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(Augusto de Campos)
PARKER
TEXACO

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casas pernambucanas
Agosto 1964
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São Paulo, 1956:
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• Augusto de Campos
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                                     bem mal queres
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                                         se bem
                                             queres
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 Edgard Braga (1963)
                                   mal me queres
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          r e f o r m a
       d i s f o r m a
     t r a n s f o r m a
        c o n f o r m a
          i n f o r m a
           f o r m a


 José Lino Grünewald (1959)
tensão (1956) . Augusto de Campos
pós-tudo (1984) . Augusto de Campos
Olho por
olho;
Augusto
de
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Dissidências
• 1. Neoconcretismo e o Não Objeto –
  Ferreira Gullar
• Recusa de poema como objeto útil
• O leitor participa construtivamente do
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• Expansão do conceito de poema –
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• Obra: O poema enterrado
Poemas Neoconcretos II



verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde erva


Ferreira Gullar
29º Bienal de SP
• 2. Poesia Práxis – Vanguarda Nova
• Possui caráter “participante”, “social”;
  denuncia a desumanidade da vida
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• Une formalismo e participação –
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• Publicação Lavra-lavra, 1962

• Mario Chamie
Rural
             Medir é a medida
                  medo
    a terra, medo do homem, a lavra;
                   lavra
duro campo, muito cerco, varia várzea.
             Medir é a medida
                  mede
   o sítio, dote do homem, o sêmen;
                  some
 capim seco, muito buço. tosca sebe.
             Medir é a medida
                  mede
  a área, fundo do homem, a sombra;
                  soma
  torto galho, muito valo, frágil cana.
             Medir é a medida
                  mede
  a furna, rumo do homem, o sonho;
                  sonha
   fofo brejo, muito lodo, fértil mofo.
             Medir é a medida
                  mede
   a choça, cave do homem, a cova;
                   cava
                                          Mário Chamie
 rasa poça, muito barro, planta morta.
Mário Chamie




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3. Poema-Processo
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Concretismo brasileiro: vanguardas e dissidências

  • 3. PARKER TEXACO ESSO FORD ADAMS FABER MELHORAL SONRISAL RINSO LEVER GESSY RCE GE MOBILOIL KOLYNOS ELECTRIC COLGATE MOTORS GENERAL casas pernambucanas
  • 4. Agosto 1964 Entre lojas de flores e de sapatos, bares, mercados, butiques, viajo num ônibus Estrada de Ferro - Leblon. Viajo do trabalho, a noite em meio, fatigado de mentiras. O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud, relógios de lilazes, concretismo, neoconcretismo, ficções da juventude, adeus, que a vida eu a compro à vista aos donos do mundo. Ao peso dos impostos, o verso sufoca, a poesia agora responde a inquérito policial-militar. Digo adeus à ilusão Mas não ao mundo. Mas não à vida, meu reduto e meu reino. Do salário injusto, da punição injusta, da humilhação, da tortura, do terror, retiramos algo e com ele construímos um artefato Um poema Uma bandeira (Ferreira Gullar)
  • 6. Início São Paulo, 1956: • Décio Pignatari • Augusto de Campos • Haroldo de Campos • Revista Noigandres (1953) – Grupo Noigrandes • Atende ao propósito da sociedade capitalista industrial – Comunicação rápida, imagética.
  • 7. Augusto de Campos Décio Pignatari Haroldo de Campos
  • 8. Características • Fim do verso como unidade rítmica formal da poesia • Espaço gráfico: visual, sonoro e verbal • Sem preocupação social • Experimentalismo, formalismo • O poema transforma-se em objeto visual, valendo-se do espaço gráfico como agente estrutural • Paronomásias, aliterações, neologismos • Livre associações fônicas e semânticas, poema lido em várias direções
  • 9. Décio Pignatari: Beba coca-cola , 1957
  • 11. Décio Pignatari: Um movimento, 1956
  • 13. mal me quer se mal me queres mal se mal me queres bem mal queres bem mal se bem queres bem bem me queres se bem mal queres se bem bem mal queres mal me queres mal me quer bem bem queres mal me quer  Edgard Braga (1963) mal me queres bem me se
  • 14. f o r m a r e f o r m a d i s f o r m a t r a n s f o r m a c o n f o r m a i n f o r m a f o r m a  José Lino Grünewald (1959)
  • 15. tensão (1956) . Augusto de Campos
  • 16. pós-tudo (1984) . Augusto de Campos
  • 18. Dissidências • 1. Neoconcretismo e o Não Objeto – Ferreira Gullar • Recusa de poema como objeto útil • O leitor participa construtivamente do poema • Expansão do conceito de poema – instalações artísticas • Obra: O poema enterrado
  • 19. Poemas Neoconcretos II verde verde verde verde verde verde verde verde verde verde verde verde erva Ferreira Gullar
  • 20.
  • 21.
  • 23.
  • 24. • 2. Poesia Práxis – Vanguarda Nova • Possui caráter “participante”, “social”; denuncia a desumanidade da vida moderna, • Une formalismo e participação – formalismo programático • Publicação Lavra-lavra, 1962 • Mario Chamie
  • 25. Rural Medir é a medida medo a terra, medo do homem, a lavra; lavra duro campo, muito cerco, varia várzea. Medir é a medida mede o sítio, dote do homem, o sêmen; some capim seco, muito buço. tosca sebe. Medir é a medida mede a área, fundo do homem, a sombra; soma torto galho, muito valo, frágil cana. Medir é a medida mede a furna, rumo do homem, o sonho; sonha fofo brejo, muito lodo, fértil mofo. Medir é a medida mede a choça, cave do homem, a cova; cava Mário Chamie rasa poça, muito barro, planta morta.
  • 26. Mário Chamie Ferreira Gullar
  • 27. 3. Poema-Processo • Wlademir Dias Pino • Recusa radical à discursividade • Poesia sem palavras
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Crie um poema concretista