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acadêmicos?
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vocêtersucessonaentregadequalquer
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2
AApprreesseennttaaççããoo
Afinal, como se faz uma pesquisa? A pesquisa é um processo de investigação, de
construção do conhecimento e de aprendizagem que tem como objetivo produzir novas
informações e comprovar ou contestar uma teoria, hipótese ou tese. É uma das formas do
pesquisador compreender e apreender um fenômeno, uma informação ou um fato, através
de um procedimento lógico de investigação. É buscar uma resposta.
Lendo o parágrafo acima pode parecer complicado, mas não é! É inerente ao ser
humano o instinto de buscar respostas para as suas dúvidas e perguntas. Fazemos isso
diariamente, seja na nossa vida pessoal, no nosso trabalho, na escola ou na faculdade.
Somos curiosos por natureza. Quando aliamos a esse impulso disciplina e método, estamos
no caminho certo para termos sucesso na tarefa de pesquisar.
Mas, como se faz uma pesquisa? Como se monta um projeto? Para ajudar a
responder essa que é a grande dúvida da maioria dos estudantes, elaboramos esta apostila
que compila informações e dicas que vão auxiliar no conhecimento das principais etapas da
pesquisa e da elaboração de projetos.
As informações apresentadas neste manual estão fundamentadas nas normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é o órgão responsável pela
normalização técnica no Brasil. Mas, é importante lembrar que algumas universidades
publicam seus próprios manuais e roteiros para elaboração de projetos e trabalhos
acadêmicos. Por isso, consulte sempre seu professor/orientador, ou a instituição que você
pretende apresentar seu projeto, para saber quais as exigências necessárias para a
realização da sua tarefa.
3
SSuummáárriioo
Apresentação......................................................................................................................2
Capítulo 1 Os tipos de pesquisa..........................................................................................5
1.1 Segundo sua natureza..........................................................................................................5
1.2 Segundo a forma de abordagem do problema....................................................................5
1.3 Segundo os objetivos...........................................................................................................6
1.4 Segundo a coleta de dados..................................................................................................6
Capítulo 2 As etapas da pesquisa .............................................................................................8
2.1 Primeira etapa: planejamento da pesquisa.........................................................................8
2.1.1 A escolha do tema..........................................................................................................8
2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico...................................................10
2.1.3 A formulação do problema..........................................................................................10
2.1.4 A justificativa................................................................................................................11
2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa.........................................................................11
2.1.6 A metodologia da pesquisa..........................................................................................12
2.1.7 Elaboração do projeto de pesquisa..............................................................................12
2.2 Segunda etapa: execução da pesquisa..............................................................................12
2.3 Terceira etapa: redação da monografia.............................................................................13
Capítulo 3 A estrutura do projeto de pesquisa......................................................................15
3.1 Elementos pré-textuais......................................................................................................16
3.1.1 Capa................................................................................................................................16
3.1.2 Lombada.........................................................................................................................18
3.1.3 Folha de rosto.................................................................................................................18
3.1.4 Lista de ilustrações..........................................................................................................20
3.1.5 Lista de tabelas...............................................................................................................21
3.1.6 Lista de abreviaturas.......................................................................................................21
3.1.7 Lista de símbolos.............................................................................................................22
3.1.8 Sumário...........................................................................................................................23
3.2 Elementos textuais.............................................................................................................24
3.2.1 Cronograma....................................................................................................................24
3.2.2 Orçamento...................................................................................................................25
3.3 Elementos pós-textuais......................................................................................................25
3.3.1 Referências......................................................................................................................28
4
3.3.2 Glossário.........................................................................................................................32
3.3.3 Apêndice.........................................................................................................................32
3.3.4 Anexos.............................................................................................................................32
3.3.5 Índice...............................................................................................................................32
Capítulo 4 Regras para a apresentação de projetos de pesquisa........................................33
4.1 Formato..............................................................................................................................33
4.2 Margens.............................................................................................................................33
4.3 Alinhamento e espaçamento.............................................................................................33
4.4 Notas de rodapé................................................................................................................34
4.5 Parágrafos..........................................................................................................................34
4.6 Numeração das seções/capítulos......................................................................................34
4.7 Títulos das seções/capítulos..............................................................................................35
4.8 Paginação...........................................................................................................................35
4.9 Citações .............................................................................................................................35
4.9.1 Regras para a apresentação das citações.......................................................................35
Referências..............................................................................................................................39
5
CCaappííttuulloo 11 OOss TTiippooss ddee PPeessqquuiissaa
Para realizar uma pesquisa utilizamos uma série de instrumentos, escolhidos de
acordo com os resultados que buscamos alcançar. Dessa maneira, a pesquisa pode ser
classificada de acordo com vários critérios:
1.1 Segundo sua natureza
Segundo sua natureza, ela pode ser:
a) Básica: é a que tem como objetivo gerar conhecimentos específicos, sem uma
aplicação prática prevista;
b) Aplicada: que busca produzir conhecimentos para aplicação prática, para
solucionar problemas específicos.
1.2 Segundo a forma de abordagem do problema
Segundo a forma de abordagem do problema, pode ser classificada como:
a) Quantitativa: quando leva em consideração tudo pode ser quantificável. Ela
traduz opiniões e informações em números, para então serem classificadas e analisadas.
Para isso, são utilizados recursos e técnicas estatísticas.
b) Qualitativa: é a que não se preocupa só com a representatividade numérica,
mas principalmente com a compreensão em profundidade de um fenômeno específico. A
pesquisa qualitativa trabalha com descrições, comparações e interpretações.
6
1.3 Segundo os objetivos
Segundo os seus objetivos, a pesquisa pode ser:
a) Exploratória: quando busca promover uma aproximação com o objeto de
estudo. Em geral, são as pesquisas bibliográficas e/ou estudos de caso.
b) Descritiva: seu objetivo é descrever as características dos fatos e dos fenômenos
ou estabelecer relações entre variáveis. Normalmente, assume a forma de levantamento.
c) Analítica: é aquela que identifica os fatores que determinam ou contribuem para
a ocorrência do fenômeno. Explica a razão, ou o porquê das coisas. Se expressa
normalmente através de pesquisas experimentais.
1.4 Segundo a coleta de dados
Segundo a coleta de dados, pode caracterizar-se como:
a) Bibliográfica: elaborada a partir de publicações (livros, artigos de periódicos,
anais de eventos, material disponibilizado na Internet, etc.).
b) Documental: preparada a partir de documentos inéditos, que ainda não foram
analisados. Neste item, incluem-se as mais diversas fontes, desde documentos escritos e
dados estatísticos, até cinema, música, pintura, etc.
c) Experimental: é quando se manipula diretamente as varáveis relacionadas ao
objeto de estudo. Durante o processo ocorre a influência direta do pesquisador. A pesquisa
experimental divide-se em:
7
• Estudo de caso: é o estudo aprofundado de um objeto específico, com o
objetivo de identificar o que há de mais essencial e característico nele.
• Pesquisa expost-facto: o pesquisador observa o fato, fenômeno ou processo,
após a sua ocorrência.
• Pesquisa-ação: é aquela planejada e realizada em conjunto e com o objetivo
de solucionar um problema coletivo. Os envolvidos trabalham de modo cooperativo ou
participativo.
8
CCaappííttuulloo 22 AAss EEttaappaass ddaa PPeessqquuiissaa
Toda a atividade de pesquisa e redação de monografias exige um planejamento
prévio. A elaboração de um projeto faz parte da etapa de planejamento. Com ele pronto,
temos um guia prático que vai ser muito útil na hora da execução da tarefa em si, tornando a
atividade muito mais fácil de ser realizada.
E quando iniciamos a pesquisa, também é necessário seguir certa ordem na
realização das tarefas. Por exemplo, a redação do texto final da monografia é a última etapa
do trabalho, pois tem como objetivo divulgar os resultados da investigação. E não dá para
começar um trabalho pelo final. Por isso, elaboramos um pequeno guia sobre as etapas da
pesquisa e o que fazer em cada uma delas.
2.1 Primeira etapa: planejamento da pesquisa
2.1.1 A escolha do tema
Das fases do planejamento de uma pesquisa, a escolha do tema é um dos momentos
mais importantes e um dos que mais geram dúvidas e receios. Mas, essas dificuldades
podem ser amenizadas se observarmos algumas dicas importantes. A mais valiosa delas é
que o assunto escolhido seja do interesse do estudante e algo que não lhe seja totalmente
desconhecido. Começar do zero é sempre mais complicado. Por isso, é importante que se
opte por um tema sobre o qual se tenha algumas informações, leituras já realizadas,
bibliografia conhecida, contato prévio através de estágios ou bolsas de iniciação científica;
ou matérias discutidas com professores e colegas, inclusive aquelas que o aluno já tratou em
trabalhos e monografias.
9
Outro fator importante a ser observado é que o assunto precisa ser relevante,
interessante e, se possível, original. E se ele já não é assim tão inédito, é preciso inovar nas
formas de abordagem e no uso das fontes. Afinal, uma pesquisa repetida, a não ser que
demonstre resultados diferentes ou um novo tratamento, não tem absolutamente nenhuma
importância.
É claro que algumas dessas dicas se aplicam muito mais aos trabalhos desenvolvidos
nos cursos de pós-graduação do que nos de graduação. No caso dos Trabalhos de Conclusão,
o nível de exigência será determinado pela faculdade, mas é sempre menor do que nos
cursos de mestrado e doutorado. Nesse caso, é sempre interessante manter um diálogo com
o professor/orientador, a fim de esclarecer todas as dúvidas que surgirem ao longo do
processo e para tomar conhecimentos sobre os padrões e níveis de cobrança que deverão
ser respeitados.
Escolhido o tema, é necessário definir recortes, limites ou restrições para o
desenvolvimento da pesquisa. Não se pode escrever sobre tudo e é preciso estabelecer
esses perímetros para que o trabalho tenha coerência, densidade e não fuja do seu objetivo
principal. No caso dos cursos de Pós-Graduação, é preciso lembrar que o tema escolhido
deve estar ligado às linhas de pesquisa do curso ao qual se está vinculado ou a do
orientador. Em alguns casos, os alunos desenvolvem seus trabalhos a partir das pesquisas de
seus orientadores. Essa é uma boa opção para quem realiza atividades de iniciação científica
ou estágio.
Em resumo, ao escolher um tema para a monografia é necessário refletir não só
sobre a sua importância, mas também sobre o domínio que temos sobre ele. Será muito
mais fácil para o estudante desenvolver um trabalho sobre um assunto que ele goste, tenha
interesse e um prévio conhecimento, do que começar do zero.
10
2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico
Ainda na fase de planejamento, após a definição do tema, o ideal seria que a próxima
etapa da pesquisa fosse o levantamento bibliográfico e a revisão da literatura já publicada
sobre o tema escolhido. É importante identificarmos quem já escreveu sobre o assunto, ou
assuntos correlatos, o quê, onde e quando foi publicado, quais aspectos já foram abordados
e quais as brechas existentes. Essa tarefa é extremamente importante, pois evitará que o
estudante repita o trabalho feito por outro pesquisador e o ajudará a delimitar o problema
da sua pesquisa, identificando novas possibilidades e novas formas de abordagem.
Através do levantamento bibliográfico, o aluno irá conferir e consultar nos principais
acervos (bibliotecas, arquivos, instituições de pesquisa, revistas eletrônicas, internet, etc.) as
publicações e referências existentes sobre seu tema de pesquisa.
No caso do levantamento de fontes, o estudante irá definir quais documentos, dados,
informações, relatórios, etc. serão utilizados além da bibliografia, onde eles estão localizados
e como irá acessá-los.
Nessa etapa, é importante que o pesquisador faça anotações. O uso das fichas de
leitura ou fichamentos é essencial. Dessa maneira, na hora da redação da monografia as
informações e dados relevantes já estarão previamente organizados.
2.1.3 A formulação do problema
Com o tema definido, a literatura revisada e as fontes levantadas, o próximo passo
dentro da fase de planejamento da pesquisa será a formulação do problema que você
pretende resolver através dela. É a pergunta que você vai responder com o seu trabalho.
11
No caso das pesquisas de mestrado e doutorado, também podem ser formuladas
hipóteses. A diferença entre hipótese e problema reside na sua complexidade. Uma
hipótese é uma premissa mais elaborada, que exige um nível de reflexão mais aprofundado.
É uma afirmação, ou uma suposição, que necessita ser comprovada, ou não, pela
pesquisa. É uma suposta e possível resposta a um problema. Ou, é a resposta provisória que
você idealiza para o problema formulado.
2.1.4 Justificativa
A justificativa deve explicar os critérios para a escolha do tema, destacar a sua
importância e a sua relevância, bem como seus aspectos positivos e principalmente a
contribuição, as vantagens e os benefícios que a pesquisa proporcionará para a
coletividade.
2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa
É importante destacarmos a etapa que define os objetivos gerais e específicos. Eles
resumem o que se pretende conseguir com a pesquisa e com a monografia. Devem ser
coerentes com a justificativa e com o problema proposto. São eles que deixarão claro para o
leitor o porquê do trabalho, isto é, quais os resultados que se pretende alcançar com ele ou
qual a contribuição que a pesquisa irá efetivamente proporcionar aos demais estudantes e
ao mundo acadêmico.
O objetivo geral: em linhas gerais, define o que se pretende alcançar com o trabalho.
Os objetivos específicos: especificam detalhes do objetivo geral.
Para facilitar a redação da sua monografia, lembre-se que os enunciados dos
objetivos devem sempre começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma
12
ação passível de mensuração - analisar, discutir, definir, interpretar, examinar, comparar,
classificar, organizar, avaliar, etc. Ou seja, a monografia irá “comparar dados”, “analisar
informações”, “definir estratégias”, “discutir conceitos”, por exemplo.
2.1.6 A metodologia da pesquisa
Certamente, esta é uma etapa do planejamento da pesquisa que gera mais dúvidas e
incertezas. Quando o estudante define a metodologia que utilizará, isso significa que ele vai
explicar e detalhar toda a ação que será realizada ao longo do processo de elaboração do
trabalho.
A metodologia define o tipo de pesquisa que se pretende fazer e os pressupostos
teórico-metodológicos que se deseja utilizar. Devem ser descritas as técnicas, os
procedimentos, os instrumentos, os equipamentos e materiais a serem utilizados, as
variáveis - quando necessário -, onde e como serão coletados os dados, e de que maneira
serão interpretados, a fim de solucionar o problema da pesquisa e atingir os objetivos
propostos.
Outro elemento importante na elaboração de monografias, principalmente
dissertações de mestrado e teses de doutorado, é a teoria. Ela pode ser definida como um
conjunto de idéias, afirmações e princípios que facilitam a ampla compreensão de um
objeto. Pode ser entendida também como uma expressão da forma de se pensar e entender
um fenômeno, a partir da sua observação. A teoria está diretamente ligada à metodologia,
pois é ela quem orienta as análises e interpretações. Além disso, é um instrumento que nos
auxilia a questionar, problematizar e encontrar novas formas de abordagem e interpretação
do objeto pesquisado.
13
2.1.7 A elaboração do projeto de pesquisa (Veja o Capítulo 3: A estrutura do projeto de
pesquisa)
2.2 Segunda etapa: execução da pesquisa
Encerrada a fase de planejamento, o próximo passo é o da execução da pesquisa.
Essa etapa consiste basicamente em quatro momentos: a coleta de dados, a análise de
dados, a análise e discussão dos resultados e a conclusão da análise dos resultados.
Com o levantamento bibliográfico, das fontes e a revisão bibliográfica concluídos, é
o momento de se coletar os dados, organizá-los, avaliá-los e discuti-los. É a hora em que o
estudante vai interpretar e analisar, comparar e confrontar as informações obtidas, a fim de
cumprir os objetivos, confirmando e respondendo, ou não, o problema, a hipótese ou o
problema da pesquisa, tendo sempre como diretriz o referencial teórico-metodológico.
Nesta fase, o estudante já terá subsídios para sistematizar os resultados obtidos
com a pesquisa. É o momento em que ele vai definir se os objetivos propostos foram
alcançados, se o problema foi respondido, ou se a hipótese foi confirmada ou não. Além
disso, ao concluir esta etapa será possível definir a contribuição da pesquisa para o meio
acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Com todos os dados
organizados, sistematizados e analisados, a próxima tarefa é a redação da monografia.
2.3 Terceira etapa: redação da monografia
A redação é a fase final da pesquisa. É quando o estudante vai escrever seu relatório,
ou sua monografia, e apresentar os resultados obtidos com a pesquisa. É importante
lembrar que o texto deve ser claro, objetivo, gramaticalmente correto e de acordo com as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Vale salientar que alguns
cursos e universidades têm seus próprios manuais, normas e orientações, que devem ser
observadas na hora da execução da tarefa.
14
Existem diversos tipos de trabalhos científicos e acadêmicos. Normalmente, quando
um professor pede em sala de aula um trabalho ou pesquisa sobre determinado assunto, na
verdade ele está solicitando um estudo dirigido ou uma revisão bibliográfica, e não uma
pesquisa científica propriamente dita. Um trabalho científico é aquele que é resultado de
uma pesquisa conduzida com critério, método e referencial teórico, e que requer
aprofundamento da bibliografia e tempo para o desenvolvimento e para a redação do texto
final.
Neste caso, incluem-se os trabalhos de conclusão de curso, as dissertações de
mestrado e as teses de doutorado. Mas, existem outros tipos de trabalhos científicos e
acadêmicos, como artigos, papers, relatórios, etc. O que distingue estes diferentes tipos são
os níveis de profundidade e originalidade, bem como a exigência de defesa pública para
alguns deles. Para obter informações e dicas sobre como fazer monografias e outros tipos de
trabalhos acadêmicos de acordo com as normas da ABNT, consulte o e-book do Zé Moleza
“Como Fazer Monografias: Guia de Elaboração de Trabalhos Acadêmico”, disponível no site
www.zemoleza.com.br .
15
CCaappííttuulloo 33 AA eessttrruuttuurraa ddoo pprroojjeettoo ddee ppeessqquuiissaa
Toda atividade de pesquisa e redação de monografias, ou outros tipos de trabalhos
acadêmicos, exige um planejamento prévio. Primeiro, precisamos de uma idéia, de uma
definição sobre o assunto que gostaríamos de investigar. Em seguida, é essencial
verificarmos a disponibilidade de fontes e de bibliografia sobre o tema escolhido. Por fim,
vem a elaboração de um projeto que cumprirá a função de nos guiar até o nosso objetivo
final, prevendo as etapas do trabalho de forma organizada e eficiente, definindo onde
queremos chegar. Essa tarefa faz parte da etapa de planejamento de uma pesquisa. É a
descrição da estrutura da pesquisa.
A estrutura e a apresentação de projetos de pesquisa são definidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR15287, 1992). Mas, o conteúdo pode variar de
acordo com a área de conhecimento e os níveis aos quais se aplica. Um projeto para a escola
não tem a mesma complexidade que um de trabalho de conclusão de curso de graduação,
que por sua vez é menos complicado que um de dissertação de mestrado, e assim por
diante. Assim como, um projeto para a área de Química vai ter elementos diferentes de um
de Literatura.
Apesar dessas variações que especificamos, são estes os elementos essenciais que
fazem parte do projeto de pesquisa (ABNT NBR 15287, 1992):
16
Tabela 1 – Estrutura do projeto de pesquisa
3.1 Elementos pré-textuais
3.1.1 Capa
A capa do projeto de pesquisa deve apresentar informações que permitam identificar
o projeto e o autor. Entre os elementos essenciais da capa estão:
• Nome da instituição a qual o projeto será submetido;
• Nome completo do autor (ou autores);
• Título e subtítulo;
• Local (cidade) da instituição a qual o projeto será submetido;
• Ano da entrega do projeto.
Elementos Pré-Textuais
Capa (obrigatório)
Lombada (opcional)
Folha de Rosto (obrigatório)
Lista de Ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Elementos Textuais
Introdução
Definição do tema
Problema ou questão de pesquisa
Hipóteses
Objetivos
Justificativa
Abordagem teórica ou referencial teórico
Metodologia
Cronograma
Orçamento
Elementos Pós-Textuais
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)
17
Figura 1 - Capa
18
3.1.2 Lombada
É a parte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas1
. A lombada
deve apresentar os seguintes elementos:
• Nome do autor;
• Título do trabalho;
• Elementos alfanuméricos de identificação de volume, fascículo e data.
Figura 2 – Lombada
3.1.3 Folha de rosto
A folha de rosto apresenta as informações de identificação do projeto e do autor,
nesta ordem:
• Nome completo do autor (ou autores);
• Título e subtítulos;
• Tipo de projeto de pesquisa e o nome da entidade a que deve ser submetido;
• Nome do orientador;
• Local (cidade) da instituição onde ele será apresentado;
• Data (ano) da entrega do projeto.
1
A lombada deve ser impressa de acordo com a norma ABNT NBR 12225.
19
Observação: Caso a instituição exija, os dados curriculares do autor deverão ser
apresentados em folhas distintas, inseridas após a folha de rosto.
Figura 3 – Folha de rosto
20
3.1.4 Lista de ilustrações
Identifica e apresenta os elementos ilustrativos (figuras, quadros, gráficos, desenhos,
fotografias, organogramas, etc.) na ordem em que estão presentes no texto, com os
respectivos números das páginas onde aparecem. É recomendável que cada tipo de
ilustração tenha sua própria lista.
Figura 4 – Lista de Ilustrações
21
3.1.5 Lista de tabelas
Da mesma maneira que a lista de ilustrações, também deve ser elaborada
respeitando a ordem em que as tabelas aparecem no texto, indicando os respectivos
números de páginas. Deve ser elaborada no mesmo formato da lista de ilustrações.
3.1.6 Lista de abreviaturas e siglas
Lista das siglas e abreviaturas seguidas pelo seu significado transposto em palavras ou
expressões grafadas por extenso, organizada por ordem alfabética. Também é recomendável
uma lista para cada tipo.
22
Figura 5 – Lista de siglas e abreviaturas
3.1.7 Lista de símbolos
Lista elaborada conforme a ordem que os símbolos aparecem no texto,
acompanhados dos seus significados, no mesmo formato das listas anteriores.
23
3.1.8 Sumário
O sumário é a relação dos capítulos, seções e subseções do texto na ordem em que
aparecem no projeto, com a respectiva indicação da página. Deve ser elaborado de acordo
com a ABNT NBR6027.
Figura 6 – Sumário
24
3.2 Elementos textuais
Os elementos textuais são constituídos por uma parte introdutória, na qual o autor
do projeto deve apresentar o tema da pesquisa, o problema a ser abordado, quando for o
caso a hipótese, o objetivo a ser atingido (e objetivos específicos) e a justificativa. O projeto
deve apresentar um levantamento bibliográfico e a revisão da literatura já publicada sobre o
tema escolhido. Da mesma maneira, devem constar documentos, dados, informações,
relatórios, etc. que serão utilizados como fontes da pesquisa, além da bibliografia, onde eles
estão localizados e como serão acessados2
.
O autor ainda deve indicar o referencial teórico que embasa seu trabalho, bem como
a metodologia a ser utilizada3
.
Além desses itens, deve constar um cronograma de execução do projeto e um
orçamento, especificando custos e recursos.
3.2.1 Cronograma
O cronograma indica o tempo que o estudante dedicará para a realização de cada
uma das etapas previstas em seu projeto. Pode ser apresentado em texto ou em forma de
tabela. Abaixo, uma sugestão de tabela para a execução de um projeto de mestrado, que
tem em média 24 meses de duração:
2
Veja os itens 2.1.1 A escolha do tema da monografia, 2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico, 2.1.3 A formulação do
problema, 2.1.4 A justificativa e 2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa.
3
Veja o item 2.1.6 A metodologia da pesquisa.
25
Tabela 2 – Cronograma
Execução do Projeto – Ano 1 Jan. Fev. Mar. Abril Maio Junho Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Cursar as disciplinas do currículo do mestrado x x x x x x x x x
Levantar e revisar a bibliografia x x x x x x x
Levantar e coletar fontes e documentos x x x x x x x
Compilar as informações obtidas, interpretar e analisar os dados x x x x x
Execução do Projeto – Ano 2 Jan. Fev. Mar. Abril Maio Junho Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Analisar e interpretar os resultados x x x
Redigir a dissertação x x x x x x
Revisar e ajustar o texto x x
Entregar o trabalho x
A tabela também pode ser divida em bimestres, trimestres, semestres, etc.
3.2.2 Orçamento
O orçamento apresenta os recursos e custos necessários para realização do projeto. É
um item importante quando a pesquisa proposta está vinculada a alguma instituição ou é
subsidiada por alguma empresa. É essencial se o estudante pretende pleitear uma bolsa de
estudos de programas e instituições de fomento, como o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES). Também pode ser apresentado em forma de tabela.
3.3 Elementos pós-textuais
3.3.1 Referências
Segundo a ABNT, referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos,
retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no
todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Devem ser
incluídas na lista de referências apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a
elaboração do trabalho. A referência pode aparecer no rodapé, no fim de texto ou de
26
capítulo, ou em lista de referências. As referências devem ser digitadas, usando espaço
simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las.
Já as obras lidas, ou sugeridas, que não foram citadas ao longo do trabalho, devem
constar no item Bibliografia, que deve ser incluído no trabalho logo após das referências.
Os elementos essenciais da referência são: autor (es), título, edição, local, editora e
data de publicação. São dados complementares: a descrição física (número de páginas ou
volumes), ilustração, dimensão, série ou coleção, notas especiais e ISBN. Exemplos:
• Modelo geral
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, ano. Páginas.
• Um autor
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. 36 ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 280p.
• Dois ou três autores
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa
em ciências humanas. 1 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. 340p.
PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, 2,
primeiro grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.
27
• Mais de três autores
Neste caso, indica-se apenas o primeiro autor, acrescentando-se a expressão “et al”
para indicar que há mais de 3 autores.
URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA,
1994.
• Coletâneas
No caso de obras com vários autores, a referência inicia com o nome do responsável
pela publicação, seguido pelo seu tipo de participação abreviada entre parênteses
(organizador, compilador, editor, coordenador etc.). Exemplos:
FERREIRA, Léslie Piccolotto (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991.
MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. São Paulo: Sarvier, 1993.
MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimiento educacional: soluciones. Córdoba, AR.: [s.n.],
1960.
LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução Sonia da Silva. 3. ed. São Paulo:
Aquariana, 1993. 167 p.
28
• Partes de monografias (capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra,
com autor (es) e/ou título próprios):
Neste caso, a referência começa com a indicação do (s) autor (es), do título da parte
(capítulo, volume, etc.) seguidos da expressão “In:”, e da referência completa da obra. No
final, deve-se informar a paginação ou outra forma destacar qual a parte da obra está sendo
referenciada.
ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.).
História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.
NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São Paulo, 1974. v.3, p.
807-813.
• Autores corporativos (entidades coletivas, governamentais, particulares, etc.)
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE BIBLIOTECÁRIOS. Grupo de Bibliotecários Biomédicos. Referências
bibliográficas em ciências biomédicas. São Paulo, Divisão de Biblioteca e Documentação da USP,
1971.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico.
São Paulo, 1988. 279 p.
29
• Monografias disponíveis em meios eletrônicos (CD-ROM, Internet, etc.):
KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de
André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD- ROM.
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número, mês, ano. Disponível em:
<endereço eletrônico>. Acesso em: data.
AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em: <endereço eletrônico>.
Acesso em: data.
ALVES, Castro. Navio negreiro. São Paulo: Virtual Books, 2000. Disponível em:
http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 janeiro de 2002.
• Partes de monografias disponíveis em meios eletrônicos (CD-ROM, Internet,
etc.):
POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998.
Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999.
MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva. Estratégias pedagógicas: a temática indígena e o trabalho em
sala de aula. In: SILVA, Aracy Lopes da, GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). A temática indígena
na escola: novos subsídios para professores de 1
o
e 2
o
graus. Disponível em:
<http://www.bivirt.futuro>. Acesso em: 24 junho de 1998.
30
• Periódicos:
A referência deve conter o título, o local de publicação, o editor, e as datas de início e
de encerramento da publicação (se houver).
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-2009.
• Partes de periódicos:
Devem ser referidos o (s) autor(es), título da parte utilizada (artigo ou matéria), título
da publicação, local de publicação, volume e/ou ano, fascículo ou número, paginação inicial
e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de publicação e demais
informações que possam identificar a parte.
AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, Local de publicação (cidade), n.º do volume, n.º do
fascículo, páginas inicial-final, mês (abreviado), ano.
• Artigo e/ou matéria de revista (boletim, etc.):
Referências de publicações periódicas (volumes, fascículos, números especiais e
suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões,
reportagens, resenhas e outros.
COSTA, V. R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solidária. Em Pauta: revista da Faculdade
de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
31
GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração, Rio de
Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.
• Normas técnicas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Resumos. Rio de Janeiro, 2003. 3 p.
• Dissertações e teses:
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Local: Instituição, ano. nº de pág. ou vol. Indicação de
Dissertação ou tese, nome do curso ou programa da faculdade e universidade, local e ano da
defesa.
RIBEIRO, Ana Clara Torres. Rio-metrópole: a produção social da imagem urbana. 1988. 2 v. Tese
(Doutorado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 1988.
RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 p. Dissertação (Mestrado em
Administração) - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 1989.
--- > Siglas para serem usadas na ausência de algum elemento:
• s.l. - sem local de publicação
• s.ed. - sem editora
• s.d. - sem data
• s.n.t. - sem local, editor e data
32
3.3.2 Glossário
É uma lista, organizada em ordem alfabética, de palavras e expressões pouco
conhecidas, termos técnicos, ou palavras com uso restrito, acompanhados pelas suas
respectivas definições.
3.3.3 Apêndice
É um texto, ou um documento, elaborado pelo autor com o objetivo de
complementar o trabalho.
3.3.4 Anexos
São textos, documentos, artigos, manuais etc., que não foram elaborados pelo autor,
mas também foram incluídos com o objetivo de complementar o trabalho.
3.3.5 Índice
Segundo a ABNT (NBR 6034/2004) índice é uma “[. . .] relação de palavras ou frases,
ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas
num texto”.
33
CCaappííttuulloo 44 RReeggrraass ppaarraa aa aapprreesseennttaaççããoo ddee pprroojjeettooss ddee
ppeessqquuiissaa
A ABNT também estabelece algumas regras para apresentação gráfica dos projetos
de pesquisa, porém, o projeto gráfico é responsabilidade do autor.
4.1 Formato
• O trabalho deve ser impresso em folhas brancas, no formato A4 (21 x 29,7 cm);
• A impressão deve ser feita na cor preta (ilustrações, fotos, tabelas, etc. podem ser
coloridas);
• Recomenda-se a utilização das fontes Arial ou Times New Roman no tamanho 12
para todo o texto. No caso das citações de mais de três linhas, paginação, notas de
rodapé e legendas das ilustrações e tabelas, a fonte deve ser digitada em tamanho
menor e uniforme.
4.2 Margens
• As margens esquerda e a superior devem ter 3 cm;
• As margens direita e a inferior, 2 cm.
4.3 Alinhamento e espaçamento
• O texto deve ser digitado com espaço 1,5 entre as linhas e justificado;
• As notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e tabelas, tipo de projeto de
pesquisa e nome da entidade, devem ser digitadas em espaço simples;
34
• As referências devem ser digitas em espaço simples, separadas entre si por dois
espaços duplos;
• Os títulos das seções devem começar na parte superior da página e separados do
texto por dois espaços de 1,5;
• Os títulos das subseções devem ser separados do texto seguinte por dois espaços de
1,5;
• O alinhamento dos itens da folha de rosto “tipo de projeto de pesquisa e nome da
entidade” deve ser feito do meio da área digitada para a margem direita.
4.4 Notas de rodapé
Devem ser digitadas em espaço simples e fonte no tamanho 10.
4.5 Parágrafos
Os parágrafos devem começar com um recuo na primeira linha (cerca de 1,25 cm).
Vale lembrar a regra que determina que as citações acima de três linhas devem ser recuadas
do texto central em 4cm.
4.6 Numeração das seções/capítulos
A numeração precede o título da seção, separada por um espaço de caractere e
alinhadas à esquerda da folha. Títulos sem Indicativos numéricos como listas de ilustrações,
lista de abreviaturas e siglas, referências, glossário, apêndices, anexos e índice devem ser
centralizados, digitados com algum destaque (em caixa alta, negrito, etc.).
35
4.7 Títulos das seções/capítulos
Os títulos das seções e/ou capítulos devem começar na parte superior da página, em
folhas distintas, indicados por um número arábico, separados do texto que os sucede por
dois espaços de 1,5 e alinhados à esquerda. Os títulos das subseções devem ser separados
do texto que os precede e os sucede por dois espaços de 1,5.
4.8 Paginação
Todas as folhas do projeto são contadas, a partir da folha de rosto. Mas, a numeração
só é exibida a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto
superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2cm da
borda direita da folha. Se o trabalho contar com apêndice e anexo, as suas folhas também
devem ser numeradas de maneira contínua, paginadas na seqüência do texto principal.
4.9 Citações
A Citação é "menção de uma informação extraída de outra fonte" (ABNT NBR 10520,
2002). Podem aparecer no texto ou em notas de rodapé.
4.9.1 Regras para a apresentação das citações
Nas citações, as chamadas são feitas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença, em letras maiúsculas e minúsculas. Entre
parênteses, devem estar em letras maiúsculas. Exemplos:
36
A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação
proposta por Authier-Reiriz (1982).
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]”
(DERRIDA, 1967, p. 293).
Existem três tipos de citações:
Direta: é a transcrição textual de pequenos trechos de uma obra.
a) As de até três linhas devem ser incluídas diretamente no texto, marcadas com
aspas no início e fim da citação, acompanhadas pela referência entre parênteses.
b) Citações acima de três linhas devem aparecer recuadas em 4 cm, com o texto em
fonte tamanho 10, em espaçamento simples, fora do corpo do texto central.
c) Quando o nome do autor, instituição responsável estiver incluído na sentença,
indica-se a data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s).
Citação indireta ou paráfrase: é um texto fundamentado nas idéias do autor
consultado, ou seja, é reescrever o que foi lido com as próprias palavras, acrescentando
opinião pessoal ou novas informações.
Citação de citação: transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve
acesso ao original, ou seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada. A
expressão “apud” significa “conforme, citado por, segundo”, que também podem ser
utilizadas no texto.
37
Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...]
“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937,
preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p.
214-215).
No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento
serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de
forma linear.
--- > Símbolos que podem ser utilizados nas citações:
[...] – para indicar supressões no texto;
[ ] – para indicar interpolações, acréscimos ou comentários
Grifo (negrito ou itálico) – Usado para dar ênfase ou destaque
38
Figura 7 – Citações
39
RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass
ABRANTES, José. Fazer Monografia é Moleza: O passo a passo de um trabalho científico. Rio
de Janeiro: Wak, 2008.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlas, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e Documentação -
Referências – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 2 p.
‗‗‗‗__‗‗. NBR 6024: Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de
um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 3 p.
_________. NBR 6034: Informação e Documentação - Índice – Apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004. 8 p.
_________. NBR 10520: Informação e Documentação - Citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 7 p.
_________. NBR 14724: Informação e Documentação: Trabalhos Acadêmicos –
Apresentação. 2 ed. Rio de Janeiro, 2005. 9 p.
_________. NBR 15287: Informação e Documentação: Projeto de Pesquisa – Apresentação.
1 ed. Rio de Janeiro, 2005. 6 p.
CAMPELLO, Bernardete S.; CEDÓN, Beatriz V.; KREMER, Jeanette M. (Org.) Fontes de
Informação para Pesquisadores Profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2007.319 p.
CHAVES, Marco Antônio. Projeto de Pesquisa: Guia Prático para Monografia. 4 ed. Rio de
Janeiro: WAK, 2007.
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
1996.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2000.
40
SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.Florianópolis:
Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,2001.121p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.

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  • 2. 2 AApprreesseennttaaççããoo Afinal, como se faz uma pesquisa? A pesquisa é um processo de investigação, de construção do conhecimento e de aprendizagem que tem como objetivo produzir novas informações e comprovar ou contestar uma teoria, hipótese ou tese. É uma das formas do pesquisador compreender e apreender um fenômeno, uma informação ou um fato, através de um procedimento lógico de investigação. É buscar uma resposta. Lendo o parágrafo acima pode parecer complicado, mas não é! É inerente ao ser humano o instinto de buscar respostas para as suas dúvidas e perguntas. Fazemos isso diariamente, seja na nossa vida pessoal, no nosso trabalho, na escola ou na faculdade. Somos curiosos por natureza. Quando aliamos a esse impulso disciplina e método, estamos no caminho certo para termos sucesso na tarefa de pesquisar. Mas, como se faz uma pesquisa? Como se monta um projeto? Para ajudar a responder essa que é a grande dúvida da maioria dos estudantes, elaboramos esta apostila que compila informações e dicas que vão auxiliar no conhecimento das principais etapas da pesquisa e da elaboração de projetos. As informações apresentadas neste manual estão fundamentadas nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil. Mas, é importante lembrar que algumas universidades publicam seus próprios manuais e roteiros para elaboração de projetos e trabalhos acadêmicos. Por isso, consulte sempre seu professor/orientador, ou a instituição que você pretende apresentar seu projeto, para saber quais as exigências necessárias para a realização da sua tarefa.
  • 3. 3 SSuummáárriioo Apresentação......................................................................................................................2 Capítulo 1 Os tipos de pesquisa..........................................................................................5 1.1 Segundo sua natureza..........................................................................................................5 1.2 Segundo a forma de abordagem do problema....................................................................5 1.3 Segundo os objetivos...........................................................................................................6 1.4 Segundo a coleta de dados..................................................................................................6 Capítulo 2 As etapas da pesquisa .............................................................................................8 2.1 Primeira etapa: planejamento da pesquisa.........................................................................8 2.1.1 A escolha do tema..........................................................................................................8 2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico...................................................10 2.1.3 A formulação do problema..........................................................................................10 2.1.4 A justificativa................................................................................................................11 2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa.........................................................................11 2.1.6 A metodologia da pesquisa..........................................................................................12 2.1.7 Elaboração do projeto de pesquisa..............................................................................12 2.2 Segunda etapa: execução da pesquisa..............................................................................12 2.3 Terceira etapa: redação da monografia.............................................................................13 Capítulo 3 A estrutura do projeto de pesquisa......................................................................15 3.1 Elementos pré-textuais......................................................................................................16 3.1.1 Capa................................................................................................................................16 3.1.2 Lombada.........................................................................................................................18 3.1.3 Folha de rosto.................................................................................................................18 3.1.4 Lista de ilustrações..........................................................................................................20 3.1.5 Lista de tabelas...............................................................................................................21 3.1.6 Lista de abreviaturas.......................................................................................................21 3.1.7 Lista de símbolos.............................................................................................................22 3.1.8 Sumário...........................................................................................................................23 3.2 Elementos textuais.............................................................................................................24 3.2.1 Cronograma....................................................................................................................24 3.2.2 Orçamento...................................................................................................................25 3.3 Elementos pós-textuais......................................................................................................25 3.3.1 Referências......................................................................................................................28
  • 4. 4 3.3.2 Glossário.........................................................................................................................32 3.3.3 Apêndice.........................................................................................................................32 3.3.4 Anexos.............................................................................................................................32 3.3.5 Índice...............................................................................................................................32 Capítulo 4 Regras para a apresentação de projetos de pesquisa........................................33 4.1 Formato..............................................................................................................................33 4.2 Margens.............................................................................................................................33 4.3 Alinhamento e espaçamento.............................................................................................33 4.4 Notas de rodapé................................................................................................................34 4.5 Parágrafos..........................................................................................................................34 4.6 Numeração das seções/capítulos......................................................................................34 4.7 Títulos das seções/capítulos..............................................................................................35 4.8 Paginação...........................................................................................................................35 4.9 Citações .............................................................................................................................35 4.9.1 Regras para a apresentação das citações.......................................................................35 Referências..............................................................................................................................39
  • 5. 5 CCaappííttuulloo 11 OOss TTiippooss ddee PPeessqquuiissaa Para realizar uma pesquisa utilizamos uma série de instrumentos, escolhidos de acordo com os resultados que buscamos alcançar. Dessa maneira, a pesquisa pode ser classificada de acordo com vários critérios: 1.1 Segundo sua natureza Segundo sua natureza, ela pode ser: a) Básica: é a que tem como objetivo gerar conhecimentos específicos, sem uma aplicação prática prevista; b) Aplicada: que busca produzir conhecimentos para aplicação prática, para solucionar problemas específicos. 1.2 Segundo a forma de abordagem do problema Segundo a forma de abordagem do problema, pode ser classificada como: a) Quantitativa: quando leva em consideração tudo pode ser quantificável. Ela traduz opiniões e informações em números, para então serem classificadas e analisadas. Para isso, são utilizados recursos e técnicas estatísticas. b) Qualitativa: é a que não se preocupa só com a representatividade numérica, mas principalmente com a compreensão em profundidade de um fenômeno específico. A pesquisa qualitativa trabalha com descrições, comparações e interpretações.
  • 6. 6 1.3 Segundo os objetivos Segundo os seus objetivos, a pesquisa pode ser: a) Exploratória: quando busca promover uma aproximação com o objeto de estudo. Em geral, são as pesquisas bibliográficas e/ou estudos de caso. b) Descritiva: seu objetivo é descrever as características dos fatos e dos fenômenos ou estabelecer relações entre variáveis. Normalmente, assume a forma de levantamento. c) Analítica: é aquela que identifica os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência do fenômeno. Explica a razão, ou o porquê das coisas. Se expressa normalmente através de pesquisas experimentais. 1.4 Segundo a coleta de dados Segundo a coleta de dados, pode caracterizar-se como: a) Bibliográfica: elaborada a partir de publicações (livros, artigos de periódicos, anais de eventos, material disponibilizado na Internet, etc.). b) Documental: preparada a partir de documentos inéditos, que ainda não foram analisados. Neste item, incluem-se as mais diversas fontes, desde documentos escritos e dados estatísticos, até cinema, música, pintura, etc. c) Experimental: é quando se manipula diretamente as varáveis relacionadas ao objeto de estudo. Durante o processo ocorre a influência direta do pesquisador. A pesquisa experimental divide-se em:
  • 7. 7 • Estudo de caso: é o estudo aprofundado de um objeto específico, com o objetivo de identificar o que há de mais essencial e característico nele. • Pesquisa expost-facto: o pesquisador observa o fato, fenômeno ou processo, após a sua ocorrência. • Pesquisa-ação: é aquela planejada e realizada em conjunto e com o objetivo de solucionar um problema coletivo. Os envolvidos trabalham de modo cooperativo ou participativo.
  • 8. 8 CCaappííttuulloo 22 AAss EEttaappaass ddaa PPeessqquuiissaa Toda a atividade de pesquisa e redação de monografias exige um planejamento prévio. A elaboração de um projeto faz parte da etapa de planejamento. Com ele pronto, temos um guia prático que vai ser muito útil na hora da execução da tarefa em si, tornando a atividade muito mais fácil de ser realizada. E quando iniciamos a pesquisa, também é necessário seguir certa ordem na realização das tarefas. Por exemplo, a redação do texto final da monografia é a última etapa do trabalho, pois tem como objetivo divulgar os resultados da investigação. E não dá para começar um trabalho pelo final. Por isso, elaboramos um pequeno guia sobre as etapas da pesquisa e o que fazer em cada uma delas. 2.1 Primeira etapa: planejamento da pesquisa 2.1.1 A escolha do tema Das fases do planejamento de uma pesquisa, a escolha do tema é um dos momentos mais importantes e um dos que mais geram dúvidas e receios. Mas, essas dificuldades podem ser amenizadas se observarmos algumas dicas importantes. A mais valiosa delas é que o assunto escolhido seja do interesse do estudante e algo que não lhe seja totalmente desconhecido. Começar do zero é sempre mais complicado. Por isso, é importante que se opte por um tema sobre o qual se tenha algumas informações, leituras já realizadas, bibliografia conhecida, contato prévio através de estágios ou bolsas de iniciação científica; ou matérias discutidas com professores e colegas, inclusive aquelas que o aluno já tratou em trabalhos e monografias.
  • 9. 9 Outro fator importante a ser observado é que o assunto precisa ser relevante, interessante e, se possível, original. E se ele já não é assim tão inédito, é preciso inovar nas formas de abordagem e no uso das fontes. Afinal, uma pesquisa repetida, a não ser que demonstre resultados diferentes ou um novo tratamento, não tem absolutamente nenhuma importância. É claro que algumas dessas dicas se aplicam muito mais aos trabalhos desenvolvidos nos cursos de pós-graduação do que nos de graduação. No caso dos Trabalhos de Conclusão, o nível de exigência será determinado pela faculdade, mas é sempre menor do que nos cursos de mestrado e doutorado. Nesse caso, é sempre interessante manter um diálogo com o professor/orientador, a fim de esclarecer todas as dúvidas que surgirem ao longo do processo e para tomar conhecimentos sobre os padrões e níveis de cobrança que deverão ser respeitados. Escolhido o tema, é necessário definir recortes, limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa. Não se pode escrever sobre tudo e é preciso estabelecer esses perímetros para que o trabalho tenha coerência, densidade e não fuja do seu objetivo principal. No caso dos cursos de Pós-Graduação, é preciso lembrar que o tema escolhido deve estar ligado às linhas de pesquisa do curso ao qual se está vinculado ou a do orientador. Em alguns casos, os alunos desenvolvem seus trabalhos a partir das pesquisas de seus orientadores. Essa é uma boa opção para quem realiza atividades de iniciação científica ou estágio. Em resumo, ao escolher um tema para a monografia é necessário refletir não só sobre a sua importância, mas também sobre o domínio que temos sobre ele. Será muito mais fácil para o estudante desenvolver um trabalho sobre um assunto que ele goste, tenha interesse e um prévio conhecimento, do que começar do zero.
  • 10. 10 2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico Ainda na fase de planejamento, após a definição do tema, o ideal seria que a próxima etapa da pesquisa fosse o levantamento bibliográfico e a revisão da literatura já publicada sobre o tema escolhido. É importante identificarmos quem já escreveu sobre o assunto, ou assuntos correlatos, o quê, onde e quando foi publicado, quais aspectos já foram abordados e quais as brechas existentes. Essa tarefa é extremamente importante, pois evitará que o estudante repita o trabalho feito por outro pesquisador e o ajudará a delimitar o problema da sua pesquisa, identificando novas possibilidades e novas formas de abordagem. Através do levantamento bibliográfico, o aluno irá conferir e consultar nos principais acervos (bibliotecas, arquivos, instituições de pesquisa, revistas eletrônicas, internet, etc.) as publicações e referências existentes sobre seu tema de pesquisa. No caso do levantamento de fontes, o estudante irá definir quais documentos, dados, informações, relatórios, etc. serão utilizados além da bibliografia, onde eles estão localizados e como irá acessá-los. Nessa etapa, é importante que o pesquisador faça anotações. O uso das fichas de leitura ou fichamentos é essencial. Dessa maneira, na hora da redação da monografia as informações e dados relevantes já estarão previamente organizados. 2.1.3 A formulação do problema Com o tema definido, a literatura revisada e as fontes levantadas, o próximo passo dentro da fase de planejamento da pesquisa será a formulação do problema que você pretende resolver através dela. É a pergunta que você vai responder com o seu trabalho.
  • 11. 11 No caso das pesquisas de mestrado e doutorado, também podem ser formuladas hipóteses. A diferença entre hipótese e problema reside na sua complexidade. Uma hipótese é uma premissa mais elaborada, que exige um nível de reflexão mais aprofundado. É uma afirmação, ou uma suposição, que necessita ser comprovada, ou não, pela pesquisa. É uma suposta e possível resposta a um problema. Ou, é a resposta provisória que você idealiza para o problema formulado. 2.1.4 Justificativa A justificativa deve explicar os critérios para a escolha do tema, destacar a sua importância e a sua relevância, bem como seus aspectos positivos e principalmente a contribuição, as vantagens e os benefícios que a pesquisa proporcionará para a coletividade. 2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa É importante destacarmos a etapa que define os objetivos gerais e específicos. Eles resumem o que se pretende conseguir com a pesquisa e com a monografia. Devem ser coerentes com a justificativa e com o problema proposto. São eles que deixarão claro para o leitor o porquê do trabalho, isto é, quais os resultados que se pretende alcançar com ele ou qual a contribuição que a pesquisa irá efetivamente proporcionar aos demais estudantes e ao mundo acadêmico. O objetivo geral: em linhas gerais, define o que se pretende alcançar com o trabalho. Os objetivos específicos: especificam detalhes do objetivo geral. Para facilitar a redação da sua monografia, lembre-se que os enunciados dos objetivos devem sempre começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma
  • 12. 12 ação passível de mensuração - analisar, discutir, definir, interpretar, examinar, comparar, classificar, organizar, avaliar, etc. Ou seja, a monografia irá “comparar dados”, “analisar informações”, “definir estratégias”, “discutir conceitos”, por exemplo. 2.1.6 A metodologia da pesquisa Certamente, esta é uma etapa do planejamento da pesquisa que gera mais dúvidas e incertezas. Quando o estudante define a metodologia que utilizará, isso significa que ele vai explicar e detalhar toda a ação que será realizada ao longo do processo de elaboração do trabalho. A metodologia define o tipo de pesquisa que se pretende fazer e os pressupostos teórico-metodológicos que se deseja utilizar. Devem ser descritas as técnicas, os procedimentos, os instrumentos, os equipamentos e materiais a serem utilizados, as variáveis - quando necessário -, onde e como serão coletados os dados, e de que maneira serão interpretados, a fim de solucionar o problema da pesquisa e atingir os objetivos propostos. Outro elemento importante na elaboração de monografias, principalmente dissertações de mestrado e teses de doutorado, é a teoria. Ela pode ser definida como um conjunto de idéias, afirmações e princípios que facilitam a ampla compreensão de um objeto. Pode ser entendida também como uma expressão da forma de se pensar e entender um fenômeno, a partir da sua observação. A teoria está diretamente ligada à metodologia, pois é ela quem orienta as análises e interpretações. Além disso, é um instrumento que nos auxilia a questionar, problematizar e encontrar novas formas de abordagem e interpretação do objeto pesquisado.
  • 13. 13 2.1.7 A elaboração do projeto de pesquisa (Veja o Capítulo 3: A estrutura do projeto de pesquisa) 2.2 Segunda etapa: execução da pesquisa Encerrada a fase de planejamento, o próximo passo é o da execução da pesquisa. Essa etapa consiste basicamente em quatro momentos: a coleta de dados, a análise de dados, a análise e discussão dos resultados e a conclusão da análise dos resultados. Com o levantamento bibliográfico, das fontes e a revisão bibliográfica concluídos, é o momento de se coletar os dados, organizá-los, avaliá-los e discuti-los. É a hora em que o estudante vai interpretar e analisar, comparar e confrontar as informações obtidas, a fim de cumprir os objetivos, confirmando e respondendo, ou não, o problema, a hipótese ou o problema da pesquisa, tendo sempre como diretriz o referencial teórico-metodológico. Nesta fase, o estudante já terá subsídios para sistematizar os resultados obtidos com a pesquisa. É o momento em que ele vai definir se os objetivos propostos foram alcançados, se o problema foi respondido, ou se a hipótese foi confirmada ou não. Além disso, ao concluir esta etapa será possível definir a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Com todos os dados organizados, sistematizados e analisados, a próxima tarefa é a redação da monografia. 2.3 Terceira etapa: redação da monografia A redação é a fase final da pesquisa. É quando o estudante vai escrever seu relatório, ou sua monografia, e apresentar os resultados obtidos com a pesquisa. É importante lembrar que o texto deve ser claro, objetivo, gramaticalmente correto e de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Vale salientar que alguns cursos e universidades têm seus próprios manuais, normas e orientações, que devem ser observadas na hora da execução da tarefa.
  • 14. 14 Existem diversos tipos de trabalhos científicos e acadêmicos. Normalmente, quando um professor pede em sala de aula um trabalho ou pesquisa sobre determinado assunto, na verdade ele está solicitando um estudo dirigido ou uma revisão bibliográfica, e não uma pesquisa científica propriamente dita. Um trabalho científico é aquele que é resultado de uma pesquisa conduzida com critério, método e referencial teórico, e que requer aprofundamento da bibliografia e tempo para o desenvolvimento e para a redação do texto final. Neste caso, incluem-se os trabalhos de conclusão de curso, as dissertações de mestrado e as teses de doutorado. Mas, existem outros tipos de trabalhos científicos e acadêmicos, como artigos, papers, relatórios, etc. O que distingue estes diferentes tipos são os níveis de profundidade e originalidade, bem como a exigência de defesa pública para alguns deles. Para obter informações e dicas sobre como fazer monografias e outros tipos de trabalhos acadêmicos de acordo com as normas da ABNT, consulte o e-book do Zé Moleza “Como Fazer Monografias: Guia de Elaboração de Trabalhos Acadêmico”, disponível no site www.zemoleza.com.br .
  • 15. 15 CCaappííttuulloo 33 AA eessttrruuttuurraa ddoo pprroojjeettoo ddee ppeessqquuiissaa Toda atividade de pesquisa e redação de monografias, ou outros tipos de trabalhos acadêmicos, exige um planejamento prévio. Primeiro, precisamos de uma idéia, de uma definição sobre o assunto que gostaríamos de investigar. Em seguida, é essencial verificarmos a disponibilidade de fontes e de bibliografia sobre o tema escolhido. Por fim, vem a elaboração de um projeto que cumprirá a função de nos guiar até o nosso objetivo final, prevendo as etapas do trabalho de forma organizada e eficiente, definindo onde queremos chegar. Essa tarefa faz parte da etapa de planejamento de uma pesquisa. É a descrição da estrutura da pesquisa. A estrutura e a apresentação de projetos de pesquisa são definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR15287, 1992). Mas, o conteúdo pode variar de acordo com a área de conhecimento e os níveis aos quais se aplica. Um projeto para a escola não tem a mesma complexidade que um de trabalho de conclusão de curso de graduação, que por sua vez é menos complicado que um de dissertação de mestrado, e assim por diante. Assim como, um projeto para a área de Química vai ter elementos diferentes de um de Literatura. Apesar dessas variações que especificamos, são estes os elementos essenciais que fazem parte do projeto de pesquisa (ABNT NBR 15287, 1992):
  • 16. 16 Tabela 1 – Estrutura do projeto de pesquisa 3.1 Elementos pré-textuais 3.1.1 Capa A capa do projeto de pesquisa deve apresentar informações que permitam identificar o projeto e o autor. Entre os elementos essenciais da capa estão: • Nome da instituição a qual o projeto será submetido; • Nome completo do autor (ou autores); • Título e subtítulo; • Local (cidade) da instituição a qual o projeto será submetido; • Ano da entrega do projeto. Elementos Pré-Textuais Capa (obrigatório) Lombada (opcional) Folha de Rosto (obrigatório) Lista de Ilustrações (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório) Elementos Textuais Introdução Definição do tema Problema ou questão de pesquisa Hipóteses Objetivos Justificativa Abordagem teórica ou referencial teórico Metodologia Cronograma Orçamento Elementos Pós-Textuais Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice (opcional) Anexo (opcional) Índice (opcional)
  • 18. 18 3.1.2 Lombada É a parte da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas1 . A lombada deve apresentar os seguintes elementos: • Nome do autor; • Título do trabalho; • Elementos alfanuméricos de identificação de volume, fascículo e data. Figura 2 – Lombada 3.1.3 Folha de rosto A folha de rosto apresenta as informações de identificação do projeto e do autor, nesta ordem: • Nome completo do autor (ou autores); • Título e subtítulos; • Tipo de projeto de pesquisa e o nome da entidade a que deve ser submetido; • Nome do orientador; • Local (cidade) da instituição onde ele será apresentado; • Data (ano) da entrega do projeto. 1 A lombada deve ser impressa de acordo com a norma ABNT NBR 12225.
  • 19. 19 Observação: Caso a instituição exija, os dados curriculares do autor deverão ser apresentados em folhas distintas, inseridas após a folha de rosto. Figura 3 – Folha de rosto
  • 20. 20 3.1.4 Lista de ilustrações Identifica e apresenta os elementos ilustrativos (figuras, quadros, gráficos, desenhos, fotografias, organogramas, etc.) na ordem em que estão presentes no texto, com os respectivos números das páginas onde aparecem. É recomendável que cada tipo de ilustração tenha sua própria lista. Figura 4 – Lista de Ilustrações
  • 21. 21 3.1.5 Lista de tabelas Da mesma maneira que a lista de ilustrações, também deve ser elaborada respeitando a ordem em que as tabelas aparecem no texto, indicando os respectivos números de páginas. Deve ser elaborada no mesmo formato da lista de ilustrações. 3.1.6 Lista de abreviaturas e siglas Lista das siglas e abreviaturas seguidas pelo seu significado transposto em palavras ou expressões grafadas por extenso, organizada por ordem alfabética. Também é recomendável uma lista para cada tipo.
  • 22. 22 Figura 5 – Lista de siglas e abreviaturas 3.1.7 Lista de símbolos Lista elaborada conforme a ordem que os símbolos aparecem no texto, acompanhados dos seus significados, no mesmo formato das listas anteriores.
  • 23. 23 3.1.8 Sumário O sumário é a relação dos capítulos, seções e subseções do texto na ordem em que aparecem no projeto, com a respectiva indicação da página. Deve ser elaborado de acordo com a ABNT NBR6027. Figura 6 – Sumário
  • 24. 24 3.2 Elementos textuais Os elementos textuais são constituídos por uma parte introdutória, na qual o autor do projeto deve apresentar o tema da pesquisa, o problema a ser abordado, quando for o caso a hipótese, o objetivo a ser atingido (e objetivos específicos) e a justificativa. O projeto deve apresentar um levantamento bibliográfico e a revisão da literatura já publicada sobre o tema escolhido. Da mesma maneira, devem constar documentos, dados, informações, relatórios, etc. que serão utilizados como fontes da pesquisa, além da bibliografia, onde eles estão localizados e como serão acessados2 . O autor ainda deve indicar o referencial teórico que embasa seu trabalho, bem como a metodologia a ser utilizada3 . Além desses itens, deve constar um cronograma de execução do projeto e um orçamento, especificando custos e recursos. 3.2.1 Cronograma O cronograma indica o tempo que o estudante dedicará para a realização de cada uma das etapas previstas em seu projeto. Pode ser apresentado em texto ou em forma de tabela. Abaixo, uma sugestão de tabela para a execução de um projeto de mestrado, que tem em média 24 meses de duração: 2 Veja os itens 2.1.1 A escolha do tema da monografia, 2.1.2 Revisão da literatura ou levantamento bibliográfico, 2.1.3 A formulação do problema, 2.1.4 A justificativa e 2.1.5 A definição dos objetivos da pesquisa. 3 Veja o item 2.1.6 A metodologia da pesquisa.
  • 25. 25 Tabela 2 – Cronograma Execução do Projeto – Ano 1 Jan. Fev. Mar. Abril Maio Junho Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez. Cursar as disciplinas do currículo do mestrado x x x x x x x x x Levantar e revisar a bibliografia x x x x x x x Levantar e coletar fontes e documentos x x x x x x x Compilar as informações obtidas, interpretar e analisar os dados x x x x x Execução do Projeto – Ano 2 Jan. Fev. Mar. Abril Maio Junho Julho Ago. Set. Out. Nov. Dez. Analisar e interpretar os resultados x x x Redigir a dissertação x x x x x x Revisar e ajustar o texto x x Entregar o trabalho x A tabela também pode ser divida em bimestres, trimestres, semestres, etc. 3.2.2 Orçamento O orçamento apresenta os recursos e custos necessários para realização do projeto. É um item importante quando a pesquisa proposta está vinculada a alguma instituição ou é subsidiada por alguma empresa. É essencial se o estudante pretende pleitear uma bolsa de estudos de programas e instituições de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Também pode ser apresentado em forma de tabela. 3.3 Elementos pós-textuais 3.3.1 Referências Segundo a ABNT, referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Devem ser incluídas na lista de referências apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a elaboração do trabalho. A referência pode aparecer no rodapé, no fim de texto ou de
  • 26. 26 capítulo, ou em lista de referências. As referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las. Já as obras lidas, ou sugeridas, que não foram citadas ao longo do trabalho, devem constar no item Bibliografia, que deve ser incluído no trabalho logo após das referências. Os elementos essenciais da referência são: autor (es), título, edição, local, editora e data de publicação. São dados complementares: a descrição física (número de páginas ou volumes), ilustração, dimensão, série ou coleção, notas especiais e ISBN. Exemplos: • Modelo geral SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, ano. Páginas. • Um autor FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. 36 ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 280p. • Dois ou três autores LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. 1 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. 340p. PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.
  • 27. 27 • Mais de três autores Neste caso, indica-se apenas o primeiro autor, acrescentando-se a expressão “et al” para indicar que há mais de 3 autores. URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994. • Coletâneas No caso de obras com vários autores, a referência inicia com o nome do responsável pela publicação, seguido pelo seu tipo de participação abreviada entre parênteses (organizador, compilador, editor, coordenador etc.). Exemplos: FERREIRA, Léslie Piccolotto (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991. MARCONDES, E.; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. São Paulo: Sarvier, 1993. MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimiento educacional: soluciones. Córdoba, AR.: [s.n.], 1960. LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução Sonia da Silva. 3. ed. São Paulo: Aquariana, 1993. 167 p.
  • 28. 28 • Partes de monografias (capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor (es) e/ou título próprios): Neste caso, a referência começa com a indicação do (s) autor (es), do título da parte (capítulo, volume, etc.) seguidos da expressão “In:”, e da referência completa da obra. No final, deve-se informar a paginação ou outra forma destacar qual a parte da obra está sendo referenciada. ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16. NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso de médicos do trabalho. São Paulo, 1974. v.3, p. 807-813. • Autores corporativos (entidades coletivas, governamentais, particulares, etc.) ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE BIBLIOTECÁRIOS. Grupo de Bibliotecários Biomédicos. Referências bibliográficas em ciências biomédicas. São Paulo, Divisão de Biblioteca e Documentação da USP, 1971. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico e Geográfico. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p.
  • 29. 29 • Monografias disponíveis em meios eletrônicos (CD-ROM, Internet, etc.): KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD- ROM. TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local (cidade): Editora, volume, número, mês, ano. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data. AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: data. ALVES, Castro. Navio negreiro. São Paulo: Virtual Books, 2000. Disponível em: http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 janeiro de 2002. • Partes de monografias disponíveis em meios eletrônicos (CD-ROM, Internet, etc.): POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999. MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva. Estratégias pedagógicas: a temática indígena e o trabalho em sala de aula. In: SILVA, Aracy Lopes da, GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1 o e 2 o graus. Disponível em: <http://www.bivirt.futuro>. Acesso em: 24 junho de 1998.
  • 30. 30 • Periódicos: A referência deve conter o título, o local de publicação, o editor, e as datas de início e de encerramento da publicação (se houver). REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-2009. • Partes de periódicos: Devem ser referidos o (s) autor(es), título da parte utilizada (artigo ou matéria), título da publicação, local de publicação, volume e/ou ano, fascículo ou número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou intervalo de publicação e demais informações que possam identificar a parte. AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, Local de publicação (cidade), n.º do volume, n.º do fascículo, páginas inicial-final, mês (abreviado), ano. • Artigo e/ou matéria de revista (boletim, etc.): Referências de publicações periódicas (volumes, fascículos, números especiais e suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens, resenhas e outros. COSTA, V. R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solidária. Em Pauta: revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
  • 31. 31 GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997. • Normas técnicas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Resumos. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. • Dissertações e teses: SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Local: Instituição, ano. nº de pág. ou vol. Indicação de Dissertação ou tese, nome do curso ou programa da faculdade e universidade, local e ano da defesa. RIBEIRO, Ana Clara Torres. Rio-metrópole: a produção social da imagem urbana. 1988. 2 v. Tese (Doutorado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988. RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989. 180 p. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1989. --- > Siglas para serem usadas na ausência de algum elemento: • s.l. - sem local de publicação • s.ed. - sem editora • s.d. - sem data • s.n.t. - sem local, editor e data
  • 32. 32 3.3.2 Glossário É uma lista, organizada em ordem alfabética, de palavras e expressões pouco conhecidas, termos técnicos, ou palavras com uso restrito, acompanhados pelas suas respectivas definições. 3.3.3 Apêndice É um texto, ou um documento, elaborado pelo autor com o objetivo de complementar o trabalho. 3.3.4 Anexos São textos, documentos, artigos, manuais etc., que não foram elaborados pelo autor, mas também foram incluídos com o objetivo de complementar o trabalho. 3.3.5 Índice Segundo a ABNT (NBR 6034/2004) índice é uma “[. . .] relação de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas num texto”.
  • 33. 33 CCaappííttuulloo 44 RReeggrraass ppaarraa aa aapprreesseennttaaççããoo ddee pprroojjeettooss ddee ppeessqquuiissaa A ABNT também estabelece algumas regras para apresentação gráfica dos projetos de pesquisa, porém, o projeto gráfico é responsabilidade do autor. 4.1 Formato • O trabalho deve ser impresso em folhas brancas, no formato A4 (21 x 29,7 cm); • A impressão deve ser feita na cor preta (ilustrações, fotos, tabelas, etc. podem ser coloridas); • Recomenda-se a utilização das fontes Arial ou Times New Roman no tamanho 12 para todo o texto. No caso das citações de mais de três linhas, paginação, notas de rodapé e legendas das ilustrações e tabelas, a fonte deve ser digitada em tamanho menor e uniforme. 4.2 Margens • As margens esquerda e a superior devem ter 3 cm; • As margens direita e a inferior, 2 cm. 4.3 Alinhamento e espaçamento • O texto deve ser digitado com espaço 1,5 entre as linhas e justificado; • As notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e tabelas, tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade, devem ser digitadas em espaço simples;
  • 34. 34 • As referências devem ser digitas em espaço simples, separadas entre si por dois espaços duplos; • Os títulos das seções devem começar na parte superior da página e separados do texto por dois espaços de 1,5; • Os títulos das subseções devem ser separados do texto seguinte por dois espaços de 1,5; • O alinhamento dos itens da folha de rosto “tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade” deve ser feito do meio da área digitada para a margem direita. 4.4 Notas de rodapé Devem ser digitadas em espaço simples e fonte no tamanho 10. 4.5 Parágrafos Os parágrafos devem começar com um recuo na primeira linha (cerca de 1,25 cm). Vale lembrar a regra que determina que as citações acima de três linhas devem ser recuadas do texto central em 4cm. 4.6 Numeração das seções/capítulos A numeração precede o título da seção, separada por um espaço de caractere e alinhadas à esquerda da folha. Títulos sem Indicativos numéricos como listas de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, referências, glossário, apêndices, anexos e índice devem ser centralizados, digitados com algum destaque (em caixa alta, negrito, etc.).
  • 35. 35 4.7 Títulos das seções/capítulos Os títulos das seções e/ou capítulos devem começar na parte superior da página, em folhas distintas, indicados por um número arábico, separados do texto que os sucede por dois espaços de 1,5 e alinhados à esquerda. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e os sucede por dois espaços de 1,5. 4.8 Paginação Todas as folhas do projeto são contadas, a partir da folha de rosto. Mas, a numeração só é exibida a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2cm da borda direita da folha. Se o trabalho contar com apêndice e anexo, as suas folhas também devem ser numeradas de maneira contínua, paginadas na seqüência do texto principal. 4.9 Citações A Citação é "menção de uma informação extraída de outra fonte" (ABNT NBR 10520, 2002). Podem aparecer no texto ou em notas de rodapé. 4.9.1 Regras para a apresentação das citações Nas citações, as chamadas são feitas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença, em letras maiúsculas e minúsculas. Entre parênteses, devem estar em letras maiúsculas. Exemplos:
  • 36. 36 A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz (1982). “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293). Existem três tipos de citações: Direta: é a transcrição textual de pequenos trechos de uma obra. a) As de até três linhas devem ser incluídas diretamente no texto, marcadas com aspas no início e fim da citação, acompanhadas pela referência entre parênteses. b) Citações acima de três linhas devem aparecer recuadas em 4 cm, com o texto em fonte tamanho 10, em espaçamento simples, fora do corpo do texto central. c) Quando o nome do autor, instituição responsável estiver incluído na sentença, indica-se a data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s). Citação indireta ou paráfrase: é um texto fundamentado nas idéias do autor consultado, ou seja, é reescrever o que foi lido com as próprias palavras, acrescentando opinião pessoal ou novas informações. Citação de citação: transcrição direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original, ou seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada. A expressão “apud” significa “conforme, citado por, segundo”, que também podem ser utilizadas no texto.
  • 37. 37 Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...] “[...] o viés organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, p. 214-215). No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear. --- > Símbolos que podem ser utilizados nas citações: [...] – para indicar supressões no texto; [ ] – para indicar interpolações, acréscimos ou comentários Grifo (negrito ou itálico) – Usado para dar ênfase ou destaque
  • 38. 38 Figura 7 – Citações
  • 39. 39 RReeffeerrêênncciiaass BBiibblliiooggrrááffiiccaass ABRANTES, José. Fazer Monografia é Moleza: O passo a passo de um trabalho científico. Rio de Janeiro: Wak, 2008. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e Documentação - Referências – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 2 p. ‗‗‗‗__‗‗. NBR 6024: Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 3 p. _________. NBR 6034: Informação e Documentação - Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 8 p. _________. NBR 10520: Informação e Documentação - Citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 7 p. _________. NBR 14724: Informação e Documentação: Trabalhos Acadêmicos – Apresentação. 2 ed. Rio de Janeiro, 2005. 9 p. _________. NBR 15287: Informação e Documentação: Projeto de Pesquisa – Apresentação. 1 ed. Rio de Janeiro, 2005. 6 p. CAMPELLO, Bernardete S.; CEDÓN, Beatriz V.; KREMER, Jeanette M. (Org.) Fontes de Informação para Pesquisadores Profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2007.319 p. CHAVES, Marco Antônio. Projeto de Pesquisa: Guia Prático para Monografia. 4 ed. Rio de Janeiro: WAK, 2007. DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999. RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2000.
  • 40. 40 SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação.Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC,2001.121p. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.