O documento descreve as funções renais, estrutura dos rins e dos néfrons, formação da urina e regulação da taxa de filtração glomerular. Os rins excretam substâncias indesejáveis, regulam os eletrólitos, pH e pressão arterial através da filtração, reabsorção e secreção tubular. A taxa de filtração glomerular depende da pressão hidrostática glomerular e é autorregulada para manter o suprimento renal.
3. Excreção de produtos indesejáveis do
metabolismo ou substâncias estranhas.
Regulação do equilíbrio de água e eletrólitos.
Regulação da osmolaridade do plasma.
Regulação da pressão arterial.
Regulação do equilíbrio ácido base.
Secreção, metabolismo e excreção de
hormônios.
Gliconeogênese.
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6. Os dois rins situam-se fora da cavidade
abdominal.
Cada rim de um adulto pesa 150 g e tem o
tamanho de uma mão fechada.
No hilo passam a artéria e veia renal, vasos
linfáticos, suprimentos nervosos e o ureter.
O rim é circundado por uma cápsula fibrosa
resistente.
7. - O fluxo sanguíneo para os rins corresponde
22% do débito cardíaco.
- A circulação renal é única, visto que possui
dois leitos capilares, o glomerular e o
peritubular.
- As arteríolas eferente e aferente auxiliam na
regulação da pressão.
- Uma alta pressão hidrostática nos capilares
glomerulares resulta numa filtração rápida de
líquido e eletrólitos.
8. A reabsorção tubular funciona em resposta a
demanda homeostática do corpo.
Os capilares peritubulares esvaziam-se nos
vasos do sistema venoso, os quais correm
paralelos aos vasos arteriolares.
9. - Os néfrons são as unidades funcionais dos
rins.
- O rim não pode regenerar novos néfrons.
- Após os 40 anos de idade, o numero de
néfrons diminui cerca de 10% a cada 10 anos.
- No néfron há o glomérulo que está envolvido
pela cápsula de Bowman onde o liquido passa
para seu interior após sair dos capilares
glomerulares.
10. O filtrado glomerular ao sair do espaço de
Bowman cai na interior do tubulo proximal.
Saindo do túbulo proximal o liquido flui para
alça de Henle, o qual mergulha no interior da
medula renal.
A alça de Henle é constituída de uma parte
descendente (seguimento fino) e outra
ascendente.
11. No final do seguimento extenso da alça de
Henle há a macula densa.
Depois da macula densa o liquido flui para o
túbulo distal, que, como o túbulo proximal,
situa-se no córtex renal.
Do túbulo coletor cortical levam o liquido para
o ducto coletor cortical e deste para o ducto
coletor medular.
Os ductos coletores se esvaziam para formar
ductos progressivamente maiores que entram
na pelve renal.
12. Néfrons localizados na zona cortical externa
são chamados de néfrons corticais ( Alças de
Henle são curtas).
Cerca de 20 a 30% dos néfrons tem
glomérulos mais profundos, cortex renal, perto
da medula, e são chamados de néfrons
justaglomerulares.
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15. Micção é o processo pelo qual a bexiga se
esvazia quando está cheia.
A bexiga se enche dando o processo de
reflexo da micção.
O reflexo da micção é um reflexo autônomo da
medula, mas pode ser inibido ou facilitado por
centros no córtex ou tronco cerebrais.
16. A bexiga é uma câmara de músculos lisos
compostos pelo corpo e pelo colo.
A parte inferior do colo da bexiga (colo vesical)
também é chamado de uretra posterior.
O músculo detrusor pode aumentar a pressão
no interior da bexiga para 40 a 60 mmHg.
O trígono localiza-se logo abaixo do corpo da
bexiga.
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18. O ureter ao chegar na parede da bexiga cursa-
se obliquamente.
O músculo detrusor na área logo a baixo do
colo vesical é chamado de esfíncter interno,
este músculo é do tipo esquelético voluntário o
que pode ser usado para evitar
conscientemente a micção.
19. O principal suprimento nervoso da bexiga é
feita pelos nervos pélvicos ( S-2 e S-3).
As fibras motoras do nervo pélvico são fibras
parassimpáticas.
As fibras do nervo pudendo são fibras motoras
esqueléticas que inervam o esfíncter externo
da bexiga.
A bexiga recebe inervação simpática através
dos nervos hipogástricos (L-2). Essas fibras
estão ligadas a estimulação de vasos
sanguíneos.
20. O reflexo da micção é um ciclo único
completo:
(1) Aumento rápido e progressivo de pressão.
(2) Um período de pressão sustentada.
(3) Retorno da pressão ao tônus basal da
bexiga.
Conforme a bexiga se torna cheia, o reflexo da
micção torna-se mais freqüente e mais eficaz.
O reflexo da micção relaxa o esfíncter externo
através do nervo pudendo.
21. A formação da urina é o resultado da soma
de três processos renais:
(1) Filtração glomerular;
(2) Reabsorção de substâncias dos túbulos
renais para o sangue;
(3) Secreção de substâncias do sangue para
os túbulos renais.
Matematicamente –
Taxa de excreção urinária = Taxa de filtração-
Taxa de reabsorção + Taxa de secreção
22. A maior parte das substâncias no plasma,
exceto proteínas, é livremente filtrada pelos
capilares glomerulares.
Conforme o filtrado glomerular flui nos túbulos,
ele modificado pela reabsorção de água e
solutos que voltam para os capilares
peritubulares.
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24. A secreção tem um papel importante na
determinação das quantidades de potássio,
íons hidrogênio e outras poucas substâncias.
A maioria das substâncias que devem ser
excretadas do sangue, principalmente a uréia,
creatinina, ácido úrico e uratos são pouco
reabsorvidos.
Substâncias nutricionais, tais como
aminoácidos e glicose são completamente
reabsorvidos do túbulos para o sangue.
25. A passagem de uma grande quantidade filtrado
pelos néfrons é importantíssimo, pois permite
os rins rapidamente removam produtos
indesejáveis.
Por outro ponto de vista a alta taxa de filtração
glomerular permite que os rins controle de
maneira rápida e precisa o volume e a
composição dos líquidos corporais.
26. Pelos capilares glomerulares não há
passagem de proteínas.
Quase metade do cálcio e a maior parte dos
ácidos graxos estão ligados à proteínas
plasmáticas.
A TFG é determinada pelo equilíbrio das forças
hidrostáticas e coloidosmóticas; pelo
coeficiente de filtração (Kf).
Os capilares glomerulares tem uma pressão
muito grande, por isso a maior taxa de
filtração.
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28. A membrana capilar glomerular é formada pelo
endotélio capilar; pela membrana basal; e por
uma camada de células epiteliais (podócitos).
O endotélio capilar possui milhares de
fenestrastrações e ricamente envolvidas por
cargas negativas.
Os podócitos são separados por lacunas
chamados de fendas de filtração, onde o
filtrado glomerular se move.
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30. A TFG é determinada pela soma das forças
hidrostáticas e coloidosmóticas da membrana
(pressão de filtração) e pelo coeficiente de
filtração capilar glomerular (Kf).
TFG= Kf x Pressão liquida de filtração
31. Valores dos fatores determinantes da
Filtração Glomerular:
F. G. = kf x PEF
constante de Pressão efetiva de
permeabilidade filtração
x 10 mmHg
12,5 ml / min x mmHg
Taxa de Filtração Glomerular (TFG): 125 ml/min
32. mmHg
Pressão efetiva
de filtração
Extraído de:
comprimento do glomérulo
http://fisio.icb.usp.br
0
espaço capsular
DETERMINANTES
DA UFG:
Pressão
hidrostática
glomerular (Ph)
luz do capilar
Pressão
hidrostática
capsular (Pc)
+ Pressão efetiva de filtração
Pressão
coloidosmótica
(Po)
ptn plasm.
UF1 UF2 UF3 UF4 UF5 UF6
33. Aumentos na pressão hidrostática glomerular
elevam a TFG, enquanto diminuições na
pressão hidrostática glomerular reduzem a
TFG.
A pressão hidrostática glomerular é regulada
por: (1) pressão arterial, (2) resistência
arteriolar aferente e (3) resistência arteriolar
eferente.
A resistência aumentada das arteríolas
aferentes reduz a PHG e diminui a TFG.
34. A constrição das arteríolas eferentes
aumentam a resistência ao fluxo de saída dos
capilares . Isto e eleva a PHG.
Em resumo, a constrição arteriolar aferente
reduz a TFG. Entretanto, o efeito da constrição
arteriolar eferente depende do grau de
constrição, a constrição elevada desta tende a
diminuir a TFG devido ao aumento que a
mesma provoca na pressão coloidosmótica do
glomérulo (efeito bifásico).
35. As arteríolas aferentes e eferentes são
ricamente inervados pelo SNS. A forte ativação
destes pode diminuir o fluxo sanguíneo e
fazendo a constrição das arteríolas em caso de
uma diminuição súbita de pressão sistêmica.
Os nervos simpáticos são mais efetivos em
mecanismos agudos de controle.
36. A Norepinefrina, Epinefrina e Endotelina
provocam a constrição dos vasos sanguíneos
renais e diminuem a TFG.
A Angeostensina 2 provoca constrição das
arteríolas eferentes. Está mais associada à
diminuição de pressão arterial e depleção
volumétrica.
O óxido nítrico derivado do endotélio diminui a
resistência vascular renal e aumenta a TFG.
Prostaglandinas e Bradicininas tendem a
aumentar a TFG.
37. A função primária da autorregulação é manter
o fornecimento de oxigênio e nutrientes em
um nível normal e remover os produtos
indesejáveis.
A TFG normalmente permanece constante
(autorregulada).
Para realizar a função autorregulada o rim têm
um mecanismo de feedback que capta
mudanças de concentração de sódio na
mácula densa.
38. A mácula densa secreta substâncias que podem
influenciar as arteríolas aferentes e eferentes.
A diminuição de concentração de cloreto de sódio na
mácula densa causa dilatação das arteríolas aferentes
e aumento da liberação de renina.
A mácula densa percebe a diminuição de sódio devido
ao aumento de absorção nos túbulos renais em
conseqüência da queda de fluxo nos mesmos.
Após liberada, a renina ativa a angeostensina1, que é
convertida em angeostensina 2 . A ultima contrai as
arteríolas eferentes , o que aumenta a pressão
hidrostática glomerular e retorna a TFG ao normal.
40. Variação da TFG na alteração da PA
TFG
Auto-regulação renal
41. Os vasos sanguíneos individuais conseguem
controlar a TFG resistindo ao estiramento durante
o aumento de pressão (controle agudo).
Ingestões ricas em proteínas aumentam a TFG,
em 20 a 30%. Duas horas após a ingestão.
Como os aminoácidos também estimula a
absorção de sódio no túbulo proximal, chega
menos deste até a mácula densa. Dessa forma a
constrição da arteríola aferente é diminuída
elevando a TFG e mantendo os níveis da
absorção de sódio próximo do normal.