2. Em diferentes períodos da história, os
seres humanos utilizaram paredes e muros
para a criação artística; em tempos de
outrora, isso é comprovado pelas pinturas
rupestres nas cavernas; hoje, o grafite
(antes marginalizado) se tornou comum na
arquitetura das cidades. Muitas vezes,
essas criações revelam aspectos
relacionados ao cotidiano e às percepções
de mundo daqueles que os produziram.
Outras vezes, essas produções têm função
política, apresentando denúncias e
representando lutas sociais. De uma forma
ou de outra, os desenhos, as letras e os
símbolos feitos sobre paredes podem nos
contar histórias e provocar diferentes
reflexões.
INTRODUÇÃO
4. Mural egípcio Afresco romano
Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes
das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos
faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte
entre outros temas da vida religiosa. Estes
desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram
mostradas de perfil. As pinturas eram muito
padronizadas e a criatividade não era valorizada,
pois a pintura tinha como objetivo divulgar
aspectos religiosos e não proporcionar admiração
estética ou sensorial.
A técnica do afresco consiste na aplicação da
tinta sobre o gesso ainda molhado, o que ajuda a
fixar a pintura. As pinturas romanas eram
realizadas em murais (afrescos) e possuíam
tridimensionalidade. Os materiais utilizados
variavam de metais em pó, vidros pulverizados,
substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e
até seivas de árvores. Características:expressão
realista; Influência da arte grega: expressão de
ideal de beleza; Uso de arcos e abóbadas na
arquitetura; Representação da escultura; Colorido,
delicadeza e precisão nos detalhes da pintura.
5. A lamentação de Cristo, c. 1305
Giotto di Bondone
Afresco na Capela Arena, Itália.
O peixe vomita Jonas em terra seca.
Detalhe de um vitral na Catedral de Colônia.
Alemanha, c. 1280.
Melquisedeque, Abraão e
Moisés. Do pórtico do
transepto da Catedral de
Chartres, França.
c. 1194
Adão e Eva depois da Queda. c. 1015
Das portas de bronze da Catedral de
Hildesheim, Alemanha.
6. O Muralismo Mexicano foi um movimento artístico que
surgiu na primeira metade do século XX, como forma dos
artistas se manifestarem contra as desigualdades
sociais do país, principalmente com o advento da
Revolução Mexicana, que se fortalecia em defesa da
reforma agrária. Por isso, com o objetivo de se tornar
uma arte acessível ao povo, se dispensa os cavaletes e
grandes exposições, e torna os muros as verdadeiras
telas, e as ruas as galerias.
MURALISMO
7. Utiliza de cores
quentes e uma
estética que visa
romper com a arte
acadêmica,
utilizando como
temas centrais as
lutas e história do
povo mexicano desde
os seus
antepassados, o
Império Asteca.
MURALISMO
Colonização, ‘A Grande Cidade de Tenochtitlan'
1952
8. Com cores vivas e
cenas de um
realismo vigoroso e
popular, Rivera
criou um estilo
nacional que
refletia a história
do povo mexicano,
desde a época
pré-colombiana até
a Revolução. Rivera
representou sua
particular visão da
revolução agrária
do México fazendo
uso de estereótipos
extraídos da
pintura religiosa.
MURALISMO
Diego
Rivera
Carregador de Flores
1935
10. Chermie
Ferreira
Chermie é natural de Manaus, onde
começou a grafitar aos 16 anos,
para incentivar as meninas das
comunidades e ribeirinhas a
ingressar na arte. Mais tarde, a
artista descobriu suas origens
Kokama e desde então dedica-se a
representar, em seus trabalhos,
mulheres, comunidades indígenas e
ribeirinhas e trabalhadores do
Norte do país.
"As cores fortes e os contornos
precisos dos desenhos de Chermie
trazem muito da fauna e flora
amazônica, sem falar do destaque
dado às mulheres e crianças em
suas obras", detalha o galerista
Helder Kanamaru, da ZIV Gallery,
responsável pela iniciativa na
área.
GRAFFITI
11. Luta por representatividade
feminina na arte urbana.
Coordena o Festival Yapai
Waina, “levanta mulher”, em
Kokama: o 1º Festival
Internacional de Graffiti
com foco nas artistas
plásticas do Amazonas.
CHERMIE
FERREIRA
GRAFFITI
12. É um artivista reconhecido
por seu graffiti “paporreto”,
seja no espaço público, ou em
mais de 320 carroças dos
catadores de materiais
recicláveis. Procura
questionar através de
intervenções que carregam em
sua maioria impacto,
inspiradas no contexto local.
A preservação do meio
ambiente e os direitos
humanos universais são a base
de seu ativismo que
transcende as tintas.
GRAFFITI
MUNDANO
14. Vinicius Curva de Vento, da Brigada Voluntária
de São Jorge, inspirou Mundano a recriar a
obra de Portinari
Processo Criativo
15. O graffiti reverso, também conhecido como marcação
limpa, marcação de poeira, sujeira, graffiti limpo,
grafite verde ou publicidade limpa, é um método de
criação de imagens temporárias ou semi-permanentes em
paredes ou outras superfícies, removendo a sujeira de
uma superfície.
GRAFFITI
REVERSO
16. Ossário | Alexandre
Orion | SP
LAVE-ME
Paul Curtis,
conhecido
como Moose,
Steffan De Crook
Reverso com musgo
Leuven, Bélgica
Sem uso de tintas,
pincéis ou latas de
spray, a proposta do
grafite reverso é de
desenhar, escrever, enfim,
grafitar nas paredes e
muros, removendo a
poeira, a fuligem, a
poluição que sai dos
escapamentos dos milhares
de veículos que circulam
pela cidade, acumulando
camadas e camadas de
sujeira. Uma intervenção
urbana completamente
ecológica, amiga do meio
ambiente.
17. STENCIL
O "Stencil" ou Estêncil é uma técnica
usada para aplicar desenhos ou
ilustrações, por meio de um molde
vazado de papel ou acetato, em
diversas superfícies, utilizando tinta
aerosol (spray) ou outros tipos de
tinta.
18. STENCIL
Banksy
Banksy é o pseudônimo de um artista
pintor de graffiti e ativista
político. A sua arte de rua satírica
e subversiva combina humor negro e
graffiti feito com a técnica de
estêncil. Seus trabalhos de
comentários sociais e políticos podem
ser encontrados em ruas, muros e
pontes de cidades por todo o mundo.