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“...Foi no decorrer de muitos, muitos milhares de anos, osso por osso,
músculo por músculo, nervo por nervo, artéria por artéria e mutação nas
longas horas de um paciencioso trabalho, seja pelas mãos divinas, seja pela
mudança de linhagens, que o HOMEM se formou.
Ele não conhecia seu lugar naquele mundo, tinha que encontrá-lo...
Ao contrário do que se pensa, o homem teve que aprender muito. Às vezes
era arrogante e tinha que aprender a humildade, às vezes era covarde e
era preciso aprender a ser valente. Algumas vezes sofria porque não
entendia a alma dos seus semelhantes; mas, para suportar tudo isso e
tornar-se o melhor pela sua própria sabedoria, o homem inventou uma
ferramenta, a linguagem.
Linguagens que se tornaram inseparáveis do homem para ele penetrar na
floresta sombria das coisas do mundo e desvelar para si bosques de
realidade, desvelo da consciência de viver e existir. Linguagens inventoras
dos mundos do brincante homem criador de signos.
Dentre elas uma linguagem se fez especial, a linguagem da arte. Feita para
o homem mergulhar dentro de si mesmo trazendo emoções do próprio
homem. Sabe o homem que as emoções são o sal da vida. Por isso é que
quando um homem quer falar ao coração dos outros homens ele o faz pela
linguagem da ARTE... Quando isso acontece nasce, sente e age o
ARTISTA.
A Língua Universal
Quando o homem começou a criar obras de arte ?

Com o que elas se pareciam ?

O que o induziu a criá-las ?

Todo o estudo sobre a História da Arte deve começar com estas perguntas; nossos
mais primitivos ancestrais começaram a andar na Terra, sobre os dois pés, há
cerca de dois milhões de anos atrás, mas, só por volta de seiscentos mil anos mais
tarde é que encontramos os primeiros indícios do homem como fabricante de
utensílios.

Nos últimos estágios do paleolítico, há cerca de 35000 anos, encontramos as
primeiras obras de arte conhecidas. Elas, no entanto, já revelam uma segurança e
um requinte artesanal muito distante da modesta origem simiesca.

Como se desenvolveu a arte ? A quais objetivos atendia ? Como sobreviveu intacta
por tantos milhares de anos ?

Além da arte das cavernas feita em grandes proporções, os homens deste período
criaram pequenas esculturas do tamanho da mão, utilizando-se de ossos, chifres
de animais ou pedras rudimentarmente cortados.

Acredita-se que toda esta arte tinha caráter relativo a crenças e cultos religiosos,
noções básicas dentro da relação do homem com o sobrenatural.
“... Milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema.
Por quê? Dizer que procuram distração, divertimento, a relaxação, é não
responder à pergunta. Por que relaxa, diverte e distrai o mergulhar nos
problemas e na vida dos outros, o identificar-se com uma pintura ou música,
um romance, uma peça ou um filme? Por que reagimos diante dessas
irrealidades como se elas fossem realidade intensificada? Que estranho e
misterioso divertimento é esse?
E se alguém nos responde que almejamos escapar de uma existência
insatisfatória para uma existência mais rica através de uma experiência sem
riscos, então uma nova pergunta se nos apresenta: Por que, da penumbra de
nosso assento, fixamos nosso olhar admirado em um palco ou tela iluminados,
onde acontece algo que é fictício e que tão completamente absorve nossa
atenção????????
É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo... Não lhe basta ser um
indivíduo separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma
plenitude de vida que lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas
limitações; uma plenitude na direção da qual se orienta quando busca um
mundo mais compreensível e mais justo, um mundo que tenha significação.”
Nesta citação de Ernest Fischer (A necessidade da arte), podemos ver como a
arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. E
por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte
é um patrimônio ao qual todo ser humano tem direito ao acesso e a esse
saber.
Repertório:
Numa simplificação conceitual, repertório ou subcódigo é o arquivo dinâmico
de experiências reais ou simbólicas de uma pessoa ou grupo social. ... Tem
recorrência no conceito de memória, de imaginação e, em última instância, no
de conhecimento. Mas é importante ter sempre presente o aspecto dinâmico
desses conceitos. O repertório, a memória, a imaginação e o conhecimento não
são arquivos mortos ou passivos.
Techné:
Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o
ato da potência, o cosmos do caos. ... O modo exato de perfazer
uma tarefa, antecedente de todas as técnicas dos nossos dias.
Poiesis:
Do grego: a ação de fazer algo; aquilo que desperta o sentido do
belo, que encanta e eleva...
Como disse o próprio Magritte:
...Como fui censurado o por aquele famoso cachimbo! E, entretanto...
Vocês poderiam enchê-lo de fumo? Não, não é mesmo?
Ele é apenas uma representação, e, se eu tivesse escrito “Isto é um
cachimbo”, eu teria mentido...
O ensino da arte se situa muito próximo de uma viagem, uma aventura,
sabemos como começar, e isso basta... A expedição ao mundo da arte,
é desejada e enriquecida pelos investimentos sensíveis de cada
aventureiro, e, é certo que deixará marcas, aprendizados...
Para esta aventura o educador não poderá, porém, perder de vista
algumas intenções:
• Instigar a percepção estética e a imaginação criadora no exercício do
pensamento que se concretiza...
• Despertar o prazer de conhecer, compreender, refletir e aprender
também pela troca com seus parceiros...
• Organizar seqüências de situações de aprendizagem, articuladoras do
apreender dos códigos e elementos das linguagens artísticas, de modo a
potencializar a competência simbólica dos aprendizes...
• Possibilitar o acesso dos aprendizes às obras de arte de diferentes
modalidades e movimentos artísticos que enfocam o mesmo objeto
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produção artística e suas soluções expressivas...
• Em resumo, AGUÇAR A CURIOSIDADE INFANTIL de querer POETIZAR,
FRUIR E CONHECER o mundo e as coisas através das linguagens da ARTE.
O Beijo – 1903 - Rodin

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Monumento às bandeiras – Brecheret
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Tour Eiffel e Tour dÁrgent - Paris
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O Belo torna-se belo pelo belo .                   Sócrates
Só buscamos o útil e o necessário tendo em vista o Belo . Aristóteles
O Belo é o que agrada universalmente, ainda que não se possa
justificar intelectualmente.                             Kant
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  • 1. “...Foi no decorrer de muitos, muitos milhares de anos, osso por osso, músculo por músculo, nervo por nervo, artéria por artéria e mutação nas longas horas de um paciencioso trabalho, seja pelas mãos divinas, seja pela mudança de linhagens, que o HOMEM se formou. Ele não conhecia seu lugar naquele mundo, tinha que encontrá-lo... Ao contrário do que se pensa, o homem teve que aprender muito. Às vezes era arrogante e tinha que aprender a humildade, às vezes era covarde e era preciso aprender a ser valente. Algumas vezes sofria porque não entendia a alma dos seus semelhantes; mas, para suportar tudo isso e tornar-se o melhor pela sua própria sabedoria, o homem inventou uma ferramenta, a linguagem. Linguagens que se tornaram inseparáveis do homem para ele penetrar na floresta sombria das coisas do mundo e desvelar para si bosques de realidade, desvelo da consciência de viver e existir. Linguagens inventoras dos mundos do brincante homem criador de signos. Dentre elas uma linguagem se fez especial, a linguagem da arte. Feita para o homem mergulhar dentro de si mesmo trazendo emoções do próprio homem. Sabe o homem que as emoções são o sal da vida. Por isso é que quando um homem quer falar ao coração dos outros homens ele o faz pela linguagem da ARTE... Quando isso acontece nasce, sente e age o ARTISTA.
  • 3.
  • 4. Quando o homem começou a criar obras de arte ? Com o que elas se pareciam ? O que o induziu a criá-las ? Todo o estudo sobre a História da Arte deve começar com estas perguntas; nossos mais primitivos ancestrais começaram a andar na Terra, sobre os dois pés, há cerca de dois milhões de anos atrás, mas, só por volta de seiscentos mil anos mais tarde é que encontramos os primeiros indícios do homem como fabricante de utensílios. Nos últimos estágios do paleolítico, há cerca de 35000 anos, encontramos as primeiras obras de arte conhecidas. Elas, no entanto, já revelam uma segurança e um requinte artesanal muito distante da modesta origem simiesca. Como se desenvolveu a arte ? A quais objetivos atendia ? Como sobreviveu intacta por tantos milhares de anos ? Além da arte das cavernas feita em grandes proporções, os homens deste período criaram pequenas esculturas do tamanho da mão, utilizando-se de ossos, chifres de animais ou pedras rudimentarmente cortados. Acredita-se que toda esta arte tinha caráter relativo a crenças e cultos religiosos, noções básicas dentro da relação do homem com o sobrenatural.
  • 5. “... Milhões de pessoas lêem livros, ouvem música, vão ao teatro e ao cinema. Por quê? Dizer que procuram distração, divertimento, a relaxação, é não responder à pergunta. Por que relaxa, diverte e distrai o mergulhar nos problemas e na vida dos outros, o identificar-se com uma pintura ou música, um romance, uma peça ou um filme? Por que reagimos diante dessas irrealidades como se elas fossem realidade intensificada? Que estranho e misterioso divertimento é esse? E se alguém nos responde que almejamos escapar de uma existência insatisfatória para uma existência mais rica através de uma experiência sem riscos, então uma nova pergunta se nos apresenta: Por que, da penumbra de nosso assento, fixamos nosso olhar admirado em um palco ou tela iluminados, onde acontece algo que é fictício e que tão completamente absorve nossa atenção???????? É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo... Não lhe basta ser um indivíduo separado; além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma plenitude de vida que lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas limitações; uma plenitude na direção da qual se orienta quando busca um mundo mais compreensível e mais justo, um mundo que tenha significação.” Nesta citação de Ernest Fischer (A necessidade da arte), podemos ver como a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. E por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio ao qual todo ser humano tem direito ao acesso e a esse saber.
  • 6.
  • 7. Repertório: Numa simplificação conceitual, repertório ou subcódigo é o arquivo dinâmico de experiências reais ou simbólicas de uma pessoa ou grupo social. ... Tem recorrência no conceito de memória, de imaginação e, em última instância, no de conhecimento. Mas é importante ter sempre presente o aspecto dinâmico desses conceitos. O repertório, a memória, a imaginação e o conhecimento não são arquivos mortos ou passivos. Techné: Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o ato da potência, o cosmos do caos. ... O modo exato de perfazer uma tarefa, antecedente de todas as técnicas dos nossos dias. Poiesis: Do grego: a ação de fazer algo; aquilo que desperta o sentido do belo, que encanta e eleva... Como disse o próprio Magritte: ...Como fui censurado o por aquele famoso cachimbo! E, entretanto... Vocês poderiam enchê-lo de fumo? Não, não é mesmo? Ele é apenas uma representação, e, se eu tivesse escrito “Isto é um cachimbo”, eu teria mentido...
  • 8. O ensino da arte se situa muito próximo de uma viagem, uma aventura, sabemos como começar, e isso basta... A expedição ao mundo da arte, é desejada e enriquecida pelos investimentos sensíveis de cada aventureiro, e, é certo que deixará marcas, aprendizados... Para esta aventura o educador não poderá, porém, perder de vista algumas intenções: • Instigar a percepção estética e a imaginação criadora no exercício do pensamento que se concretiza... • Despertar o prazer de conhecer, compreender, refletir e aprender também pela troca com seus parceiros... • Organizar seqüências de situações de aprendizagem, articuladoras do apreender dos códigos e elementos das linguagens artísticas, de modo a potencializar a competência simbólica dos aprendizes... • Possibilitar o acesso dos aprendizes às obras de arte de diferentes modalidades e movimentos artísticos que enfocam o mesmo objeto e/ou temática de pesquisa, para que desenvolvam habilidades, hábitos e atitudes de observação, percepção, julgamento e conhecimento da produção artística e suas soluções expressivas... • Em resumo, AGUÇAR A CURIOSIDADE INFANTIL de querer POETIZAR, FRUIR E CONHECER o mundo e as coisas através das linguagens da ARTE.
  • 9. O Beijo – 1903 - Rodin A Imaculada – 1768 – Tista Tiepolo Monumento às bandeiras – Brecheret - 1930
  • 10. Vitral doméstico – 1945 Prato de cristal - 1920
  • 11. Parque Vigeland - Noruega Tour Eiffel e Tour dÁrgent - Paris
  • 13. O Belo torna-se belo pelo belo . Sócrates Só buscamos o útil e o necessário tendo em vista o Belo . Aristóteles O Belo é o que agrada universalmente, ainda que não se possa justificar intelectualmente. Kant O indizível – é aí que começa a arte.... Jean-Louis Ferrier Toda arte é reminiscência da noite e das origens ancestrais, das quais alguns fragmentos vivem ainda no artista. Paul Klee Arte é o que eu e você chamamos arte...... Frederico Morais Em aritmética, um mais um são dois, mas em arte podem ser três. Joseph Albers A criação não se inspira naquilo que é, mas no que pode ser, não no real, mas no possível. Rudolf Steiner Um trabalho bem sucedido, é aquele que enriquece quem o aprecia tanto emocional como intelectualmente. Analice Dutra Pillar Toda obra prima parece perfeitamente moderna. Oscar Wilde A Arte exprime a vida e assume, por isto, a sua complexidade. Sandra L. de Freitas Reis