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EEB DR. THEODURETO CARLOS DE FARIA SOUTO 
HAITI 
Aluno: Cleiton Willirich Schefer. 
Série: 3ª4. 
Disciplina: Geografia. 
Professor: Flavio Dalabrida. 
Dionísio Cerqueira/SC, 01 de Setembro de 2014.
2 
SUMÁRIO 
Introdução........................................................................................................................03 
Localização e história......................................................................................................04 
Conflitos antigos e contemporâneos................................................................................06 
Terremoto e doenças devastadoras..................................................................................07 
Conclusão........................................................................................................................10 
Referências......................................................................................................................07
3 
INTRODUÇÃO 
Esse trabalho tem como objetivo falar sobre o Haiti, país localizado na América 
Central. O Haiti é conhecido como um dos países mais pobres do mundo, mas, o que 
poucos conhecem é sua história de lutas e vitórias. Conhecer um pouco mais deste país 
é conhecer um povo que continua sua busca por liberdade e soberania e não abaixa a 
cabeça diante do imperialismo.
O Haiti localiza-se na América Central e sua capital é Porto Príncipe. Tem como 
moeda local o Gourd. De maioria católica, a população tem presente em suas raízes à 
etnia africana, com forte influência da prática do vodu. Sua história é a história de lutas 
de seu povo contra a opressão, pela soberania e pela liberdade. 
Os haitianos constituem o povo negro que conseguiu realizar a primeira e única 
revolução de escravos vitoriosa da história do mundo. Eles derrotaram os exércitos das 
principais potências coloniais da época, como Inglaterra, Espanha e França. 
Ainda no século 16, a ilha chegou a ser a principal colônia mundial em produção 
de açúcar, mercadoria mais cobiçada da época. A renda alimentava a burguesia 
mercantil francesa. Para isso, 500 mil africanos foram escravizados sob métodos brutais. 
Depois de chegar à ilha, a expectativa de vida era de três anos em média. 
Os haitianos foram os primeiros escravos a conquistar a libertação e a 
independência de seu país no século 18 e, desde o século 20, enfrentam ditaduras e 
intervenções imperialistas com resistência exemplar. Há cinco anos eles vêm travando 
uma batalha contra a ocupação de seu país pelas tropas da Minustah (Missão das Nações 
Unidas para a Estabilização no Haiti). Sob o discurso de que estão lá como “Força de 
Paz”, as tropas internacionais da ONU (Organizações das Nações Unidas), comandadas 
pelo governo Lula, são um braço do domínio imperialista na América Latina. 
O discurso oficial é da necessidade da presença militar no Haiti, sem a qual o 
país se tornaria um caos. Entretanto, nesses cinco anos de ocupação a situação haitiana 
piorou. O salário mínimo diário é o mais baixo da América Latina. Está por volta de 1,7 
dólares, provocando uma miséria impressionante. Além disso, as tropas impõem 
violenta repressão às lutas, sejam por aumento salarial, contra a fome ou por 
congelamento dos preços dos alimentos. 
Com o argumento de que estão no país para garantir a paz, as tropas mantém sob 
opressão o povo haitiano, ajudando a impor a exploração de grandes empresas têxteis 
multinacionais naquele país. 
Desde 2005 delegações brasileiras visitam o Haiti para conhecer aquela 
realidade e delegações haitianas vêm ao Brasil para divulgar em nosso país as 
atrocidades cometidas pelas tropas e o seu real objetivo com a ocupação. 
Segundo Jofre Teófilo Vieira e Victor Fialho de Assunção, quando se busca 
analisar a história do Haiti, dois períodos se sobressaem: o primeiro está compreendido 
entre o final do século XVIII e o início do XIX, que é a Revolução do Haiti e o segundo 
no início do século XX em diante, iniciada com a invasão americana da Ilha. Estes dois 
períodos estão bem estudados e pode-se encontrar um bom número de trabalhos. Mas, 
4
ao passarmos para o século XIX, um período em que a escravidão no Novo Mundo 
perde sua força e no qual as grandes potências irão intensificar a colonização da África. 
No Haiti, a partir do momento pós-independência sua história foi deixada a 
“margem”, colocada somente como um apêndice das ações das grandes potências que 
invadem o país, o que nos permitiu visualizar uma grande lacuna na historiografia sobre 
o Haiti neste período. Um período muito importante na sua história, pois a partir deste 
momento, como país independente e a necessidade de se criar um projeto nacional, no 
qual ocorreram inúmeras disputas internas entre mulatos e negros, que acarretarão no 
futuro, frequentes golpes de estados, corrupção, fome, miséria, massacres e intervenções 
militares estrangeiras. Que assim, marcarão toda a sua história até os dias atuais. 
Primeira e única grande vitória de escravos, da qual os haitianos se orgulham a 
ponto de imobilizá-la no tempo, como para perpetuar esse momento único, invejado 
pelos outros povos do caribe – hoje, no entanto, mais desenvolvidos. A Revolução do 
Haiti se transformou no maior movimento negro contra a dominação colonial, na 
América, pode-se colocá-la também em escala mundial. Pois, ao conseguir a libertação 
nacional, este movimento colocou em xeque inúmeras teorias existentes no período 
como, por exemplo, que os negros não poderiam autogovernar-se. 
Logo após sua independência o Haiti saiu do mercado mundial do açúcar, 
voltando-se para uma agricultura de subsistência. A economia baseada na produção de 
açúcar para o mercado externo transformara a antiga colônia numa das mais ricas da 
América, recebendo o nome de “Pérola das Antilhas”. Com a sua saída do mercado 
internacional suas possibilidades de progredir economicamente ficaram muito 
reduzidas. Saindo do cenário das relações econômicas mundiais, o Haiti procurou 
preservar sua autonomia impondo sérias restrições a grupos estrangeiros que estavam 
interessados em investimentos no país. 
O Haiti acabou permitindo a França ter uma predominância na área comercial 
controlando as produções de café e o pau-campeche e consequentemente na financeira 
já que o Banco Nacional e o Banco Central no Haiti eram franceses. Assim esta 
predominância francesa atingiu todos os setores, apesar da tentativa de isolamento, 
política que fracassou em 1825, e que viu o país novamente sob o domínio francês. 
Domínio este que seria ameaçado no final do século XIX, pois assim que se 
tornou independente, o Haiti foi o objeto de rivalidade entre as seguintes potências: 
França. Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Esta hegemonia durou até o ano de 
1860 de forma ininterrupta, pois a Alemanha de Guilherme II também estava no jogo, 
sendo uma compradora do café haitiano, e os EUA aparecem em cena de forma mais 
preponderante no início do século XX. 
5
Os EUA que desde o final do século XIX mantinha relações comerciais com o 
Haiti, veio ter uma hegemonia preponderante neste país no início do século XX com a 
implantação econômica e financeira. Agindo diretamente no plano econômico e 
financeiro, principalmente ao adquirir o controle do Banco Nacional do Haiti os 
americanos puderam controlar todo o aparelho estatal, assim do controle dessa 
instituição financeira, começou a americanização de todo o aparelho estatal. Depois 
passaram ao controle das alfândegas e ao controle político do Estado. 
Imbuídos por uma política de autoproteção frente ao conflito da I Guerra 
Mundial os EUA ocupam a Ilha como ponto estratégico nas Antilhas e lá permanecem 
por quinze longos anos, abrindo cada vez mais feridas profundas na sociedade haitiana. 
O Haiti já participou de vários conflitos: 
• 1492 - Cristóvão Colombo chega à ilha e hasteia a bandeira da Espanha na parte 
ocidental, chamando-a de Hispaniola, conhecida hoje como o Haiti. 
• 1697- Em meados desse ano, o tráfico de negros começou a se tornar rentável. Vindos 
da África, cuidavam da terra e movimentavam a economia do País, por meio do plantio 
de açúcar, cacau e café. 
• 1789 - A revolução dos escravos acompanhou passo a passo os momentos da 
Revolução Francesa. Naquele ano as massas francesas tomaram a Bastilha, abalando 
profundamente a monarquia, e a crise se instalou entre as classes dominantes de Santo 
Domingo. 
• 1791 - Em maioria na ilha e cansados de serem humilhados e explorados, os negros se 
uniram para fazer uma das maiores revoltas de escravos ocorridas no mundo. Na 
França, no período de 1792 e 1794, a revolução atingia seu auge, com a tomada do 
poder pelos jacobinos (ala esquerda da burguesia, dirigida por Robes Pierre), que, 
dentre outras coisas, decretaram o fim da escravidão. Esse fato estimulou ainda mais os 
haitianos que, dirigidos pelo articulador do exército negro, Toussaint Louverture, 
impuseram seguidas derrotas às tropas coloniais. Os espanhóis forneceram armas contra 
a dominação francesa. 
• 1794 - Conquistam a abolição da escravatura e Louverture assume a bandeira francesa, 
se tornando o primeiro comandante negro das Forças Armadas, em Santo Domingo 
(hoje capital da República Dominicana) que, contudo, continuava sendo uma colônia 
francesa. Nos sete anos seguintes, continua expulsando espanhóis e ingleses da ilha. 
• 1801 - Louverture se transforma de fato, no único governo local, decretando uma nova 
constituição, em 1801. Mesmo sem estabelecer a independência, não mantinha nenhum 
poder real francês acima dele. Nos anos seguintes, a França comandada por Napoleão 
Bonaparte, que pretende decretar a volta da escravidão e a retomada da ilha, impõe 
derrotas iniciais ao líder negro, mas este reorganiza seu exército e, em batalhas 
memoráveis, leva os franceses a pesadas perdas. Ao querer mostrar “boas intenções” a 
Napoleão, Louverture, acabou sendo preso e levado à França, onde morreu de frio nas 
masmorras de uma prisão nos Alpes. 
6
• 1804 - Uma nova rebelião negra pelos generais Jacques Dessalines e Alexandre Pétion 
expulsou os franceses e proclamou a independência. Surgiu 
então o Haiti. Era a primeira revolução negra da história, a primeira revolução 
anticolonial na América Latina. 
• 1806 - Jacques Dessalines proclamou-se imperador, porém foi assassinado e a parte 
oriental da ilha (hoje, República Dominicana) foi retomada pela Espanha. 
• 1825 - Para romper o bloqueio econômico, o Haiti concordou em pagar 
150 milhões de francos a França pelas “perdas” decorrentes da independência. Essa 
dívida externa acabou trazendo uma dependência econômica. 
• 1844 - A ilha é definitivamente dividida. A Republica Dominicana separa-se 
do Haiti. 
• 1915 - Os EUA invadiram a ilha e ocuparam o país por cerca de vinte anos. 
Como demonstração de seus “modernos” métodos, o novo imperialismo assassinou, 
após um acordo de paz, Charlemagne Peralte, o principal líder da 
resistência à invasão. E ainda roubou todo o ouro do Banco Central. Na segunda metade 
do Século 19 ao começo do Século 20, pelo menos 20 governantes assumiram o poder, 
porém a maioria foi deposta ou assassinada. 
Com tantos anos de “existência”, como visto o país já sofreu por muitas coisas, 
mas se há uma algo que chocou não apenas o Haiti, mas também todo o resto do planeta 
Terra foi o terremoto que ocorreu 2010; Uma reportagem do jornal Estadão diz que 
como se não bastasse a triste realidade do país mais pobre das Américas, da nação mais 
miserável de todo o hemisfério ocidental, a cólera, a história de escravidão e 
ditaduras, como se não bastasse tudo isso, o Haiti foi nocauteado por um devastador 
terremoto em janeiro de 2010. 
O tremor, de 7 pontos na escala que nunca passou de 9, foi causado por 
uma falha até então desconhecida pelos cientistas. Matou mais de 200 mil pessoas e 
deixou 1,5 milhão de desabrigados. Dois anos depois, a conclusão mais óbvia é a de que 
nada ou pouca coisa mudou na vida dos haitianos. Pior: o país, além de 
precisar enfrentar a tragédia e as consequências da destruição, e o crescimento da 
cólera, está à mercê de outros terremotos, para os quais não está e não estará preparado. 
Entre os feridos e mortos, estão alguns brasileiros, o Brasil é responsável pelo 
processo de pacificação no Haiti, comanda mais de 7 mil soldados da força de paz da 
Organização das Nações Unidas (ONU), e tem 1.266 militares no país. Uma semana 
após o terremoto, foram confirmadas 21 mortes de brasileiros, sendo 18 militares e três 
civis. Entre eles está à médica Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da 
Pastoral da Criança, médica pediatra e sanitarista, Zilda tinha 73 anos. 
Esse terremoto agravou os problemas sociais do Haiti, várias pessoas estão 
utilizando as ruas como moradia com receio de outro tremor e a consequente derrubada 
7
das casas. Fato que realmente aconteceu no dia 20 de janeiro. Esse novo terremoto 
ocorreu no sudeste do país, a pouco menos de 60 quilômetros de Porto Príncipe, e 
derrubou algumas construções que estavam com as estruturas abaladas em consequência 
do terremoto. 
A água potável, alimentação e remédios não são suficientes para suprir as 
necessidades da população. Com esse cenário, uma onda de saques ocorreu no país, 
além de confrontos pela aquisição de alimentos. A ONU anunciou que foram destinados 
1,2 bilhão na ajuda ao Haiti. 
No início do século XIX, o Haiti era a colônia mais produtiva das Américas e a 
primeira a conquistar a Independência nacional, em 1804. Além de produzir café, anil, 
cacau, algodão e outros gêneros, o Haiti produzia, sobretudo o açúcar, em condições 
mais competitivas do que as outras colônias da época. Nessa produção, empenhava-se 
meio milhão de escravos, a maioria africanos. 
Como explicar então que não tenha tido uma trajetória progressista, mas, ao 
contrário, se tornasse o país mais pobre do continente, talvez um dos mais pobres do 
mundo? Talvez pelo falo de O Haiti ter sido a primeira república negra do mundo a 
declarar sua independência. Ele é o país mais pobre do hemisfério ocidental, com 80% 
de sua população vivendo na pobreza, com menos de US$ 2 por dia. Dois terços dos 
haitianos dependem do setor agrícola e são vulneráveis aos danos ocasionados por 
desastres naturais, agravados pelo desmatamento. 
O setor de produção de roupas representa dois terços das exportações do Haiti 
para os Estados Unidos. Além disso, o Haiti sofre com uma grande inflação, possui uma 
infraestrutura limitada e um severo déficit comercial. O governo haitiano depende de 
ajuda internacional para seu sustento fiscal 
No ano de 2005, o Haiti pagou suas dívidas com o Banco Mundial, reforçando 
assim a possibilidade de investimentos com a organização. Acredita-se que o Haiti 
receba a liberação de sua dívida através da iniciativa para Países Pobres Altamente 
Endividados (HIPC, na sigla em inglês). 
Além disso, o governo enfrenta problemas com o tráfico de drogas. No Haiti, o 
narcotráfico corrompeu o sistema judicial e as forças policiais. A miséria corrói o Haiti 
de ponta a ponta. Se essa é uma cena comum na cidade que, teoricamente, deveria ser o 
centro financeiro do país, como é a situação nas outras localidades mais distantes? Os 
dois milhões de habitantes de Porto Príncipe vivem cercados por lixo. O órgão que 
8
deveria removê-lo faliu faz tempo. Água potável é artigo de luxo para os haitianos. 
E fora os desastres naturais e da miséria o Haiti também sofre com a cólera, que 
é uma doença gerada por uma forte desidratação gerada pela diarréia. O infectado sente 
náuseas, fortes dores abdominais, hipotensão e taquicardia. Essa doença letal começou 
no interior do país, mas logo chegou a capital. 
A instabilidade política, os desastres naturais e as epidemias fizeram com que 
muitos haitianos saíssem do país em busca de melhores condições de vida. Muitos deles 
vieram tentar a sorte ilegalmente em São Paulo, pagando caro a pessoas que auxiliam 
imigrantes ilegais nas fronteiras. 
Em diversos lugares do Haiti há as chamadas Forças da Paz, que são compostas 
por militares que tentam pacificar a região. Essas tropas estão presentes no país desde 
2004, com objetivo combater guerrilheiros rebeldes, promover eleições e impulsionar o 
desenvolvimento do país. Dentre os soldados que buscam estabilizar a região 2.500 são 
brasileiros. 
9
10 
CONCLUSÃO 
O Haiti é um país que já foi um grande produtor de açúcar, que já passou por 
diversos conflitos e sofre até hoje com a miséria, foi alvo de um forte terremoto que 
“acabou” com o país que com ajuda de outros países e forças da paz, tenta se reconstruir 
a cada dia.
11 
REFERÊNCIAS 
Vieira, J e Assunção. A crise no Haiti pós-independência, de 1804-1915. 
Gorender. O épico e o trágico na história do Haiti. 
Almeira. Crônica de uma revolução negra. 
Alejandro Iturbe e Jeferson Choma. Didier Dominique: “As tropas no Haiti reprimem 
para defender o salário mais baixo das Américas” 
http://topicos.estadao.com.br/terremoto-no-haiti.html

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História, Conflitos e Desastres no Haiti

  • 1. EEB DR. THEODURETO CARLOS DE FARIA SOUTO HAITI Aluno: Cleiton Willirich Schefer. Série: 3ª4. Disciplina: Geografia. Professor: Flavio Dalabrida. Dionísio Cerqueira/SC, 01 de Setembro de 2014.
  • 2. 2 SUMÁRIO Introdução........................................................................................................................03 Localização e história......................................................................................................04 Conflitos antigos e contemporâneos................................................................................06 Terremoto e doenças devastadoras..................................................................................07 Conclusão........................................................................................................................10 Referências......................................................................................................................07
  • 3. 3 INTRODUÇÃO Esse trabalho tem como objetivo falar sobre o Haiti, país localizado na América Central. O Haiti é conhecido como um dos países mais pobres do mundo, mas, o que poucos conhecem é sua história de lutas e vitórias. Conhecer um pouco mais deste país é conhecer um povo que continua sua busca por liberdade e soberania e não abaixa a cabeça diante do imperialismo.
  • 4. O Haiti localiza-se na América Central e sua capital é Porto Príncipe. Tem como moeda local o Gourd. De maioria católica, a população tem presente em suas raízes à etnia africana, com forte influência da prática do vodu. Sua história é a história de lutas de seu povo contra a opressão, pela soberania e pela liberdade. Os haitianos constituem o povo negro que conseguiu realizar a primeira e única revolução de escravos vitoriosa da história do mundo. Eles derrotaram os exércitos das principais potências coloniais da época, como Inglaterra, Espanha e França. Ainda no século 16, a ilha chegou a ser a principal colônia mundial em produção de açúcar, mercadoria mais cobiçada da época. A renda alimentava a burguesia mercantil francesa. Para isso, 500 mil africanos foram escravizados sob métodos brutais. Depois de chegar à ilha, a expectativa de vida era de três anos em média. Os haitianos foram os primeiros escravos a conquistar a libertação e a independência de seu país no século 18 e, desde o século 20, enfrentam ditaduras e intervenções imperialistas com resistência exemplar. Há cinco anos eles vêm travando uma batalha contra a ocupação de seu país pelas tropas da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti). Sob o discurso de que estão lá como “Força de Paz”, as tropas internacionais da ONU (Organizações das Nações Unidas), comandadas pelo governo Lula, são um braço do domínio imperialista na América Latina. O discurso oficial é da necessidade da presença militar no Haiti, sem a qual o país se tornaria um caos. Entretanto, nesses cinco anos de ocupação a situação haitiana piorou. O salário mínimo diário é o mais baixo da América Latina. Está por volta de 1,7 dólares, provocando uma miséria impressionante. Além disso, as tropas impõem violenta repressão às lutas, sejam por aumento salarial, contra a fome ou por congelamento dos preços dos alimentos. Com o argumento de que estão no país para garantir a paz, as tropas mantém sob opressão o povo haitiano, ajudando a impor a exploração de grandes empresas têxteis multinacionais naquele país. Desde 2005 delegações brasileiras visitam o Haiti para conhecer aquela realidade e delegações haitianas vêm ao Brasil para divulgar em nosso país as atrocidades cometidas pelas tropas e o seu real objetivo com a ocupação. Segundo Jofre Teófilo Vieira e Victor Fialho de Assunção, quando se busca analisar a história do Haiti, dois períodos se sobressaem: o primeiro está compreendido entre o final do século XVIII e o início do XIX, que é a Revolução do Haiti e o segundo no início do século XX em diante, iniciada com a invasão americana da Ilha. Estes dois períodos estão bem estudados e pode-se encontrar um bom número de trabalhos. Mas, 4
  • 5. ao passarmos para o século XIX, um período em que a escravidão no Novo Mundo perde sua força e no qual as grandes potências irão intensificar a colonização da África. No Haiti, a partir do momento pós-independência sua história foi deixada a “margem”, colocada somente como um apêndice das ações das grandes potências que invadem o país, o que nos permitiu visualizar uma grande lacuna na historiografia sobre o Haiti neste período. Um período muito importante na sua história, pois a partir deste momento, como país independente e a necessidade de se criar um projeto nacional, no qual ocorreram inúmeras disputas internas entre mulatos e negros, que acarretarão no futuro, frequentes golpes de estados, corrupção, fome, miséria, massacres e intervenções militares estrangeiras. Que assim, marcarão toda a sua história até os dias atuais. Primeira e única grande vitória de escravos, da qual os haitianos se orgulham a ponto de imobilizá-la no tempo, como para perpetuar esse momento único, invejado pelos outros povos do caribe – hoje, no entanto, mais desenvolvidos. A Revolução do Haiti se transformou no maior movimento negro contra a dominação colonial, na América, pode-se colocá-la também em escala mundial. Pois, ao conseguir a libertação nacional, este movimento colocou em xeque inúmeras teorias existentes no período como, por exemplo, que os negros não poderiam autogovernar-se. Logo após sua independência o Haiti saiu do mercado mundial do açúcar, voltando-se para uma agricultura de subsistência. A economia baseada na produção de açúcar para o mercado externo transformara a antiga colônia numa das mais ricas da América, recebendo o nome de “Pérola das Antilhas”. Com a sua saída do mercado internacional suas possibilidades de progredir economicamente ficaram muito reduzidas. Saindo do cenário das relações econômicas mundiais, o Haiti procurou preservar sua autonomia impondo sérias restrições a grupos estrangeiros que estavam interessados em investimentos no país. O Haiti acabou permitindo a França ter uma predominância na área comercial controlando as produções de café e o pau-campeche e consequentemente na financeira já que o Banco Nacional e o Banco Central no Haiti eram franceses. Assim esta predominância francesa atingiu todos os setores, apesar da tentativa de isolamento, política que fracassou em 1825, e que viu o país novamente sob o domínio francês. Domínio este que seria ameaçado no final do século XIX, pois assim que se tornou independente, o Haiti foi o objeto de rivalidade entre as seguintes potências: França. Alemanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Esta hegemonia durou até o ano de 1860 de forma ininterrupta, pois a Alemanha de Guilherme II também estava no jogo, sendo uma compradora do café haitiano, e os EUA aparecem em cena de forma mais preponderante no início do século XX. 5
  • 6. Os EUA que desde o final do século XIX mantinha relações comerciais com o Haiti, veio ter uma hegemonia preponderante neste país no início do século XX com a implantação econômica e financeira. Agindo diretamente no plano econômico e financeiro, principalmente ao adquirir o controle do Banco Nacional do Haiti os americanos puderam controlar todo o aparelho estatal, assim do controle dessa instituição financeira, começou a americanização de todo o aparelho estatal. Depois passaram ao controle das alfândegas e ao controle político do Estado. Imbuídos por uma política de autoproteção frente ao conflito da I Guerra Mundial os EUA ocupam a Ilha como ponto estratégico nas Antilhas e lá permanecem por quinze longos anos, abrindo cada vez mais feridas profundas na sociedade haitiana. O Haiti já participou de vários conflitos: • 1492 - Cristóvão Colombo chega à ilha e hasteia a bandeira da Espanha na parte ocidental, chamando-a de Hispaniola, conhecida hoje como o Haiti. • 1697- Em meados desse ano, o tráfico de negros começou a se tornar rentável. Vindos da África, cuidavam da terra e movimentavam a economia do País, por meio do plantio de açúcar, cacau e café. • 1789 - A revolução dos escravos acompanhou passo a passo os momentos da Revolução Francesa. Naquele ano as massas francesas tomaram a Bastilha, abalando profundamente a monarquia, e a crise se instalou entre as classes dominantes de Santo Domingo. • 1791 - Em maioria na ilha e cansados de serem humilhados e explorados, os negros se uniram para fazer uma das maiores revoltas de escravos ocorridas no mundo. Na França, no período de 1792 e 1794, a revolução atingia seu auge, com a tomada do poder pelos jacobinos (ala esquerda da burguesia, dirigida por Robes Pierre), que, dentre outras coisas, decretaram o fim da escravidão. Esse fato estimulou ainda mais os haitianos que, dirigidos pelo articulador do exército negro, Toussaint Louverture, impuseram seguidas derrotas às tropas coloniais. Os espanhóis forneceram armas contra a dominação francesa. • 1794 - Conquistam a abolição da escravatura e Louverture assume a bandeira francesa, se tornando o primeiro comandante negro das Forças Armadas, em Santo Domingo (hoje capital da República Dominicana) que, contudo, continuava sendo uma colônia francesa. Nos sete anos seguintes, continua expulsando espanhóis e ingleses da ilha. • 1801 - Louverture se transforma de fato, no único governo local, decretando uma nova constituição, em 1801. Mesmo sem estabelecer a independência, não mantinha nenhum poder real francês acima dele. Nos anos seguintes, a França comandada por Napoleão Bonaparte, que pretende decretar a volta da escravidão e a retomada da ilha, impõe derrotas iniciais ao líder negro, mas este reorganiza seu exército e, em batalhas memoráveis, leva os franceses a pesadas perdas. Ao querer mostrar “boas intenções” a Napoleão, Louverture, acabou sendo preso e levado à França, onde morreu de frio nas masmorras de uma prisão nos Alpes. 6
  • 7. • 1804 - Uma nova rebelião negra pelos generais Jacques Dessalines e Alexandre Pétion expulsou os franceses e proclamou a independência. Surgiu então o Haiti. Era a primeira revolução negra da história, a primeira revolução anticolonial na América Latina. • 1806 - Jacques Dessalines proclamou-se imperador, porém foi assassinado e a parte oriental da ilha (hoje, República Dominicana) foi retomada pela Espanha. • 1825 - Para romper o bloqueio econômico, o Haiti concordou em pagar 150 milhões de francos a França pelas “perdas” decorrentes da independência. Essa dívida externa acabou trazendo uma dependência econômica. • 1844 - A ilha é definitivamente dividida. A Republica Dominicana separa-se do Haiti. • 1915 - Os EUA invadiram a ilha e ocuparam o país por cerca de vinte anos. Como demonstração de seus “modernos” métodos, o novo imperialismo assassinou, após um acordo de paz, Charlemagne Peralte, o principal líder da resistência à invasão. E ainda roubou todo o ouro do Banco Central. Na segunda metade do Século 19 ao começo do Século 20, pelo menos 20 governantes assumiram o poder, porém a maioria foi deposta ou assassinada. Com tantos anos de “existência”, como visto o país já sofreu por muitas coisas, mas se há uma algo que chocou não apenas o Haiti, mas também todo o resto do planeta Terra foi o terremoto que ocorreu 2010; Uma reportagem do jornal Estadão diz que como se não bastasse a triste realidade do país mais pobre das Américas, da nação mais miserável de todo o hemisfério ocidental, a cólera, a história de escravidão e ditaduras, como se não bastasse tudo isso, o Haiti foi nocauteado por um devastador terremoto em janeiro de 2010. O tremor, de 7 pontos na escala que nunca passou de 9, foi causado por uma falha até então desconhecida pelos cientistas. Matou mais de 200 mil pessoas e deixou 1,5 milhão de desabrigados. Dois anos depois, a conclusão mais óbvia é a de que nada ou pouca coisa mudou na vida dos haitianos. Pior: o país, além de precisar enfrentar a tragédia e as consequências da destruição, e o crescimento da cólera, está à mercê de outros terremotos, para os quais não está e não estará preparado. Entre os feridos e mortos, estão alguns brasileiros, o Brasil é responsável pelo processo de pacificação no Haiti, comanda mais de 7 mil soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), e tem 1.266 militares no país. Uma semana após o terremoto, foram confirmadas 21 mortes de brasileiros, sendo 18 militares e três civis. Entre eles está à médica Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, médica pediatra e sanitarista, Zilda tinha 73 anos. Esse terremoto agravou os problemas sociais do Haiti, várias pessoas estão utilizando as ruas como moradia com receio de outro tremor e a consequente derrubada 7
  • 8. das casas. Fato que realmente aconteceu no dia 20 de janeiro. Esse novo terremoto ocorreu no sudeste do país, a pouco menos de 60 quilômetros de Porto Príncipe, e derrubou algumas construções que estavam com as estruturas abaladas em consequência do terremoto. A água potável, alimentação e remédios não são suficientes para suprir as necessidades da população. Com esse cenário, uma onda de saques ocorreu no país, além de confrontos pela aquisição de alimentos. A ONU anunciou que foram destinados 1,2 bilhão na ajuda ao Haiti. No início do século XIX, o Haiti era a colônia mais produtiva das Américas e a primeira a conquistar a Independência nacional, em 1804. Além de produzir café, anil, cacau, algodão e outros gêneros, o Haiti produzia, sobretudo o açúcar, em condições mais competitivas do que as outras colônias da época. Nessa produção, empenhava-se meio milhão de escravos, a maioria africanos. Como explicar então que não tenha tido uma trajetória progressista, mas, ao contrário, se tornasse o país mais pobre do continente, talvez um dos mais pobres do mundo? Talvez pelo falo de O Haiti ter sido a primeira república negra do mundo a declarar sua independência. Ele é o país mais pobre do hemisfério ocidental, com 80% de sua população vivendo na pobreza, com menos de US$ 2 por dia. Dois terços dos haitianos dependem do setor agrícola e são vulneráveis aos danos ocasionados por desastres naturais, agravados pelo desmatamento. O setor de produção de roupas representa dois terços das exportações do Haiti para os Estados Unidos. Além disso, o Haiti sofre com uma grande inflação, possui uma infraestrutura limitada e um severo déficit comercial. O governo haitiano depende de ajuda internacional para seu sustento fiscal No ano de 2005, o Haiti pagou suas dívidas com o Banco Mundial, reforçando assim a possibilidade de investimentos com a organização. Acredita-se que o Haiti receba a liberação de sua dívida através da iniciativa para Países Pobres Altamente Endividados (HIPC, na sigla em inglês). Além disso, o governo enfrenta problemas com o tráfico de drogas. No Haiti, o narcotráfico corrompeu o sistema judicial e as forças policiais. A miséria corrói o Haiti de ponta a ponta. Se essa é uma cena comum na cidade que, teoricamente, deveria ser o centro financeiro do país, como é a situação nas outras localidades mais distantes? Os dois milhões de habitantes de Porto Príncipe vivem cercados por lixo. O órgão que 8
  • 9. deveria removê-lo faliu faz tempo. Água potável é artigo de luxo para os haitianos. E fora os desastres naturais e da miséria o Haiti também sofre com a cólera, que é uma doença gerada por uma forte desidratação gerada pela diarréia. O infectado sente náuseas, fortes dores abdominais, hipotensão e taquicardia. Essa doença letal começou no interior do país, mas logo chegou a capital. A instabilidade política, os desastres naturais e as epidemias fizeram com que muitos haitianos saíssem do país em busca de melhores condições de vida. Muitos deles vieram tentar a sorte ilegalmente em São Paulo, pagando caro a pessoas que auxiliam imigrantes ilegais nas fronteiras. Em diversos lugares do Haiti há as chamadas Forças da Paz, que são compostas por militares que tentam pacificar a região. Essas tropas estão presentes no país desde 2004, com objetivo combater guerrilheiros rebeldes, promover eleições e impulsionar o desenvolvimento do país. Dentre os soldados que buscam estabilizar a região 2.500 são brasileiros. 9
  • 10. 10 CONCLUSÃO O Haiti é um país que já foi um grande produtor de açúcar, que já passou por diversos conflitos e sofre até hoje com a miséria, foi alvo de um forte terremoto que “acabou” com o país que com ajuda de outros países e forças da paz, tenta se reconstruir a cada dia.
  • 11. 11 REFERÊNCIAS Vieira, J e Assunção. A crise no Haiti pós-independência, de 1804-1915. Gorender. O épico e o trágico na história do Haiti. Almeira. Crônica de uma revolução negra. Alejandro Iturbe e Jeferson Choma. Didier Dominique: “As tropas no Haiti reprimem para defender o salário mais baixo das Américas” http://topicos.estadao.com.br/terremoto-no-haiti.html