A Cabanagem foi uma revolta de 1835-1840 no Pará liderada por cabanos (pobres) e fazendeiros contra o governo. Eles queriam melhores condições de vida e mais autonomia política. A revolta começou com a tomada de Belém pelos cabanos e durou 5 anos de combates sangrentos, mas foi reprimida sem que os objetivos fossem alcançados.
1. Camilla Puccia Nº 5
Lucas Ferrari Nº15
Larissa Rutter Nº14
Isadora Manzari Nº12
Victória Perrone Nº23
2. SOBRE A GUERRA
A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu entre os
anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (região norte
do Brasil, atual estado do Pará). Recebeu este nome, pois
grande parte dos revoltosos era formada por pessoas pobres
que moravam em cabanas nas beiras dos rios da região.
Estas pessoas eram chamadas de cabanos.
No início do Período Regencial, a situação da população
pobre do Grão-Pará era péssima. Mestiços e índios viviam na
miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de
vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às
margens dos rios. Esta situação provocou o sentimento de
abandono com relação ao governo central e, ao mesmo
tempo, muita revolta.
Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam
descontentes, pois o governo regencial havia nomeado para
a província um presidente que não agradava a elite local.
4. BARÃO DE CAÇAPAVA
Filho de José Joaquim Soares de Andrea e de Isabel Narcisa de Santana e Sousa.
Entrou como voluntário no exército português em 1796, foi nomeado cadete em
1797. Fez o Curso de Engenharia e Navegação e participou da campanha de 1801
em Portugal.
Veio para o Brasil com a família real em 1808. Comandou a brigada de engenheiros
no Pará em 1817.[ Permaneceu no Brasil depois da independência, tendo tomado
parte da Guerra Cisplatina, incluindo a batalha de Ituzaingó em 1827.
Após a abdição de D. Pedro I, tornou-se um importante membro da Sociedade
Militar (que pregava a restauração de D. Pedro I ao poder), foi por isso perseguido,
preso na Preciganga de Santos em 1833 e teve que responder ao conselho militar.
Foi Presidente das províncias do Pará, de 9 de abril de 1836 a 7 de abril de 1839,
onde combateu a cabanagem; de Santa Catarina, de 17 de agosto de 1839 a 26 de
junho de 1840; do Rio Grande do Sul, de 27 de julho a 30 de novembro de 1840,
tendo derrotado nos combates de Laguna os farroupilhas liderados por Giuseppe
Garibaldi; de Minas Gerais, nomeado em 1843, permanecendo no cargo até 1844;
da Bahia, de 22 de novembro de 1844 a 1846, e em 10 de abril de 1848 voltou a ser
presidente da província do Rio Grande do Sul, permanecendo no cargo até 6 de
março de 1850.
Marechal, foi também responsável pela comissão de demarcação dos limites
fronteiriços entre o Império do Brasil e a República Oriental do Uruguai em 1854.
Nesta época fundou a localidade de Santa Vitória Palmar, no sul do Rio Grande do
Sul.
6. CAUSAS E OBJETIVOS
Embora por causas diferentes, os cabanos (índios
e mestiços, na maioria) e os integrantes da elite
local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra
o governo regencial nesta revolta. O objetivo
principal era a conquista da independência da
província do Grão-Pará.
Os cabanos pretendiam obter melhores condições
de vida (trabalho, moradia, comida). Já os
fazendeiros e comerciantes, que lideraram a
revolta, pretendiam obter maior participação nas
decisões administrativas e políticas da província.
7. A REVOLTA
Com início em 1835, a Cabanagem gerou uma sangrenta
guerra entre os cabanos e as tropas do governo central. As
estimativas feitas por historiadores apontam que cerca de 30
mil pessoas morreram durante os cinco anos de combates.
No ano de 1835, os cabanos ocuparam a cidade de Belém
(capital da província) e colocaram na presidência da província
Félix Malcher. Fazendeiro, Malcher fez acordos com o
governo regencial, traindo o movimento. Revoltados, os
cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador
Francisco Pedro Vinagre (sucedido por Eduardo Angelim).
Contanto com o apoio inclusive de tropas de mercenários
europeus, o governo central brasileiro usou toda a força para
reprimir a revolta que ganhava cada vez mais força.
8. FIM DA GUERRA
Após cinco anos de sangrentos combates, o
governo regencial conseguiu reprimir a revolta. Em
1840, muitos cabanos tinham sido presos ou
mortos em combates. A revolta terminou sem que
os cabanos conseguissem atingir seus objetivos.