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A Relação Simbólica entre
  o Homem e a Água...




              José Antonio Simas – ETE Adolpho Berezin – 2M1
              José
Água e Civilização

• A maioria das grandes civilizações do mundo se desenvolveram em torno da
água. Este elemento constituía um fator-chave não só para o abastecimento de
água doce, mas também para a agricultura, o comércio, o transporte e os
sistemas de defesa. Civilizações como o Império romano, a Civilização egípcia,
o Império veneziano e a Dinastia dos Omeyas basearam sua fundação na
facilidade de acesso à água, oferecendo a suas populações um meio de
sobrevivência e de expansão.
• Atualmente, como no passado, o progresso humano está condicionado pelos
avanços do conhecimento científico no tema da água e suas aplicações através
da Engenharia e da tecnologia para o bem-estar da sociedade.
• A tradição das termas e sua função social eram tão importantes na antiga Roma
que, no final da República (século I a.C.), o abastecimento de água e a construção
de estabelecimentos termais se tornaram um assunto fundamental na vida da
cidade. A construção de banhos públicos de grande tamanho, sob o mandato de
sucessivos imperadores romanos, era uma maneira de impressionar os cidadãos
com o poder e o prestigio de seus governantes.
Água e Civilização II

• Na antiga Roma, as águas residuais eram dispostas mediante um sistema de
esgoto que as vertia na Cloaca Máxima, um antigo arroio que em épocas remotas
(provavelmente durante o século VI a.C.) tinha sido transformado em um canal de
drenagem.
• Se estima que o volume de água distribuída na antiga Roma se situava em torno a
1 milhão de m³ por dia. Transportada ao centro da cidade por aquedutos, a água
alimentava numerosas fontes públicas onde tinham sido construídos reservatórios.
Estas fontes abasteciam de água a cidade inteira para diferentes fins: beber, lavar-
se, apagar incêndios o simplesmente para o lazer dos cidadãos.
• O primeiro aqueduto romano foi construído no ano 312 a.C. sob o mandato do
censor Appius Claudius Caecus (oficial público romano). Três outros aquedutos
foram construídos durante a República para permitir a distribuição de água no
centro da cidade. Um sinal característico do Império romano era a conexão das
cidades a sistemas de abastecimento de água. Alguns vestígios do domínio que
exerciam os romanos através da água ainda podem ser observados hoje em dia: os
aquedutos de Segóvia e Tarragona, na Espanha, de Istambul e de Antioquia, na
Turquia, de Catania, na Sicília e o Ponte del Gard, no sul da França.
• A água era essencial para a sobrevivência da cidade de Roma. Quando os godos
invadiram a Itália no século V, uma das primeiras ações que empreenderam para
derrubar as defesas de Roma foi destruir seu sistema de abastecimento de água.
Esta falta de água impediu que Roma voltasse a recuperar sua glória anterior até o
Renascimento, época em que novos arquitetos conseguiram restabelecer os
sistemas de abastecimento de água, permitindo que a cidade fosse repovoada e
começasse um novo período de expansão.
• Se o Rio Nilo não existisse, um deserto imenso se
                         estenderia desde o Mar Vermelho até o Oceano
                         Atlântico. Este rio explica a alta densidade de população
                         desta região e a diversidade cultural que sempre a
                         caracterizou. As populações que emigravam das terras
                         áridas encontraram refúgio durante séculos às margens
                         do quot;rio divinoquot;. O Nilo proporcionava a água que
                         possibilitava a vida, permitindo a comunicação e a
                         irrigação dos cultivos. Cada ano, suas cheias
                         fertilizavam e regeneravam as terras com seu humus.




• Na época dos Faraós, o Nilo foi
venerado como uma divindade, e
inclusive existia uma encarregada de
medir o nível das cheias com o
objetivo de recolher os impostos
agrícolas correspondentes. Se
considerava que quanto maior era o
nível da cheia, mais produtiva se
tornava a terra.
• No deserto do norte do
Peru, nos vales que se
estendem desde Moche a
Lambayeque, a civilização
Chimú, que floresceu de 750
a 1450 d.C., dependia de um
sistema melhorado de canais
de irrigação.




                               Quando esta zona ao norte do Peru
                              estava em seu auge, era a região mais
                              povoada da costa andina central. Os
                              vales fluviais e os desertos que se
                              estendem entre os vales eram cultivados
                              com a ajuda de redes de irrigação. Os
                              canais eram aquedutos empedrados ou
                              de argila que transportavam a água das
                              montanhas ao deserto.
Vamos conhecer o nosso “meio-ambiente”...


A região onde vivemos e da qual precisamos cuidar!


Gestos aparentemente simples podem gerar ações de
cidadania eficazes...
Rio Mambu
Rio Branco
Rio Tambotica
Rio Aguapeú
Rio Guau
Rio Preto
Rios Itanhaém e Guaú
O CAPÍTULO PERDIDO


NO PRINCÍPIO era a Terra e ela tinha forma e beleza. E o homem habitava
as planícies e vales da Terra. E disse o Homem: Edifiquemos prédios neste
lugar: e construiu cidades e encheu a Terra com aço e concreto. E as
campinas desapareceram. E viu o homem que isso era bom.

NO SEGUNDO DIA, o homem olhou as água da Terra. E disse: Joguemos
nossos refugos nas águas para acabar com o lixo. E assim fez. E as águas
ficaram poluídas e seu odor, fétido. E viu o homem que isso era bom.

NO TERCEIRO DIA, o homem olhou as florestas da Terra e viu que eram
exuberantes. E disse: Serremos madeira para as nossas casas e cortemos
lenha para nosso uso. Assim fez o homem. E as árvores desapareceram e
a Terra se tornou árida. E viu o homem que isso era bom.
NO QUARTO DIA, o homem viu que os animais corriam livremente pelos
campos e brincavam ao Sol. E disse: Enjaulemos os animais para nosso
divertimento e os matemos por esporte. E assim fez o homem. Não
havendo mais animais sobre a face da Terra. E viu o homem que isso era
bom.

NO QUINTO DIA, o homem respirou o ar da terra. E disse: Espalhemos
nossos detritos pelo ar, pois os ventos os dissiparão. E assim fez o
homem. E o ar se impregnou de fumo e gases que não podiam ser
eliminados. A atmosfera se tornou pesada com a fumaça que sufocava e
ardia. E viu o homem que isso era bom.

NO SEXTO DIA, o homem olhou o próprio homem. E, ouvindo as muitas
línguas e vendo as diferenças raciais, temeu e sentiu ódio. E disse:
Façamos grandes máquinas para destruir estes antes que nos destruam.
E construiu enormes máquinas e a Terra foi convulsionada com a fúria
das grandes guerras. E viu o homem que isso era bom.

NO SÉTIMO DIA, havendo o homem terminado toda a sua obra,
descansou. E a Terra estava silenciosa e vazia, pois já o homem não
                           E isto foi bom?
habitava a face da Terra.                                 Extraído da Revista Mocidade

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A relação simbólica entre o homem e a água na formação de civilizações

  • 1. A Relação Simbólica entre o Homem e a Água... José Antonio Simas – ETE Adolpho Berezin – 2M1 José
  • 2. Água e Civilização • A maioria das grandes civilizações do mundo se desenvolveram em torno da água. Este elemento constituía um fator-chave não só para o abastecimento de água doce, mas também para a agricultura, o comércio, o transporte e os sistemas de defesa. Civilizações como o Império romano, a Civilização egípcia, o Império veneziano e a Dinastia dos Omeyas basearam sua fundação na facilidade de acesso à água, oferecendo a suas populações um meio de sobrevivência e de expansão.
  • 3. • Atualmente, como no passado, o progresso humano está condicionado pelos avanços do conhecimento científico no tema da água e suas aplicações através da Engenharia e da tecnologia para o bem-estar da sociedade.
  • 4. • A tradição das termas e sua função social eram tão importantes na antiga Roma que, no final da República (século I a.C.), o abastecimento de água e a construção de estabelecimentos termais se tornaram um assunto fundamental na vida da cidade. A construção de banhos públicos de grande tamanho, sob o mandato de sucessivos imperadores romanos, era uma maneira de impressionar os cidadãos com o poder e o prestigio de seus governantes.
  • 5. Água e Civilização II • Na antiga Roma, as águas residuais eram dispostas mediante um sistema de esgoto que as vertia na Cloaca Máxima, um antigo arroio que em épocas remotas (provavelmente durante o século VI a.C.) tinha sido transformado em um canal de drenagem. • Se estima que o volume de água distribuída na antiga Roma se situava em torno a 1 milhão de m³ por dia. Transportada ao centro da cidade por aquedutos, a água alimentava numerosas fontes públicas onde tinham sido construídos reservatórios. Estas fontes abasteciam de água a cidade inteira para diferentes fins: beber, lavar- se, apagar incêndios o simplesmente para o lazer dos cidadãos.
  • 6. • O primeiro aqueduto romano foi construído no ano 312 a.C. sob o mandato do censor Appius Claudius Caecus (oficial público romano). Três outros aquedutos foram construídos durante a República para permitir a distribuição de água no centro da cidade. Um sinal característico do Império romano era a conexão das cidades a sistemas de abastecimento de água. Alguns vestígios do domínio que exerciam os romanos através da água ainda podem ser observados hoje em dia: os aquedutos de Segóvia e Tarragona, na Espanha, de Istambul e de Antioquia, na Turquia, de Catania, na Sicília e o Ponte del Gard, no sul da França. • A água era essencial para a sobrevivência da cidade de Roma. Quando os godos invadiram a Itália no século V, uma das primeiras ações que empreenderam para derrubar as defesas de Roma foi destruir seu sistema de abastecimento de água. Esta falta de água impediu que Roma voltasse a recuperar sua glória anterior até o Renascimento, época em que novos arquitetos conseguiram restabelecer os sistemas de abastecimento de água, permitindo que a cidade fosse repovoada e começasse um novo período de expansão.
  • 7.
  • 8. • Se o Rio Nilo não existisse, um deserto imenso se estenderia desde o Mar Vermelho até o Oceano Atlântico. Este rio explica a alta densidade de população desta região e a diversidade cultural que sempre a caracterizou. As populações que emigravam das terras áridas encontraram refúgio durante séculos às margens do quot;rio divinoquot;. O Nilo proporcionava a água que possibilitava a vida, permitindo a comunicação e a irrigação dos cultivos. Cada ano, suas cheias fertilizavam e regeneravam as terras com seu humus. • Na época dos Faraós, o Nilo foi venerado como uma divindade, e inclusive existia uma encarregada de medir o nível das cheias com o objetivo de recolher os impostos agrícolas correspondentes. Se considerava que quanto maior era o nível da cheia, mais produtiva se tornava a terra.
  • 9. • No deserto do norte do Peru, nos vales que se estendem desde Moche a Lambayeque, a civilização Chimú, que floresceu de 750 a 1450 d.C., dependia de um sistema melhorado de canais de irrigação. Quando esta zona ao norte do Peru estava em seu auge, era a região mais povoada da costa andina central. Os vales fluviais e os desertos que se estendem entre os vales eram cultivados com a ajuda de redes de irrigação. Os canais eram aquedutos empedrados ou de argila que transportavam a água das montanhas ao deserto.
  • 10. Vamos conhecer o nosso “meio-ambiente”... A região onde vivemos e da qual precisamos cuidar! Gestos aparentemente simples podem gerar ações de cidadania eficazes...
  • 18.
  • 19. O CAPÍTULO PERDIDO NO PRINCÍPIO era a Terra e ela tinha forma e beleza. E o homem habitava as planícies e vales da Terra. E disse o Homem: Edifiquemos prédios neste lugar: e construiu cidades e encheu a Terra com aço e concreto. E as campinas desapareceram. E viu o homem que isso era bom. NO SEGUNDO DIA, o homem olhou as água da Terra. E disse: Joguemos nossos refugos nas águas para acabar com o lixo. E assim fez. E as águas ficaram poluídas e seu odor, fétido. E viu o homem que isso era bom. NO TERCEIRO DIA, o homem olhou as florestas da Terra e viu que eram exuberantes. E disse: Serremos madeira para as nossas casas e cortemos lenha para nosso uso. Assim fez o homem. E as árvores desapareceram e a Terra se tornou árida. E viu o homem que isso era bom.
  • 20. NO QUARTO DIA, o homem viu que os animais corriam livremente pelos campos e brincavam ao Sol. E disse: Enjaulemos os animais para nosso divertimento e os matemos por esporte. E assim fez o homem. Não havendo mais animais sobre a face da Terra. E viu o homem que isso era bom. NO QUINTO DIA, o homem respirou o ar da terra. E disse: Espalhemos nossos detritos pelo ar, pois os ventos os dissiparão. E assim fez o homem. E o ar se impregnou de fumo e gases que não podiam ser eliminados. A atmosfera se tornou pesada com a fumaça que sufocava e ardia. E viu o homem que isso era bom. NO SEXTO DIA, o homem olhou o próprio homem. E, ouvindo as muitas línguas e vendo as diferenças raciais, temeu e sentiu ódio. E disse: Façamos grandes máquinas para destruir estes antes que nos destruam. E construiu enormes máquinas e a Terra foi convulsionada com a fúria das grandes guerras. E viu o homem que isso era bom. NO SÉTIMO DIA, havendo o homem terminado toda a sua obra, descansou. E a Terra estava silenciosa e vazia, pois já o homem não E isto foi bom? habitava a face da Terra. Extraído da Revista Mocidade