1. Uma associação de moradores enviou ofícios para a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) pedindo informações sobre o projeto e andamento da obra de recuperação do Aterro do Itariri, mas não recebeu resposta.
2. A situação atual do aterro é de colapso, com dois lixões, descaso, falta de controle e segurança, queima de lixo hospitalar e recortes em área de preservação permanente.
3. A associação pede que a CONDER apresent
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Ilhéus 13 de maio de 2013.
A COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA (CONDER)
Ilmº. Jose Lucio Lima Machado
MD. Diretor Presidente
C/C Ministério Público Federal (MPF)
C/C Ministério Público Estadual (MPE)
C/C Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)
C/C Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA)
Prezado Senhor,
O Governo do Estado da Bahia se comprometeu com a população de Ilhéus em promover a
Recuperação Funcional e Ambiental do Aterro do Itariri, algo muito divulgado em todos os
meios de comunicação com muita propaganda, e hoje o que assistimos é descaso da
Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) desde Fevereiro/13 em
atender e responder a solicitação da sociedade civil através dos ofícios encaminhados pela
Associação de Moradores do Bairro do Hernani-sá (PROURBIS) e Conselho de Meio Ambiente
de Ilhéus (CONDEMA) em apresentar o Projeto e andamento da obra do Aterro, e as propostas
de melhoria da atual situação.
Nos últimos dias, o quadro que verificamos (conforme fotos em anexo) é a existência de dois
lixões: um na entrada no aterro, outro onde deveria estar às células, somente uma máquina
trabalhando no sentido de impedir que montanhas de lixo ainda maiores se formem. A área
antropizada aumentou consideravelmente, principalmente na lateral direita em área de morro
considerada Área de Preservação Permanente (APP) com recortes visíveis, um verdadeiro
contraste de lixo e Mata Atlântica. Existem varias valas com lixo hospitalar, algumas ainda
queimando outras com material que deverá ser queimado. O aterro é um equipamento sem
nenhum controle com segurança e entrada de veículos e pessoas. A situação é de colapso,
este documento está com uma cópia para que o Ministério Público Federal e Estadual e
INEMA para que assim possam conhecer a situação e intervir com vistas a contribuir no que
determina a Constituição Federal que garante que “todos tem direito a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado e de uso comum para a população” e conforme também
preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei 12.305/10 e a Lei de Saneamento Básico
11.445/07.
Diante dessa situação e como membros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(COMDEMA) questionamos o seguinte: qual a resposta da CONDER para nosso pleito, é algo
que não é transparente? Qual será a intervenção técnica para resolução do atual quadro de
colapso que se encontra, ou não existe? Qual o papel da “Comissão Técnica de Garantia
Ambiental (CTGA) “da CONDER que não se manifesta junto com os fiscais responsáveis por
essa “obra” que se tornou um grande lixão a céu aberto”? Sendo assim queremos a
apresentação do andamento da obra com a presença do Ministério Publico para garantir a Lei
de Acesso a Informação algo que a CONDER através da Superintendência de Resíduos Sólidos
sempre ignorou durante essa obra. Por fim, solicitamos que o Ministério Público no uso de
suas atribuições intervenha de forma a impedir um impacto socioambiental ainda maior.
Atenciosamente,
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ANEXOS: Fotos da situação atual do lixão do Itariri.
Figura 1 – Entrada do aterro totalmente coberta de resíduos sólidos.
Figura 2 – Material disposto a céu aberto e queima de resíduos sólidos.
Figura 3 – Recortes em Áreas de Preservação Permanente e supressão de vegetação nativa.