringa” dos processadores, devido à grande quantidade de modelos gerada por causa dessa evolução. Em 2005, a AMD lançou o Sempron com tecnologia 64 bits, baseada no Athlon 64. Mais uma vez, o processador compartilhava características, mas tinha outras reduzidas para deixar o chip mais barato e adaptá-lo ao mercado “low-end”. Athlon 64 O Athlon 64 é um dos membros da nova geração (K8) de processadores, que começaram a chegar com a tecnologia 64 bits incorporada. Essa geração também teve uma mudança na forma como o barramento do sistema funciona, recebendo a tecnologia HyperTransport. A tecnologia 64 bits foi desenvolvida inicialmente para o mercado de servidores, mas logo chegou às mãos dos usuários finais, em processadores domésticos — o Athlon 64 é baseado no processador para servidores Opteron.
  • 9. Athlon 64 X2 Pouco tempo depois de lançar o Athlon 64, a AMD criou seu primeiro processador com dois núcleos, que é o Athlon 64 X2. Trata-se de um processador com dois núcleos do Athlon 64 no mesmo chip. Como ficou redundante mencionar a tecnologia 64 bits, já que ela passou a estar presente na maioria dos processadores, a AMD parou de usar o “64” no nome dos processadores, renomeando as novas edições para Athlon X2 somente, para representar a quantidade de núcleos. Phenom
  • 10. A décima geração de processadores da AMD possui uma gama enorme de modelos e características diferentes. Os modelos Phenom, por exemplo, estão disponíveis em versões com 3 ou 4 núcleos. Seu sucessor, o Phenom II, foi lançado em 2008, já com suporte a memória DDR3 e conector AM3. O Phenom II é um dos mais rápidos processadores da AMD, com cache L3 de 6 MB, em contrapartida aos 2 MB do seu antecessor. O Phenom II pode chegar até a frequência nominal de 3.4 GHz, e é o primeiro capaz de suportar condições extremas de overclock, o que deixou muito felizes os entusiastas da área. CPUs anteriores
  • 11. simplesmente paravam de funcionar a temperaturas muito baixas quando se usavam os sistemas de resfriamento instalados pelos praticantes de overclock. O Phenom II superou esse problema e, portanto, suporta níveis elevadíssimos de overclock. Seus modelos possuem 2, 3 ou 4 núcleos.
  • 12. Com a popularização dos notebooks e netbooks, criou-se um mercado totalmente novo para os fabricantes de processadores. Intel e AMD começaram então a criar variações dos seus processadores, adaptados para as condições de energia e capacidade requeridos por essa categoria de máquinas. Exceto pelo Turion, que é feito especificamente para computadores móveis, todas as demais CPUs ganharam versões para notes e netbooks.
  • 13. Depois da fusão da AMD com a ATI, ambas as empresas se beneficiaram da experiência de cada uma para melhorarem seus
  • 14. equipamentos. Está previsto para 2011 o lançamento de uma nova tecnologia de processadores, batizada com o codinome “Fusion” (Fusão). O nome veio da ideia de reunir o processamento de informações em conjunto com o de imagens em um só chip, o processador. Ou seja, a AMD está apostando na fusão de CPU e GPU em um só componente — mas com núcleos dedicados somente a gráficos e outros dedicados às outras informações. Queimando neurônios Tanto se você entende de processadores e tem alguma observação sobre o que leu, como se é daqueles que gosta de “comprar e esquecer”, fique à vontade para utilizar o sistema de comentários para compartilhar conosco as suas impressões sobre a AMD e seus processadores. Você acha que a estratégia de fundir GPU e CPU em um só chip é acertada? Por quê? Dê a sua opinião! Ela pode ajuda a esclarecer para os outros.