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Incêndio Florestal
                         CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Incêndio em mata
1.       Partes do incêndio
1.2.     Combustíveis
•        Combustíveis leves ou de queima rápida
•        Combustíveis pesados ou de queima lenta
•        Combustíveis verdes
1.3.     Fatores de propagação de incêndios
•        Condições meteorológicas
•        Topografia do terreno
1.4.     Classificação dos incêndios em mata
1.5.     Métodos de combate
•        Ataque direto
•        Ataque indireto
•        Fogo de encontro
1.6.     Rescaldo
1.7.     Prescrições gerais
1.8.     Equipamento para o combate a fogo em mata
•        Equipamento de proteção individual
•        Equipamento de proteção coletiva
Incêndio em mata
   •A destruição das matas por incêndio, além de causar danos materiais,
prejudica o sistema ecológico e o clima.
   •A quase totalidade dos incêndios em matas ocorre pela ação humana,
que, de forma inadvertida ou mesmo dolosa, provoca a devastação da
natureza. Aliadas à ação do homem, as situações meteorológicas adversas
também contribuem para a ocorrência de incêndios, principalmente no
período de julho a outubro, devido à estiagem e às geadas.
   •A guarnição designada para o combate deve estar equipada com os
materiais específicos, estar tecnicamente treinada e possuir a necessária
capacitação física. O sucesso da operação depende do conhecimento do
comportamento do fogo e das peculiaridades da extinção deste tipo de
incêndio.
1.      Partes do incêndio
 Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas é dividido em partes. São
 elas:
 perímetro: é a borda do fogo. É o comprimento total das margens da área queimando
 ou queimada. O perímetro está sempre mudando, até a extinção do fogo.
 cabeça: é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça caminha
 no sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controlá-la e
 prevenir a formação de uma nova cabeça é, geralmente, a questão-chave para o
 controle do fogo.
 dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal.
 Quando não controlado, dá origem a uma nova cabeça.
costas ou retaguarda: parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça.
Queima com pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives.
flancos: as duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. A partir dos
flancos, formam-se os dedos. Se houver mudança no vento, os flancos podem se
transformar em uma nova cabeça.
focos secundários: provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por
materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente
para não se transformarem em novas cabeças e crescerem em tamanho.
bolsa: área não queimada do perímetro. Normalmente espaço não queimado entre os
dedos.
ilha: pequena área, não queimada, dentro do perímetro.
1.2.     Combustíveis
São divididos em combustíveis leves, pesados e verdes.
Podem ainda ser classificados conforme as suas respectivas localizações.
Combustíveis leves ou de queima rápida
  São os que queimam com maior facilidade, permitindo uma propagação rápida do
fogo. Fornecem calor para que os combustíveis pesados entrem em combustão e para
que os combustíveis verdes sequem e queimem com facilidade.
  São exemplos de combustíveis leves: grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos.
 Combustíveis pesados ou de queima lenta
São os que queimam lentamente em decorrência do seu volume e da umidade que
retêm.
São mais difíceis de entrarem em combustão, porém, quando queimam, ardem por
longo período e sua extinção é mais trabalhosa. Troncos e galhos são exemplos de
combustíveis pesados.
  Combustíveis verdes
É a vegetação em crescimento. Não é de fácil combustão, porém, grande volume de
fogo pode secá-la rápida e favoravelmente para entrada em combustão.
Certos vegetais, como eucalipto, pinheiro e cedro, possuem óleos em sua constituição
que, uma vez queimados, produzem grande volume de fogo.

 1.3.     Fatores de propagação de incêndios

O bombeiro deve estar atento a situações que possam aumentar a intensidade do fogo
e modificar sua direção, fazendo as chamas crescerem subitamente e, até mesmo,
voltarem-se para o local onde ele se encontra, tornando o combate perigoso. Estes
fatores são:
Condições meteorológicas
Todos os aspectos do tempo têm efeito sobre o comportamento do fogo em mata.
Alguns dos fatores que influenciam os incêndios florestais são: vento, temperatura e
umidade.
Vento
Quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do incêndio. Isso porque
o vento traz consigo um suprimento adicional de oxigênio. Pode também levar fagulhas
além da linha do fogo e iniciar, com isto, focos secundários. Ventos mudam a direção
do fogo rápida e inadvertidamente. Essas mudanças colocam em risco tanto a
segurança no trabalho quanto o próprio controle do incêndio.
Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo aquecido sobe. Assim, as correntes de
ar geralmente erguem-se pelos vales e aclives durante o dia. Durante à tarde e à noite,
o solo se refresca e as correntes de ar invertem sua direção, descendo aos vales e
declives. Portanto, é importante verificar a direção do vento nos vales e declives para
que se planeje o ataque ao incêndio.
Outro dos efeitos do vento no comportamento do fogo é que ele seca os combustíveis,
fazendo com que queimem melhor e mais rapidamente.
Temperatura
Os combustíveis pré-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do que os
combustíveis frios. A temperatura do solo também influi na movimentação das
correntes de ar. A temperatura tem influência direta sobre os bombeiros, tornando-os
mais estafados e cansados para o combate.
Umidade
A umidade em forma de vapor d’água está sempre presente no ar. A quantidade de
umidade que está no ar afeta a quantidade que está no combustível. O conteúdo de
umidade dos combustíveis é uma consideração importante no combate a incêndios,
visto que os combustíveis leves são os que têm maior facilidade em umedecer.
Úmidos, esses combustíveis queimam lentamente e não produzem calor suficiente
para incendiar os combustíveis pesados, tornando mais lenta a propagação.
  Topografia do terreno
Os acidentes do terreno desempenham um papel importante na propagação do fogo e,
ao contrário das condições meteorológicas, que variam frequentemente, o terreno é um
fator constante.
Deve-se levar em conta a topografia do terreno no combate a incêndios em matas.
Aclive
fogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, as chamas encontram maior
quantidade de combustível, aliando-se aos gases quentes que produzem a convecção.
Declive
O fogo é lento porque as correntes de convecção vão no sentido oposto aos
combustíveis, não os aquecendo.
Em declives íngremes, troncos incandescentes podem rolar, causando riscos para os
bombeiros, quer pelo impacto com o material, quer pela possibilidade que este tem de
conduzir o fogo para a retaguarda dos bombeiros, colocando-os entre duas frentes.
1.4.     Classificação dos incêndios em mata
O sucesso da operação de extinção depende do
conhecimento da classificação dos incêndios em mata. A
classificação é feita de acordo com a localização dos
combustíveis.
Incêndio subterrâneo
Quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais
como húmus, raízes e turfa. Este tipo de incêndio é
normalmente de combustão lenta e sem chamas, porém,
de difícil extinção.
Incêndio rasteiro
Quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais
como: vegetação rasteira, folhas e troncos caídos,
arbustos, etc.
Este é o tipo de incêndio que ocorre com maior
freqüência, é conhecido também por incêndio de
superfície.
Incêndio aéreo
Quando há queima de combustíveis que estão acima do
solo, tais como galhos, folhas, musgos, etc. Este tipo de
incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento e
baixa umidade relativa do ar, e é conhecido também por
incêndio de copas.
Incêndio total
Quando temos todas as formas de incêndio acima
descritas.
1.5.      Métodos de combate
Para a extinção de incêndios em matas, há dois métodos que podem ser empregados
isoladamente ou em conjunto.
  Ataque direto
Consiste em combater diretamente as chamas no perímetro
do incêndio. Para isso, utilizam-se ferramentas agrícolas,
abafadores e bombas costais.
Dependendo do acesso e fonte de abastecimento, pode-se
utilizar moto-bombas e viaturas de incêndio. O método de
ataque direto deve ser usado quando o fogo não é muito
violento, permitindo que os bombeiros se aproximem da
linha de fogo e, também, quando o incêndio não está se
espalhando rapidamente.
Abafador
Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com
movimentos de sobe e desce, sem ultrapassar a linha do
corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras
de mangueiras.
Bomba costal
Este equipamento possui, normalmente, reservatório de 20
litros de água e esguicho. A água é recalcada quando o
bombeiro aciona manualmente o pistão.
Ferramentas agrícolas
São ferramentas comuns, (tais como pá, enxada, enxadão,
etc.), utilizadas principalmente para colocar terra sobre o
fogo.
Ataque aéreo
Feito por avião com tanques especiais ou
com helicópteros com bolsa de água.

Ataque indireto
Consiste em combater o fogo a alguma
distância do seu perímetro. Este método é
utilizado quando o fogo é de grande
intensidade     ou    está   se    movendo
rapidamente.
Neste método de combate, faz-se o aceiro
ou se utiliza de uma barreira natural, e, a
partir da linha construída ou existente, faz-
se o fogo de encontro.
O aceiro visa extinguir o incêndio pela
retirada do material e deve ser
suficientemente largo para evitar que o
fogo se propague para o outro lado.
Aceiros mais largos que o necessário,
porém, significam desperdício de tempo e
esforços que podem ser vitais em outras
frentes.
O aceiro é composto de duas áreas:
raspada e tombada.
Área raspada
Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta. Para este serviço
são empregadas ferramentas manuais como enxadas, enxadões e ancinhos ou
máquinas como trator de pá ou com rastelo. Deve-se, na medida do possível, evitar o
encontro com vegetação de grande porte. Caso o encontro com esta vegetação não
possa ser evitado, deve-se removê-la com o emprego de foice, machado ou moto-serra.
Toda a vegetação retirada da área raspada, caso não esteja queimada, deve ser
removida em direção à área a preservar, para, mais tarde, evitar uma grande carga de
incêndio pela utilização do fogo de encontro.
Área tombada
Consiste em se derrubar toda a vegetação em direção ao fogo, visando diminuir o
tamanho das chamas, evitando que elas ultrapassem a área raspada. Dificulta também
o transporte de material incandescente pelo vento.
Utilizam-se, nesta operação, foices, machados e moto-serras.

Fogo de encontro
Técnica utilizada após a execução do aceiro. Consiste em atear fogo na área tombada
em direção ao incêndio, visando alargar o aceiro.
Quando se deixa o fogo queimar até o aceiro, há o perigo de o fogo pular a linha,
devendo-se, sempre que possível, usar o fogo de encontro a partir do aceiro. A queima
a partir do aceiro deve ser feita tão logo este esteja construído e após ordem do
Comandante da Operação.
Cuidados a serem tomados:
• Nunca atear fogo em área maior do que seja possível controlar.
• Atear fogo na direção do incêndio e contra o vento.
• Ficar atento aos focos de incêndio que possam surgir dentro da área protegida.
• Nunca deixar o fogo de encontro se espalhar pelas extremidades do aceiro.
• Ter pessoal para controlar o fogo de encontro.
• Onde for possível, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural.
• Se não houver condições seguras e certas de que o fogo de encontro resolverá,
devido ao vento ou outros óbices, não executar este procedimento.


1.6.     Rescaldo

É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio. É uma fase trabalhosa,
porém, é a única maneira capaz de garantir que o incêndio foi extinto e que não tem
mais riscos de reignição.
Procedimentos para o rescaldo:
• Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto.
• Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio.
• Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob controle.
• Ter certeza de que o aceiro está limpo.
• Cortar ou apagar com água troncos que possam soltar faíscas além do aceiro.
• Extinguir focos esparsos.
• Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água ou terra
para dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo).
• Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o
aceiro.
1.7.      Prescrições gerais

• A extinção de incêndio em mata é um serviço perigoso e exaustivo e requer do
bombeiro uma tenacidade acima do normal.
• Toda operação de combate a incêndio deve ter um Posto de Comando onde haja
condições de comunicação, atendimento em primeiros socorros e viaturas para
deslocamentos rápidos, planejamento e controle da operação.
• O incêndio em mata tem um comportamento genérico. Devido à temperatura e à
umidade do ar, ele tem menos intensidade na madrugada e maior intensidade entre às
10:00 e às 18:00 horas. Portanto, seria lógico intensificar o combate durante a
madrugada. Porém, deve-se levar em conta a pouca visibilidade neste horário, o que
afeta diretamente a segurança dos bombeiros. Só uma análise apurada sobre o tipo de
vegetação e terreno pode apontar qual o melhor horário para intensificar os trabalhos.
Uma coisa é certa, o combate a incêndio em matas deve ser feito o mais rápido
possível e ininterruptamente até a sua total extinção.
• O combate deve ser feito em equipes, não devendo nunca o bombeiro trabalhar
isolado. Cada equipe deve possuir rádio capaz de transmitir o andamento do serviço e
receber instruções do Comandante da Operação.
• Ao se optar pelo ataque indireto, deve-se observar a existência de barreiras já
construídas (como estradas), que devem ser usadas como aceiros.
• Ao usar a técnica de fogo de encontro, deve-se calcular o local onde os dois fogos vão
se encontrar. Este local deve ser suficientemente distante da linha de aceiro, para evitar
que a grande quantidade de fuligem produzida seja transportada pelo vento para trás
deste ponto, criando outros focos de incêndio.
• Os bombeiros que vão trabalhar à noite devem chegar ao local do incêndio antes que
escureça para reconhecer o terreno à luz do dia. Chegando ao local, devem,
primeiramente, determinar o caminho para escapar, se for necessário.
• O trabalho de extinção em matas é desgastante. O período em serviço não deve
exceder 12 horas seguidas e o descanso não deve ser menor que 8 horas.
• Os serviços de extinção só devem ser abandonados após rescaldo criterioso, ficando
a área queimada em observação para alerta imediato em caso de reignição.
• As equipes de extinção devem ter apoio do serviço de meteorologia local e de vigias,
que alertarão principalmente sobre as mudanças do vento.
• O chefe de cada equipe deve ter constante e rigoroso controle do pessoal e
equipamento.
• Deve-se prever suficiente quantidade de suprimentos e equipamentos para o período
de combate. Deve-se, também, tomar cuidado quando se trabalha em local de
vegetação muito densa (que atrapalha a movimentação) e quando há grande
quantidade de combustíveis entre o aceiro e o incêndio.
• Em outros países, com tradição no combate a incêndio, existe um ditado indígena que
diz: “O combatente deve ficar sempre com um pé no preto”, ou seja, com rota de
escape pela área já queimada.
1.8.     Equipamento para o combate a fogo em mata

Equipamento de proteção individual
1. Capacete
2. Bandó
   (protetor posterior do pescoço)
3. Óculos de proteção
4. Capa
5. Luvas
6. Botas


Equipamento de proteção coletiva
Rádios
Faca / facão
Material de primeiros socorros no
Posto de Comando
Ambulância com pessoal habilitado
Binóculo
Apito
Cordas (cabos)
Cantis e reservatório d’água
Cada grupo (equipe) normalmente deve ter no mínimo 3 e no máximo 12 elementos,
cabendo ao chefe o controle de seu grupo.
A verificação constante de efetivo e de equipamento deve ser prioritária.
Para algumas operações deve-se destacar um vigia que fica longe, com rádio, apito e
binóculos, para evitar que os combatentes sejam envoltos pelo fogo.
Deve-se garantir sempre a segurança individual e coletiva e identificar todas as
situações para garantir o sucesso no combate ao incêndio florestal.
É importante manter sempre contato com o Posto de Comando e elaborar, em todo
ataque, as rotas de fuga.
Deve-se, também, zelar pelo cuidado, manutenção e bom uso das ferramentas de
combate a incêndios em mata ( principalmente quando fora da época de fogo em
mato, quando devem ser feitas as previsões de necessidade para preparação para o
período crítico).
TEL. DO CORPO
DE BOMBEIROS
  NO BRASIL



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04 incêndio florestal

  • 1. Incêndio Florestal CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Incêndio em mata 1. Partes do incêndio 1.2. Combustíveis • Combustíveis leves ou de queima rápida • Combustíveis pesados ou de queima lenta • Combustíveis verdes 1.3. Fatores de propagação de incêndios • Condições meteorológicas • Topografia do terreno 1.4. Classificação dos incêndios em mata 1.5. Métodos de combate • Ataque direto • Ataque indireto • Fogo de encontro 1.6. Rescaldo 1.7. Prescrições gerais 1.8. Equipamento para o combate a fogo em mata • Equipamento de proteção individual • Equipamento de proteção coletiva
  • 2. Incêndio em mata •A destruição das matas por incêndio, além de causar danos materiais, prejudica o sistema ecológico e o clima. •A quase totalidade dos incêndios em matas ocorre pela ação humana, que, de forma inadvertida ou mesmo dolosa, provoca a devastação da natureza. Aliadas à ação do homem, as situações meteorológicas adversas também contribuem para a ocorrência de incêndios, principalmente no período de julho a outubro, devido à estiagem e às geadas. •A guarnição designada para o combate deve estar equipada com os materiais específicos, estar tecnicamente treinada e possuir a necessária capacitação física. O sucesso da operação depende do conhecimento do comportamento do fogo e das peculiaridades da extinção deste tipo de incêndio. 1. Partes do incêndio Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas é dividido em partes. São elas: perímetro: é a borda do fogo. É o comprimento total das margens da área queimando ou queimada. O perímetro está sempre mudando, até a extinção do fogo. cabeça: é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça caminha no sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controlá-la e prevenir a formação de uma nova cabeça é, geralmente, a questão-chave para o controle do fogo. dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando não controlado, dá origem a uma nova cabeça.
  • 3. costas ou retaguarda: parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça. Queima com pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives. flancos: as duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos, formam-se os dedos. Se houver mudança no vento, os flancos podem se transformar em uma nova cabeça. focos secundários: provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente para não se transformarem em novas cabeças e crescerem em tamanho. bolsa: área não queimada do perímetro. Normalmente espaço não queimado entre os dedos. ilha: pequena área, não queimada, dentro do perímetro.
  • 4. 1.2. Combustíveis São divididos em combustíveis leves, pesados e verdes. Podem ainda ser classificados conforme as suas respectivas localizações.
  • 5. Combustíveis leves ou de queima rápida São os que queimam com maior facilidade, permitindo uma propagação rápida do fogo. Fornecem calor para que os combustíveis pesados entrem em combustão e para que os combustíveis verdes sequem e queimem com facilidade. São exemplos de combustíveis leves: grama seca, folhas mortas, arbustos e gravetos. Combustíveis pesados ou de queima lenta São os que queimam lentamente em decorrência do seu volume e da umidade que retêm. São mais difíceis de entrarem em combustão, porém, quando queimam, ardem por longo período e sua extinção é mais trabalhosa. Troncos e galhos são exemplos de combustíveis pesados. Combustíveis verdes É a vegetação em crescimento. Não é de fácil combustão, porém, grande volume de fogo pode secá-la rápida e favoravelmente para entrada em combustão. Certos vegetais, como eucalipto, pinheiro e cedro, possuem óleos em sua constituição que, uma vez queimados, produzem grande volume de fogo. 1.3. Fatores de propagação de incêndios O bombeiro deve estar atento a situações que possam aumentar a intensidade do fogo e modificar sua direção, fazendo as chamas crescerem subitamente e, até mesmo, voltarem-se para o local onde ele se encontra, tornando o combate perigoso. Estes fatores são:
  • 6. Condições meteorológicas Todos os aspectos do tempo têm efeito sobre o comportamento do fogo em mata. Alguns dos fatores que influenciam os incêndios florestais são: vento, temperatura e umidade. Vento Quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do incêndio. Isso porque o vento traz consigo um suprimento adicional de oxigênio. Pode também levar fagulhas além da linha do fogo e iniciar, com isto, focos secundários. Ventos mudam a direção do fogo rápida e inadvertidamente. Essas mudanças colocam em risco tanto a segurança no trabalho quanto o próprio controle do incêndio. Visto que o sol aquece o solo, o ar junto ao solo aquecido sobe. Assim, as correntes de ar geralmente erguem-se pelos vales e aclives durante o dia. Durante à tarde e à noite, o solo se refresca e as correntes de ar invertem sua direção, descendo aos vales e declives. Portanto, é importante verificar a direção do vento nos vales e declives para que se planeje o ataque ao incêndio. Outro dos efeitos do vento no comportamento do fogo é que ele seca os combustíveis, fazendo com que queimem melhor e mais rapidamente.
  • 7. Temperatura Os combustíveis pré-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do que os combustíveis frios. A temperatura do solo também influi na movimentação das correntes de ar. A temperatura tem influência direta sobre os bombeiros, tornando-os mais estafados e cansados para o combate. Umidade A umidade em forma de vapor d’água está sempre presente no ar. A quantidade de umidade que está no ar afeta a quantidade que está no combustível. O conteúdo de umidade dos combustíveis é uma consideração importante no combate a incêndios, visto que os combustíveis leves são os que têm maior facilidade em umedecer. Úmidos, esses combustíveis queimam lentamente e não produzem calor suficiente para incendiar os combustíveis pesados, tornando mais lenta a propagação. Topografia do terreno Os acidentes do terreno desempenham um papel importante na propagação do fogo e, ao contrário das condições meteorológicas, que variam frequentemente, o terreno é um fator constante. Deve-se levar em conta a topografia do terreno no combate a incêndios em matas. Aclive fogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, as chamas encontram maior quantidade de combustível, aliando-se aos gases quentes que produzem a convecção. Declive O fogo é lento porque as correntes de convecção vão no sentido oposto aos combustíveis, não os aquecendo. Em declives íngremes, troncos incandescentes podem rolar, causando riscos para os bombeiros, quer pelo impacto com o material, quer pela possibilidade que este tem de conduzir o fogo para a retaguarda dos bombeiros, colocando-os entre duas frentes.
  • 8. 1.4. Classificação dos incêndios em mata O sucesso da operação de extinção depende do conhecimento da classificação dos incêndios em mata. A classificação é feita de acordo com a localização dos combustíveis. Incêndio subterrâneo Quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais como húmus, raízes e turfa. Este tipo de incêndio é normalmente de combustão lenta e sem chamas, porém, de difícil extinção. Incêndio rasteiro Quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais como: vegetação rasteira, folhas e troncos caídos, arbustos, etc. Este é o tipo de incêndio que ocorre com maior freqüência, é conhecido também por incêndio de superfície. Incêndio aéreo Quando há queima de combustíveis que estão acima do solo, tais como galhos, folhas, musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento e baixa umidade relativa do ar, e é conhecido também por incêndio de copas. Incêndio total Quando temos todas as formas de incêndio acima descritas.
  • 9.
  • 10. 1.5. Métodos de combate Para a extinção de incêndios em matas, há dois métodos que podem ser empregados isoladamente ou em conjunto. Ataque direto Consiste em combater diretamente as chamas no perímetro do incêndio. Para isso, utilizam-se ferramentas agrícolas, abafadores e bombas costais. Dependendo do acesso e fonte de abastecimento, pode-se utilizar moto-bombas e viaturas de incêndio. O método de ataque direto deve ser usado quando o fogo não é muito violento, permitindo que os bombeiros se aproximem da linha de fogo e, também, quando o incêndio não está se espalhando rapidamente. Abafador Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com movimentos de sobe e desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras de mangueiras. Bomba costal Este equipamento possui, normalmente, reservatório de 20 litros de água e esguicho. A água é recalcada quando o bombeiro aciona manualmente o pistão. Ferramentas agrícolas São ferramentas comuns, (tais como pá, enxada, enxadão, etc.), utilizadas principalmente para colocar terra sobre o fogo.
  • 11. Ataque aéreo Feito por avião com tanques especiais ou com helicópteros com bolsa de água. Ataque indireto Consiste em combater o fogo a alguma distância do seu perímetro. Este método é utilizado quando o fogo é de grande intensidade ou está se movendo rapidamente. Neste método de combate, faz-se o aceiro ou se utiliza de uma barreira natural, e, a partir da linha construída ou existente, faz- se o fogo de encontro. O aceiro visa extinguir o incêndio pela retirada do material e deve ser suficientemente largo para evitar que o fogo se propague para o outro lado. Aceiros mais largos que o necessário, porém, significam desperdício de tempo e esforços que podem ser vitais em outras frentes. O aceiro é composto de duas áreas: raspada e tombada.
  • 12. Área raspada Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta. Para este serviço são empregadas ferramentas manuais como enxadas, enxadões e ancinhos ou máquinas como trator de pá ou com rastelo. Deve-se, na medida do possível, evitar o encontro com vegetação de grande porte. Caso o encontro com esta vegetação não possa ser evitado, deve-se removê-la com o emprego de foice, machado ou moto-serra. Toda a vegetação retirada da área raspada, caso não esteja queimada, deve ser removida em direção à área a preservar, para, mais tarde, evitar uma grande carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro. Área tombada Consiste em se derrubar toda a vegetação em direção ao fogo, visando diminuir o tamanho das chamas, evitando que elas ultrapassem a área raspada. Dificulta também o transporte de material incandescente pelo vento. Utilizam-se, nesta operação, foices, machados e moto-serras. Fogo de encontro Técnica utilizada após a execução do aceiro. Consiste em atear fogo na área tombada em direção ao incêndio, visando alargar o aceiro. Quando se deixa o fogo queimar até o aceiro, há o perigo de o fogo pular a linha, devendo-se, sempre que possível, usar o fogo de encontro a partir do aceiro. A queima a partir do aceiro deve ser feita tão logo este esteja construído e após ordem do Comandante da Operação. Cuidados a serem tomados: • Nunca atear fogo em área maior do que seja possível controlar. • Atear fogo na direção do incêndio e contra o vento.
  • 13. • Ficar atento aos focos de incêndio que possam surgir dentro da área protegida. • Nunca deixar o fogo de encontro se espalhar pelas extremidades do aceiro. • Ter pessoal para controlar o fogo de encontro. • Onde for possível, usar o fogo de encontro a partir de uma barreira natural. • Se não houver condições seguras e certas de que o fogo de encontro resolverá, devido ao vento ou outros óbices, não executar este procedimento. 1.6. Rescaldo É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio. É uma fase trabalhosa, porém, é a única maneira capaz de garantir que o incêndio foi extinto e que não tem mais riscos de reignição. Procedimentos para o rescaldo: • Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto. • Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio. • Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob controle. • Ter certeza de que o aceiro está limpo. • Cortar ou apagar com água troncos que possam soltar faíscas além do aceiro. • Extinguir focos esparsos. • Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água ou terra para dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo). • Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o aceiro.
  • 14. 1.7. Prescrições gerais • A extinção de incêndio em mata é um serviço perigoso e exaustivo e requer do bombeiro uma tenacidade acima do normal. • Toda operação de combate a incêndio deve ter um Posto de Comando onde haja condições de comunicação, atendimento em primeiros socorros e viaturas para deslocamentos rápidos, planejamento e controle da operação. • O incêndio em mata tem um comportamento genérico. Devido à temperatura e à umidade do ar, ele tem menos intensidade na madrugada e maior intensidade entre às 10:00 e às 18:00 horas. Portanto, seria lógico intensificar o combate durante a madrugada. Porém, deve-se levar em conta a pouca visibilidade neste horário, o que afeta diretamente a segurança dos bombeiros. Só uma análise apurada sobre o tipo de vegetação e terreno pode apontar qual o melhor horário para intensificar os trabalhos. Uma coisa é certa, o combate a incêndio em matas deve ser feito o mais rápido possível e ininterruptamente até a sua total extinção. • O combate deve ser feito em equipes, não devendo nunca o bombeiro trabalhar isolado. Cada equipe deve possuir rádio capaz de transmitir o andamento do serviço e receber instruções do Comandante da Operação. • Ao se optar pelo ataque indireto, deve-se observar a existência de barreiras já construídas (como estradas), que devem ser usadas como aceiros. • Ao usar a técnica de fogo de encontro, deve-se calcular o local onde os dois fogos vão se encontrar. Este local deve ser suficientemente distante da linha de aceiro, para evitar que a grande quantidade de fuligem produzida seja transportada pelo vento para trás deste ponto, criando outros focos de incêndio.
  • 15. • Os bombeiros que vão trabalhar à noite devem chegar ao local do incêndio antes que escureça para reconhecer o terreno à luz do dia. Chegando ao local, devem, primeiramente, determinar o caminho para escapar, se for necessário. • O trabalho de extinção em matas é desgastante. O período em serviço não deve exceder 12 horas seguidas e o descanso não deve ser menor que 8 horas. • Os serviços de extinção só devem ser abandonados após rescaldo criterioso, ficando a área queimada em observação para alerta imediato em caso de reignição. • As equipes de extinção devem ter apoio do serviço de meteorologia local e de vigias, que alertarão principalmente sobre as mudanças do vento. • O chefe de cada equipe deve ter constante e rigoroso controle do pessoal e equipamento. • Deve-se prever suficiente quantidade de suprimentos e equipamentos para o período de combate. Deve-se, também, tomar cuidado quando se trabalha em local de vegetação muito densa (que atrapalha a movimentação) e quando há grande quantidade de combustíveis entre o aceiro e o incêndio. • Em outros países, com tradição no combate a incêndio, existe um ditado indígena que diz: “O combatente deve ficar sempre com um pé no preto”, ou seja, com rota de escape pela área já queimada.
  • 16. 1.8. Equipamento para o combate a fogo em mata Equipamento de proteção individual 1. Capacete 2. Bandó (protetor posterior do pescoço) 3. Óculos de proteção 4. Capa 5. Luvas 6. Botas Equipamento de proteção coletiva Rádios Faca / facão Material de primeiros socorros no Posto de Comando Ambulância com pessoal habilitado Binóculo Apito Cordas (cabos) Cantis e reservatório d’água
  • 17.
  • 18. Cada grupo (equipe) normalmente deve ter no mínimo 3 e no máximo 12 elementos, cabendo ao chefe o controle de seu grupo. A verificação constante de efetivo e de equipamento deve ser prioritária. Para algumas operações deve-se destacar um vigia que fica longe, com rádio, apito e binóculos, para evitar que os combatentes sejam envoltos pelo fogo. Deve-se garantir sempre a segurança individual e coletiva e identificar todas as situações para garantir o sucesso no combate ao incêndio florestal. É importante manter sempre contato com o Posto de Comando e elaborar, em todo ataque, as rotas de fuga. Deve-se, também, zelar pelo cuidado, manutenção e bom uso das ferramentas de combate a incêndios em mata ( principalmente quando fora da época de fogo em mato, quando devem ser feitas as previsões de necessidade para preparação para o período crítico).
  • 19. TEL. DO CORPO DE BOMBEIROS NO BRASIL 193