SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Télécharger pour lire hors ligne
CLORANFENICOL E TETRACICLINAS
1. INTRODUÇÃO

 Obtidos de culturas em meados de 1950;
 Primeiros antibióticos de grande eficácia por via oral;
 Antibióticos de amplo espectro;
 Risco/benefício
  Baixo custo;


                  CLORANFENICOL

                          H O H NH C CHCl
                                         2
           O2N               C C
                                 CH2OH
2- ESTRUTURA BÁSICA

       - Apresenta estrutura com 2 carbonos asssimétricos; forma 4
  isômeros, mas somente o isômero dextro é ativo.
       - É obtido exclusivamente por via sintética;



3- RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
  O grupo nitro pode ser substituído por grupos de igual força e atração
  sobre elétrons.
  O grupo dicloroacetila pode ser substituído pela grupo azidoacetila
  (CH2N3).
  Para mascarar o sabor amargo e melhorar as propriedades físico-
  químicas (esterificação) - pró-farmacos.
4. MECANISMO DE AÇÃO
  Interfere na síntese protéica (fixação do RNAm – Porção 50 S).
  Impedem a transferência da aminoácidos às cadeias peptídicas
  crescentes, inibindo a formação da biossíntese proteica.
4. MECANISMO DE AÇÃO
    Interfere na síntese protéica (fixação do RNAm).
    Antibiótico bacteriostático de amplo espectro.


5. INDICAÇÕES
    Febre tifóide aguda e salmonelas.
    Meningite
    Deve ser reservado para infecções graves em que antibióticos
    menos tóxicos são ineficazes.


6. EFEITOS COLATERAIS
•   Discrasias sanguíneas: agranulocitose e trombopenia
•   Aplasia medular
•   Síndrome cinzenta em recém-nascidos. (40 % de óbitos)
•   Superinfecção
•   Cefaléia, depressão leve, confusão mental, delírio.
7. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
   Aumentam os efeitos depressores da medula óssea dos
   anticonvulsivantes hidantoínicos;
   Reduzem a eficácia dos anticoncepcionais orais;
   Inibem    a    biotransformação     da   clorpropamida,     fenitoína,
   fenobarbital;
   Podem antagonizar o efeito da eritromicina e lincosamidas;
   Reduzem o efeito das penicilinas;
   Podem intensificar o efeito hipoglicemiante das sulfoniluréias;
   Paracetamol pode aumentar seus efeitos.


8. PRODUTOS COMERCIAIS
Cloranfenicol, Quemicetina, Farmicetina
9. DERIVADO DO CLORANFENICOL
 Tianfenicol
                            H3C - SO2 -
   - Apresenta um grupo metilsulfonila em lugar do grupo nitro NO2.
   - Sua atividade é semelhante a do cloranfenicol, entretanto é
   igualmente eficaz e mais altamente bactericida para algumas
   espécies.
Produto Comercial: Glitisol
TETRACICLINAS
              R4 R3          R2    R1        N (C H 3 ) 2
                              H          H
                                                       OH
                                             OH
                                                            N HR 5

              OH         O         OH        O         O

1- ESTRUTURA BÁSICA
         Apresenta esqueleto octaidronaftaceno, sistema formado com quatro
   anéis condensados.

2- CLASSIFICAÇÃO
   Em geral são divididos em três classes:
    De ação curta (8 a 9 horas);
   De ação intermediária (12 a 14 horas);
    De ação longa (16 a 18 horas).
R4 R3       R2   R1       N (C H 3 ) 2
             H        H
                                    OH
                          OH
                                         N HR 5

OH      O        OH       O         O
3- RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE

  O grupo 2-amida: um dos átomos de H pode ser substituído sem perda da
  atividade.
  A fração 4-metilamino: a remoção deste grupo resulta em perda
  substancial da atividade. É importante ter pelo menos um CH3 nesta
  posição.
  Estereoquímica correta do grupo 4-metilamina: as 4 epitetraciclinas são
  menos ativas que as tetraciclinas naturais.
   Estereoquímica correta dos substituintes no carbono 5a: a epimerização
  ou desidrogenação causa sensível perda da atividade.
  O sistema conjugado formado pelos átomos de carbono 10 a 12, no qual o
  oxigênio se dispõe nas posições 10, 11 e 12, parece ser essencial para a
  ocorrência da atividade biológica.
H                                 CH3
    R1 O             R2H         R3 H N             CH3
     7
                 6          5              4
                                                     O
8        6a           5a
                                   4a           3         H
9        10a          11a   H        12a   O    2
    10         11           12             1              O
                                                     C
                                 H
    O         O             O              O         N
         H                        H             H         H
4- PROPRIEDADES
  São compostos anfóteros;
  Possuem propriedade quelante;
   pH 2 a 6 - podem sofrer epimerização no átomo de carbono C4 ;
   Ácidos e bases fortes inativam as tetraciclinas portadoras de OH na
  posição 6.
5- MECANISMO DE AÇÃO
  Agem interferindo na síntese proteíca na porção 30S(fixação do
  RNAt).
  São, geralmente, bacteriostáticas.
6- INDICAÇÕES
        São grande as diferenças dos derivados tetraciclínicos, mas o
  espectro de atividade é semelhante.
   Agem em infecções por grandes vírus;
  Em bactérias Gram + e -;
  É o medicamento de 1a escolha na leptospirose;
  Tem boa atividade em infecções respiratórias;
   Profilático nos casos de pacientes portadores de bronquite crônica
  com surto repetido de infecções.
7- EFEITOS COLATERAIS
  Reações de fotossensibilidade;
  Superinfecção;
  Manchas permanentes nos dentes;
  Retardo no crescimento;
  Alteração nos componentes do sangue;


8- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
  Podem diminuir a eficácia dos anticoncepcionais;
  Podem aumentar a biodisponibilidade da digoxina;
  Bicarbonato de sódio e outros produtos alcalinizantes podem diminuir
  sua absorção;
  Cátions divalentes ou trivalentes podem quelar as tetraciclinas.
  (Ferro, Magnésio, Zinco, Cálcio, Alumínio)
9- TETRACICLINAS DE USO CLÍNICO

   Tetraciclina     R1=H R2=OH R3= CH3 R4=H R5=H
     De ação curta, é a mais amplamente usada e de menor custo.
Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro.
Nomes Comerciais: Tetrex®, tetraciclina

   Oxitetraciclina R1=OH R2=OH R3= CH3 R4=H R5=H
Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro.
Nome Comercial: Terramicina®,

  Doxicilina    R1=H R2=H R3= CH3 R4=OH R5=H
  Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro.
Nome Comercial: Vibramicina®

  Minociclina  R1=H R2=H R3= H R4=N(CH3)2 R5=H
  Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro.
Nome Comercial: Minoderme®; Minomax ®

Contenu connexe

Tendances

Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Suzana Zaba Walczak
 
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivosresenfe2013
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Farmacologia Clínica dos MIPS
Farmacologia Clínica dos MIPSFarmacologia Clínica dos MIPS
Farmacologia Clínica dos MIPSTiago Sampaio
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Jaqueline Almeida
 
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)William Damasceno
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosJaqueline Almeida
 

Tendances (20)

Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1Ciclo da assistência farmacêutica1
Ciclo da assistência farmacêutica1
 
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivos
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
 
Introdução à farmacologia
Introdução à farmacologiaIntrodução à farmacologia
Introdução à farmacologia
 
Ansiolíticos
AnsiolíticosAnsiolíticos
Ansiolíticos
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
Farmacologia Clínica dos MIPS
Farmacologia Clínica dos MIPSFarmacologia Clínica dos MIPS
Farmacologia Clínica dos MIPS
 
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidaisAula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
 
Opióides
OpióidesOpióides
Opióides
 
Bases da farmacologia
Bases da farmacologiaBases da farmacologia
Bases da farmacologia
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
 
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Antimicrobianos
AntimicrobianosAntimicrobianos
Antimicrobianos
 
Benzodiazepinicos
BenzodiazepinicosBenzodiazepinicos
Benzodiazepinicos
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 

Similaire à Tetraciclinas e cloranfenicol

Fármacos antineoplásicos
Fármacos antineoplásicos Fármacos antineoplásicos
Fármacos antineoplásicos Safia Naser
 
Apresentação (nano).pptx
Apresentação (nano).pptxApresentação (nano).pptx
Apresentação (nano).pptxJoaoCovello1
 
Aula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolasAula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolasAdriana Madeira
 
Apresentaã‡ãƒo defesa
Apresentaã‡ãƒo defesaApresentaã‡ãƒo defesa
Apresentaã‡ãƒo defesacarlomitro
 
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasMacrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasSafia Naser
 
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdf
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdfUNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdf
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdfSidneyGonalodeLima
 
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetaisCarac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetaisÁdina Santana
 
Alimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasAlimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasGlaucia Perez
 

Similaire à Tetraciclinas e cloranfenicol (12)

Fármacos antineoplásicos
Fármacos antineoplásicos Fármacos antineoplásicos
Fármacos antineoplásicos
 
Sulfas
SulfasSulfas
Sulfas
 
Apresentação (nano).pptx
Apresentação (nano).pptxApresentação (nano).pptx
Apresentação (nano).pptx
 
Membrana
MembranaMembrana
Membrana
 
Aula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolasAula defensivos agricolas
Aula defensivos agricolas
 
Apresentaã‡ãƒo defesa
Apresentaã‡ãƒo defesaApresentaã‡ãƒo defesa
Apresentaã‡ãƒo defesa
 
Haletos organicos
Haletos organicosHaletos organicos
Haletos organicos
 
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - LincosamidasMacrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
Macrolidios - Aminoglicosideos - Lincosamidas
 
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdf
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdfUNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdf
UNIDADE 7 -Substituição em Aromática 2023.pdf
 
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetaisCarac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
 
Antihistaminicos
AntihistaminicosAntihistaminicos
Antihistaminicos
 
Alimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicasAlimentos e funções orgânicas
Alimentos e funções orgânicas
 

Plus de Safia Naser

CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.Safia Naser
 
Colo uterino e coloscopia
Colo uterino e coloscopiaColo uterino e coloscopia
Colo uterino e coloscopiaSafia Naser
 
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.Safia Naser
 
Dimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoDimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoSafia Naser
 
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...Safia Naser
 
Caracterização sorológica e detecção
Caracterização sorológica e detecçãoCaracterização sorológica e detecção
Caracterização sorológica e detecçãoSafia Naser
 
Caracterização molecular e imunológica da
Caracterização molecular e imunológica daCaracterização molecular e imunológica da
Caracterização molecular e imunológica daSafia Naser
 
Doença de hodgkin hibridizaçao
Doença de hodgkin hibridizaçaoDoença de hodgkin hibridizaçao
Doença de hodgkin hibridizaçaoSafia Naser
 
Avaliação dos fatores de risco associados à
Avaliação dos fatores de risco associados àAvaliação dos fatores de risco associados à
Avaliação dos fatores de risco associados àSafia Naser
 
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidos
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidosAssociação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidos
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidosSafia Naser
 
Avanços laboratoriais em hematologia
Avanços laboratoriais em hematologiaAvanços laboratoriais em hematologia
Avanços laboratoriais em hematologiaSafia Naser
 
Controle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em CosmeticosControle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em CosmeticosSafia Naser
 
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale   Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale Safia Naser
 
Plantas Medicinais
Plantas MedicinaisPlantas Medicinais
Plantas MedicinaisSafia Naser
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoSafia Naser
 
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Safia Naser
 
Validação dos anticorpos monoclonais ad12
Validação dos anticorpos monoclonais ad12Validação dos anticorpos monoclonais ad12
Validação dos anticorpos monoclonais ad12Safia Naser
 
Anemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialAnemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialSafia Naser
 
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticas
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticasTratamentos para algumas especies de parasitas helminticas
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticasSafia Naser
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Safia Naser
 

Plus de Safia Naser (20)

CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
 
Colo uterino e coloscopia
Colo uterino e coloscopiaColo uterino e coloscopia
Colo uterino e coloscopia
 
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.
Divulgação técnica vírus oncogênicos em animais.
 
Dimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoDimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humano
 
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...
Detecção do genoma de hpv em pacientes com carcinoma espino celular da laring...
 
Caracterização sorológica e detecção
Caracterização sorológica e detecçãoCaracterização sorológica e detecção
Caracterização sorológica e detecção
 
Caracterização molecular e imunológica da
Caracterização molecular e imunológica daCaracterização molecular e imunológica da
Caracterização molecular e imunológica da
 
Doença de hodgkin hibridizaçao
Doença de hodgkin hibridizaçaoDoença de hodgkin hibridizaçao
Doença de hodgkin hibridizaçao
 
Avaliação dos fatores de risco associados à
Avaliação dos fatores de risco associados àAvaliação dos fatores de risco associados à
Avaliação dos fatores de risco associados à
 
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidos
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidosAssociação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidos
Associação do vírus epstein barr (ebv) com tumores sólidos
 
Avanços laboratoriais em hematologia
Avanços laboratoriais em hematologiaAvanços laboratoriais em hematologia
Avanços laboratoriais em hematologia
 
Controle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em CosmeticosControle de Qualidade em Cosmeticos
Controle de Qualidade em Cosmeticos
 
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale   Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale
Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale
 
Plantas Medicinais
Plantas MedicinaisPlantas Medicinais
Plantas Medicinais
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulação
 
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
Introdução de tecnicas de diagnostico molecular
 
Validação dos anticorpos monoclonais ad12
Validação dos anticorpos monoclonais ad12Validação dos anticorpos monoclonais ad12
Validação dos anticorpos monoclonais ad12
 
Anemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico DiferencialAnemias Diagnostico Diferencial
Anemias Diagnostico Diferencial
 
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticas
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticasTratamentos para algumas especies de parasitas helminticas
Tratamentos para algumas especies de parasitas helminticas
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
 

Tetraciclinas e cloranfenicol

  • 1. CLORANFENICOL E TETRACICLINAS 1. INTRODUÇÃO Obtidos de culturas em meados de 1950; Primeiros antibióticos de grande eficácia por via oral; Antibióticos de amplo espectro; Risco/benefício Baixo custo; CLORANFENICOL H O H NH C CHCl 2 O2N C C CH2OH
  • 2. 2- ESTRUTURA BÁSICA - Apresenta estrutura com 2 carbonos asssimétricos; forma 4 isômeros, mas somente o isômero dextro é ativo. - É obtido exclusivamente por via sintética; 3- RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE O grupo nitro pode ser substituído por grupos de igual força e atração sobre elétrons. O grupo dicloroacetila pode ser substituído pela grupo azidoacetila (CH2N3). Para mascarar o sabor amargo e melhorar as propriedades físico- químicas (esterificação) - pró-farmacos.
  • 3. 4. MECANISMO DE AÇÃO Interfere na síntese protéica (fixação do RNAm – Porção 50 S). Impedem a transferência da aminoácidos às cadeias peptídicas crescentes, inibindo a formação da biossíntese proteica.
  • 4. 4. MECANISMO DE AÇÃO Interfere na síntese protéica (fixação do RNAm). Antibiótico bacteriostático de amplo espectro. 5. INDICAÇÕES Febre tifóide aguda e salmonelas. Meningite Deve ser reservado para infecções graves em que antibióticos menos tóxicos são ineficazes. 6. EFEITOS COLATERAIS • Discrasias sanguíneas: agranulocitose e trombopenia • Aplasia medular • Síndrome cinzenta em recém-nascidos. (40 % de óbitos) • Superinfecção • Cefaléia, depressão leve, confusão mental, delírio.
  • 5. 7. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Aumentam os efeitos depressores da medula óssea dos anticonvulsivantes hidantoínicos; Reduzem a eficácia dos anticoncepcionais orais; Inibem a biotransformação da clorpropamida, fenitoína, fenobarbital; Podem antagonizar o efeito da eritromicina e lincosamidas; Reduzem o efeito das penicilinas; Podem intensificar o efeito hipoglicemiante das sulfoniluréias; Paracetamol pode aumentar seus efeitos. 8. PRODUTOS COMERCIAIS Cloranfenicol, Quemicetina, Farmicetina
  • 6. 9. DERIVADO DO CLORANFENICOL Tianfenicol H3C - SO2 - - Apresenta um grupo metilsulfonila em lugar do grupo nitro NO2. - Sua atividade é semelhante a do cloranfenicol, entretanto é igualmente eficaz e mais altamente bactericida para algumas espécies. Produto Comercial: Glitisol
  • 7. TETRACICLINAS R4 R3 R2 R1 N (C H 3 ) 2 H H OH OH N HR 5 OH O OH O O 1- ESTRUTURA BÁSICA Apresenta esqueleto octaidronaftaceno, sistema formado com quatro anéis condensados. 2- CLASSIFICAÇÃO Em geral são divididos em três classes: De ação curta (8 a 9 horas); De ação intermediária (12 a 14 horas); De ação longa (16 a 18 horas).
  • 8. R4 R3 R2 R1 N (C H 3 ) 2 H H OH OH N HR 5 OH O OH O O
  • 9. 3- RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE O grupo 2-amida: um dos átomos de H pode ser substituído sem perda da atividade. A fração 4-metilamino: a remoção deste grupo resulta em perda substancial da atividade. É importante ter pelo menos um CH3 nesta posição. Estereoquímica correta do grupo 4-metilamina: as 4 epitetraciclinas são menos ativas que as tetraciclinas naturais. Estereoquímica correta dos substituintes no carbono 5a: a epimerização ou desidrogenação causa sensível perda da atividade. O sistema conjugado formado pelos átomos de carbono 10 a 12, no qual o oxigênio se dispõe nas posições 10, 11 e 12, parece ser essencial para a ocorrência da atividade biológica.
  • 10. H CH3 R1 O R2H R3 H N CH3 7 6 5 4 O 8 6a 5a 4a 3 H 9 10a 11a H 12a O 2 10 11 12 1 O C H O O O O N H H H H
  • 11. 4- PROPRIEDADES São compostos anfóteros; Possuem propriedade quelante; pH 2 a 6 - podem sofrer epimerização no átomo de carbono C4 ; Ácidos e bases fortes inativam as tetraciclinas portadoras de OH na posição 6. 5- MECANISMO DE AÇÃO Agem interferindo na síntese proteíca na porção 30S(fixação do RNAt). São, geralmente, bacteriostáticas. 6- INDICAÇÕES São grande as diferenças dos derivados tetraciclínicos, mas o espectro de atividade é semelhante. Agem em infecções por grandes vírus; Em bactérias Gram + e -; É o medicamento de 1a escolha na leptospirose; Tem boa atividade em infecções respiratórias; Profilático nos casos de pacientes portadores de bronquite crônica com surto repetido de infecções.
  • 12. 7- EFEITOS COLATERAIS Reações de fotossensibilidade; Superinfecção; Manchas permanentes nos dentes; Retardo no crescimento; Alteração nos componentes do sangue; 8- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Podem diminuir a eficácia dos anticoncepcionais; Podem aumentar a biodisponibilidade da digoxina; Bicarbonato de sódio e outros produtos alcalinizantes podem diminuir sua absorção; Cátions divalentes ou trivalentes podem quelar as tetraciclinas. (Ferro, Magnésio, Zinco, Cálcio, Alumínio)
  • 13. 9- TETRACICLINAS DE USO CLÍNICO Tetraciclina R1=H R2=OH R3= CH3 R4=H R5=H De ação curta, é a mais amplamente usada e de menor custo. Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Nomes Comerciais: Tetrex®, tetraciclina Oxitetraciclina R1=OH R2=OH R3= CH3 R4=H R5=H Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Nome Comercial: Terramicina®, Doxicilina R1=H R2=H R3= CH3 R4=OH R5=H Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Nome Comercial: Vibramicina® Minociclina R1=H R2=H R3= H R4=N(CH3)2 R5=H Farmacodinâmica: antibiótico bacteriostático de amplo espectro. Nome Comercial: Minoderme®; Minomax ®