1. Núcleo Infantil Crescer
Artes – Trabalho sobre Cândido Portinari
Aluno: João Victor Alves Nogueira
Professora: Aldinete
.
Cândido Torquato Portinari, nasceu em São Paulo, no dia 29 de dezembro de
1903 e faleceu no Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962. Foi o mair artista plástico
brasileiro. O artista Portinari pintou quase cinco mil obras de pequenos esboços e
pinturas de proporções padrão como “O Lavrador de Café“ à gigantescos murais, como
os painéis “ Guerra e Paz”, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956 e que
em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no
Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Portinari hoje é considerado um dos artistas mais
prestigiados do país e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
A descoberta da terra, 1941. Pintura mural de Portinari no edifício da Biblioteca
do Congresso, Washington, DC.
Cândio Portinari é Filho de imigrantes italianos, com a vocação artística
florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando
2. sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores
italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodowski e recruta
Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e
parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante
seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de
professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas
exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa
badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até
então considerado marginal: o modernismo. Um dos principais prêmios almejados por
Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor
conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas
telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928
Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e
finalmente ganhos a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Em 1946 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de
sua obra, valorizando mais cores e a idéia das pinturas. Ele quebra o compromisso
volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa
de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando
nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira
Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr,
diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
Entre as suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e
Paz (1953-1956), que foram presenteados em 1956 à sede da ONU de Nova Iorque. Em
novembro de 2010, depois de 53 anos, elas voltaram ao Brasil e foram exibidas no
Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Para saber mais, ver Guerra e Paz). As telas
Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e
Oscar Americano. Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na
Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo,
situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2
retratos:
Os Milagres de Nossa Senhora;
Via Sacra (composta de 14 quadros);
Jesus e os Apóstolos;
3. A Sagrada Família;
Fuga para o Egito;
O Batismo;
Martírio de São Sebastião.
Thierys Fernando B. S. Nascimento.
Uma das obras mais importantes de Portinari, O lavrador de café, foi furtada do
segundo andar do Museu de Arte de São Paulo na madrugada do dia 20 de dezembro de
2007, em uma ação de três minutos, juntamente com o quadro Retrato de Suzanne
Bloch, de Pablo Picasso. Estas obras foram resgatadas e restituídas ao museu dia 8 de
janeiro de 2008, sem sofrer avarias.
Homenagens, títulos e prêmios:
1940 – Chicago (EUA) – A Universidade de Chicago publica o primeiro livro
sobre o pintor, Portinari: His Life and Art, com introdução do artista Rockwell
Kent.
1946 – Paris (França) – Legião de Honra, concedida pelo governo francês
1950 – Varsóvia (Polônia) – Medalha de Ouro, pelo painel Tiradentes (1949),
concedida pelo júri do Prêmio Internacional da Paz.
1955 – Nova Iorque (EUA) – Medalha de Ouro, como melhor pintor do ano,
concedida pelo International Fine Arts Council.
1956 – Nova Iorque (EUA) – Prêmio Guggenheim de Pintura, por ocasião da
inauguração dos painéis Guerra e Paz na sede da ONU de Nova York.