O documento descreve o mecanismo de ação do flúor na prevenção da cárie dental. O flúor é depositado na área desmineralizada do dente na forma de fluorapatita ou fluorhidroxiapatita, promovendo a remineralização ao mesmo tempo que inibe a desmineralização e a atividade de bactérias cariogênicas. A administração constante de flúor pode mudar o tipo de bactéria predominante na boca para aquelas menos ácido-produtoras.
Livro dentistica - saude e estetica 2 ed (completo)
Flúor ii
1. FLÚOR IIFLÚOR II
Auxiliar em Saúde Bucal – EADAuxiliar em Saúde Bucal – EAD
Prof.: Catarine GrisaProf.: Catarine Grisa
2. MECANISMO DE AÇÃO DOMECANISMO DE AÇÃO DO
FLÚORFLÚOR
Durante o processo de formação de umaDurante o processo de formação de uma
lesão cariosa ocorre inicialmente uma queda dolesão cariosa ocorre inicialmente uma queda do
pH no meio ambiente da placa e esmalte,pH no meio ambiente da placa e esmalte,
condição esta em que a hidroxiapatita pode secondição esta em que a hidroxiapatita pode se
dissolver. O Flúor estando presente no meio édissolver. O Flúor estando presente no meio é
depositado sobre a área desmineralizada dodepositado sobre a área desmineralizada do
dente sob a forma de fluorapatita oudente sob a forma de fluorapatita ou
fluorhidroxiapatita. Portanto aomesmo tempo fluorhidroxiapatita. Portanto aomesmo tempo
em que estiver ocorrendo a desmineralizaçãoem que estiver ocorrendo a desmineralização
da hidroxiapatita estará ocorrendo a formaçãoda hidroxiapatita estará ocorrendo a formação
da fluorhidroxiapatita.da fluorhidroxiapatita.
3. O Flúor atua na remineralização ao mesmoO Flúor atua na remineralização ao mesmo
tempo que inibe a desmineralização. Ele interfere notempo que inibe a desmineralização. Ele interfere no
crescimento, multiplicação e metabolismo dascrescimento, multiplicação e metabolismo das
bactérias.bactérias.
A administração constante de flúor pode levar aA administração constante de flúor pode levar a
mudanças no tipo de bactéria predominante no meiomudanças no tipo de bactéria predominante no meio
bucal favorecendo aquelas que são menos ácido-bucal favorecendo aquelas que são menos ácido-
produtoras.produtoras.
LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
Artigo 1: O PROCESSO DES-RE (Artigo 1)
Artigo 2: Cárie dentária e flúor: uma relação
do século XX
4. a. Ao ser ingerido, o flúor entra em
contato com o esmalte e a placa dentais
e, já neste momento exerce sua ação.
b e c. Em seguida, é absorvido pelo
trato gastrointestinal, inicialmente no
estômago e, em seguida, no intestino.
d. No sistema gastro-intestinal, o flúor
passa para a corrente sanguínea onde é
distribuído para várias partes do corpo,
inclusive para a cavidade oral, através
da saliva, onde também entra em
contato com os dentes e exerce seu
efeito preventivo.
e. O flúor é armazenado no osso
renovável.
f e g. O flúor em excesso é, então,
metabolizado pelos rins (f), armazenado
na bexiga (g) e excretado pela urina.
h. Excreção fecal do flúor.
5.
6. CONCLUSÕESCONCLUSÕES
Alto conteúdo de flúor nos tecidos dentaisAlto conteúdo de flúor nos tecidos dentais
duros é menos importante que presençaduros é menos importante que presença
moderada e constante de flúor no meio oralmoderada e constante de flúor no meio oral
É importante manter flúor na saliva e no fluidoÉ importante manter flúor na saliva e no fluido
da placa para o controle da dissolução doda placa para o controle da dissolução do
esmalte/dentinaesmalte/dentina
Ao contrário do que se acreditava antigamente,Ao contrário do que se acreditava antigamente,
o flúor importante é aquele presenteo flúor importante é aquele presente
constantemente na cavidade bucal,constantemente na cavidade bucal,
participando do processo de cárie e agindoparticipando do processo de cárie e agindo
diretamente na DES/REdiretamente na DES/RE
7. REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
BARROS, R.C. de. O Processo Des-Re.BARROS, R.C. de. O Processo Des-Re. RGORGO, 37 (3) : 181-184,, 37 (3) : 181-184,
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Tratamento Clínico.Tratamento Clínico. São Paulo: Santos, 2005. Cap.13, p.189-São Paulo: Santos, 2005. Cap.13, p.189-
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11ª edição. São Paulo, SP, 2006, pág. 111-124.11ª edição. São Paulo, SP, 2006, pág. 111-124.
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Ciência & Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva, 5(2):381-392, 2000., 5(2):381-392, 2000.