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"CLUBE DO TERROR"
A HISTÓRIA DOS SUSTOS NA SÉTIMA ARTE
POR ISIDRO CASSILHAS
Carnaval 2014
SINÓPSE DE ENREDO
INTRODUÇÃO
Quem é que nunca demorou em dormir a noite depois de ter assistido um horrível filme de
terror? Aposto que a maioria das pessoas, por mais corajosas que se considere, já passou por
esse medinho depois de uma sessão de terror. Esses filmes são marcados por personagens que
aterrorizam a imaginação das pessoas.
As histórias de terror sempre fizeram parte do imaginário do ser humano; o prazer em
sentir medo e a arte de infringi-lo obviamente não tardaram a conseguir seu espaço, a partir do
final do século XIX, naquela que seria a manifestação artística mais influente nos anos que se
seguiram: o cinema. Entre as quatro paredes da sala escura, assistir a um filme de terror tornou-
se uma atividade totalmente dissociada de qualquer outro gênero cinematográfico; quem estava
lá sabia bem que sensações encontrariam.
E é justamente essa previsibilidade dos filmes de terror e suspense que os tornam tão
fascinantes; um bom filme do gênero é aquele que consegue expressar, de maneira
convincente, a contraposição entre o tradicional e a originalidade, ou seja, o velho susto dado de
uma nova maneira. O fascínio causado por tais obras encontra sua principal explicação por lidar
com questões que culturalmente nos inspiram alguma apreensão, tais como pesadelos ou o
medo da morte.
Os filmes de terror possuem uma estética peculiar, em que aspectos técnicos como
iluminação e trilha incidental têm uma maior importância na composição do suspense,
contribuindo para que o espectador seja induzido à apreensão, tendo as mais diversas reações,
desde um aperto no braço do acompanhante (para os mais medrosos) até a ingestão
compulsiva de pipocas (para os mais sádicos).
A evolução dos filmes de suspense e terror está intimamente ligada aos eventos-chave da
história da Sétima Arte; desde os primeiros filmes mudos, passando pelas novas experiências
sonoras e colorizadas até os psicopatas com machadinhas de hoje, muito foi produzido para
que sempre nos sintamos mais desconfortáveis possíveis. E o irônico disso tudo é que quanto
mais incomodados ficarmos, melhor será o nosso julgamento sobre aquele filme.
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HISTÓRICO
Como tudo começou:
Os filmes de terror e suspense estão sempre entre os favoritos das pessoas. Há aqueles
que só gostam desse gênero, o que representa um grande vicio. Alguns são de dar arrepios com
suas histórias sobrenaturais; alguns instigam nosso lado investigador, nos deixando tensos
para descobrir quem é assassino; alguns são tão bem tramados e engenhosos que desafiam
nossa inteligência; alguns são clássicos, tão arrepiantes que nos tiram o sono; alguns são
eletrizantes, misturando ação e suspense; e, alguns são mais nojentos do que qualquer outra
coisa. Seja um suspense com uma boa trama, ou um terror de arrepiar, a verdade é que é
difícil encontrar alguém que não goste de pelo menos um dos gêneros. Existem tipos
básicos de filmes de terror, como se fossem “escolas” de cinema. Neles existem elementos
definidos que sempre estão presentes, caracterizando a obra como de um ou outro estilo. O terror
trash, geralmente, conta a história de zumbis que por algum motivo saem comendo meio mundo.
Este tipo raramente é exibido no cinema, e é também conhecido como “terrir” - um que de tão
ruim, faz a pessoa rir mais do que ter medo. Animais sobrenaturais ou mutantes (ai vai uma
longa lista de jacarés, cobras e outros bichos alterados geneticamente ou devido à
produtos químicos) também estão presentes. O sobrenatural é um tema frequentemente
abordado nos filmes. Fatos como vida após a morte, espíritos do mal e interação entre homens
e seres do além são reproduzidos em filmes que levam o publico a grandes sustos em frente a
tela do cinema.
Clássicos como O Corcunda de Notre Dame (1923), O Fantasma da Ópera (1925) e O
Médico e o Monstro (1920).
A partir da década de 30, os filmes de terror passaram a ser produzidos tomando por base
histórias e lendas europeias sobre vampiros, cientistas loucos e aristocratas insanos, tendo
como principais figuras os mitológicos Drácula e Frankenstein.
Os estúdios da Universal tornaram-se célebres pela produção de dezenas de filmes com
múmias, homens invisíveis e lobisomens. Outras obras representativas do cinema de horror
dos anos 30 e 40 são o clássico King Kong e O Homem Invisível.
A década de 50 marcou a retomada do medo no cinema, principalmente devido à
contribuição da produtora britânica Hammer Studios passaram a ter também uma temática
científica/sobrenatural; criaturas que emergiam de pântanos a partir de experiências
atômicas, bolhas assassinas, tarântulas gigantes e homens com cabeça de mosca faziam
com que os cinemas deixassem a Disneylândia no chinelo.
E foi nesse cenário que, na virada dos anos 50/60, surgiu um dos maiores nomes da
história dos filmes de terror, o clássico A Pequena Loja dos Horrores (1960), e o maravilhoso O
Corvo (1963).
Os anos 60 foram uma época extremamente fértil para as produções do gênero, com
destaque para as criações do mestre do suspense Alfred Hitchcock em clássicos como Psicose
(1960) e Os Pássaros (1963). Outro grande nome é A noite dos Mortos Vivos.
No Brasil, tivemos o surgimento do nome que se tornaria um marco da cinematografia
nacional: José Mojica Marins, mais conhecido pelo nome do seu principal personagem, Zé do
Caixão. Em filmes como À Meia-noite Levarei sua Alma (1964), Está Noite Encarnarei no Teu
Cadáver (1966).
Nos anos 70 começam a despontar alguns nomes que viriam a se tornar grandes
referencias nos filmes de horror que revelaram para o mundo a figura de Steven Spielberg, que
mais tarde alcançaria notoriedade com o traumático Tubarão (1975), que deixou os cinemas
lotados e as praias vazias por muito tempo. Outro filmaço do período é o independente O
Massacre da Serra Elétrica (1974), juntamente com o também independente Halloween (1978).
Com Allien, o Oitavo Passageiro (1979), Ridley Scott literalmente mandou os filmes de terror
para o espaço.
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Os filmes de possessão tiveram seu auge também nos anos 70, em obras como O
Exorcista (1973), A Profecia (1976) e Terror em Amityville (1979). O maravilhoso Carrie, a
Estranha (1976), de Brian de Palma, inaugurou a febre de adaptações de obras do escritor
Stephen King, que inspirou também o cultuado O Iluminado (1980).
A década de 80 marcou a ascensão dos “slashers” ou “splatters”, filmes geralmente de
baixo custo, onde a onda era ter um maníaco correndo atrás de jovens seminuas. A principal
referencia destes filmes é a famosa Sexta-Feira 13, com o não menos popular assassino Jason
Vorhees triturando jovens pecadores que davam mole transando nos arredores de Crystal Lake.
Seu comparsa mais conhecido, o bonitão Freddy Krueger, deu as caras pela primeira vez em A
Hora do Pesadelo (1984). Outros filmes legais da década de 80 são: Dia dos Namorados
Macabro (1981) e Quando Chega a Escuridão (1987). Chuck é outro personagem que leva
muito medo as pessoas, principalmente as crianças. Ele é o boneco que protagoniza o filme
“Brinquedo Assassino”.
Com os anos 90, os filmes de terror ficaram mais rarefeitos e mal feitos, muito sendo
lançados diretamente em vídeo. O único filme que conseguiu quebrar esse marasmo foi o
hiperestimado A Bruxa de Blair (1999). O diabo estava de folga nos cinemas, mas nem por isso
Hollywood deixou de fazer suas criações para assustar o publico. O “Ghost Face” da trilogia
Pânico fez esse papel muito bem. Jigsaw - Jogos Mortais, o assassino por trás do bizarro
bonequinho que anda numa bicicletinha, ou vice-versa, não é um vilão comum.
“Prepare seu coração, verifique se a porta está trancada, espie pela janela, cheque
se não tem nada embaixo da cama ou dentro do armário. Na hora de dormir,
certifique-se que a cama não está se mexendo sozinha. Na pior das hipóteses
alguém pode te pegar, até mesmo nos seus sonhos, pois o G.R.B.C UNIÃO DA
PONTE vai te aterrorizar com a SÉTIMA ARTE DO CINEMA, a fim de te fazer
“arrepiar”, sentir “calafrios” e de resto, vale chegar na locadora ou cinema mais
próximo, alguns dos títulos acima, apagar as luzes e deixar-se arrepiar!”
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SALVADOR DOS SANIOS FILHO
PRESIDENTE
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ISIDRO CASSILHAS
CARNAVALESCO
Rio de Janeiro, 08 de agosto 2013.