Este documento descreve o caso de uma paciente de 73 anos admitida no hospital com dispneia e tosse produtiva diagnosticada com Infecção Respiratória e DPOC. A paciente possuía histórico de tabagismo e hipertensão arterial. O resumo detalha os exames físicos realizados, diagnósticos de enfermagem, tratamento, prognóstico e conclusão de que a paciente faleceu devido aos agravos da doença.
1. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
PACIENTE: M. M. S.
Idade: 73 anos
Paciente do sexo feminino é admitida na área amarela da emergência do
Hospital Getúlio Vargas dia 19/02/13 com história de dispnéia e tosse produtiva
há aproximadamente 05 dias. Acompanhante relata episódio febril no dia
anterior a consulta, além de diminuição das atividades diárias e bastante
sonolência. Paciente possui histórico de tabagismo há aproximadamente 40
anos e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), descontrolada. Inicia-se
medicação anti-hipertensiva (Adalat 20 mg diluído para SNG 12/12 hrs,).
Diagnósticada com Infecção respiratória e DPOC. É iniciado tratamento com
Hidrocortizona 100mg IV 8/8 hrs; Nebulização com 8 gts de Breotec e 15 Gotas
de Atrovent 6/6 hr, para o quadro de dispnéia e Tazocin 4,5 g em 100 ml de
Soro Fisiológico de 6/6 hrs, para a infecção respiratória, Omeprazol 40 mg IV
1/dia.
EXAME FÍSICO
M.M.S. 73 anos, E.G. Comprometido, consciente, orientada, desidratada,
hipocorada, não deambula, higiene satisfatória. Couro cabeludo integro sem
sujidade, pupilas isocóricas, fotorreagentes; pavilhão auditivo integro sem
sujidade; cavidade nasal permeável ao fluxo aéreo, instalada SNG para
gavagem, com dieta hipossódica 300 ml de 3/3 hrs. Dispneica e taquipneica,
com suporte de O2 em máscara de Venturi a 50%. Cavidade oral: lábios
hidratados, língua higienizada, arcada dentária incompleta; região cervical com
mobilidade mantida, glândula tireóidea não palpável e não visível;
expansibilidade torácica mantida; M.V. (+) com sibilos, Ausculta cardiovascular:
Bulhas Cardíacas Normofonéticas (BCNF) em 2T s/s. Abdome plano, flácido e
indolor a palpação, Ruídos Hidroaéreos (+). AVP em MSE, pérvio e hidrolisado.
MMSS e MMII sem alterações, livre de edemas. Genitália higienizada e sem
2. alterações. Diurese (+) Por SVD. Evacuações (+) em fralda. Conciliando sono.
PA: 160 x 110, FC: 110 Bpm ; FR: 30 irm
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Data: 12/03/13 Horário: 10:00 hr
Paciente evolui em E.G. Comprometido, consciente, orientada, hipocorada,
agitada durante os procedimentos, não deambula, higiene satisfatória (banho
no leito). Hidrocortizona 100mg IV 8/8 hrs; Nebulização com 8 gts de Breotec e
15 Gotas de Atrovent 6/6 hr, Adalat 20 mg diluído para SNG 12/12 hrs, Soro
Fisiológico 500 ml e 2 ampolas de KCL a 19,1% (30 ml/hr), Tazocin 4,5 g em
100 ml de Soro Fisiológico de 6/6 hrs, Omeprazol 40 mg IV 1/dia, Liquemine
0,25 ml SC. Ao Exame: cabeça: couro cabeludo integro sem sujidade, pupilas
isocóricas, fotorreagentes; pavilhão auditivo integro sem sujidade; cavidade
nasal permeável ao fluxo aéreo, instalada SNG para gavagem, com dieta
hipossódica constipante 300 ml de 3/3 hrs. Dispneica com suporte de O2 em
máscara de Venturi a 50%. Cavidade oral: lábios hidratados, língua
higienizada, arcada dentária incompleta; região cervical com mobilidade
mantida, glândula tireóidea não palpável e não visível; expansibilidade torácica
mantida; M.V. (+) com roncos difusos, genitália higienizada, sem alterações;
MMSS e MMII, sem presença de edemas. Diurese (+) por SVD e Evacuações
em fraldão. Queixa-se de falta de ar. Exames diagnósticos
SSVV: PA: 140x90, FC 96 btm/m, FR:24 IRP/M
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Déficit na oxigenação e/ou na eliminação de CO2 relacionado a agitação
e dispneia durante os procedimentos (ex: banho no leito);
Intolerância á atividade decorrente da fadiga, hipoxemia e padrão
respiratório ineficaz;
Comprometimento da troca gasosa relacionada com a desigualdade da
ventilação-perfusão;
3. Padrão respiratório ineficaz relacionado com alterações na profundidade
respiratória e dispneia;
Déficits de autocuidados relacionados com a fadiga secundária ao
aumento do esforço respiratório e á ventilação e oxigenação insuficiente.
Risco de solidão relacionado à privação afetiva;
Risco de Perfusão tissular ineficaz relacionado a hipóxia
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
O objetivo do cuidado de enfermagem para pacientes com DPOC está focado
na melhora do padrão respiratório procurando minimizar e evitar sequelas aos
demais órgãos que possam causar maiores interferências na vida do paciente
possível. Entre as ações estão:
Estabelecer uma comunicação efetiva de confiança com a paciente;
Orientar, incentivar e programar as mudanças necessárias no estilo de
vida da paciente (alimentação, parar de fumar, entre outros);
Incentivar adesão ao regime terapêutico e acompanhamento médico
periódico, enfatizando a importância do uso correto das drogas de
escolha para controle das patologias;
Estimular o contato com familiares sempre que possível procurando
fortalecer os vínculos afetivos e minimizar dúvidas em relação ao quadro
clínico do paciente, incentivando a família a fazer parte do regime
terapêutico para maior obtenção dos resultados esperados;
Manter decúbito elevado e paciente em posição de fowler e semi Fowler
principalmente no momento de realização de procedimentos;
Procurar realizar o banho no leito em curto período de tempo, com o
mínimo de esforço possível pela paciente, sempre se utilizando de
decúbitos que proporcionem melhor expansão torácica;
Estimular cliente a coordenar a respiração diafragmática
desempenhando inspiração e expiração profundas e mais lentas,
Avaliar com o fisioterapeuta a necessidade de um programa de
reabilitação pulmonar para determinar os exercícios respiratórios
específicos adequados ao paciente;
4. Administrar o oxigênio pelo método prescrito;
Iniciar oximetria de pulso e realizar gasometria arterial para monitorar a
saturação de oxigênio.
Ensinar o paciente a coordenar a respiração diafragmática com a
atividade sobre o cuidado com base no nível de tolerância.
Monitorar o estado respiratório, incluindo a frequência e o padrão das
respirações, sons respiratórios e sinais e sintomas de angústia
respiratória aguda.
Avaliar a eficácia do tratamento; observar se há sinais de hipoxemia.
Notificar o médico se ocorrer inquietação, ansiedade, sonolência
extrema, cianose ou taquicardia.
PROGNÓSTICO
Embora a sobrevida média de um paciente diagnosticado com DPOC é cerca
de 4 anos espera-se:
Adesão ao regime terapêutico
Suspensão de fumo
Melhora no padrão respiratório
Adesão ao programa de autocuidado com um estilo de vida mais
saudável;
Melhora nos relacionamento afetivo familiar;
Estacionamento do quadro clínico sem agravos.
CONCLUSÃO
A paciente M.M.S. foi a óbito no HGV, devidos aos agravos da doença no dia
no dia 19/03/2013 ás 24:00. O fato da DPOC ser uma doença comum, mas
pouco conhecida e divulgada fez com que este estudo de caso fosse bastante
enriquecedor para mim enquanto acadêmica, provando cada vez mais que a
chave para a resolução da maioria dos problemas de saúde da população
encontra-se atenção básica, focado na educação em saúde procurando através
5. da promoção e prevenção de doenças a aquisição hábitos saudáveis,
melhorando assim a qualidade de vida da população.