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Um Mundo Forjado em Guerra
Volume 1
Panon Corvo da Tempestade
1ª Edição
2012
A obra Um Mundo Forjado em Guerra – Volume 1 escrita por Panon Corvo da Tempestade é uma
produção de Lucas Tagliari Spanholi (Panon) e Aline Cristina Souza dos Santos (Aniere) com
uma licença Creative Commons – Atribuição Não Comercial – Sem Derivados 3.0 Não
Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite:
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/
World ofWarcraft e demais nomes são marcas registradas da Blizzard Entertainment.
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As demais imagens pertencem a seus respectivos autores.
sumário
Capítulo 1 – Os Mitos Antigos.......................................................................................... 5
Os Titãs e o Modelamento do Universo .......................................................................... 5
A Traição de Sargeras ................................................................................................. 5
A Corrupção dos Eredars e o Vôo dos Draeneis............................................................... 7
O Ordenamento de Azeroth........................................................................................ 10
Os Deuses Antigos .................................................................................................... 11
As Revoadas Dragônicas e os Grandes Aspectos ........................................................... 12
Capítulo 2 – A Era Primitiva .......................................................................................... 17
A Ascensão da Civilização dos Trolls............................................................................ 17
Os Kaldorei e a Nascente da Eternidade....................................................................... 18
A Guerra dos Anciões ................................................................................................ 21
A Fragmentação do Mundo......................................................................................... 28
Monte Hyjal e o Presente de Illidan ............................................................................. 32
A Guerra dos Sátiros e os Druidas da Foice .................................................................. 33
A Árvore do Mundo e o Sonho Esmeralda..................................................................... 36
Exílio dos Elfos Superiores ......................................................................................... 38
As Sentinelas e a Longa Vigília ................................................................................... 39
Capítulo 3 - O Mundo Novo ........................................................................................... 41
A Fundação de Quel'Thalas ........................................................................................ 41
Arathor e a Guerra dos Trolls ..................................................................................... 44
Os Guardiões de Tirisfal............................................................................................. 46
O Despertar do Anões ............................................................................................... 48
Os Sete Reinos......................................................................................................... 49
Aegwynn e a Caçada do Dragão ................................................................................. 51
Guerra dos Três Martelos........................................................................................... 53
O Último Guardião .................................................................................................... 57
Capítulo 4 –A Corrupção dos Orcs.................................................................................. 59
A Colonização de Draenor .......................................................................................... 59
O Pacto Sombrio....................................................................................................... 60
O Surgimento da Horda e o Extermínio dos Draeneis..................................................... 62
Capítulo 5 – A Horda e a Aliança ................................................................................... 66
O Portal Negro e a Queda de Ventobravo ..................................................................... 66
A Aliança de Lordaeron e a Segunda Guerra................................................................. 70
A Destruição de Draenor............................................................................................ 77
Capítulo 6 – Prelúdio para a Perdição ............................................................................. 80
O Nascimento do Lich Rei .......................................................................................... 80
O Trono Congelado ................................................................................................... 81
A Batalha de Grim Batol ............................................................................................ 83
Letargia dos Orcs...................................................................................................... 85
A Nova Horda........................................................................................................... 86
A Guerra das Aranhas ............................................................................................... 89
Kel'Thuzad e o Seita dos Malditos ............................................................................... 91
A Aliança se Despedaça ............................................................................................. 93
Capítulo 7–O Retorno da Legião Ardente ........................................................................ 95
A Ruína de Lordaeron................................................................................................ 95
A Corrupção da Nascente do Sol ................................................................................101
A Destruição de Dalaran ...........................................................................................103
A Jornada para Kalimdor...........................................................................................104
O fim da Longa Vigília ..............................................................................................109
A Batalha do Monte Hyjal..........................................................................................110
Capítulo 8 – As Trevas se Confrontam...........................................................................112
A Ascenção do Traidor..............................................................................................112
O Tormento dos Elfos Sangrentos ..............................................................................115
Guerra Civil nas Terras Pestilentas.............................................................................117
O Lich Rei Triunfante................................................................................................120
5
Capítulo 1 – Os Mitos Antigos
Os Titãs e o Modelamento do Universo
Ninguém sabe exatamente como o universo começou. Alguns teorizam que
uma explosão cósmica catastrófica espalhou infinitos mundos na imensidão da
Grande Treva - mundos que um dia teriam formas de vida maravilhosas e terríveis.
Outros acreditam que o universo foi criado por uma única entidade todo-poderosa.
Embora as origens exatas do universo caótico permaneçam incertas, está claro que
uma raça de seres poderosos surgiu para trazer estabilidade a vários mundos e
assegurar um futuro seguro para os seres que seguissem seus passos.
Os titãs, deuses colossais de pele metálica, dos cantos distantes do cosmo,
exploraram o universo recém nascido e se fixaram nos mundos encontrados para
trabalhar neles. Eles moldaram os mundos elevando imponentes montanhas e
cavando vastos oceanos. Espiraram céus e criaram atmosferas. Tudo partindo de
um plano, criar ordem a partir do caos. Eles deram poder a raças primitivas para
cuidar e manter a integridade dos seus respectivos mundos.
O Panteão
Comandado pela elite conhecida como o Panteão, os titãs trouxeram ordem
a mais de cem milhões de mundos espalhados ao longo da Grande Treva durante
os primeiros anos da criação. O benevolente Panteão, que buscava proteger estes
mundos estruturados, sempre estava vigilante contra a ameaça de ataque das vis
entidades extradimensionais da Espiral Etérea. A Espiral Etérea, uma dimensão
etérea de magias caóticas que, conectada a inúmeros mundos, era lar de um
número infinito de seres malignos que só buscavam destruir a vida e devorar as
energias do universo. Incapazes de conceber o mal em qualquer forma, os titãs
tentaram achar um modo de terminar com a constante ameaça desses demônios.
A Traição de Sargeras
Com o passar do tempo, entidades demoníacas da Espiral Etérea fizeram seu
espaço nos mundos dos titãs, e o Panteão elegeu seu maior guerreiro, Sargeras,
6
um gigante nobre de bronze fundido, para agir como sua primeira linha de defesa.
Sargeras levou a cabo os seus deveres durante milênios incontáveis, procurando e
destruindo estes demônios onde quer que eles pudessem estar. Durante as eras,
Sargeras encontrou uma raça demoníaca poderosa que estava brigando para
ganhar o poder e domínio do universo físico.
Sargeras foi forçado a lidar com um grupo com intenção de romper a ordem
dos titãs: os Nathrezim, também conhecidos como Senhores do Medo. Esta raça
escura de demônios vampíricos conquistou vários mundos povoados possuindo seus
habitantes e os transformando em sombras. Os abomináveis Senhores do Medo
enganaram nações inteiras pondo umas contra as outras, as manipulando em ódio
irrefletido e desconfiança. Embora os poderes quase ilimitados de Sargeras fossem
mais que suficiente para derrotar os vis Nathrezim, ele estava muito incomodado
pela corrupção das criaturas e o mal o consumia. Incapaz de entender tal
depravação, o grande titã começou a cair em uma grande depressão. Apesar de
seu crescente desconforto, Sargeras facilmente derrotou os Nathrezim
aprisionando-os dentro de um canto da Espiral Etérea, mas a corrupção deles o
afetou profundamente.
Nathrezim
Com dúvida e desespero Sargeras se sentiu subjugado, ele não só perdeu
toda a fé em sua missão, mas também na visão dos titãs de um universo ordenado.
Eventualmente ele começou a acreditar que o conceito de ordem era loucura, e que
caos e depravação eram os únicos absolutos na escuridão solitária do universo. Os
titãs da mesma categoria dele tentaram o persuadir de seu erro e acalmar suas
furiosas emoções, mas ele considerou as suas convicções mais otimistas como ego
servido de ilusões. Partindo de seus ranques, Sargeras teve a ideia de achar seu
próprio lugar no universo. Embora o Panteão estivesse triste com sua partida, os
titãs nunca poderiam ter predito o quão distante seu irmão caído iria, então eles
elegeram Aggramar, que fora o segundo em comando de Sargeras para substituí-lo
na frente de batalha dos exércitos titânicos.
Quando a loucura de Sargeras finalmente consumiu os últimos vestígios de
seu espírito valoroso, ele culpou os titãs como responsáveis pelo fracasso da
7
criação. Decidindo, afinal, desfazer seus trabalhos ao longo do universo, ele
planejou formar um exército imbatível que incendiaria o universo físico.
Enquanto sua confusão e miséria o afundavam cada vez mais, até mesmo
sua forma titânica foi pega pela corrupção que infestou seu coração outrora nobre.
Os seus olhos, cabelos e barba estouraram em fogo, e sua pele metálica de bronze
dividiu-se abrindo e revelando um forno infinito de ódio devastador.
Sargeras, o Titã Caído
Na sua fúria, Sargeras quebrou as prisões dos Nathrezim e deixou os
repugnantes demônios livres. Estas criaturas espertas se curvaram diante a vasta
raiva do Titã Caído e se ofereceram para servi-lo de qualquer modo malicioso que
eles pudessem.
A Corrupção dos Eredars e o Vôo dos Draeneis
(~25.000 anos atrás)
Algum tempo depois os eredars, uma raça brilhante com afinidade para a
magia, atraíram a atenção de Sargeras para o seu mundo natal, Argus. O Titã
Caído ofereceu poder além da imaginação para os três lideres dos eredars –
Kil’Jaeden, Arquimonde e Velen – em troca de lealdade inquestionável. Uma visão
perturbadora veio até Velen, que viu os eredars transformados em impronunciáveis
demônios, os futuros líderes do exército de Sargeras que iria crescer até
proporções colossais e dizimar toda a vida.
8
Kil’Jaeden Arquimonde Velen
Apesar das tentativas de Velen de alertar seus amigos, Kil’Jaeden e
Arquimonde decidiram aceitar a oferta de Sargeras. Velen desesperou-se com a
decisão de seus antigos companheiros e então rezou por ajuda. Para a sua surpresa
e alivio, suas preces foram respondidas pelos benevolentes naaru. Esses seres de
energia haviam, assim como Velen, previsto o mal que seria causado pelo Titã
Caído.
Os naaru ofereceram-se para guiar Velen e quaisquer outros crentes para
segurança. Velen quietamente reuniu aqueles entre os seus seguidores eredar que
pareciam confiáveis e os batizou “Draeneis” (“Exilados” em eredun). Os draeneis
conseguiram escapar por pouco, antes que Sargeras voltasse para cumprir sua
promessa. Furioso pela traição de seu antigo companheiro, Kil’Jaeden jurou
perseguir Velen e seus seguidores draeneis até os confins da existência.
Naaru
Quando Sargeras voltou para Argus ele transformou os eredars em
demônios. Sargeras escolheu seus dois campeões para comandar seu exército
demoníaco de destruição. Kil'Jaeden, o Enganador, que foi escolhido para procurar
as raças mais escuras do universo e as recrutar para servir ao titã. E Arquimonde, o
Corruptor, que foi escolhido para conduzir os vastos exércitos de Sargeras em
batalha contra qualquer um que poderia resistir ao poder da Legião.
9
O primeiro movimento de Kil'Jaeden foi escravizar os vampíricos Nathrezim
sob seu terrível poder. Os Senhores do Medo serviram como seus agentes pessoais
ao longo do universo, deleitando-se em prazer ao localizar e subjugar raças
primitivas para seu mestre corromper. O Primeiro entre os Senhores do Medo era
Taecondrius, o Conspurcador. Taecondrius serviu Kil'Jaeden como o soldado
perfeito e concordou em levar em nome de Sargeras o testamento ardente para
todos os cantos escuros do universo.
Taecondrius, o Conspurcador
O poderoso Arquimonde também escolheu seus agentes. Chamando os
maléficos Lordes Abissais Annihilans e o líder bárbaro deles, Mannoroth, o
Destruidor, Arquimonde esperou estabelecer uma elite lutadora que expurgaria a
criação de toda a vida.
Annihilan
Uma vez que os exércitos de Sargeras foram recrutados e estavam prontos
para seguir seu comando, ele lançou suas forças enfurecidas na vastidão da Grande
10
Treva. Ele batizou o seu exército de Legião Ardente e a partir desta data ainda
obscura eles consumiram e queimaram tantos mundos quanto possível na sua
profana Cruzada Ardente pelo universo.
O Ordenamento de Azeroth
Inadvertidos da missão de Sargeras de desfazer seus incontáveis trabalhos,
o Panteão continuou movendo-se de mundo em mundo, moldando e ordenando
cada planeta quando eles viam que era necessário. Ao longo de sua viagem eles
acharam um mundo pequeno que seus habitantes posteriormente viriam a chamar
de Azeroth. Conforme os titãs passaram pela paisagem primordial, eles
encontraram vários seres elementais hostis. Estes elementais, que adoravam uma
raça de seres entrópicos conhecidos apenas como os “Deuses Antigos”, juraram
expulsar os titãs para manter o seu mundo intocado pelo toque metálico dos
invasores.
O Panteão, perturbado pela propensão dos Deuses Antigos para o mal,
empreendeu uma guerra contra os elementais e seus mestres extradimensionais.
Os exércitos dos Deuses Antigos foram conduzidos pelos tenentes elementais mais
poderosos: Ragnaros, o Senhor do Fogo; Therazane, a Petramáter; Al'Akir, o Lorde
dos Ventos e Neptulon, o Caçador das Marés. As forças caóticas deles se
enfureceram pela extensão do mundo e colidiram com os colossais titãs. Embora os
elementais fossem poderosos além da compreensão mortal, as forças combinadas
deles não puderam parar o poderoso Panteão. Um por um, os senhores
elementares caíram, e suas forças dispersaram.
Ragnaros, O Senhor do Fogo Therazane, a Petramáter
Al’Akir, o Lorde dos Ventos Neptulon, o Caçador das Marés
11
Para manter seus espíritos furiosos longe do mundo físico, os elementais
foram banidos para um plano abissal onde eles combateriam um contra o outro
para toda a eternidade sem o poder dos Deuses Antigos. Com a partida dos
elementais, a natureza se acalmou e o mundo estabeleceu uma harmonia e
tranquilidade. Os titãs viram que a ameaça foi contida e então começaram a
trabalhar.
Os titãs criaram várias raças para lhes ajudar a formar o mundo. Para lhes
ajudar a esculpir as cavernas em baixo da terra, eles criaram os earthens, seres
mágicos de pedra viva. Para ajudar-lhes a dragar os mares e erguer a terra do
chão, os titãs criaram imensos, mas gentis, gigantes. Por muitas eras os titãs
moldaram a terra, até que finalmente tivessem um continente perfeito. No centro
deste continente, eles fizeram um lago de energias cintilantes que serviria como
fonte da vida para o mundo. Suas potentes energias criariam os ossos do mundo e
permitiram à vida criar raízes no solo rico. Com o passar do tempo, plantas,
árvores, monstros, e criaturas de todo tipo começaram a prosperar no continente
primordial. Como um crepúsculo caiu no dia final do trabalho deles, os titãs
nomearam o continente de Kalimdor (“Terra da Eternidade Estrelada” na língua dos
titãs).
As criações dos Titãs
Os Deuses Antigos
Após a partida do Panteão uma grande calamidade se abateu sobre o jovem
mundo de Azeroth. As entidades entrópicas de puro caos conhecidas como Deuses
Antigos voltaram dos confins vazios da Grande Treva e o mundo cedeu em suas
fundações diante de seus inimagináveis poderes sombrios. As criações dos titãs
foram destruídas ou sofreram um destino muito pior, tornando-se aflitas pela
“Maldição da Carne”, que lentamente transformaria seus corpos.
12
Yogg’Sarron, um dos Deuses Antigos
Quando os titãs descobriram o que havia ocorrido com suas jovens criações
eles retornaram. O Panteão enfrentou os Deuses Antigos, o que causou a maior
batalha que Azeroth viria a conhecer. Os titãs foram vitoriosos nesse confronto
entre deuses, mas o domínio maligno dessas entidades caóticas sobre Azeroth
havia crescido tanto que destruí-los iria acarretar na aniquilação do plano, pois a
sua infecção os havia ligado simbioticamente à criação dos titãs. Então em vez de
destruí-los o Panteão neutralizou seus poderes prendendo-os abaixo da superfície
do mundo pelo resto de sua existência.
Depois disso os titãs recriaram as raças que haviam sido infectadas pela
Maldição da Carne, dessa vez mais resistentes à corrupção dos Deuses Antigos, e
empregaram uma série de mecanismos de defesa, como deixar vigilantes que
ficaram para trás nas instalações de Ulduar, Uldaman e Uldum.
As Revoadas Dragônicas e os Grandes Aspectos
Satisfeitos pelo pequeno mundo que tinha sido ordenado e acreditando que
o seu trabalho estava terminado, os titãs prepararam-se para deixar Azeroth.
Porém, antes de partiram, eles carregaram as maiores espécies do mundo com a
tarefa de cuidar de Kalimdor, para que não houvesse qualquer força que ameaçasse
sua tranquilidade perfeita. Naquela época havia muitas revoadas Dragônicas, e
dentre elas cinco se destacavam. Foram estas cinco revoadas que os Titãs
escolheram para pastorear o mundo que brotava. A partir do colossal proto-dragão
Galakrond o Panteão criou cinco dragões para liderarem suas respectivas revoadas
e os imbuíram de uma porção de seus poderes. Estes dragões majestosos ficaram
conhecidos como os Grandes Aspectos, ou os Aspectos Dragônicos.
13
Galakrond e os Aspectos
Aman'Thul, o Patrono do Panteão, deu uma porção de seu poder cósmico
para o volumoso dragão de bronze, Nozdormu. O Patrono incumbiu Nozdormu de
vigiar o próprio tempo e policiar os caminhos em eterna mudança do destino. E
para assegurar que ele faria bem o seu trabalho, lhe concedeu a visão de sua
própria morte, de forma que o dragão pudesse agir de forma imparcial. O estoico e
honorável Nozdormu ficou conhecido como “o Atemporal”.
Nozdormu, o Atemporal
14
Eonar, a Padroeira de Toda a Vida, deu uma porção do seu poder à leviatã
vermelha, Alexstrasza. Desde então Alexstrasza seria conhecida como “a Mãe da
Vida”, e ela trabalharia para salvaguardar todas as criaturas deste mundo. Devido à
sua imensa sabedoria e compaixão ilimitada para com todas as coisas vivas,
Alexstrasza foi coroada a Rainha dos Dragões recebendo assim o domínio sobre o
seu tipo.
Alexstrasza, a Mãe da Vida
Eonar também abençoou a irmã mais jovem de Alexstrasza, a dragonesa
verde Ysera, com uma porção de influência sobre a natureza. Ysera entrou em um
transe eterno, conectada ao recém surgido Sonho da Criação. Conhecida como “a
Sonhadora”, ela iria manter vigília sobre as áreas selvagens a partir de seu reino, o
Sonho Esmeralda.
15
Ysera, a Sonhadora
Norgannon, o Guardião do Conhecimento e Mestre-Mago, concedeu ao
dragão azul, Malygos, uma porção de seu vasto conhecimento. Dali em diante,
Malygos seria conhecido como “o Tecelão de Feitiços”.
Malygos, o Tecelão de Feitiços
Khaz'Goroth, o Forjador de Mundos, deu parte de seu poder para o poderoso
dragão negro, Neltharion, que posteriormente viria a ser chamado de “o Guardião
da Terra”. Ele recebeu o domínio sobre a terra e os lugares profundos do mundo.
Ele encarnou a força do mundo e serviu como o maior partidário de Alexstrasza.
16
Neltharion, o Guardião da Terra
Assim os Cinco Aspectos foram encarregados da defesa do mundo na
ausência do Panteão. Com os dragões preparados para salvaguardar a criação
deles, os titãs deixaram Azeroth para trás para sempre. Infelizmente era só uma
questão de tempo antes que Sargeras soubesse da existência do mundo recém-
nascido.
17
Capítulo 2 – A Era Primitiva
A Ascensão da Civilização dos Trolls
(~16.000 anos atrás)
Muito tempo antes dos orcs e humanos colidirem em sua Primeira Guerra, o
mundo de Azeroth era um só continente volumoso, cercado pelo mar. Aquele
grande continente, conhecido como Kalimdor Primordial, abrigou várias raças e
criaturas que competiam pela sobrevivência entre os elementos selvagens do
mundo que despertava. No centro do escuro continente estava o lago misterioso de
energias incandescentes que viria a ser chamado de Nascente da Eternidade. Esse
lago era o verdadeiro coração da magia e poder natural do mundo. Tirando suas
energias da infinita Grande Treva além do plano, o lago agia como uma fonte
mística, que enviava suas potentes energias pelo mundo para nutrir a vida em
todas suas formas maravilhosas.
Entre as muitas raças que surgiam no continente, uma se sobressaiu
crescendo até formar um império. Eram os trolls da tribo Zandalar, da qual todos
os trolls modernos descendem. No geral, os Zandalari valorizavam o conhecimento
acima de todo o resto, mas uma porção significativa da tribo possuía uma sede de
conquista em vez disso. Esses trolls descontentes eventualmente partiram para
formar suas próprias tribos. Com o passar do tempo os remanescentes da tribo
Zandalar passaram a ser considerados como uma casta autoritária de sacerdotes
para todos os trolls. Os Zandalari trabalharam sem descanso para registrar e
preservar a história e as tradições dos trolls, e esses sábios atuaram para o bem da
civilização troll como um todo. Amplamente respeitados pelos seus iguais, os
Zandalari permanecem até os dias de hoje envolvidos com as políticas do seu povo.
Trolls Zandalari
A partir das tribos que se separaram dos Zandalari, dois impérios troll
ascenderam. O Império de Gurubashi nas selvas do Sudeste e o Império Amani nas
florestas meridionais. Muitas tribos menores acabaram mais longes das terras
civilizadas, parando no extremo Norte onde se estabilizaram na região que depois
passaria a ser conhecida como Fenda do Norte. Essas tribos formaram uma nação
menor chamada Drakkari, mas esse reino nunca atingiu o tamanho e a
prosperidade dos impérios do sul.
Os dois impérios dos trolls tinham pouco amor um pelo outro, mas seus
conflitos raramente chegavam até o ponto da guerra. Naquela época o maior
inimigo deles era um terceiro império, a civilização de Azj’Aqir. Os aqirs eram uma
18
raça de insectóides inteligentes que reinavam nas terras do extremo oeste. Esses
sagazes insectóides eram extremamente expansionistas e incrivelmente malignos.
Os aqirs eram obcecados em erradicar toda a vida não insectóide das terras de
Kalimdor.
Aqir
Os trolls combateram os aqirs por mil anos, mas nunca conseguiram obter
uma vitória definitiva. Eventualmente, devido à persistência dos trolls, Azj’Aqir
partiu-se ao meio. Seus cidadãos partiram para colônias isoladas nas regiões
extremas do continente. Duas cidade-estado dos aqirs emergiram, Azjol-Nerub nas
tundras do Norte e Ahn’Qiraj no deserto do Sul. Embora os trolls suspeitassem que
houvesse outras colônias de aqirs sob Kalimdor, suas existências nunca foram
verificadas. Com os insectóides exilados, os dois impérios troll retornaram aos seus
negócios, sem nenhum dos dois expandir muito longe de suas fronteiras originais.
Seguindo a queda do império de Azj’Aqir uma pequena tribo de trolls se
estabeleceu no deserto, fundando uma cidade estado que viria a ser o centro do
poder na região, Zul’Farrak.
Os Kaldorei e a Nascente da Eternidade
(~14.000 anos atrás)
Dois milênios após a ascensão dos Zandalari uma pequena tribo de trolls
negros se separou do império Gurubashi e cautelosamente construiu seus alicerces
no centro do continente, às extremidades da Nascente da Eternidade. Esses
humanoides ferais e nômades, puxados pelas energias estranhas do lago,
construíram casas simples em suas costas tranquilas. Com o passar do tempo, o
poder cósmico da Nascente afetou a tribo, tornando-os mais fortes e sábios, além
de virtualmente imortais. A tribo adotou o nome Kaldorei ("crianças das estrelas"
em sua língua nativa). Para celebrar a sociedade deles que estava brotando, eles
construíram grandes estruturas e templos ao redor das margens do lago.
19
Eluna
Os Kaldorei, ou elfos noturnos como eles seriam conhecidos depois,
adoravam a deusa da lua, Eluna, e acreditavam que ela dormia dentro das
profundezas vislumbrantes da Nascente da Eternidade durante as horas de luz do
dia. Os sacerdotes e videntes dos Kaldorei estudaram o lago com uma curiosidade
insaciável, determinados a descobrir os seus poderes e segredos ocultos. Conforme
sua sociedade cresceu, os elfos noturnos exploraram a vasta extensão de Kalimdor
e encontraram seus outros habitantes. As únicas criaturas que foram capazes de
conte-los eram os antigos e poderosos dragões. As grandes bestas serpentinas
eram reclusas, mas eles faziam muito para salvaguardar as terras conhecidas de
ameaças em potencial. Os Kaldorei descobriram que os dragões ficaram
responsáveis como os protetores do mundo, e concordaram que era melhor deixar
eles e seus segredos sozinhos.
Com o tempo, a curiosidade dos Kaldorei os levou a encontrar e ajudar
várias entidades poderosas, entre elas estava Cenarius, um semi-deus das florestas
primordiais. Cenarius acabou se apaixonado pelos inquisitivos elfos noturnos, e
muitas vezes gastava seu tempo os ensinando sobre o mundo natural. Os
tranquilos Kaldorei desenvolveram uma empatia forte pelas florestas de Kalimdor e
se fascinavam com o equilíbrio harmonioso da natureza.
20
Cenarius
Como a idade aparentemente infinita, a civilização dos elfos noturnos
ampliou seu território e sua cultura. Seus templos, estradas e habitações foram
espalhados pelo escuro continente. Nesse período Azshara ascendeu ao trono, e
então a capital do império foi renomeada Zin-Azshari em homenagem à bela e
talentosa rainha dos Kaldorei. Azshara construiu um imenso e maravilhoso palácio
na costa da Nascente da Eternidade que abrigou seus servos mais prestigiados
dentro de seus elegantes corredores. Os servos dela, a quem ela chamava de
Quel’Dorei (“Altaneiros” em darnassiano), a amaram loucamente por todo seu
reinado e se acreditavam superiores ao resto dos seus irmãos. Embora a Rainha
Azshara fosse amada igualmente por todas as pessoas, os Altaneiros foram
secretamente invejados e repugnados pelo resto dos elfos noturnos.
Rainha Azshara
21
Compartilhando da curiosidade dos sacerdotes para com a Nascente da
Eternidade, Azshara ordenou aos Altaneiros que examinassem seus segredos e
revelassem seu verdadeiro propósito no mundo. Os Altaneiros então estudaram o
lago incessantemente, até que eles desenvolveram a habilidade de manipular e
controlar suas energias cósmicas. Como o progresso de suas experiências, os
Altaneiros aprenderam que eles podiam usar os poderes que haviam descoberto
para criar ou destruir conforme a sua vontade. Os Altaneiros descuidadamente
tinham tropeçado em magia arcana primitiva e decidiram dedicar-se a seu domínio.
Embora eles concordassem que aquela magia era perigosa para se controlar
irresponsavelmente, Azshara e os Altaneiros dela começaram a praticar os seus
feitiços despreocupadamente. Cenarius e muitos estudantes dos Kaldorei
advertiram sobre a calamidade que resultaria de brincar com as artes claramente
voláteis da magia arcana. Mesmo assim, a rainha e os seus seguidores continuaram
obstinadamente ampliando os poderes recém descobertos.
Conforme seus poderes cresceram, uma mudança distinta ocorreu com
Azshara e os Altaneiros. A classe alta, arrogante e indiferente ficou crescentemente
calosa e cruel com os seus compatriotas Kaldorei. Uma mortalha escura e pesada
ocultou a antiga beleza da rainha. Ela começou a se retirar dos assuntos de seu
povo e se recusou a interagir com qualquer um que não fossem os seus fiéis
sacerdotes Quel’Dorei.
Um jovem estudante chamado Malfurion Tempesfúria que tinha gastado
muito de seu tempo estudando as artes primitivas do druidismo começou a
suspeitar que um poder terrível estivesse corrompendo os Altaneiros e a amada
rainha deles. Embora ele não pudesse conceber o mal que estava por vir, ele sabia
que as vidas dos Kaldorei logo mudariam para sempre...
Os irmãos Tempesfúria e a sacerdotisa Tyrande
A Guerra dos Anciões
(~10.000 anos atrás)
O uso despreocupado da magia arcana pelos Altaneiros enviou ondulações
de energia da Nascente da Eternidade que espiralaram para a Grande Treva. As
22
ondulações fluidas de energia foram sentidas por terríveis mentes estrangeiras.
Sargeras, o Titã Caído e grande inimigo de toda a vida sentiu as ondulações e foi
atraído ao seu distante local de origem. Espiando o mundo primordial de Azeroth e
sentindo as energias ilimitadas da Nascente da Eternidade, Sargeras foi consumido
por uma fome insaciável. O grande deus sombrio do vazio resolveu destruir o
mundo e reivindicar suas energias para si.
Sargeras e a Legião Ardente
Sargeras juntou a sua vasta Legião Ardente e começou a viajar para o
mundo despreocupado de Azeroth. A Legião era composta por um milhão de
demônios berrantes, arrancados de todos os cantos distantes do universo, e eles
tinham sede de conquista. O tenente de Sargeras, Arquimonde, e seu segundo em
comando Mannoroth, prepararam seus asseclas infernais para atacar.
O primeiro dos Altaneiros a ser subjugado pelo êxtase terrível de sua magia
foi o lorde Xavius, um Quel’Dorei habilidoso na arte da politica que havia
substituído seus dois olhos por gemas negras magicas. Ele passou a venerar o Titã
Caído como se fosse um deus, e concordou em lhe conceder uma entrada para
invadir seu mundo. Ele conseguiu convencer a rainha Azshara e os demais
Altaneiros a se entregarem a corrupção inevitável da magia arcana. Para mostrar a
sua submissão à Legião os Altaneiros ajudaram sua rainha abrindo um vasto portal
dentro das profundezas da Nascente da Eternidade.
Uma vez que todas as suas preparações tinham sido feitas, Sargeras
começou a invasão catastrófica de Azeroth. Os guerreiros demoníacos da Legião
Ardente assaltaram o mundo através da Nascente e sitiaram as cidades dormentes
dos Kaldorei. Conduzida por Arquimonde e Mannoroth, a Legião proliferou em cima
das terras de Kalimdor, deixando somente cinzas e tristeza em seu caminho. Os
bruxos malignos invocaram infernais flamejantes que chegavam em meteoros
destrutivos e se chocavam com os pináculos graciosos dos templos de Kalimdor.
Um bando ardente de assassinos sanguinários conhecidos como Demonarcas
marcharam pelos campos do continente enquanto matavam tudo em seu caminho.
Matilhas de canis vis selvagens saquearam a zona rural sem oposição. Embora os
valentes guerreiros Kaldorei se esforçassem para defender sua pátria ancestral,
eles foram forçados a ceder lentamente, centímetro por centímetro, perante o
ataque furioso da Legião.
23
A Legião Ardente marcha sobre Kalimdor
Recaiu sobre Malfurion a responsabilidade de encontrar ajuda para seu povo.
Malfurion cujo próprio irmão, Illidan, praticava as magias arcanas dos Altaneiros,
estava enraivecido pela corrupção crescente entre a classe alta. Após convencer
seu irmão a abandonar a obsessão perigosa dele, Malfurion saiu para achar
Cenarius e reunir uma força de resistência. A jovem e bonita sacerdotisa, Tyrande
Murmuréolo, concordou em acompanhar os irmãos em nome de Eluna. Embora
Malfurion e Illidan compartilhassem um amor pela desejável sacerdotisa, o coração
de Tyrande pertencia só ao druida. Illidan ficou recendido ao ver seu irmão engajar
um romance com Tyrande, mas soube que a sua preocupação não era nada
comparada à dor de seu vício mágico.
O jovem Illidan O jovem Malfurion A jovem Tyrande
Illidan, que tinha se tornado dependente da magia arcana, lutou pelo
controle contra a fome opressiva que sentia para pegar uma vez mais a energia da
Nascente. Porém, com o apoio paciente de Tyrande, ele pôde se conter e ajudar
seu irmão a achar o recluso semi-deus. Cenarius, que vivia dentro da sagrada
24
Clareira da Lua aos pés do distante Monte Hyjal, decidiu apoiar os Kaldorei,
achando os dragões antigos e recrutando-os para ajudá-los. Os dragões,
conduzidos pela grande leviatã vermelha Alexstrasza, concordaram em enviar suas
poderosas revoadas para matar os demônios e seus mestres malignos.
Os Kaldorei pedem ajuda a Cenarius
Cenarius chamou os seus companheiros eternos, os Anciões e reuniu um
exercito de espíritos das florestas encantadas e homens-árvore ancestrais,
conduzindo-os contra a Legião em uma agressão terrestre ousada. Conforme os
aliados dos elfos noturnos convergiram contra o templo de Azshara e a Nascente da
Eternidade, a guerra estourou. Apesar do poder dos seus novos aliados, Malfurion e
seus colegas perceberam que a Legião não poderia ser derrotada apenas com força
marcial.
25
Antigos
Conforme a batalha titânica cresceu em fúria ao redor da cidade capital de
Zin-Azshari, a rainha desiludida esperou antecipadamente pela chegada de
Sargeras. O senhor da Legião Ardente estava se preparando para atravessar a
Nascente da Eternidade e entrar no mundo saqueado. Quando sua sombra
gigantesca se aproximou da superfície bravia da Nascente, Azshara juntou os seus
mais poderosos seguidores Altaneiros. Só unindo as suas magias em um feitiço
focalizado eles poderiam criar um portal grande o bastante para o Titã Caído entrar.
Para garantir isso, a rainha ordenou que Xavius criasse um encantamento que
impediria qualquer um que não fosse um Quel’Dorei de acessar as energias da
Nascente, mas o seu plano falhou quando Malfurion derrotou o lorde.
Insatisfeito com o desempenho de seu servo, Sargeras impôs sobre Xavius
uma punição por suas falhas. Por um tempo, o titã torturou o seu espirito sem
corpo, mas eventualmente ele lhe mostrou uma forma de piedade. Ele decidiu que
o lorde ainda poderia ser posto em uso afinal. Ele retornou Xavius à vida, mas não
como ele era antes. Para demonstrar os traços dele que valorizava, e para marca-lo
eternamente como um aliado e servo da Legião, Sargeras transformou e desfigurou
o corpo do lorde Xavius. Ele criou para ele um novo corpo, um corpo com pernas e
chifres de carneiro, garras afiadas e uma longa cauda leonina, conservando as suas
características gemas no lugar dos olhos. Foi assim que Xavius se tornou o primeiro
Sátiro, mas não o único, pois o Titã Caído lhe incumbira de uma nova missão,
converter o maior numero possível de Altaneiros em sua nova espécie.
26
Lorde Xavius
A batalha se enfurecia pelos campos ardentes de Kalimdor quando uma
mudança terrível de situação se desdobrou. Neltharion, o Aspecto Dragônico da
Terra, convenceu os seus irmãos Aspectos a lhe concederem o seu poder para criar
um artefato poderoso denominado Alma Dragônica para derrotar os exércitos da
Legião Ardente. Mas a ligação de Neltharion com as profundezas do mundo fez com
que ele tivesse entrado em contato com os Deuses Antigos, que haviam infectado a
sua mente. Então eles começaram a sussurrar palavras de loucura para o Aspecto
Negro, que começou a se romper enquanto chamas raivosas estouravam da pele
escura dele. Se auto renomeando Asa da Morte, o dragão ensandecido se virou
contra seus quatro irmãos e com um único golpe da Alma Dragônica exterminou
quase toda a Revoada Azul. Em sua loucura, ele teria matado mais aliados se não
tivesse sido impedido pelo consorte da Rainha Dragônica, Korialstrasz, que já sabia
da traição pois havia vindo do futuro graças a uma anomalia temporal.
27
Asa da Morte e a Alma Dragônica
A traição súbita de Neltharion foi tão destrutiva que as cinco revoadas nunca
se recuperaram verdadeiramente. Feridos e chocados, Alexstrasza e os outros
dragões foram forçados a abandonar seus aliados mortais. Malfurion e seus
companheiros, agora desesperadamente excedidos em número, quase não
sobreviveram à conclusão da batalha. Xavius aproveitou a oportunidade para tentar
matar o druida, mas uma jovem Kaldorei que havia sido salva por Tyrande no inicio
da guerra chamada Shandris Plumaluna acertou-lhe uma flecha no ombro, a partir
da qual Malfurion fez crescer um grande carvalho que consumiu o corpo do sátiro.
28
Shandris Plumaluna
Malfurion, convencido que a Nascente da Eternidade era a ligação umbilical
dos demônios com o mundo físico, insistiu que deveria ser destruída. Os
companheiros dele, sabendo que a Nascente era a responsável por sua imortalidade
e poderes, ficaram horrorizados pela ideia inconsequente. Mas Tyrande viu a
sabedoria da teoria de Malfurion e então convenceu Cenarius e seus companheiros
a atacar violentamente o templo de Azshara e achar um modo de acabar com a
Nascente da Eternidade.
A Fragmentação do Mundo
Sabendo que a destruição da Nascente o impediria de brandir novamente a
magia, Illidan egoistamente abandonou o grupo e foi advertir os Altaneiros do plano
de seu irmão. Devido à insanidade trazida pelo seu vicio mágico e o ciúme de seu
irmão com Tyrande, Illidan não sentiu nenhum remorso em trair Malfurion e apoiar
Azshara e os seus seguidores. E além disso Illidan jurou proteger o poder da
Nascente da Eternidade de qualquer maneira, não importando os meios necessários
para isso.
Eventualmente Illidan foi levado perante Sargeras, que lhe deu um presente
em retorno pela sua ajuda. Mesmo ainda estando do outro lado do portal, o Titã
Caído queimou os olhos do elfo noturno e os substituiu por orbes flamejantes que
permitiram ao Illidan enxergar através de todas as formas de magias, e tatuagens
arcanas cobriram todo o seu corpo. A rainha dos Altaneiros ficou fascinada por este
“novo Illidan”, mas ele não correspondeu as suas investidas, permanecendo
cauteloso quanto aos seus novos aliados. Desse dia em diante Illidan se tornou o
primeiro de uma nova classe de guerreiros élficos, os Caçadores de Demônios.
29
Illidan, o Caçador de Demônios
Inadvertido da traição de seu irmão, Malfurion conduziu seus companheiros
até o centro do templo de Azshara. Eles causaram uma tempestade na principal
câmara de audiência quando acharam os Altaneiros no meio do seu sombrio
encantamento final. O feitiço comunal criou um vórtice instável de poder nas
profundezas turbulentas do lago. Como a sombra de Sargeras chegava cada vez
mais perto da superfície, Malfurion e seus aliados se apressaram em atacar.
Zin-Azshari
Azshara, tendo recebido a advertência de Illidan, estava mais que preparada
para eles. Quase todos os seguidores de Malfurion caíram perante os poderes da
rainha enlouquecida. Tyrande, enquanto tentava atacar Azshara por trás, foi pega
pelos sátiros remanescentes de Xavius. Embora conseguindo derrotar os Quel’Dorei
corrompidos, Tyrande sofreu feridas dolorosas nas mãos deles. Malfurion entrou em
um frenesi assassino quando viu seu amor cair, ele estava decidido a acabar com a
vida de Azshara.
Broxigar, um orc veterano da primeira e segunda guerra entre sua raça e os
humanos, havia viajado no tempo até este período junto do consorte da Alexstrasza
e sabia que os Kaldorei e seus aliados precisariam de mais tempo para fechar o
portal. Então ele pulou das costas de um dragão para o centro da Nascente da
30
Eternidade, decidido a segurar os demônios no Espiral Etérea tempo suficiente para
que Malfurion pudesse concluir o seu plano. Brox estava armado apenas com um
machado de madeira mágico que fora criado por Cenarius, mas ele matou tantos
demônios que no final estava lutando sobre uma montanha de seus corpos e
chamando por mais quando atraiu a atenção de Sargeras. O orc conseguiu um feito
inimaginável, ele causou uma ferida na perna do Titã Caído antes que esse
acabasse com a sua vida.
Broxigar, o Vermelho
Enquanto batalha se engrandeceu dentro e fora do templo, Illidan apareceu
das sombras perto da costa da grande Nascente. Produzindo um jogo de sete
frascos especialmente feitos, Illidan ajoelhou-se e encheu cada um com as águas
vislumbrantes do lago. Convencido que os demônios esmagariam a civilização dos
elfos noturnos, ele planejou roubar as águas sagradas e manter suas energias pra
si mesmo.
A batalha entre Malfurion e Azshara lançou o feitiço cuidadosamente feito
pelos Altaneiros em caos. O vórtice instável nas profundidades da Nascente
explodiu e acendeu uma cadeia catastrófica de eventos que viriam a fragmentar o
mundo. A explosão volumosa agrediu o templo em suas bases e enviou tremores
que rasgaram a terra torturada. Conforme a batalha horrorosa entre a Legião e os
aliados dos elfos noturnos se engrandeceu mais e mais ao redor e sobre a cidade
arruinada, a Nascente da Eternidade entrou em colapso desmoronando.
31
A Fragmentação do Mundo
A explosão catastrófica resultante quebrou a terra e destruiu os céus. Depois
dos terremotos causados pela implosão da Nascente as fundações do mundo foram
sacudidas, os mares se apressaram em encher a ferida aberta na terra. Tinham
sido dinamitados quase oitenta por cento do grande continente de Kalimdor,
enquanto sobrava apenas um punhado de continentes separados que foram
cercados pelo novo e bravio mar. O centro do novo oceano, onde uma vez a
Nascente da Eternidade estava, virou uma tempestade tumultuosa de fúria e
energias caóticas. Esta cicatriz terrível, conhecida como Voragem, nunca deixaria
de girar furiosa. Permaneceria como uma lembrança constante da catástrofe
terrível... E a era utópica que estava perdida para sempre.
De alguma maneira, contra todas as probabilidades, a rainha Azshara e a
elite de seus Altaneiros conseguiram sobreviver à provação. Torturados pelos
poderes que eles tinham libertado, Azshara e seus seguidores foram arrastados
para baixo do mar furioso pela implosão da Nascente. Amaldiçoados eles se
transformaram e assumiram novas formas, se tornando as odiosas serpentes
nagas. A própria Azshara se expandiu com ódio e raiva, enquanto se transformava
em uma monstruosidade, refletindo a maldade e a malícia que sempre se
esconderam dentro de seu coração sombrio. Lá, no fundo da Voragem, as nagas
construíram para si uma nova cidade, Nazjatar, da qual elas reconstituiriam o seu
poder. Mas levou mais de dez mil anos antes das nagas revelarem a sua existência
para o mundo da superfície.
Azshara, a rainha das nagas
32
Monte Hyjal e o Presente de Illidan
Os poucos elfos noturnos que sobreviveram à explosão catastrófica se
reuniram e juntos construíram balsas para lentamente fazer seu caminho até o
único grande continente à vista. De alguma maneira, pela graça de Eluna,
Malfurion, Tyrande, e Cenarius tinham sobrevivido à Fragmentação do Mundo. Os
heróis cansados concordaram em conduzir os sobreviventes e estabelecer uma
nova casa para as pessoas. Conforme eles viajaram em silêncio, eles inspecionaram
os destroços de seu mundo e perceberam que suas paixões tinham forjado a
destruição ao seu redor. Embora Sargeras e sua Legião tivessem sido banidos do
mundo com a destruição da Nascente da Eternidade, Malfurion e seus
companheiros pararam para ponderar o custo terrível da vitória.
Havia muitos Altaneiros que sobreviveram intactos à Fragmentação. Eles
viajaram para a costa da nova terra junto com os outros elfos noturnos. Embora
Malfurion desconfiasse dos motivos dos Quel’Dorei, ele estava satisfeito que eles
não pudessem causar nenhum dano real sem as energias da Nascente.
Monte Hyjal
Conforme os Kaldorei chegaram à costa da sua nova terra, eles descobriram
que a montanha sagrada de Hyjal tinha sobrevivido à catástrofe. Buscando
estabelecer uma casa nova para eles, Malfurion e os elfos noturnos escalaram os
declives de Hyjal e alcançaram seu ápice varrido pelo vento. Eles desceram nas
planícies arborizadas, e se aconchegaram entre os cumes enormes da montanha,
eles acharam um lago pequeno e tranquilo. Para seu horror, eles perceberam que
as águas do lago tinham sido maculadas por magia arcana.
Illidan, que também havia sobrevivido à Fragmentação, tinha alcançado o
ápice de Hyjal antes de Malfurion e os outros elfos. Em uma tentativa desesperada
causada pelo seu vicio mágico, Illidan tinha derramado três dos frascos que
continham as águas preciosas da Nascente da Eternidade no lago montês para
33
manter os fluxos de magia no mundo. As energias potentes da Nascente
acenderam depressa e se fundiram em uma nova Nascente da Eternidade. O
triunfante Illidan, acreditando que a Nascente era um presente para as gerações
futuras, ficou chocado quando Malfurion o caçou. Malfurion explicou ao seu irmão
que a magia era caótica e que seu uso conduziria inevitavelmente a corrupção e
conflitos. Ainda assim, Illidan recusou-se a renunciar seus poderes arcanos, pois ele
já havia se entregado ao vicio magico que as energias demoníacas provocam.
Sabendo bem aonde as ideias de Illidan eventualmente o conduziriam,
Malfurion decidiu lidar de uma vez por todas com o poder de seu irmão louco. Com
a ajuda de Cenarius, Malfurion prendeu Illidan dentro de uma prisão subterrânea
vasta onde ele permaneceria preso e impotente até o fim dos tempos. Para
assegurar a retenção de seu irmão, Malfurion designou a jovem vigilante Maiev
Cantonegro para ser a carcereira pessoal de Illidan.
Maiev Cantonegro
Temendo que destruindo a nova Fonte eles pudessem provocar uma
catástrofe ainda maior, os Kaldorei decidiram deixá-la intocada. Porém, Malfurion
declarou que eles nunca mais praticariam novamente as artes da magia arcana.
Debaixo dos olhos alertas de Cenarius, eles começaram a estudar as artes antigas
do druidismo que os permitiria curar a terra saqueada e recultivar suas florestas
amadas na base do Monte Hyjal.
A Guerra dos Sátiros e os Druidas da Foice
(~9.900 anos atrás)
Por muitos anos, os elfos noturnos trabalharam incansavelmente para
reconstruir o que eles puderam da sua antiga pátria. Deixando seus templos
quebrados e estradas cobertas, eles construíram suas casas novas entre as árvores
verdes e colinas sombreadas à base do Hyjal. Os Kaldorei adotaram amplamente o
druidismo em sua sociedade, e Malfurion se tornou um grande Shan’Do (“Mestre” em
darnassiano). Mas a arte do druidismo ainda não havia sido devidamente explorada, o
que resultou em uma serie de escolas desenvolvendo as mais diversas técnicas.
Mas esta paz não duraria por muito tempo, pois muitos dos sátiros corrompidos
por Xavius também sobreviveram ao grande desastre que dividiu os continentes, e
continuaram a converter cada vez mais Kaldorei para os seus ranques. Ate que seus
números haviam crescido o bastante, e aliados a demônios remanescentes da invasão,
iniciaram uma serie de ataques às cidades de seus antigos irmãos.
34
A Guerra dos Sátiros
A série de conflitos que se sucedeu passou a ser conhecida como a Guerra dos
Sátiros, apesar deles não terem sido a maior ameaça enfrentada pelos Kaldorei
naquele período. A verdadeira ameaça veio de uma das escolas do druidismo, os
Druidas da Matilha. Esses druidas assumiam a forma de lobos e lutavam com a
ferocidade do Antigo Goldrinn, mas eles perdiam completamente o controle sobre si
mesmos, atacando tanto inimigos quanto aliados. Devido a essa instabilidade da forma
da matilha, Malfurion proibiu os druidas de utiliza-la.
Goldrinn
35
Mas muitos ignoraram o conselho de seu Shan’Do e acabaram se perdendo para
a sua besta interior, tornando-se animais selvagens e jamais retornado para as suas
formas verdadeiras. Mas houve um entre estes druidas rebeldes que conseguiu manter
um grau de controle ao ponto de se transformar conforme desejava, Ralaar
Presardente era seu nome, apesar dos seus companheiros Druida da Matilha
chamarem-no apenas de Primeiro Alfa.
Ressentido com a morte de seu amigo Arvell, um companheiro druida que
morreu por se recusar a se transformar na forma da matilha devido à proibição de
Malfurion, Ralaar acreditava que a forma lupina era pura em sua essência e que a sua
raiva poderia ser canalizada de maneira positiva. Ele convenceu a sacerdotisa de Eluna
e amante de Arvell, Belysera, a canalizar o poder da deusa em um cajado. Em posse
deste cajado, e do dente de Goldrinn ele forjou uma foice que serviria para controlar a
forma da matilha. Mas quando ele tentou utiliza-la algo deu errado, o espirito
selvagem do Antigo que odiava a deusa rejeitou o seu poder, e Ralaar e os demais
Druidas da Matilha acabaram se transformando em criaturas deformadas, metade lobo
e metade elfo: worgens.
Worgens
Os worgens passaram então a ser chamados de Druidas da Foice, e eles
atacaram tanto os sátiros quanto os Kaldorei ao longo da guerra. E para piorar a
situação, qualquer um que fosse mordido por um worgen e sobrevivesse rapidamente
se transformaria em um também.
36
Belysera e a Foice de Eluna
Vendo o erro que havia cometido em seu desejo por vingança, Belysera levou a
Foice de Eluna até Malfurion para que este desse um fim no problema dos worgens.
Com a ajuda de Cenarius, Malfurion criou uma armadilha para os Druidas da Foice, e
utilizando-se da arma que Belysera lhe entregara prendeu-os na dimensão etérea e
conhecida como Sonho Esmeralda. E após o termino da guerra, fundou com a
aprovação de Cenarius o Círculo Cenariano, uma ordem cujo proposito seria unificar
todas as escolas e estabelecer uma tradição segura para o druidismo.
A Árvore do Mundo e o Sonho Esmeralda
(~9.000 anos atrás)
Há tempos, os dragões que tinham sobrevivido à grande Fragmentação do
Mundo saíram dos seus domicílios secretos. Alexstrasza, Ysera e Nozdormu
desceram nas clareiras tranquilas dos druidas e inspecionaram os frutos do trabalho
dos elfos noturnos. Malfurion que tinha se tornado um Arquedruida de imenso
poder, cumprimentou os dragões poderosos e lhes falou sobre a criação da nova
Nascente da Eternidade. Os grandes dragões ficaram alarmados por ouvir tais
notícias e especularam que enquanto a Nascente permanecesse a Legião Ardente
poderia um dia retornar para assaltar o mundo mais uma vez. Malfurion e os três
dragões fizeram um pacto para manter a Fonte segura e garantir que os agentes da
Legião nunca mais achariam um modo de invadir seu mundo.
Alexstrasza, a Mãe da Vida, colocou uma única semente encantada dentro
do coração da Nascente da Eternidade. A semente, ativada pelas potentes águas
mágicas, deu vida a uma árvore colossal. As raízes poderosas da árvore cresceram
nas águas da Nascente, e seu pálio verde parecia raspar o telhado dos céus. A
imensa árvore seria um símbolo perpétuo do laço dos Kaldorei com a natureza, e
suas energias se estenderiam para curar o resto do mundo com o passar do tempo.
Os elfos noturnos deram para sua Árvore do Mundo o nome de Nordrassil ("Coroa
dos Céus" em Darnassiano).
37
Os Dragões criam Nordrassil
Nozdormu, o Atemporal, colocou um encanto em Nordrassil para assegurar
que enquanto a árvore colossal permanecesse de pé os elfos noturnos nunca
envelheceriam ou cairiam doentes.
Ysera, a Sonhadora, também colocou um encanto na Árvore do Mundo
unindo-a ao seu reino, o Sonho Esmeralda. O Sonho, um mundo espiritual vasto e
em constante mutação, existe fora dos limites do mundo físico. Do Sonho, Ysera
regulou o fluxo da natureza e o caminho evolutivo do mundo. Os druidas, inclusive
o próprio Malfurion, foram ligados ao Sonho Esmeralda pela Árvore do Mundo.
Como parte do pacto místico, os druidas concordaram em dormir durante séculos
de forma que seus espíritos poderiam vagar nos caminhos infinitos do Sonho de
Ysera.
Sonho Esmeralda
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Exílio dos Elfos Superiores
(~7.300 anos atrás)
Com o passar dos séculos, a nova sociedade dos elfos noturnos cresceu forte
e se expandiu ao longo da floresta que eles vieram a chamar de Vale Gris. Muitas
das criaturas e espécies que eram abundantes antes da Fragmentação do Mundo,
como pelursos e javatuscos, reapareceram e floresceram na terra. Debaixo da
liderança benevolente dos druidas, os elfos noturnos desfrutaram uma era de paz
sem precedente e tranquilidade sob as estrelas.
Javatusco Pelurso
Porém, muitos dos sobreviventes Altaneiros originais começaram a ficar
inquietos. Como Illidan antes deles, eles se tornaram vitimas da sede que vinha da
perda de suas desejadas magias. Eles foram tentados a obter as energias da
Nascente da Eternidade e retomar a prática de suas magias arcanas. Dath'Remar, o
Imprudente, começou a ridicularizar os druidas publicamente, chamando-os de
covardes por recusar a usar as magias que, segundo ele, eram suas por direito.
Malfurion e os druidas ignoraram os argumentos de Dath'Remar e advertiram os
Altaneiros que qualquer uso de magia arcana seria punido com a morte. Em uma
insolente e infortuna tentativa de convencer os druidas para rescindir a lei,
Dath'Remar e seus seguidores soltaram uma terrível tempestade mágica no Vale
Gris.
Dath’Remar, o Imprudente
39
Os druidas não puderam matar tantos de sua raça, então decidiram exilar os
imprudentes Altaneiros de suas terras. Dath'Remar e seus seguidores, contentes
por estarem livres afinal dos seus primos conservadores, subiram a bordo de vários
navios especialmente feitos e saíram velejando pelos mares. Embora nenhum deles
soubesse o que os esperavam além das águas da furiosa Voragem, eles estavam
ansiosos para estabelecer sua própria pátria onde eles poderiam praticar suas
desejadas magias com impunidade. Os Altaneiros, ou Quel’Dorei, como Azshara
tinha os batizado em eras passadas, fixaram-se nas terras orientais onde os
homens eventualmente chamariam de Lordaeron. Eles planejaram construir seu
próprio reino mágico, e rejeitariam os preceitos noturnos de adoração a lua. A
partir de então, eles abraçariam o sol e se chamariam de elfos superiores.
As Sentinelas e a Longa Vigília
Com a partida de seus primos teimosos, os elfos noturnos voltaram sua
atenção à custódia de sua pátria encantada. Os druidas, sentindo que seu tempo de
hibernação estava cada vez mais perto, preparam-se para dormir e deixar para trás
seus familiares. Tyrande que tinha se tornado a Alta Sacerdotisa de Eluna falou
para seu amor, Malfurion, não ir para o Sonho Esmeralda de Ysera. Mas Malfurion
honrou seu acordo e entrou nos inconstantes sonhos. A sacerdotisa despediu-se
com um adeus e jurou que eles nunca estariam longe se eles se agarrassem no seu
verdadeiro amor.
Malfurion e Tyrande se despedem
Deixada sozinha para proteger Kalimdor dos perigos do novo mundo,
Tyrande juntou uma força lutadora poderosa entre suas irmãs Kaldorei. Essas
mulheres guerreiras e destemidas, altamente treinadas que se empenharam na
defesa de Kalimdor eram chamadas de Sentinelas. Embora elas preferissem
40
patrulhar sozinhas as florestas sombrias do Vale Gris, elas fizeram muitos aliados
que poderiam chamar quando tivessem alguma urgência.
Sentinela
O semi-deus Cenarius permaneceu por perto na Clareira da Lua. Os filhos
dele, conhecido como os Guardiões dos Bosques, ficavam vigiando os elfos
noturnos e estavam sempre prontos para ajudar as Sentinelas a manter paz na
terra. Até mesmo as filhas tímidas de Cenarius, as dríades, estavam aparecendo ao
ar livre com mais frequência.
Dríade
A tarefa de policiar o Vale Gris manteve Tyrande ocupada, mas sem
Malfurion ao lado dela, ela teve pouca alegria. Com o passar dos séculos, enquanto
os druidas dormiam, ela cultivava seu medo de uma segunda invasão demoníaca.
Ela não podia afastar a sensação de que a Legião Ardente ainda estava lá fora,
além da Grande Treva do céu, tramando sua vingança contra os elfos noturnos e o
mundo de Azeroth.
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Capítulo 3 - O Mundo Novo
A Fundação de Quel'Thalas
(~6.800 anos atrás)
Os elfos superiores, conduzidos por Dath'Remar, acabaram desafiando as
tempestades da Voragem para o leste de Kalimdor. As suas frotas vagaram pelos
destroços do mundo durante muitos anos, e eles descobriram misteriosos reinos
perdidos ao longo de sua viagem. Dath'Remar que tinha levado o nome Andassol,
procurou lugares de considerável poder no qual construiria uma pátria nova para o
seu povo.
A Voragem
Sua frota finalmente parou nas praias do reino que os homens iriam
posteriormente batizar de Lordaeron. Avançando em direção ao interior, os
Quel’Dorei fundaram um anteposto dentro das tranquilas Clareiras de Tirisfal.
Depois de alguns anos, muitos deles começaram a pender para a loucura. Foi
teorizado que algo maligno dormia debaixo daquela parte do mundo, mas nunca foi
provado que esses rumores eram verdadeiros. Os elfos superiores recolheram seus
acampamentos e se moveram em direção ao norte para outra terra rica em linhas
meridionais.
À medida que os Quel’Dorei cruzaram as terras ásperas e montanhosas de
Lordaeron, sua viagem ficava cada vez mais perigosa. Agora que eles estavam
efetivamente sem as energias da Nascente da Eternidade, muitos deles caíram
doentes pelo clima frio ou morreram de fome. Porém, a mudança mais
desconcertante era o fato de que eles não eram mais imortais ou imunes aos
elementos. Eles também encolheram um pouco em altura, e sua pele perdeu sua
cor violeta característica. Apesar de seus sofrimentos, eles encontraram muitas
criaturas maravilhosas que nunca tinham sido vistas em Kalimdor. Eles também
acharam tribos de humanos primitivos que caçavam ao longo das florestas antigas
chamados azotha. Porém, a ameaça mais medonha que eles encontraram foram os
trolls espertos e vorazes da floresta de Zul'Aman.
42
Zul’Aman
Esses trolls esverdeados podiam regenerar membros perdidos e podiam
curar graves danos físicos, mas eles provaram não ser mais do que uma raça
bárbara e selvagem. O império dos Amani estirou-se pela grande maioria do norte
de Lordaeron, e os trolls lutaram para manter os estranhos não desejados fora de
suas fronteiras. Os elfos desenvolveram um ódio profundo por essas viciosas
criaturas e os matavam sempre que os encontravam.
Floresta do Canto Eterno
Depois de muitos anos, os elfos superiores finalmente acharam uma terra
que era semelhante a Kalimdor. Profundamente dentro da Floresta do Canto Eterno
ao extremo Norte do continente, eles fundaram o reino de Quel'Thalas e juraram
criar um império tão poderoso que iria fazer o de seus primos Kaldorei não parecer
nada. E na cidade capital deste império, Luaprata, eles criaram a Nascente do Sol
utilizando da agua de um dos sete frascos que Illidan havia recolhido da Nascente
da Eternidade original. Infelizmente eles aprenderam logo que Quel'Thalas foi
fundada em cima de uma antiga cidade que os trolls achavam ser sagrada. Quase
imediatamente, os trolls começaram a atacar com determinação os elfos.
43
Luaprata
Os elfos teimosos, pouco dispostos a deixar sua nova terra, utilizaram as
magias que eles tinham adquirido com a Nascente do Sol e mantiveram os
selvagens trolls à distância. Sob a liderança de Dath'Remar, eles puderam derrotar
os bandos de guerra Amani que os excediam em número de dez para um. Alguns
elfos, lembrando das advertências dos Kaldorei, temiam que o uso da magia
poderia chamar a atenção da banida Legião Ardente. Então eles decidiram mascarar
suas terras dentro de uma barreira protetora que lhes permitiria trabalhar os seus
encantos sem serem percebidos. Eles construíram uma série de monolíticas Pedras
Rúnicas em vários pontos ao redor de Quel'Thalas que marcavam os limites da
barreira mágica. As Pedras Rúnicas não só mascararam a magia dos elfos de
ameaças extra-dimensionais, mas ajudaram a amedrontar os bandos de guerra
supersticiosos dos trolls.
Com o tempo, Quel'Thalas se tornou um monumento ilustrando os esforços
dos elfos e a sua força mágica. Seus belos palácios foram feitos no mesmo estilo
arquitetônico dos corredores antigos de Kalimdor, contudo eles foram entrelaçados
com a topografia natural da terra. Quel'Thalas tinha se tornado uma verdadeira joia
da cultura élfica ilustrando o que eles tinham almejado criar. A Assembleia de
Luaprata foi fundada como o poder governante em cima de Quel'Thalas, entretanto
a dinastia Andassol manteve uma parcela do poder político. Composta de sete dos
maiores lordes dos Quel’Dorei, a Assembleia trabalhou para garantir a segurança
das terras dos elfos e seus habitantes. Cercados por sua barreira protetora, os elfos
superiores permaneceram despreocupados com as velhas advertências dos Kaldorei
e continuaram usando magia notoriamente em quase todos aspectos de suas vidas.
44
Assembleia de Luaprata
Durante quase quatro mil anos os elfos superiores viveram pacificamente
dentro da segurança provida de seu reino. Não obstante, os trolls vingativos não
eram tão facilmente derrotados. Eles conspiraram e planejaram nas profundidades
das florestas e esperaram pelo números de seus bandos de guerra crescerem.
Finalmente, os exércitos poderosos dos trolls saíram das florestas sombrias uma
vez mais indo em direção aos pináculos lustrados de Quel'Thalas.
Arathor e a Guerra dos Trolls
(~2.800 anos atrás)
Conforme os elfos superiores lutavam por suas vidas contra os ataques
ferozes dos trolls, os dispersos humanos nômades de Lordaeron lutaram para
consolidar suas próprias terras tribais. As tribos da humanidade primitiva
guerreavam umas contra as outras com pouca preocupação sobre uma unificação
racial ou honra. Mesmo assim uma tribo conhecida como Arathi via que os trolls
estavam se tornando uma verdadeira ameaça que não podia ser ignorada. Os
Arathi desejavam unir todas as tribos sob seu comando de forma que eles poderiam
prover uma frente unificada contra os bandos de guerra dos trolls.
Em seis anos, os espertos Arathi dominaram as tribos rivais. Depois de cada
uma das suas vitórias, os Arathi ofereceram paz e igualdade às tribos conquistadas,
ganhando assim a lealdade daqueles que tinham sido derrotados. Eventualmente a
tribo dos Arathi veio a incluir muitas tribos discrepantes, e seus exércitos
cresceram e ficaram cada vez mais vastos. Confiantes de que eles próprios
pudessem acabar com os bandos de guerra dos trolls ou até mesmo com os
reclusos elfos se fosse necessário, os Mestres de Guerra dos Arathi decidiram
construir uma fortaleza poderosa nas regiões sulistas de Lordaeron. A cidade
soberana, nomeada Strom, se tornou a capital da nação de Arathi, Arathor. Como
Arathor prosperou os humanos de toda parte do vasto continente viajavam para o
sul em busca da proteção e segurança de Strom.
45
Unidos debaixo de uma bandeira comum, as tribos humanas desenvolveram
uma cultura forte e otimista. Thoradin, o rei de Arathor, soube que os elfos
misteriosos das terras do norte estavam debaixo de ataques constantes pelos trolls,
mas se recusou arriscar a segurança de seu povo em defesa de estranhos reclusos.
Com o passar de muitos meses vieram do norte rumores da suposta derrota dos
elfos. Só quando os embaixadores cansados de Quel'Thalas alcançaram Strom que
Thoradin percebeu quão perigosa realmente era a ameaça dos Amani.
Rei Thoradin
Os elfos superiores informaram Thoradin que os exércitos dos trolls eram
vastos e que uma vez que tivessem destruído Quel'Thalas, eles se moveriam para
atacar as terras dos humanos. Os elfos desesperados necessitavam de ajuda
militar, eles então concordaram apressadamente em ensinar para certos humanos
seletos o usa magia em troca de sua ajuda contra os bandos de guerra. Thoradin,
desconfiado de qualquer magia, concordou em ajudar os elfos em sua necessidade.
Quase imediatamente, os Quel’Dorei feiticeiros chegaram a Arathor e começaram a
instruir um grupo de humanos nos caminhos da magia.
Os elfos acharam que embora os humanos fossem inicialmente desajeitados
na manipulação de suas magias, eles possuíam uma surpreendente afinidade
natural por ela. Cem homens foram ensinados com os fundamentos dos segredos
mágicos dos Quel’Dorei; nada mais que o necessário para combater os trolls.
Convencidos que seus estudantes humanos estavam prontos para ajudar na luta,
os elfos superiores deixaram Strom e viajaram para norte ao lado dos exércitos
poderosos do Rei Thoradin.
46
Os exércitos unidos dos elfos e humanos colidiram de frente com os
opressivos bandos de guerra Amani ao pé das Montanhas de Alterac. A batalha
durou muitos dias, mas os exércitos incansáveis de Arathor nunca cederam chão
perante a agressiva investida dos trolls. Os senhores Quel’Dorei julgaram que já
era tempo de libertar os poderes das suas magias sobre os inimigos. Os cem magos
humanos e uma multidão de elfos feiticeiros chamaram abaixo a fúria dos céus e
massacraram os exércitos dos trolls. Os fogos elementais impediram os trolls de
regenerar suas feridas enquanto queimavam suas formas torturadas ao avesso.
Com as forças dos trolls aniquilados e tentando fugir, os exércitos de
Thoradin os seguiram e mataram até o último dos seus soldados. Os Amani
demorariam milênios para se recuperar de sua derrota, e a história nunca veria os
trolls se reerguerem novamente como uma nação. Assegurados que Quel'Thalas foi
salva da destruição, os elfos fizeram um voto de lealdade e amizade à nação de
Arathor e a linhagem de seu rei, Thoradin. Os humanos e elfos criariam relações de
amizade para as eras que se seguiram.
Os Guardiões de Tirisfal
(~2.700 anos atrás)
Com a ausência dos trolls nas florestas do norte, os elfos de Quel'Thalas
dobraram seus esforços para reconstruir a sua gloriosa pátria. Os exércitos
vitoriosos dos humanos voltaram para casa em Strom nas terras sulistas. A
sociedade de Arathor cresceu e prosperou, contudo, Thoradin temendo que seu
reino se separasse se ele expandisse demais, manteve Strom como o centro do
império de Arathor. Depois de muitos anos calmos de crescimento e comércio, o
poderoso Thoradin morreu de velhice, deixando as gerações mais jovens de Arathor
livres ampliar o seu império além das terras de Strom.
Os cem magos originais que foram ensinados nos caminhos da magia pelos
elfos superiores ampliaram seus poderes e estudaram as disciplinas místicas dos
feitiços muito mais detalhadamente. Estes magos, inicialmente escolhidos por sua
força de vontade e espíritos nobres, sempre tinham praticado a suas magias com
cuidado e responsabilidade; porém, eles passaram seus segredos e poderes para
uma nova geração que não teve nenhuma noção dos rigores da guerra ou da
necessidade de auto restrição. Estes magos mais jovens começaram a praticar
magia para seu ganho pessoal sem qualquer responsabilidade para com seus
companheiros.
Como seu império que cresceu e expandiu por terras novas, os magos
jovens também se esparramaram nas regiões do sul. Brandindo seus poderes
místicos, eles protegeram seus irmãos das criaturas selvagens da terra e tornaram
possível a construção de novas cidades-estados na selva. Com ainda mais poder e
conhecimento, os magos se tornaram convencidos e acabaram se isolando do resto
da sociedade.
A segunda cidade-estado de Arathor foi Dalaran, fundada no norte das terras
de Strom. Muitos feiticeiros foragidos deixaram para trás as restrições de Strom e
viajaram para Dalaran onde eles esperavam poder usar seus novos poderes com
maior liberdade. Estes magos usaram suas habilidades para construir os pináculos
encantados da cidade e se divertiram com a perseguição de seus estudos. Os
cidadãos de Dalaran toleraram os empenhos dos magos e construíram uma
economia proeminente sob a proteção dos de seus defensores místicos. Mas
conforme cada vez mais magos praticavam suas artes o tecido de realidade ao
redor de Dalaran começou a se debilitar e rasgar.
47
Dalaran
Os agentes sinistros da Legião Ardente que tinham sido banidos quando a
Nascente da Eternidade se desmoronara, foram atraídos novamente para o mundo
pelos feitiços usados pelos descuidados magos de Dalaran. Embora estes demônios
que apareciam fossem relativamente fracos, eles causavam confusão e caos
considerável nas ruas da cidade. A maioria destes encontros endiabrados eram
eventos isolados, e os Magocratas governantes fizeram o que eles puderam para
manter tais eventos escondidos do público. Os magos mais poderosos foram
enviados para capturar os demônios errantes, mas eles se achavam
frequentemente subjugados perante os agentes solitários da poderosa Legião.
Depois de alguns meses os camponeses supersticiosos começaram a
suspeitar que a ordem dos magos estivesse escondendo algo terrível deles.
Rumores de revolução começaram a se espalhar pelas ruas da cidade com os
cidadãos paranoicos questionando os motivos e práticas dos magos que eles tinham
admirado. Os Magocratas, temendo que os camponeses se revoltassem e que
Strom entrasse em ação contra eles, se viraram ao único grupo que eles sentiam
que entenderia seu problema particular: os elfos superiores.
Ao ouvir as notícias dos Magocratas, de que havia atividades demoníacas em
Dalaran, os elfos despacharam rapidamente seus feiticeiros mais poderosos para as
terras humanas. Os elfos superiores estudaram as linhas meridianas em Dalaran e
fizeram relatórios detalhados de toda atividade demoníaca que eles viram. Eles
concluíram que embora houvessem só alguns demônios soltos no mundo, a Legião
permaneceria uma ameaça perigosa enquanto os humanos estivessem soltando
suas magias e feitiços.
A Assembleia de Luaprata que governava os elfos de Quel'Thalas entrou em
um pacto secreto com os Lordes Magocratas de Dalaran. Os Quel’Dorei contaram
para os magos sobre a história de Kalimdor e a antiga Legião Ardente, uma história
que ainda ameaçava o mundo. Eles informaram os humanos que enquanto eles
usassem a magia, eles precisariam proteger seus cidadãos dos agentes maliciosos
da Legião. Os Magocratas propuseram a ideia de formar um grupo de Guardiões e
eleger um único campeão que utilizaria os seus poderes coletivos para lutar uma
guerra secreta sem fim contra os demônios. Foi acordado que a maioria da
população nunca pudesse saber sobre os Guardiões ou da ameaça da Legião por
temerem que eles se revoltassem em medo e paranoia. Os elfos superiores
aceitaram a proposta e unidos eles fundaram uma sociedade secreta que vigiaria a
eleição do Guardião e ajudaria a conter o aumento do caos no mundo.
48
A sociedade celebrava suas reuniões secretas nas clareiras sombreadas de
Tirisfal que era o lugar onde os Quel’Dorei tinham feito seu primeiro acampamento
em Lordaeron. Assim, eles nomearam a seita secreta de os “Guardiões de Tirisfal”.
Foram muitos os campeões que foram escolhidos para ser o Guardião recebendo
poderes incríveis dos elfos e humanos. Embora só houvesse um Guardião de cada
vez, eles possuíam tal poder que podiam enfrentar facilmente os agentes da Legião
onde quer que eles fossem achados no mundo. O poder do Guardião era tão grande
que só o Concílio de Tirisfal podia escolher os sucessores em potencial para tal
cargo. Sempre que um Guardião ficava muito velho, ou cansado da guerra secreta
contra o caos, o Concílio escolhia um novo campeão, e sobre condições controladas,
formalmente eles passavam o poder do Guardião para um novo agente.
Guardião de Tirisfal
Com o passar das gerações, os Guardiões defenderam a humanidade da
ameaça invisível da Legião Ardente ao longo das terras de Arathor e Quel'Thalas.
Arathor cresceu e prosperou junto com o uso e a expansão da magia ao longo do
império. Enquanto isso, os Guardiões mantiveram-se alertas e cuidadosos para
sinais de atividade demoníaca.
O Despertar do Anões
(~2.500 anos atrás)
Nos tempos antigos, depois que os Titãs partiram de Azeroth, as suas
crianças, conhecidas como earthens, continuaram moldando e protegendo as
profundidades do mundo. Os earthens eram despreocupados com os negócios das
raças da superfície e só desejavam explorar as profundezas escuras da terra.
Quando o mundo foi dividido pela implosão da Nascente da Eternidade, os
earthens foram profundamente afetados. Agonizando com a dor da própria terra,
eles perderam muito da sua identidade e se fecharam dentro das câmaras de pedra
onde eles foram criados. Uldaman, Uldum, Ulduar. . . Estes eram os nomes das
antigas cidades dos titãs onde os earthens receberam a sua forma. Enterrados
profundamente em baixo do mundo, os earthens descansaram em paz por quase
oito mil anos.
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Embora esteja obscuro o que os despertou, os earthens lacrados dentro de
Uldaman eventualmente surgiram do seu sono auto-imposto. Estes earthens
descobriram que eles tinham mudados significativamente durante sua hibernação.
As suas peles rochosas tinham amolecido e tinham se tornado pele lisa, e seus
poderes e habilidades sobre pedra e a terra tinham minguado. Elas não sabiam,
mas tinham sido afetados pela Maldição da Carne dos Deuses Antigos e se tornado
criaturas mortais.
Se chamando de anões, o último dos earthens saiu dos corredores de
Uldaman e se arriscou a andar no mundo que despertava. Ainda tranquilos pela
segurança e maravilhas dos lugares profundos, eles fundaram um reino vasto
debaixo da montanha mais alta da região. Eles nomearam sua terra de Khaz Modan
("Montanha de Khaz" em enânico) em honra do titã que os moldou, Khaz'Goroth.
Construindo um altar para seu pai titã, os anões fizeram uma forja poderosa
dentro do coração da montanha. Assim, a cidade que cresceu ao redor da forja
seria chamada Altaforja.
Altaforja
Os anões, que eram fascinados por natureza com o moldar de gemas e
pedra, minaram as montanhas circundantes em busca de riquezas e metais
preciosos. Contentes com o seu trabalho debaixo do mundo mantiveram-se
isolados dos assuntos dos seus vizinhos da superfície.
Os Sete Reinos
(~1.200 anos atrás)
Strom continuou a ser o centro de Arathor, mas tal como Dalaran, muitas
cidade-estado apareceram ao longo do continente de Lordaeron. Gilneas, Alterac, e
Kul Tiras foram as primeiras a aparecer, e apesar de cada uma ter os seus
costumes e comércio elas se mantiveram unificadas perante a autoridade de Strom.
Sob a vigília dos Guardiões de Tirisfal, Dalaran tornou-se o principal centro
de aprendizagem de magia. Os Magocratas que governavam a cidade fundaram os
50
Kirin Tor, uma seita encarregada de catalogar e investigar todas as magias,
artefatos e objetos mágicos conhecidos pela humanidade.
Gilneas e Alterac tornaram-se fortes assistentes de Strom e desenvolveram
fortes exércitos que exploraram a região montanhosa de Khaz Modan ao sul. Fui
durante este período que os humanos pela primeira vez se encontraram com os
anões e viajaram até a cidade subterrânea de Altaforja. Aí partilharam segredos de
engenharia e de trabalho com o metal e descobriram o amor comum pelas guerras
e contos de historias.
A cidade-estado de Kul Tiras, fundada numa grande ilha a sul de Lordaeron,
desenvolveu uma economia baseada na pesca e transporte. Com o tempo, Kul Tiras
construiu uma poderosa armada mercantil e viajou pelo desconhecido na procura
de novos produtos exóticos para trocar e vender. Apesar da economia de Arathor
crescer, os seus fortes elementos começaram a desintegrar-se.
Após algum tempo, os lordes de Strom procuraram as luxuosas terras do
norte de Lordaeron deixando as áridas terras do sul. Os herdeiros do rei Thoradin,
os últimos descendentes da linhagem de Arathi, defendiam que Strom não deveria
ser abandonada e isso deixou descontente a maior parte dos cidadãos, pois eles
também ansiavam partir. Os lordes de Strom, procurando a pureza e iluminação no
norte, decidiram deixar a antiga cidade. Muito ao norte de Dalaran construíram
uma nova cidade-estado que chamaram Lordaeron. O continente inteiro viria a ser
chamado pelo nome desta cidade. Lordaeron tornou-se um local para os viajantes,
religiosos e todos aqueles que procuravam paz interior e segurança.
Os descendentes de Arathi, deixados com as antigas paredes de Strom,
decidiram viajar para o sul das montanhas rochosas de Khaz Modan. A sua jornada
finalmente acabou após longas estações, e eles se estabeleceram na parte norte da
região do continente que iriam chamar de Azeroth. No vale fértil eles fundaram o
reino de Ventobravo, que rapidamente se tornou autossuficiente e poderoso.
Ventobravo
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Alguns guerreiros que ficaram em Strom decidiram manter e guardar as
antigas muralhas da cidade. Strom não era mais o centro do império, mas
desenvolveu-se numa nova nação conhecida como Stromgarde. Apesar de cada
cidade prosperar por si mesma, o império de Arathor tinha se desintegrado. Cada
nação desenvolveu os seus costumes e crenças as quais foram ficando cada vez
mais afastadas umas das outras. A visão do rei Thoradin de unificar a humanidade
tinha finalmente desaparecido.
Aegwynn e a Caçada do Dragão
(823 anos antes da Primeira Guerra)
Apesar das políticas e rivalidades das sete nações humanas a linha dos
Guardiões manteve a sua constante luta contra o caos. Houveram muitos Guardiões
ao longo dos anos, mas apenas um empunhava os poderes de Tirisfal de cada vez.
Um dos últimos Guardiões da era destacou-se como um grande guerreiro na luta
contra a escuridão. Magna Aegwynn, uma valente garota humana, ganhou a
aprovação da ordem e recebeu o manto de Guardiã. Ela trabalhou na caça e
erradicação dos demônios onde quer que ela os encontrasse, mas questionava a
autoridade masculina que dominava o Concílio de Tirisfal.
Magna Aegwynn, Guardiã de Tirisfal
Ela acreditava que os antigos elfos e os homens velhos que presidiam o
Concílio eram demasiado rígidos na maneira de pensar e possuíam pouca visão
para porem um fim decisivo no conflito contra o caos. Impaciente com as longas
52
discussões e debates, ela provou ser merecedora aos seus superiores, ao escolher o
valor em vez da sabedoria em situações cruciais.
Ao controlar melhor o poder cósmico de Tirisfal Aegwynn tomou
conhecimento de um grande número de demônios poderosos que estavam no
continente gelado de Nortúndria. Viajando para o extremo norte, Aegwynn seguiu
os demônios até as montanhas, onde descobriu que os demônios estavam a caçar
um dos últimos dragões azuis sobreviventes e drenando da antiga criatura a sua
magia. Os poderosos dragões, que tinham fugido dos avanços da sociedade mortal,
encontraram-se demasiadamente equilibrados com os poderes negros da Legião.
Aegwynn confrontou os demônios e ajudou o nobre dragão a erradicá-los.
Contudo, quando o último demônio foi banido do mundo mortal, uma grande
tempestade apareceu no norte. Um enorme rosto apareceu no céu sobre o
continente gélido. Sargeras, o Titã Caído e senhor da Legião Ardente apareceu
perante Aegwynn com sua energia infernal. Informou então a jovem Guardiã que o
tempo de Tirisfal estava para acabar e que o mundo iria em breve curvar-se
perante o poder da Legião.
Aegwynn confronta o avatar de Sargeras
A orgulhosa Aegwynn, acreditando ser capaz de derrotar o ameaçador deus,
desencadeou todo o seu poder contra o avatar de Sargeras. Com uma vontade
desconcertante, Aegwynn lutou e teve sucesso em destruir a forma física do titã.
Temendo que o espírito dele sobrevivesse, Aegwynn trancou os destroços de seu
corpo dentro de uma das ruínas antigas de Kalimdor que foram destruídas e
enviadas para o fundo do mar durante a catastrófica Fragmentação.
Aegwynn nunca saberia que tinha feito exatamente o que Sargeras havia
planejado. Ela tinha inadvertidamente selado o destino do mundo mortal, pois
Sargeras, no momento da sua morte corporal, transferiu o seu espírito para o
enfraquecido corpo da Guardiã. Sem o conhecimento da jovem, Sargeras iria
permanecer escondido nos obscuros cantos de sua alma por muitos anos.
53
Guerra dos Três Martelos
(230 antes da Primeira Guerra)
Os anões de Altaforja viveram em paz por muitos séculos. No entanto a sua
sociedade crescera demasiadamente dentro dos confins da montanha. Apesar de o
poderoso rei Modimus Anvilmar governar todos os anões com justiça e sabedoria,
três poderosas facções apareceram na sociedade anã.
Rei Modimus
O clã Barbabronze, governando pelo thane Madoran Barbabronze, mantinha
laços próximos com o rei e mantiveram-se como tradicionais defensores da
montanha de Altaforja. O clã Martelo Feroz, governando pelo thane Khardros
Martelo Feroz, que habitava a base da montanha, procurava ganhar mais controle
no interior da cidade. O Terceiro clã, os Aço Negro, era governado pelo thane mago
Thaurissan. Os Aço Negro escondiam-se nas profundas sombras debaixo da
montanha e conspiravam contra os Barbabronze e os Martelo Feroz.
Thane Madoran Thane Khardros Thane Thaurissan
Por algum tempo as três facções mantiveram uma tênue paz, mas tensões
surgiram quando o rei Modimus morreu de velhice. Os três governantes dos clãs
entraram em guerra pelo controle de Altaforja. A guerra civil dos anões continuou
por muitos anos sob a superfície. Eventualmente os Barbabronze que tinham o
maior exército, baniram os Aço Negro e Martelo Feroz da montanha.
54
Khardros e os seus guerreiros Martelo Feroz viajaram para norte através dos
portões de Dun Algaz, e fundaram o seu próprio reino no distante pico de Grim
Batol. Lá, os Martelo Feroz reconstruíram seus tesouros e prosperaram. Thaurissan
e os seus Aço Negro não aceitaram tão bem. Humilhados e enraivecidos pela
derrota, eles prometeram vingança contra Altaforja. Thaurissan fundou uma cidade
com o seu nome ao sul, dentro das belas Montanhas Cristarrubra. A prosperidade e
os anos pouco fizeram para diminuir o rancor para com os seus primos. Thaurissan
e a sua mulher feiticeira, Modgud, lançaram dois assaltos contra Altaforja e Grim
Batol. Os Aço Negro queriam controlar toda a zona de Khaz Modan.
Modgud
Os exércitos dos Aço Negro colidiram contra as fortalezas de seus primos e
quase tomaram ambos os reinos. No entanto Madoran Barbabronze liderou o seu
clã numa vitória decisiva sobre o exército de Thaurissan. Thaurissan e seus
servidores fugiram de volta para a segurança de sua cidade, desconhecendo os
acontecimentos em Grim Batol onde o exército de Modgud não estava a fazer
melhor contra Khardros e os guerreiros do Martelo Feroz.
Ao confrontar os guerreiros inimigos, Modgud usou os seus poderes para
criar medo nos seus corações. Sombras se mexiam ao seu comando, e coisas
obscuras saíram das profundezas da terra para perseguir os Martelo Feroz dentro
das suas próprias muralhas. Eventualmente Modgud quebrou os portões e pôs a
fortaleza sob cerco. Os Martelo Feroz combateram desesperadamente e Khardros
em pessoa lutou através das massas de inimigos para matar a rainha feiticeira.
Com a sua rainha morta, os Aço Negro fugiram perante a fúria dos Martelo Feroz.
Correram para o sul, apenas para encontrar o exército de Altaforja que marchavam
em socorro de Grim Batol. Encurralados entre dois exércitos, o que restava dos Aço
Negro foi rapidamente destruído.
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Grim Batol
As forças combinadas de Altaforja e Grim Batol foram então para o Sul. Com
o intuito de destruir Thaurissan e os Aço Negro de uma vez por todas. Não tinham
ido muito longe quando Thaurissan fez um feitiço de proporções catastróficas.
Procurando chamar uma criatura sobrenatural que iria assegurar a sua vitória,
Thaurissan chamou pelo antigo poder adormecido sob o mundo. Para sua surpresa,
a criatura que imergiu era mais terrível que qualquer pesadelo que ele poderia
imaginar.
Ragnaros é invocado
56
Ragnaros, o lorde imortal de todos os elementais de fogo que tinha sido
banido pelos Titãs quando o mundo ainda era jovem. Agora, liberto pelo chamado
de Thaurissan, Ragnaros desfez as Montanhas do Cristarrubra e criou um violento
vulcão no centro da devastação. O vulcão, conhecido por Montanha da Rocha
Negra, fez fronteira com a Garganta Abrasadora ao norte e as Estepes Ardentes ao
sul. Apesar de Thaurissan ter sido morto pela força que libertou, os seus súditos
sobreviventes foram escravizados por Ragnaros e seus elementais e permaneceram
na Montanha da Rocha Negra até hoje...
Testemunhando a horrível destruição e o fogo se espalhando pelas
montanhas ao sul, o Rei Madoran e o Rei Khardros retrocederam o ataque,
regressando aos seus reinos, sem vontade de enfrentar a incrível raiva de
Ragnaros. Os Barbabronze retornaram a Altaforja e reconstruíram a sua gloriosa
cidade. Os Martelo Feroz voltaram também para sua casa em Grim Batol, mas a
morte de Modgud tinha deixado uma mancha negra na fortaleza, achando-a assim
inabitável. Eles ficaram muito magoados pela perda da sua amada fortaleza. O rei
Barbabronze ofereceu um sítio dentro das fronteiras de Altaforja para eles viverem,
mas os Martelo Feroz recusaram. Khardros levou o seu povo para o norte na
direção de Lordaeron. Nas luxuosas florestas das Terras Agrestes, os Martelo Feroz
criaram a cidade do Ninho da Águia, onde eles cresceram mais perto da natureza e
até criaram ligações com os poderosos grifos da área.
Ninho da Águia
Procurando reter relações e comércio com os seus primos, os anões de
Altaforja construíram dois massivos arcos, Thandol Span, para servirem como
ponte entre Khaz Modan e Lordaeron. Com o comércio, ambos os reinos
prosperaram. Após as mortes de Madoran e Khardros, os seus filhos mandaram
fazer juntas duas grandes estátuas em honra dos seus pais. As duas estátuas
ficariam a guardar a passagem para sul, onde estava à presença vulcânica de
Ragnaros. Ambas as estátuas serviam como aviso para quem ousasse atacar os
reinos dos anões, lembrando o que aconteceu em tempos antigos...
Os dois reinos mantiveram estreitos laços por alguns anos, mas os Martelo
Feroz tinham sido terrivelmente marcados pelos horrores que tinham visto em Grim
Batol. Eles preferiram viver na superfície na sua cidade de Ninho da Águia, em vez
de perfurarem o reino entre as montanhas. As duas ideologias diferentes entre os
dois clãs de anões eventualmente fizeram com que os seus modos ficassem muito
distintos.
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O Último Guardião
(45 antes da Primeira Guerra)
A guardiã Aegwynn foi ficando cada vez mais poderosa com o passar dos
anos e usou os poderes de Tirisfal para expandir a sua vida. Acreditando que tinha
derrotado Sargeras para sempre, ela continuou a proteger o mundo dos demônios
durante quase novecentos anos. No entanto, o Concílio de Tirisfal finalmente
decretou que a sua atuação como Guardiã tinha chegado ao fim. O Concílio ordenou
que ela voltasse a Dalaran para que se pudesse escolher um novo sucessor. Mas
Aegwynn, sempre em desacordo com o Concílio, decidiu escolher o sucessor por
conta própria.
A orgulhosa Guardiã planejou ter um filho para quem ela iria entregar todo o
seu poder. Ela não tinha intenção de permitir que a Ordem de Tirisfal manipula-se o
seu sucessor como tinham tentado manipulá-la. Viajando para a nação sulista de
Azeroth, ela encontrou o pai perfeito para o seu filho: um hábil mágico chamado
Nielas Aran, o conselheiro do rei Landen Wrynn de Ventobravo. Aegwynn seduziu o
mago e convenceu-o a dar-lhe um filho. A afinidade por poder de Nielas iria ficar
dentro da criança e definiria o trágico futuro que iria acontecer mais tarde. O poder
de Tirisfal estava também implantado na criança, mas apenas despertou quando a
criança atingiu maturidade física.
Nielas Aran, Mago da Corte
O tempo passou, e Aegwynn deu à luz ao seu filho num sítio isolado.
Nomeando a criança de Medivh ("Guardador de Segredos" em thalassiano) ela
acreditou que o rapaz iria ser o próximo Guardião de Tirisfal. Infelizmente o
maléfico espírito de Sargeras, que se tinha escondido dentro dela, tinha possuído a
indefesa criança enquanto estava dentro do ventre da mãe. Aegwynn desconhecia
que o mais novo Guardião estava já possuído pelo seu maior inimigo...
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Segura de que seu filho estava saudável, Aegwynn entregou a criança à
corte de Ventobravo e deixou-o lá para ser criado pelo seu pai mortal. Ela então
vagou pelo mundo preparada para passar para o que quer que a pós vida lhe
tivesse reservado. Medivh cresceu e se tornou um rapaz forte sem qualquer noção
do potencial poder que lhe fora passado. Sargeras esperou até o poder do jovem se
manifestar. Quando Medivh chegou à adolescência, era já conhecido em todo o
reino pelos seus poderes mágicos e costumava ir a aventuras com os seus dois
amigos: Llane Wrynn, o príncipe de Ventobravo e Anduin Lothar, o ultimo
descendente da linhagem de Arathi. Os três rapazes constantemente causavam
confusão no reino, mas eram apreciados pela maior parte dos cidadãos,
especialmente pelas donzelas.
Quando Medivh chegou aos catorze anos o cósmico poder dentro dele
acordou e combateu com o espírito de Sargeras que se escondia em sua alma.
Medivh caiu num estado catatônico que duraria muitos anos. Quando acordou do
estado de coma, descobriu que era já adulto e que os seus amigos tinham se
tornado regentes de Azeroth. Apesar de querer usar os seus poderes para proteger
a terra que chamava de casa, o espírito sombrio de Sargeras distorceu os seus
pensamentos e emoções na direção de um fim maligno.
Magus Medivh, O Último Guardião
Sargeras revelou-se no escurecido coração de Medivh, pois sabia que os
seus planos para uma segunda invasão do mundo estavam quase completos e que
o Último Guardião os realizaria.
59
Capítulo 4 –A Corrupção dos Orcs
A Colonização de Draenor
A Legião Ardente perseguiu os draeneis através da Grande Treva, mas eles
eventualmente conseguiram os despistar. Os naaru instruíram os exilados nos
caminhos da Luz Sagrada. Profundamente afetados, os draeneis juraram honrar a
Luz e defender os ideais dos seus salvadores.
Draeneis
Com o tempo, os draeneis se fixaram em um mundo remoto e pacifico, cuja
terra vermelha era coberta por vastas planícies e vívidos pântanos. Lá os draeneis
encontraram uma série de raças inteligentes, mas a mais numerosa era a dos orcs,
uma raça primitiva de pele marrom. Os orcs possuíam uma cultura tribal de honra e
força em equilíbrio com os espíritos da natureza e combatiam os temíveis e
bárbaros ogros e seus senhores gronn por territórios. Os draeneis então batizaram
o mundo idílico de Draenor (“Exílio” em eredun), e posteriormente os orcs, que não
tinham um nome para ele, chamando-o apenas de “mundo”, acabaram adotando o
termo eredun.
60
Orc Ogro
Por muitos anos as duas raças mantiveram uma relação pacifica, sem que
nenhuma intervisse nos assuntos da outra. No entanto elas jamais chegaram a ser
aliadas, não interagindo mais do que nas raras situações em que praticavam o
escambo de seus bens, preferindo ficar afastadas uma da outra.Mas isso não iria
durar por muito tempo, pois a sombra da Legião Ardente estava sempre no encalço
dos eredars desertores...
O Pacto Sombrio
Por volta da época do despertar de Medivh em Azeroth, Kil'Jaeden descobriu
o paradeiro de Velen e seus seguidores draenei, o mundo de Draenor que flutuava
pacificamente na Grande Treva. Os nobres clãs de orcs ocupavam as abertas
planícies e caçavam para sobreviver, enquanto que os draenei construíam
grandiosas cidades perto dos penhascos e picos. Kil'Jaeden viu que os orcs de
Draenor tinham grande potencial para servir à Legião Ardente em sua vingança
contra os draeneis se eles fossem manipulados corretamente.
Ele então enganou o velho orc xamã Ner'Zhul, se passando pelo espírito da
falecida esposa dele. Usando o sábio xamã como sua ligação, rapidamente a raça
espiritual se transformou em numa raça sedenta de sangue. Kil'Jaeden incentivou
Ner'Zhul e o seu povo a dedicarem-se inteiramente à morte e a guerra. No entanto
o velho orc, sentindo que iria escravizar o seu povo e levá-los para sempre ao ódio,
resistiu de alguma forma ao comando do demônio...
61
Ner’Zhul
Frustrado com a resistência, Kil'Jaeden procurou por outro orc que
entregasse o seu povo à Legião. O eredar encontrou o discípulo que procurava: o
ambicioso aprendiz de Ner'Zhul, Gul'Dan. O Impostor prometeu a Gul'Dan poder
em troca da sua obediência incontestável. O jovem orc tornou-se um estudante da
magia demoníaca e acabou virando um dos mais poderosos bruxos da história. Ele
ensinou jovens orcs os segredos das artes arcanas e lutou para erradicar as
tradições xamanistas de seu povo. Gul'Dan mostrou uma nova magia para os seus
seguidores, um terrível e novo poder que exalava a destruição.
62
Gul’Dan
Kil'Jaeden, procurando segurar as rédeas dos orcs, ajudou Gul'Dan a fundar
o Concílio das Sombras, uma seita secreta que manipulava os clãs e espalhava o
uso da magia demoníaca dos bruxos por Draenor. Com a crescente adesão dos orcs
às magias dos bruxos, os pacíficos campos e rios de Draenor começaram a
escurecer e a desaparecer, deixando um solo avermelhado e desértico em seu
lugar. As energias demoníacas estavam a matar lentamente o mundo...
O Surgimento da Horda e o Extermínio dos Draeneis
Os Orcs tornaram-se agressivos sob o comando de Gul'dan e o seu Concílio
das Sombras. Eles construíram arenas massivas onde afinavam as suas habilidades
em combate. Durante este período, alguns chefes de clã falaram contra a corrupção
da raça. Um desses chefes, Durotan do clã Lobo da Neve, avisou que os orcs
estavam a perder-se na fúria e ódio. No entanto, as suas palavras não foram
ouvidas devido à ascensão de chefes de clã como o Grom Grito Infernal a campeões
da nova era de poder militar.
63
Durotan, Filho de Garad Grommash Grito Infernal
Kil'Jaeden sabia que os orcs estavam quase prontos, mas ele precisava de
ter a certeza da sua lealdade. Em segredo, fez com que o Concílio das Sombras
invocasse Mannoroth, o verdadeiro veículo de caos e fúria. Gul'Dan chamou os
chefes dos clãs e convenceu-os que ao beberem o sangue de Mannoroth seriam
praticamente invencíveis.
Mannoroth, o Destruidor
64
Liderados por Grom, os chefes de todos os clãs exceto Durotan beberam o
sangue do Lorde Abissal e se tornaram escravos da Legião Ardente. Com o crescer
do poder devido ao sangue de Mannoroth, os chefes estenderam a sua subjugação
aos seus parentes.
A Maldição do Sangue
Consumidos pela maldição do sangue, a pele dos orcs tornou-se verde e eles
procuraram liberar sua fúria em todos os que os opusessem. Sentindo que o tempo
chegara, Gul'Dan unificou os clãs de guerreiros numa única e imparável Horda.
Contudo, sabendo que os vários chefes como o Grito Infernal e o Hurkan Racha
Crânios iriam procurar a supremacia completa, Gul'Dan preparou um Chefe
Guerreiro que controlaria a Horda de orcs. Mão Negra, um orc cruel e sem
escrúpulos, foi o escolhido. E então, a mando de Kil'Jaeden, a Horda iniciou uma
guerra contra os pacíficos draenei.
65
Chefe Guerreiro Mão Negra
Os orcs exauriram quase todos os recursos naturais do mundo vermelho
para usar na guerra. E após alguns meses, a Horda tinha erradicado quase todos os
draenei que viviam em Draenor. Só uma pequena resistência conseguiu evadir-se
da intensa ira dos orcs. Acreditando que sua vingança contra Velen e seus
seguidores estava completa, Kil'Jaeden julgou que a Horda estava pronta. Os orcs
haviam se tornado a maior arma da Legião Ardente, e o Impostor informou seu
paciente mestre da atual situação, e Sargeras concordou que era chegada a hora
da vingança.
66
Capítulo 5 – A Horda e a Aliança
O Portal Negro e a Queda de Ventobravo
(Warcraft I – Orcs e Humanos)
Enquanto Kil'Jaeden corrompia os orcs em Draenor para exterminarem os
draeneis, Medivh continuava a luta pela sua alma contra Sargeras. O Rei Llane
Wrynn, o nobre monarca de Ventobravo, foi tomando noção da escuridão que
parecia manchar o espírito de seu antigo amigo. O Rei Llane partilhou as suas
preocupações com o Leão de Azeroth, como passara a ser conhecido o Sir Anduin
Lothar, que fora nomeado tenente de armas. Mas nenhum dos dois poderia
imaginar os grandes horrores que a lenta e crescente loucura de Medivh traria.
Sir Anduin Lothar, o Leão de Azeroth
Através de Medivh, Sargeras prometeu dar grande poder a Gul'Dan se ele
aceitasse liderar a Horda para Azeroth. O Titã Caído disse ao bruxo que ele poderia
tornar-se um deus vivo se encontrasse o local onde Aegwynn tinha escondido o
fragilizado corpo de seu avatar centenas de anos atrás. Gul'Dan aceitou e decidiu
que assim que Azeroth fosse conquistada, ele poderia encontrar a lendária
sepultura e ganhar sua recompensa. Assegurado que a Horda serviria suas
vontades, Sargeras ordenou que a invasão começasse.
A Ordem dos Titãs e a Traição de Sargeras
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A Ordem dos Titãs e a Traição de Sargeras

  • 1.
  • 2. Um Mundo Forjado em Guerra Volume 1 Panon Corvo da Tempestade 1ª Edição 2012
  • 3. A obra Um Mundo Forjado em Guerra – Volume 1 escrita por Panon Corvo da Tempestade é uma produção de Lucas Tagliari Spanholi (Panon) e Aline Cristina Souza dos Santos (Aniere) com uma licença Creative Commons – Atribuição Não Comercial – Sem Derivados 3.0 Não Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/ World ofWarcraft e demais nomes são marcas registradas da Blizzard Entertainment. Estes nomes e todos os materiais relacionados (imagens) respeitam os direitos autorais da ©Blizzard Entertainment. As demais imagens pertencem a seus respectivos autores.
  • 4. sumário Capítulo 1 – Os Mitos Antigos.......................................................................................... 5 Os Titãs e o Modelamento do Universo .......................................................................... 5 A Traição de Sargeras ................................................................................................. 5 A Corrupção dos Eredars e o Vôo dos Draeneis............................................................... 7 O Ordenamento de Azeroth........................................................................................ 10 Os Deuses Antigos .................................................................................................... 11 As Revoadas Dragônicas e os Grandes Aspectos ........................................................... 12 Capítulo 2 – A Era Primitiva .......................................................................................... 17 A Ascensão da Civilização dos Trolls............................................................................ 17 Os Kaldorei e a Nascente da Eternidade....................................................................... 18 A Guerra dos Anciões ................................................................................................ 21 A Fragmentação do Mundo......................................................................................... 28 Monte Hyjal e o Presente de Illidan ............................................................................. 32 A Guerra dos Sátiros e os Druidas da Foice .................................................................. 33 A Árvore do Mundo e o Sonho Esmeralda..................................................................... 36 Exílio dos Elfos Superiores ......................................................................................... 38 As Sentinelas e a Longa Vigília ................................................................................... 39 Capítulo 3 - O Mundo Novo ........................................................................................... 41 A Fundação de Quel'Thalas ........................................................................................ 41 Arathor e a Guerra dos Trolls ..................................................................................... 44 Os Guardiões de Tirisfal............................................................................................. 46 O Despertar do Anões ............................................................................................... 48 Os Sete Reinos......................................................................................................... 49 Aegwynn e a Caçada do Dragão ................................................................................. 51 Guerra dos Três Martelos........................................................................................... 53 O Último Guardião .................................................................................................... 57 Capítulo 4 –A Corrupção dos Orcs.................................................................................. 59 A Colonização de Draenor .......................................................................................... 59 O Pacto Sombrio....................................................................................................... 60 O Surgimento da Horda e o Extermínio dos Draeneis..................................................... 62 Capítulo 5 – A Horda e a Aliança ................................................................................... 66 O Portal Negro e a Queda de Ventobravo ..................................................................... 66 A Aliança de Lordaeron e a Segunda Guerra................................................................. 70 A Destruição de Draenor............................................................................................ 77 Capítulo 6 – Prelúdio para a Perdição ............................................................................. 80 O Nascimento do Lich Rei .......................................................................................... 80 O Trono Congelado ................................................................................................... 81 A Batalha de Grim Batol ............................................................................................ 83
  • 5. Letargia dos Orcs...................................................................................................... 85 A Nova Horda........................................................................................................... 86 A Guerra das Aranhas ............................................................................................... 89 Kel'Thuzad e o Seita dos Malditos ............................................................................... 91 A Aliança se Despedaça ............................................................................................. 93 Capítulo 7–O Retorno da Legião Ardente ........................................................................ 95 A Ruína de Lordaeron................................................................................................ 95 A Corrupção da Nascente do Sol ................................................................................101 A Destruição de Dalaran ...........................................................................................103 A Jornada para Kalimdor...........................................................................................104 O fim da Longa Vigília ..............................................................................................109 A Batalha do Monte Hyjal..........................................................................................110 Capítulo 8 – As Trevas se Confrontam...........................................................................112 A Ascenção do Traidor..............................................................................................112 O Tormento dos Elfos Sangrentos ..............................................................................115 Guerra Civil nas Terras Pestilentas.............................................................................117 O Lich Rei Triunfante................................................................................................120
  • 6. 5 Capítulo 1 – Os Mitos Antigos Os Titãs e o Modelamento do Universo Ninguém sabe exatamente como o universo começou. Alguns teorizam que uma explosão cósmica catastrófica espalhou infinitos mundos na imensidão da Grande Treva - mundos que um dia teriam formas de vida maravilhosas e terríveis. Outros acreditam que o universo foi criado por uma única entidade todo-poderosa. Embora as origens exatas do universo caótico permaneçam incertas, está claro que uma raça de seres poderosos surgiu para trazer estabilidade a vários mundos e assegurar um futuro seguro para os seres que seguissem seus passos. Os titãs, deuses colossais de pele metálica, dos cantos distantes do cosmo, exploraram o universo recém nascido e se fixaram nos mundos encontrados para trabalhar neles. Eles moldaram os mundos elevando imponentes montanhas e cavando vastos oceanos. Espiraram céus e criaram atmosferas. Tudo partindo de um plano, criar ordem a partir do caos. Eles deram poder a raças primitivas para cuidar e manter a integridade dos seus respectivos mundos. O Panteão Comandado pela elite conhecida como o Panteão, os titãs trouxeram ordem a mais de cem milhões de mundos espalhados ao longo da Grande Treva durante os primeiros anos da criação. O benevolente Panteão, que buscava proteger estes mundos estruturados, sempre estava vigilante contra a ameaça de ataque das vis entidades extradimensionais da Espiral Etérea. A Espiral Etérea, uma dimensão etérea de magias caóticas que, conectada a inúmeros mundos, era lar de um número infinito de seres malignos que só buscavam destruir a vida e devorar as energias do universo. Incapazes de conceber o mal em qualquer forma, os titãs tentaram achar um modo de terminar com a constante ameaça desses demônios. A Traição de Sargeras Com o passar do tempo, entidades demoníacas da Espiral Etérea fizeram seu espaço nos mundos dos titãs, e o Panteão elegeu seu maior guerreiro, Sargeras,
  • 7. 6 um gigante nobre de bronze fundido, para agir como sua primeira linha de defesa. Sargeras levou a cabo os seus deveres durante milênios incontáveis, procurando e destruindo estes demônios onde quer que eles pudessem estar. Durante as eras, Sargeras encontrou uma raça demoníaca poderosa que estava brigando para ganhar o poder e domínio do universo físico. Sargeras foi forçado a lidar com um grupo com intenção de romper a ordem dos titãs: os Nathrezim, também conhecidos como Senhores do Medo. Esta raça escura de demônios vampíricos conquistou vários mundos povoados possuindo seus habitantes e os transformando em sombras. Os abomináveis Senhores do Medo enganaram nações inteiras pondo umas contra as outras, as manipulando em ódio irrefletido e desconfiança. Embora os poderes quase ilimitados de Sargeras fossem mais que suficiente para derrotar os vis Nathrezim, ele estava muito incomodado pela corrupção das criaturas e o mal o consumia. Incapaz de entender tal depravação, o grande titã começou a cair em uma grande depressão. Apesar de seu crescente desconforto, Sargeras facilmente derrotou os Nathrezim aprisionando-os dentro de um canto da Espiral Etérea, mas a corrupção deles o afetou profundamente. Nathrezim Com dúvida e desespero Sargeras se sentiu subjugado, ele não só perdeu toda a fé em sua missão, mas também na visão dos titãs de um universo ordenado. Eventualmente ele começou a acreditar que o conceito de ordem era loucura, e que caos e depravação eram os únicos absolutos na escuridão solitária do universo. Os titãs da mesma categoria dele tentaram o persuadir de seu erro e acalmar suas furiosas emoções, mas ele considerou as suas convicções mais otimistas como ego servido de ilusões. Partindo de seus ranques, Sargeras teve a ideia de achar seu próprio lugar no universo. Embora o Panteão estivesse triste com sua partida, os titãs nunca poderiam ter predito o quão distante seu irmão caído iria, então eles elegeram Aggramar, que fora o segundo em comando de Sargeras para substituí-lo na frente de batalha dos exércitos titânicos. Quando a loucura de Sargeras finalmente consumiu os últimos vestígios de seu espírito valoroso, ele culpou os titãs como responsáveis pelo fracasso da
  • 8. 7 criação. Decidindo, afinal, desfazer seus trabalhos ao longo do universo, ele planejou formar um exército imbatível que incendiaria o universo físico. Enquanto sua confusão e miséria o afundavam cada vez mais, até mesmo sua forma titânica foi pega pela corrupção que infestou seu coração outrora nobre. Os seus olhos, cabelos e barba estouraram em fogo, e sua pele metálica de bronze dividiu-se abrindo e revelando um forno infinito de ódio devastador. Sargeras, o Titã Caído Na sua fúria, Sargeras quebrou as prisões dos Nathrezim e deixou os repugnantes demônios livres. Estas criaturas espertas se curvaram diante a vasta raiva do Titã Caído e se ofereceram para servi-lo de qualquer modo malicioso que eles pudessem. A Corrupção dos Eredars e o Vôo dos Draeneis (~25.000 anos atrás) Algum tempo depois os eredars, uma raça brilhante com afinidade para a magia, atraíram a atenção de Sargeras para o seu mundo natal, Argus. O Titã Caído ofereceu poder além da imaginação para os três lideres dos eredars – Kil’Jaeden, Arquimonde e Velen – em troca de lealdade inquestionável. Uma visão perturbadora veio até Velen, que viu os eredars transformados em impronunciáveis demônios, os futuros líderes do exército de Sargeras que iria crescer até proporções colossais e dizimar toda a vida.
  • 9. 8 Kil’Jaeden Arquimonde Velen Apesar das tentativas de Velen de alertar seus amigos, Kil’Jaeden e Arquimonde decidiram aceitar a oferta de Sargeras. Velen desesperou-se com a decisão de seus antigos companheiros e então rezou por ajuda. Para a sua surpresa e alivio, suas preces foram respondidas pelos benevolentes naaru. Esses seres de energia haviam, assim como Velen, previsto o mal que seria causado pelo Titã Caído. Os naaru ofereceram-se para guiar Velen e quaisquer outros crentes para segurança. Velen quietamente reuniu aqueles entre os seus seguidores eredar que pareciam confiáveis e os batizou “Draeneis” (“Exilados” em eredun). Os draeneis conseguiram escapar por pouco, antes que Sargeras voltasse para cumprir sua promessa. Furioso pela traição de seu antigo companheiro, Kil’Jaeden jurou perseguir Velen e seus seguidores draeneis até os confins da existência. Naaru Quando Sargeras voltou para Argus ele transformou os eredars em demônios. Sargeras escolheu seus dois campeões para comandar seu exército demoníaco de destruição. Kil'Jaeden, o Enganador, que foi escolhido para procurar as raças mais escuras do universo e as recrutar para servir ao titã. E Arquimonde, o Corruptor, que foi escolhido para conduzir os vastos exércitos de Sargeras em batalha contra qualquer um que poderia resistir ao poder da Legião.
  • 10. 9 O primeiro movimento de Kil'Jaeden foi escravizar os vampíricos Nathrezim sob seu terrível poder. Os Senhores do Medo serviram como seus agentes pessoais ao longo do universo, deleitando-se em prazer ao localizar e subjugar raças primitivas para seu mestre corromper. O Primeiro entre os Senhores do Medo era Taecondrius, o Conspurcador. Taecondrius serviu Kil'Jaeden como o soldado perfeito e concordou em levar em nome de Sargeras o testamento ardente para todos os cantos escuros do universo. Taecondrius, o Conspurcador O poderoso Arquimonde também escolheu seus agentes. Chamando os maléficos Lordes Abissais Annihilans e o líder bárbaro deles, Mannoroth, o Destruidor, Arquimonde esperou estabelecer uma elite lutadora que expurgaria a criação de toda a vida. Annihilan Uma vez que os exércitos de Sargeras foram recrutados e estavam prontos para seguir seu comando, ele lançou suas forças enfurecidas na vastidão da Grande
  • 11. 10 Treva. Ele batizou o seu exército de Legião Ardente e a partir desta data ainda obscura eles consumiram e queimaram tantos mundos quanto possível na sua profana Cruzada Ardente pelo universo. O Ordenamento de Azeroth Inadvertidos da missão de Sargeras de desfazer seus incontáveis trabalhos, o Panteão continuou movendo-se de mundo em mundo, moldando e ordenando cada planeta quando eles viam que era necessário. Ao longo de sua viagem eles acharam um mundo pequeno que seus habitantes posteriormente viriam a chamar de Azeroth. Conforme os titãs passaram pela paisagem primordial, eles encontraram vários seres elementais hostis. Estes elementais, que adoravam uma raça de seres entrópicos conhecidos apenas como os “Deuses Antigos”, juraram expulsar os titãs para manter o seu mundo intocado pelo toque metálico dos invasores. O Panteão, perturbado pela propensão dos Deuses Antigos para o mal, empreendeu uma guerra contra os elementais e seus mestres extradimensionais. Os exércitos dos Deuses Antigos foram conduzidos pelos tenentes elementais mais poderosos: Ragnaros, o Senhor do Fogo; Therazane, a Petramáter; Al'Akir, o Lorde dos Ventos e Neptulon, o Caçador das Marés. As forças caóticas deles se enfureceram pela extensão do mundo e colidiram com os colossais titãs. Embora os elementais fossem poderosos além da compreensão mortal, as forças combinadas deles não puderam parar o poderoso Panteão. Um por um, os senhores elementares caíram, e suas forças dispersaram. Ragnaros, O Senhor do Fogo Therazane, a Petramáter Al’Akir, o Lorde dos Ventos Neptulon, o Caçador das Marés
  • 12. 11 Para manter seus espíritos furiosos longe do mundo físico, os elementais foram banidos para um plano abissal onde eles combateriam um contra o outro para toda a eternidade sem o poder dos Deuses Antigos. Com a partida dos elementais, a natureza se acalmou e o mundo estabeleceu uma harmonia e tranquilidade. Os titãs viram que a ameaça foi contida e então começaram a trabalhar. Os titãs criaram várias raças para lhes ajudar a formar o mundo. Para lhes ajudar a esculpir as cavernas em baixo da terra, eles criaram os earthens, seres mágicos de pedra viva. Para ajudar-lhes a dragar os mares e erguer a terra do chão, os titãs criaram imensos, mas gentis, gigantes. Por muitas eras os titãs moldaram a terra, até que finalmente tivessem um continente perfeito. No centro deste continente, eles fizeram um lago de energias cintilantes que serviria como fonte da vida para o mundo. Suas potentes energias criariam os ossos do mundo e permitiram à vida criar raízes no solo rico. Com o passar do tempo, plantas, árvores, monstros, e criaturas de todo tipo começaram a prosperar no continente primordial. Como um crepúsculo caiu no dia final do trabalho deles, os titãs nomearam o continente de Kalimdor (“Terra da Eternidade Estrelada” na língua dos titãs). As criações dos Titãs Os Deuses Antigos Após a partida do Panteão uma grande calamidade se abateu sobre o jovem mundo de Azeroth. As entidades entrópicas de puro caos conhecidas como Deuses Antigos voltaram dos confins vazios da Grande Treva e o mundo cedeu em suas fundações diante de seus inimagináveis poderes sombrios. As criações dos titãs foram destruídas ou sofreram um destino muito pior, tornando-se aflitas pela “Maldição da Carne”, que lentamente transformaria seus corpos.
  • 13. 12 Yogg’Sarron, um dos Deuses Antigos Quando os titãs descobriram o que havia ocorrido com suas jovens criações eles retornaram. O Panteão enfrentou os Deuses Antigos, o que causou a maior batalha que Azeroth viria a conhecer. Os titãs foram vitoriosos nesse confronto entre deuses, mas o domínio maligno dessas entidades caóticas sobre Azeroth havia crescido tanto que destruí-los iria acarretar na aniquilação do plano, pois a sua infecção os havia ligado simbioticamente à criação dos titãs. Então em vez de destruí-los o Panteão neutralizou seus poderes prendendo-os abaixo da superfície do mundo pelo resto de sua existência. Depois disso os titãs recriaram as raças que haviam sido infectadas pela Maldição da Carne, dessa vez mais resistentes à corrupção dos Deuses Antigos, e empregaram uma série de mecanismos de defesa, como deixar vigilantes que ficaram para trás nas instalações de Ulduar, Uldaman e Uldum. As Revoadas Dragônicas e os Grandes Aspectos Satisfeitos pelo pequeno mundo que tinha sido ordenado e acreditando que o seu trabalho estava terminado, os titãs prepararam-se para deixar Azeroth. Porém, antes de partiram, eles carregaram as maiores espécies do mundo com a tarefa de cuidar de Kalimdor, para que não houvesse qualquer força que ameaçasse sua tranquilidade perfeita. Naquela época havia muitas revoadas Dragônicas, e dentre elas cinco se destacavam. Foram estas cinco revoadas que os Titãs escolheram para pastorear o mundo que brotava. A partir do colossal proto-dragão Galakrond o Panteão criou cinco dragões para liderarem suas respectivas revoadas e os imbuíram de uma porção de seus poderes. Estes dragões majestosos ficaram conhecidos como os Grandes Aspectos, ou os Aspectos Dragônicos.
  • 14. 13 Galakrond e os Aspectos Aman'Thul, o Patrono do Panteão, deu uma porção de seu poder cósmico para o volumoso dragão de bronze, Nozdormu. O Patrono incumbiu Nozdormu de vigiar o próprio tempo e policiar os caminhos em eterna mudança do destino. E para assegurar que ele faria bem o seu trabalho, lhe concedeu a visão de sua própria morte, de forma que o dragão pudesse agir de forma imparcial. O estoico e honorável Nozdormu ficou conhecido como “o Atemporal”. Nozdormu, o Atemporal
  • 15. 14 Eonar, a Padroeira de Toda a Vida, deu uma porção do seu poder à leviatã vermelha, Alexstrasza. Desde então Alexstrasza seria conhecida como “a Mãe da Vida”, e ela trabalharia para salvaguardar todas as criaturas deste mundo. Devido à sua imensa sabedoria e compaixão ilimitada para com todas as coisas vivas, Alexstrasza foi coroada a Rainha dos Dragões recebendo assim o domínio sobre o seu tipo. Alexstrasza, a Mãe da Vida Eonar também abençoou a irmã mais jovem de Alexstrasza, a dragonesa verde Ysera, com uma porção de influência sobre a natureza. Ysera entrou em um transe eterno, conectada ao recém surgido Sonho da Criação. Conhecida como “a Sonhadora”, ela iria manter vigília sobre as áreas selvagens a partir de seu reino, o Sonho Esmeralda.
  • 16. 15 Ysera, a Sonhadora Norgannon, o Guardião do Conhecimento e Mestre-Mago, concedeu ao dragão azul, Malygos, uma porção de seu vasto conhecimento. Dali em diante, Malygos seria conhecido como “o Tecelão de Feitiços”. Malygos, o Tecelão de Feitiços Khaz'Goroth, o Forjador de Mundos, deu parte de seu poder para o poderoso dragão negro, Neltharion, que posteriormente viria a ser chamado de “o Guardião da Terra”. Ele recebeu o domínio sobre a terra e os lugares profundos do mundo. Ele encarnou a força do mundo e serviu como o maior partidário de Alexstrasza.
  • 17. 16 Neltharion, o Guardião da Terra Assim os Cinco Aspectos foram encarregados da defesa do mundo na ausência do Panteão. Com os dragões preparados para salvaguardar a criação deles, os titãs deixaram Azeroth para trás para sempre. Infelizmente era só uma questão de tempo antes que Sargeras soubesse da existência do mundo recém- nascido.
  • 18. 17 Capítulo 2 – A Era Primitiva A Ascensão da Civilização dos Trolls (~16.000 anos atrás) Muito tempo antes dos orcs e humanos colidirem em sua Primeira Guerra, o mundo de Azeroth era um só continente volumoso, cercado pelo mar. Aquele grande continente, conhecido como Kalimdor Primordial, abrigou várias raças e criaturas que competiam pela sobrevivência entre os elementos selvagens do mundo que despertava. No centro do escuro continente estava o lago misterioso de energias incandescentes que viria a ser chamado de Nascente da Eternidade. Esse lago era o verdadeiro coração da magia e poder natural do mundo. Tirando suas energias da infinita Grande Treva além do plano, o lago agia como uma fonte mística, que enviava suas potentes energias pelo mundo para nutrir a vida em todas suas formas maravilhosas. Entre as muitas raças que surgiam no continente, uma se sobressaiu crescendo até formar um império. Eram os trolls da tribo Zandalar, da qual todos os trolls modernos descendem. No geral, os Zandalari valorizavam o conhecimento acima de todo o resto, mas uma porção significativa da tribo possuía uma sede de conquista em vez disso. Esses trolls descontentes eventualmente partiram para formar suas próprias tribos. Com o passar do tempo os remanescentes da tribo Zandalar passaram a ser considerados como uma casta autoritária de sacerdotes para todos os trolls. Os Zandalari trabalharam sem descanso para registrar e preservar a história e as tradições dos trolls, e esses sábios atuaram para o bem da civilização troll como um todo. Amplamente respeitados pelos seus iguais, os Zandalari permanecem até os dias de hoje envolvidos com as políticas do seu povo. Trolls Zandalari A partir das tribos que se separaram dos Zandalari, dois impérios troll ascenderam. O Império de Gurubashi nas selvas do Sudeste e o Império Amani nas florestas meridionais. Muitas tribos menores acabaram mais longes das terras civilizadas, parando no extremo Norte onde se estabilizaram na região que depois passaria a ser conhecida como Fenda do Norte. Essas tribos formaram uma nação menor chamada Drakkari, mas esse reino nunca atingiu o tamanho e a prosperidade dos impérios do sul. Os dois impérios dos trolls tinham pouco amor um pelo outro, mas seus conflitos raramente chegavam até o ponto da guerra. Naquela época o maior inimigo deles era um terceiro império, a civilização de Azj’Aqir. Os aqirs eram uma
  • 19. 18 raça de insectóides inteligentes que reinavam nas terras do extremo oeste. Esses sagazes insectóides eram extremamente expansionistas e incrivelmente malignos. Os aqirs eram obcecados em erradicar toda a vida não insectóide das terras de Kalimdor. Aqir Os trolls combateram os aqirs por mil anos, mas nunca conseguiram obter uma vitória definitiva. Eventualmente, devido à persistência dos trolls, Azj’Aqir partiu-se ao meio. Seus cidadãos partiram para colônias isoladas nas regiões extremas do continente. Duas cidade-estado dos aqirs emergiram, Azjol-Nerub nas tundras do Norte e Ahn’Qiraj no deserto do Sul. Embora os trolls suspeitassem que houvesse outras colônias de aqirs sob Kalimdor, suas existências nunca foram verificadas. Com os insectóides exilados, os dois impérios troll retornaram aos seus negócios, sem nenhum dos dois expandir muito longe de suas fronteiras originais. Seguindo a queda do império de Azj’Aqir uma pequena tribo de trolls se estabeleceu no deserto, fundando uma cidade estado que viria a ser o centro do poder na região, Zul’Farrak. Os Kaldorei e a Nascente da Eternidade (~14.000 anos atrás) Dois milênios após a ascensão dos Zandalari uma pequena tribo de trolls negros se separou do império Gurubashi e cautelosamente construiu seus alicerces no centro do continente, às extremidades da Nascente da Eternidade. Esses humanoides ferais e nômades, puxados pelas energias estranhas do lago, construíram casas simples em suas costas tranquilas. Com o passar do tempo, o poder cósmico da Nascente afetou a tribo, tornando-os mais fortes e sábios, além de virtualmente imortais. A tribo adotou o nome Kaldorei ("crianças das estrelas" em sua língua nativa). Para celebrar a sociedade deles que estava brotando, eles construíram grandes estruturas e templos ao redor das margens do lago.
  • 20. 19 Eluna Os Kaldorei, ou elfos noturnos como eles seriam conhecidos depois, adoravam a deusa da lua, Eluna, e acreditavam que ela dormia dentro das profundezas vislumbrantes da Nascente da Eternidade durante as horas de luz do dia. Os sacerdotes e videntes dos Kaldorei estudaram o lago com uma curiosidade insaciável, determinados a descobrir os seus poderes e segredos ocultos. Conforme sua sociedade cresceu, os elfos noturnos exploraram a vasta extensão de Kalimdor e encontraram seus outros habitantes. As únicas criaturas que foram capazes de conte-los eram os antigos e poderosos dragões. As grandes bestas serpentinas eram reclusas, mas eles faziam muito para salvaguardar as terras conhecidas de ameaças em potencial. Os Kaldorei descobriram que os dragões ficaram responsáveis como os protetores do mundo, e concordaram que era melhor deixar eles e seus segredos sozinhos. Com o tempo, a curiosidade dos Kaldorei os levou a encontrar e ajudar várias entidades poderosas, entre elas estava Cenarius, um semi-deus das florestas primordiais. Cenarius acabou se apaixonado pelos inquisitivos elfos noturnos, e muitas vezes gastava seu tempo os ensinando sobre o mundo natural. Os tranquilos Kaldorei desenvolveram uma empatia forte pelas florestas de Kalimdor e se fascinavam com o equilíbrio harmonioso da natureza.
  • 21. 20 Cenarius Como a idade aparentemente infinita, a civilização dos elfos noturnos ampliou seu território e sua cultura. Seus templos, estradas e habitações foram espalhados pelo escuro continente. Nesse período Azshara ascendeu ao trono, e então a capital do império foi renomeada Zin-Azshari em homenagem à bela e talentosa rainha dos Kaldorei. Azshara construiu um imenso e maravilhoso palácio na costa da Nascente da Eternidade que abrigou seus servos mais prestigiados dentro de seus elegantes corredores. Os servos dela, a quem ela chamava de Quel’Dorei (“Altaneiros” em darnassiano), a amaram loucamente por todo seu reinado e se acreditavam superiores ao resto dos seus irmãos. Embora a Rainha Azshara fosse amada igualmente por todas as pessoas, os Altaneiros foram secretamente invejados e repugnados pelo resto dos elfos noturnos. Rainha Azshara
  • 22. 21 Compartilhando da curiosidade dos sacerdotes para com a Nascente da Eternidade, Azshara ordenou aos Altaneiros que examinassem seus segredos e revelassem seu verdadeiro propósito no mundo. Os Altaneiros então estudaram o lago incessantemente, até que eles desenvolveram a habilidade de manipular e controlar suas energias cósmicas. Como o progresso de suas experiências, os Altaneiros aprenderam que eles podiam usar os poderes que haviam descoberto para criar ou destruir conforme a sua vontade. Os Altaneiros descuidadamente tinham tropeçado em magia arcana primitiva e decidiram dedicar-se a seu domínio. Embora eles concordassem que aquela magia era perigosa para se controlar irresponsavelmente, Azshara e os Altaneiros dela começaram a praticar os seus feitiços despreocupadamente. Cenarius e muitos estudantes dos Kaldorei advertiram sobre a calamidade que resultaria de brincar com as artes claramente voláteis da magia arcana. Mesmo assim, a rainha e os seus seguidores continuaram obstinadamente ampliando os poderes recém descobertos. Conforme seus poderes cresceram, uma mudança distinta ocorreu com Azshara e os Altaneiros. A classe alta, arrogante e indiferente ficou crescentemente calosa e cruel com os seus compatriotas Kaldorei. Uma mortalha escura e pesada ocultou a antiga beleza da rainha. Ela começou a se retirar dos assuntos de seu povo e se recusou a interagir com qualquer um que não fossem os seus fiéis sacerdotes Quel’Dorei. Um jovem estudante chamado Malfurion Tempesfúria que tinha gastado muito de seu tempo estudando as artes primitivas do druidismo começou a suspeitar que um poder terrível estivesse corrompendo os Altaneiros e a amada rainha deles. Embora ele não pudesse conceber o mal que estava por vir, ele sabia que as vidas dos Kaldorei logo mudariam para sempre... Os irmãos Tempesfúria e a sacerdotisa Tyrande A Guerra dos Anciões (~10.000 anos atrás) O uso despreocupado da magia arcana pelos Altaneiros enviou ondulações de energia da Nascente da Eternidade que espiralaram para a Grande Treva. As
  • 23. 22 ondulações fluidas de energia foram sentidas por terríveis mentes estrangeiras. Sargeras, o Titã Caído e grande inimigo de toda a vida sentiu as ondulações e foi atraído ao seu distante local de origem. Espiando o mundo primordial de Azeroth e sentindo as energias ilimitadas da Nascente da Eternidade, Sargeras foi consumido por uma fome insaciável. O grande deus sombrio do vazio resolveu destruir o mundo e reivindicar suas energias para si. Sargeras e a Legião Ardente Sargeras juntou a sua vasta Legião Ardente e começou a viajar para o mundo despreocupado de Azeroth. A Legião era composta por um milhão de demônios berrantes, arrancados de todos os cantos distantes do universo, e eles tinham sede de conquista. O tenente de Sargeras, Arquimonde, e seu segundo em comando Mannoroth, prepararam seus asseclas infernais para atacar. O primeiro dos Altaneiros a ser subjugado pelo êxtase terrível de sua magia foi o lorde Xavius, um Quel’Dorei habilidoso na arte da politica que havia substituído seus dois olhos por gemas negras magicas. Ele passou a venerar o Titã Caído como se fosse um deus, e concordou em lhe conceder uma entrada para invadir seu mundo. Ele conseguiu convencer a rainha Azshara e os demais Altaneiros a se entregarem a corrupção inevitável da magia arcana. Para mostrar a sua submissão à Legião os Altaneiros ajudaram sua rainha abrindo um vasto portal dentro das profundezas da Nascente da Eternidade. Uma vez que todas as suas preparações tinham sido feitas, Sargeras começou a invasão catastrófica de Azeroth. Os guerreiros demoníacos da Legião Ardente assaltaram o mundo através da Nascente e sitiaram as cidades dormentes dos Kaldorei. Conduzida por Arquimonde e Mannoroth, a Legião proliferou em cima das terras de Kalimdor, deixando somente cinzas e tristeza em seu caminho. Os bruxos malignos invocaram infernais flamejantes que chegavam em meteoros destrutivos e se chocavam com os pináculos graciosos dos templos de Kalimdor. Um bando ardente de assassinos sanguinários conhecidos como Demonarcas marcharam pelos campos do continente enquanto matavam tudo em seu caminho. Matilhas de canis vis selvagens saquearam a zona rural sem oposição. Embora os valentes guerreiros Kaldorei se esforçassem para defender sua pátria ancestral, eles foram forçados a ceder lentamente, centímetro por centímetro, perante o ataque furioso da Legião.
  • 24. 23 A Legião Ardente marcha sobre Kalimdor Recaiu sobre Malfurion a responsabilidade de encontrar ajuda para seu povo. Malfurion cujo próprio irmão, Illidan, praticava as magias arcanas dos Altaneiros, estava enraivecido pela corrupção crescente entre a classe alta. Após convencer seu irmão a abandonar a obsessão perigosa dele, Malfurion saiu para achar Cenarius e reunir uma força de resistência. A jovem e bonita sacerdotisa, Tyrande Murmuréolo, concordou em acompanhar os irmãos em nome de Eluna. Embora Malfurion e Illidan compartilhassem um amor pela desejável sacerdotisa, o coração de Tyrande pertencia só ao druida. Illidan ficou recendido ao ver seu irmão engajar um romance com Tyrande, mas soube que a sua preocupação não era nada comparada à dor de seu vício mágico. O jovem Illidan O jovem Malfurion A jovem Tyrande Illidan, que tinha se tornado dependente da magia arcana, lutou pelo controle contra a fome opressiva que sentia para pegar uma vez mais a energia da Nascente. Porém, com o apoio paciente de Tyrande, ele pôde se conter e ajudar seu irmão a achar o recluso semi-deus. Cenarius, que vivia dentro da sagrada
  • 25. 24 Clareira da Lua aos pés do distante Monte Hyjal, decidiu apoiar os Kaldorei, achando os dragões antigos e recrutando-os para ajudá-los. Os dragões, conduzidos pela grande leviatã vermelha Alexstrasza, concordaram em enviar suas poderosas revoadas para matar os demônios e seus mestres malignos. Os Kaldorei pedem ajuda a Cenarius Cenarius chamou os seus companheiros eternos, os Anciões e reuniu um exercito de espíritos das florestas encantadas e homens-árvore ancestrais, conduzindo-os contra a Legião em uma agressão terrestre ousada. Conforme os aliados dos elfos noturnos convergiram contra o templo de Azshara e a Nascente da Eternidade, a guerra estourou. Apesar do poder dos seus novos aliados, Malfurion e seus colegas perceberam que a Legião não poderia ser derrotada apenas com força marcial.
  • 26. 25 Antigos Conforme a batalha titânica cresceu em fúria ao redor da cidade capital de Zin-Azshari, a rainha desiludida esperou antecipadamente pela chegada de Sargeras. O senhor da Legião Ardente estava se preparando para atravessar a Nascente da Eternidade e entrar no mundo saqueado. Quando sua sombra gigantesca se aproximou da superfície bravia da Nascente, Azshara juntou os seus mais poderosos seguidores Altaneiros. Só unindo as suas magias em um feitiço focalizado eles poderiam criar um portal grande o bastante para o Titã Caído entrar. Para garantir isso, a rainha ordenou que Xavius criasse um encantamento que impediria qualquer um que não fosse um Quel’Dorei de acessar as energias da Nascente, mas o seu plano falhou quando Malfurion derrotou o lorde. Insatisfeito com o desempenho de seu servo, Sargeras impôs sobre Xavius uma punição por suas falhas. Por um tempo, o titã torturou o seu espirito sem corpo, mas eventualmente ele lhe mostrou uma forma de piedade. Ele decidiu que o lorde ainda poderia ser posto em uso afinal. Ele retornou Xavius à vida, mas não como ele era antes. Para demonstrar os traços dele que valorizava, e para marca-lo eternamente como um aliado e servo da Legião, Sargeras transformou e desfigurou o corpo do lorde Xavius. Ele criou para ele um novo corpo, um corpo com pernas e chifres de carneiro, garras afiadas e uma longa cauda leonina, conservando as suas características gemas no lugar dos olhos. Foi assim que Xavius se tornou o primeiro Sátiro, mas não o único, pois o Titã Caído lhe incumbira de uma nova missão, converter o maior numero possível de Altaneiros em sua nova espécie.
  • 27. 26 Lorde Xavius A batalha se enfurecia pelos campos ardentes de Kalimdor quando uma mudança terrível de situação se desdobrou. Neltharion, o Aspecto Dragônico da Terra, convenceu os seus irmãos Aspectos a lhe concederem o seu poder para criar um artefato poderoso denominado Alma Dragônica para derrotar os exércitos da Legião Ardente. Mas a ligação de Neltharion com as profundezas do mundo fez com que ele tivesse entrado em contato com os Deuses Antigos, que haviam infectado a sua mente. Então eles começaram a sussurrar palavras de loucura para o Aspecto Negro, que começou a se romper enquanto chamas raivosas estouravam da pele escura dele. Se auto renomeando Asa da Morte, o dragão ensandecido se virou contra seus quatro irmãos e com um único golpe da Alma Dragônica exterminou quase toda a Revoada Azul. Em sua loucura, ele teria matado mais aliados se não tivesse sido impedido pelo consorte da Rainha Dragônica, Korialstrasz, que já sabia da traição pois havia vindo do futuro graças a uma anomalia temporal.
  • 28. 27 Asa da Morte e a Alma Dragônica A traição súbita de Neltharion foi tão destrutiva que as cinco revoadas nunca se recuperaram verdadeiramente. Feridos e chocados, Alexstrasza e os outros dragões foram forçados a abandonar seus aliados mortais. Malfurion e seus companheiros, agora desesperadamente excedidos em número, quase não sobreviveram à conclusão da batalha. Xavius aproveitou a oportunidade para tentar matar o druida, mas uma jovem Kaldorei que havia sido salva por Tyrande no inicio da guerra chamada Shandris Plumaluna acertou-lhe uma flecha no ombro, a partir da qual Malfurion fez crescer um grande carvalho que consumiu o corpo do sátiro.
  • 29. 28 Shandris Plumaluna Malfurion, convencido que a Nascente da Eternidade era a ligação umbilical dos demônios com o mundo físico, insistiu que deveria ser destruída. Os companheiros dele, sabendo que a Nascente era a responsável por sua imortalidade e poderes, ficaram horrorizados pela ideia inconsequente. Mas Tyrande viu a sabedoria da teoria de Malfurion e então convenceu Cenarius e seus companheiros a atacar violentamente o templo de Azshara e achar um modo de acabar com a Nascente da Eternidade. A Fragmentação do Mundo Sabendo que a destruição da Nascente o impediria de brandir novamente a magia, Illidan egoistamente abandonou o grupo e foi advertir os Altaneiros do plano de seu irmão. Devido à insanidade trazida pelo seu vicio mágico e o ciúme de seu irmão com Tyrande, Illidan não sentiu nenhum remorso em trair Malfurion e apoiar Azshara e os seus seguidores. E além disso Illidan jurou proteger o poder da Nascente da Eternidade de qualquer maneira, não importando os meios necessários para isso. Eventualmente Illidan foi levado perante Sargeras, que lhe deu um presente em retorno pela sua ajuda. Mesmo ainda estando do outro lado do portal, o Titã Caído queimou os olhos do elfo noturno e os substituiu por orbes flamejantes que permitiram ao Illidan enxergar através de todas as formas de magias, e tatuagens arcanas cobriram todo o seu corpo. A rainha dos Altaneiros ficou fascinada por este “novo Illidan”, mas ele não correspondeu as suas investidas, permanecendo cauteloso quanto aos seus novos aliados. Desse dia em diante Illidan se tornou o primeiro de uma nova classe de guerreiros élficos, os Caçadores de Demônios.
  • 30. 29 Illidan, o Caçador de Demônios Inadvertido da traição de seu irmão, Malfurion conduziu seus companheiros até o centro do templo de Azshara. Eles causaram uma tempestade na principal câmara de audiência quando acharam os Altaneiros no meio do seu sombrio encantamento final. O feitiço comunal criou um vórtice instável de poder nas profundezas turbulentas do lago. Como a sombra de Sargeras chegava cada vez mais perto da superfície, Malfurion e seus aliados se apressaram em atacar. Zin-Azshari Azshara, tendo recebido a advertência de Illidan, estava mais que preparada para eles. Quase todos os seguidores de Malfurion caíram perante os poderes da rainha enlouquecida. Tyrande, enquanto tentava atacar Azshara por trás, foi pega pelos sátiros remanescentes de Xavius. Embora conseguindo derrotar os Quel’Dorei corrompidos, Tyrande sofreu feridas dolorosas nas mãos deles. Malfurion entrou em um frenesi assassino quando viu seu amor cair, ele estava decidido a acabar com a vida de Azshara. Broxigar, um orc veterano da primeira e segunda guerra entre sua raça e os humanos, havia viajado no tempo até este período junto do consorte da Alexstrasza e sabia que os Kaldorei e seus aliados precisariam de mais tempo para fechar o portal. Então ele pulou das costas de um dragão para o centro da Nascente da
  • 31. 30 Eternidade, decidido a segurar os demônios no Espiral Etérea tempo suficiente para que Malfurion pudesse concluir o seu plano. Brox estava armado apenas com um machado de madeira mágico que fora criado por Cenarius, mas ele matou tantos demônios que no final estava lutando sobre uma montanha de seus corpos e chamando por mais quando atraiu a atenção de Sargeras. O orc conseguiu um feito inimaginável, ele causou uma ferida na perna do Titã Caído antes que esse acabasse com a sua vida. Broxigar, o Vermelho Enquanto batalha se engrandeceu dentro e fora do templo, Illidan apareceu das sombras perto da costa da grande Nascente. Produzindo um jogo de sete frascos especialmente feitos, Illidan ajoelhou-se e encheu cada um com as águas vislumbrantes do lago. Convencido que os demônios esmagariam a civilização dos elfos noturnos, ele planejou roubar as águas sagradas e manter suas energias pra si mesmo. A batalha entre Malfurion e Azshara lançou o feitiço cuidadosamente feito pelos Altaneiros em caos. O vórtice instável nas profundidades da Nascente explodiu e acendeu uma cadeia catastrófica de eventos que viriam a fragmentar o mundo. A explosão volumosa agrediu o templo em suas bases e enviou tremores que rasgaram a terra torturada. Conforme a batalha horrorosa entre a Legião e os aliados dos elfos noturnos se engrandeceu mais e mais ao redor e sobre a cidade arruinada, a Nascente da Eternidade entrou em colapso desmoronando.
  • 32. 31 A Fragmentação do Mundo A explosão catastrófica resultante quebrou a terra e destruiu os céus. Depois dos terremotos causados pela implosão da Nascente as fundações do mundo foram sacudidas, os mares se apressaram em encher a ferida aberta na terra. Tinham sido dinamitados quase oitenta por cento do grande continente de Kalimdor, enquanto sobrava apenas um punhado de continentes separados que foram cercados pelo novo e bravio mar. O centro do novo oceano, onde uma vez a Nascente da Eternidade estava, virou uma tempestade tumultuosa de fúria e energias caóticas. Esta cicatriz terrível, conhecida como Voragem, nunca deixaria de girar furiosa. Permaneceria como uma lembrança constante da catástrofe terrível... E a era utópica que estava perdida para sempre. De alguma maneira, contra todas as probabilidades, a rainha Azshara e a elite de seus Altaneiros conseguiram sobreviver à provação. Torturados pelos poderes que eles tinham libertado, Azshara e seus seguidores foram arrastados para baixo do mar furioso pela implosão da Nascente. Amaldiçoados eles se transformaram e assumiram novas formas, se tornando as odiosas serpentes nagas. A própria Azshara se expandiu com ódio e raiva, enquanto se transformava em uma monstruosidade, refletindo a maldade e a malícia que sempre se esconderam dentro de seu coração sombrio. Lá, no fundo da Voragem, as nagas construíram para si uma nova cidade, Nazjatar, da qual elas reconstituiriam o seu poder. Mas levou mais de dez mil anos antes das nagas revelarem a sua existência para o mundo da superfície. Azshara, a rainha das nagas
  • 33. 32 Monte Hyjal e o Presente de Illidan Os poucos elfos noturnos que sobreviveram à explosão catastrófica se reuniram e juntos construíram balsas para lentamente fazer seu caminho até o único grande continente à vista. De alguma maneira, pela graça de Eluna, Malfurion, Tyrande, e Cenarius tinham sobrevivido à Fragmentação do Mundo. Os heróis cansados concordaram em conduzir os sobreviventes e estabelecer uma nova casa para as pessoas. Conforme eles viajaram em silêncio, eles inspecionaram os destroços de seu mundo e perceberam que suas paixões tinham forjado a destruição ao seu redor. Embora Sargeras e sua Legião tivessem sido banidos do mundo com a destruição da Nascente da Eternidade, Malfurion e seus companheiros pararam para ponderar o custo terrível da vitória. Havia muitos Altaneiros que sobreviveram intactos à Fragmentação. Eles viajaram para a costa da nova terra junto com os outros elfos noturnos. Embora Malfurion desconfiasse dos motivos dos Quel’Dorei, ele estava satisfeito que eles não pudessem causar nenhum dano real sem as energias da Nascente. Monte Hyjal Conforme os Kaldorei chegaram à costa da sua nova terra, eles descobriram que a montanha sagrada de Hyjal tinha sobrevivido à catástrofe. Buscando estabelecer uma casa nova para eles, Malfurion e os elfos noturnos escalaram os declives de Hyjal e alcançaram seu ápice varrido pelo vento. Eles desceram nas planícies arborizadas, e se aconchegaram entre os cumes enormes da montanha, eles acharam um lago pequeno e tranquilo. Para seu horror, eles perceberam que as águas do lago tinham sido maculadas por magia arcana. Illidan, que também havia sobrevivido à Fragmentação, tinha alcançado o ápice de Hyjal antes de Malfurion e os outros elfos. Em uma tentativa desesperada causada pelo seu vicio mágico, Illidan tinha derramado três dos frascos que continham as águas preciosas da Nascente da Eternidade no lago montês para
  • 34. 33 manter os fluxos de magia no mundo. As energias potentes da Nascente acenderam depressa e se fundiram em uma nova Nascente da Eternidade. O triunfante Illidan, acreditando que a Nascente era um presente para as gerações futuras, ficou chocado quando Malfurion o caçou. Malfurion explicou ao seu irmão que a magia era caótica e que seu uso conduziria inevitavelmente a corrupção e conflitos. Ainda assim, Illidan recusou-se a renunciar seus poderes arcanos, pois ele já havia se entregado ao vicio magico que as energias demoníacas provocam. Sabendo bem aonde as ideias de Illidan eventualmente o conduziriam, Malfurion decidiu lidar de uma vez por todas com o poder de seu irmão louco. Com a ajuda de Cenarius, Malfurion prendeu Illidan dentro de uma prisão subterrânea vasta onde ele permaneceria preso e impotente até o fim dos tempos. Para assegurar a retenção de seu irmão, Malfurion designou a jovem vigilante Maiev Cantonegro para ser a carcereira pessoal de Illidan. Maiev Cantonegro Temendo que destruindo a nova Fonte eles pudessem provocar uma catástrofe ainda maior, os Kaldorei decidiram deixá-la intocada. Porém, Malfurion declarou que eles nunca mais praticariam novamente as artes da magia arcana. Debaixo dos olhos alertas de Cenarius, eles começaram a estudar as artes antigas do druidismo que os permitiria curar a terra saqueada e recultivar suas florestas amadas na base do Monte Hyjal. A Guerra dos Sátiros e os Druidas da Foice (~9.900 anos atrás) Por muitos anos, os elfos noturnos trabalharam incansavelmente para reconstruir o que eles puderam da sua antiga pátria. Deixando seus templos quebrados e estradas cobertas, eles construíram suas casas novas entre as árvores verdes e colinas sombreadas à base do Hyjal. Os Kaldorei adotaram amplamente o druidismo em sua sociedade, e Malfurion se tornou um grande Shan’Do (“Mestre” em darnassiano). Mas a arte do druidismo ainda não havia sido devidamente explorada, o que resultou em uma serie de escolas desenvolvendo as mais diversas técnicas. Mas esta paz não duraria por muito tempo, pois muitos dos sátiros corrompidos por Xavius também sobreviveram ao grande desastre que dividiu os continentes, e continuaram a converter cada vez mais Kaldorei para os seus ranques. Ate que seus números haviam crescido o bastante, e aliados a demônios remanescentes da invasão, iniciaram uma serie de ataques às cidades de seus antigos irmãos.
  • 35. 34 A Guerra dos Sátiros A série de conflitos que se sucedeu passou a ser conhecida como a Guerra dos Sátiros, apesar deles não terem sido a maior ameaça enfrentada pelos Kaldorei naquele período. A verdadeira ameaça veio de uma das escolas do druidismo, os Druidas da Matilha. Esses druidas assumiam a forma de lobos e lutavam com a ferocidade do Antigo Goldrinn, mas eles perdiam completamente o controle sobre si mesmos, atacando tanto inimigos quanto aliados. Devido a essa instabilidade da forma da matilha, Malfurion proibiu os druidas de utiliza-la. Goldrinn
  • 36. 35 Mas muitos ignoraram o conselho de seu Shan’Do e acabaram se perdendo para a sua besta interior, tornando-se animais selvagens e jamais retornado para as suas formas verdadeiras. Mas houve um entre estes druidas rebeldes que conseguiu manter um grau de controle ao ponto de se transformar conforme desejava, Ralaar Presardente era seu nome, apesar dos seus companheiros Druida da Matilha chamarem-no apenas de Primeiro Alfa. Ressentido com a morte de seu amigo Arvell, um companheiro druida que morreu por se recusar a se transformar na forma da matilha devido à proibição de Malfurion, Ralaar acreditava que a forma lupina era pura em sua essência e que a sua raiva poderia ser canalizada de maneira positiva. Ele convenceu a sacerdotisa de Eluna e amante de Arvell, Belysera, a canalizar o poder da deusa em um cajado. Em posse deste cajado, e do dente de Goldrinn ele forjou uma foice que serviria para controlar a forma da matilha. Mas quando ele tentou utiliza-la algo deu errado, o espirito selvagem do Antigo que odiava a deusa rejeitou o seu poder, e Ralaar e os demais Druidas da Matilha acabaram se transformando em criaturas deformadas, metade lobo e metade elfo: worgens. Worgens Os worgens passaram então a ser chamados de Druidas da Foice, e eles atacaram tanto os sátiros quanto os Kaldorei ao longo da guerra. E para piorar a situação, qualquer um que fosse mordido por um worgen e sobrevivesse rapidamente se transformaria em um também.
  • 37. 36 Belysera e a Foice de Eluna Vendo o erro que havia cometido em seu desejo por vingança, Belysera levou a Foice de Eluna até Malfurion para que este desse um fim no problema dos worgens. Com a ajuda de Cenarius, Malfurion criou uma armadilha para os Druidas da Foice, e utilizando-se da arma que Belysera lhe entregara prendeu-os na dimensão etérea e conhecida como Sonho Esmeralda. E após o termino da guerra, fundou com a aprovação de Cenarius o Círculo Cenariano, uma ordem cujo proposito seria unificar todas as escolas e estabelecer uma tradição segura para o druidismo. A Árvore do Mundo e o Sonho Esmeralda (~9.000 anos atrás) Há tempos, os dragões que tinham sobrevivido à grande Fragmentação do Mundo saíram dos seus domicílios secretos. Alexstrasza, Ysera e Nozdormu desceram nas clareiras tranquilas dos druidas e inspecionaram os frutos do trabalho dos elfos noturnos. Malfurion que tinha se tornado um Arquedruida de imenso poder, cumprimentou os dragões poderosos e lhes falou sobre a criação da nova Nascente da Eternidade. Os grandes dragões ficaram alarmados por ouvir tais notícias e especularam que enquanto a Nascente permanecesse a Legião Ardente poderia um dia retornar para assaltar o mundo mais uma vez. Malfurion e os três dragões fizeram um pacto para manter a Fonte segura e garantir que os agentes da Legião nunca mais achariam um modo de invadir seu mundo. Alexstrasza, a Mãe da Vida, colocou uma única semente encantada dentro do coração da Nascente da Eternidade. A semente, ativada pelas potentes águas mágicas, deu vida a uma árvore colossal. As raízes poderosas da árvore cresceram nas águas da Nascente, e seu pálio verde parecia raspar o telhado dos céus. A imensa árvore seria um símbolo perpétuo do laço dos Kaldorei com a natureza, e suas energias se estenderiam para curar o resto do mundo com o passar do tempo. Os elfos noturnos deram para sua Árvore do Mundo o nome de Nordrassil ("Coroa dos Céus" em Darnassiano).
  • 38. 37 Os Dragões criam Nordrassil Nozdormu, o Atemporal, colocou um encanto em Nordrassil para assegurar que enquanto a árvore colossal permanecesse de pé os elfos noturnos nunca envelheceriam ou cairiam doentes. Ysera, a Sonhadora, também colocou um encanto na Árvore do Mundo unindo-a ao seu reino, o Sonho Esmeralda. O Sonho, um mundo espiritual vasto e em constante mutação, existe fora dos limites do mundo físico. Do Sonho, Ysera regulou o fluxo da natureza e o caminho evolutivo do mundo. Os druidas, inclusive o próprio Malfurion, foram ligados ao Sonho Esmeralda pela Árvore do Mundo. Como parte do pacto místico, os druidas concordaram em dormir durante séculos de forma que seus espíritos poderiam vagar nos caminhos infinitos do Sonho de Ysera. Sonho Esmeralda
  • 39. 38 Exílio dos Elfos Superiores (~7.300 anos atrás) Com o passar dos séculos, a nova sociedade dos elfos noturnos cresceu forte e se expandiu ao longo da floresta que eles vieram a chamar de Vale Gris. Muitas das criaturas e espécies que eram abundantes antes da Fragmentação do Mundo, como pelursos e javatuscos, reapareceram e floresceram na terra. Debaixo da liderança benevolente dos druidas, os elfos noturnos desfrutaram uma era de paz sem precedente e tranquilidade sob as estrelas. Javatusco Pelurso Porém, muitos dos sobreviventes Altaneiros originais começaram a ficar inquietos. Como Illidan antes deles, eles se tornaram vitimas da sede que vinha da perda de suas desejadas magias. Eles foram tentados a obter as energias da Nascente da Eternidade e retomar a prática de suas magias arcanas. Dath'Remar, o Imprudente, começou a ridicularizar os druidas publicamente, chamando-os de covardes por recusar a usar as magias que, segundo ele, eram suas por direito. Malfurion e os druidas ignoraram os argumentos de Dath'Remar e advertiram os Altaneiros que qualquer uso de magia arcana seria punido com a morte. Em uma insolente e infortuna tentativa de convencer os druidas para rescindir a lei, Dath'Remar e seus seguidores soltaram uma terrível tempestade mágica no Vale Gris. Dath’Remar, o Imprudente
  • 40. 39 Os druidas não puderam matar tantos de sua raça, então decidiram exilar os imprudentes Altaneiros de suas terras. Dath'Remar e seus seguidores, contentes por estarem livres afinal dos seus primos conservadores, subiram a bordo de vários navios especialmente feitos e saíram velejando pelos mares. Embora nenhum deles soubesse o que os esperavam além das águas da furiosa Voragem, eles estavam ansiosos para estabelecer sua própria pátria onde eles poderiam praticar suas desejadas magias com impunidade. Os Altaneiros, ou Quel’Dorei, como Azshara tinha os batizado em eras passadas, fixaram-se nas terras orientais onde os homens eventualmente chamariam de Lordaeron. Eles planejaram construir seu próprio reino mágico, e rejeitariam os preceitos noturnos de adoração a lua. A partir de então, eles abraçariam o sol e se chamariam de elfos superiores. As Sentinelas e a Longa Vigília Com a partida de seus primos teimosos, os elfos noturnos voltaram sua atenção à custódia de sua pátria encantada. Os druidas, sentindo que seu tempo de hibernação estava cada vez mais perto, preparam-se para dormir e deixar para trás seus familiares. Tyrande que tinha se tornado a Alta Sacerdotisa de Eluna falou para seu amor, Malfurion, não ir para o Sonho Esmeralda de Ysera. Mas Malfurion honrou seu acordo e entrou nos inconstantes sonhos. A sacerdotisa despediu-se com um adeus e jurou que eles nunca estariam longe se eles se agarrassem no seu verdadeiro amor. Malfurion e Tyrande se despedem Deixada sozinha para proteger Kalimdor dos perigos do novo mundo, Tyrande juntou uma força lutadora poderosa entre suas irmãs Kaldorei. Essas mulheres guerreiras e destemidas, altamente treinadas que se empenharam na defesa de Kalimdor eram chamadas de Sentinelas. Embora elas preferissem
  • 41. 40 patrulhar sozinhas as florestas sombrias do Vale Gris, elas fizeram muitos aliados que poderiam chamar quando tivessem alguma urgência. Sentinela O semi-deus Cenarius permaneceu por perto na Clareira da Lua. Os filhos dele, conhecido como os Guardiões dos Bosques, ficavam vigiando os elfos noturnos e estavam sempre prontos para ajudar as Sentinelas a manter paz na terra. Até mesmo as filhas tímidas de Cenarius, as dríades, estavam aparecendo ao ar livre com mais frequência. Dríade A tarefa de policiar o Vale Gris manteve Tyrande ocupada, mas sem Malfurion ao lado dela, ela teve pouca alegria. Com o passar dos séculos, enquanto os druidas dormiam, ela cultivava seu medo de uma segunda invasão demoníaca. Ela não podia afastar a sensação de que a Legião Ardente ainda estava lá fora, além da Grande Treva do céu, tramando sua vingança contra os elfos noturnos e o mundo de Azeroth.
  • 42. 41 Capítulo 3 - O Mundo Novo A Fundação de Quel'Thalas (~6.800 anos atrás) Os elfos superiores, conduzidos por Dath'Remar, acabaram desafiando as tempestades da Voragem para o leste de Kalimdor. As suas frotas vagaram pelos destroços do mundo durante muitos anos, e eles descobriram misteriosos reinos perdidos ao longo de sua viagem. Dath'Remar que tinha levado o nome Andassol, procurou lugares de considerável poder no qual construiria uma pátria nova para o seu povo. A Voragem Sua frota finalmente parou nas praias do reino que os homens iriam posteriormente batizar de Lordaeron. Avançando em direção ao interior, os Quel’Dorei fundaram um anteposto dentro das tranquilas Clareiras de Tirisfal. Depois de alguns anos, muitos deles começaram a pender para a loucura. Foi teorizado que algo maligno dormia debaixo daquela parte do mundo, mas nunca foi provado que esses rumores eram verdadeiros. Os elfos superiores recolheram seus acampamentos e se moveram em direção ao norte para outra terra rica em linhas meridionais. À medida que os Quel’Dorei cruzaram as terras ásperas e montanhosas de Lordaeron, sua viagem ficava cada vez mais perigosa. Agora que eles estavam efetivamente sem as energias da Nascente da Eternidade, muitos deles caíram doentes pelo clima frio ou morreram de fome. Porém, a mudança mais desconcertante era o fato de que eles não eram mais imortais ou imunes aos elementos. Eles também encolheram um pouco em altura, e sua pele perdeu sua cor violeta característica. Apesar de seus sofrimentos, eles encontraram muitas criaturas maravilhosas que nunca tinham sido vistas em Kalimdor. Eles também acharam tribos de humanos primitivos que caçavam ao longo das florestas antigas chamados azotha. Porém, a ameaça mais medonha que eles encontraram foram os trolls espertos e vorazes da floresta de Zul'Aman.
  • 43. 42 Zul’Aman Esses trolls esverdeados podiam regenerar membros perdidos e podiam curar graves danos físicos, mas eles provaram não ser mais do que uma raça bárbara e selvagem. O império dos Amani estirou-se pela grande maioria do norte de Lordaeron, e os trolls lutaram para manter os estranhos não desejados fora de suas fronteiras. Os elfos desenvolveram um ódio profundo por essas viciosas criaturas e os matavam sempre que os encontravam. Floresta do Canto Eterno Depois de muitos anos, os elfos superiores finalmente acharam uma terra que era semelhante a Kalimdor. Profundamente dentro da Floresta do Canto Eterno ao extremo Norte do continente, eles fundaram o reino de Quel'Thalas e juraram criar um império tão poderoso que iria fazer o de seus primos Kaldorei não parecer nada. E na cidade capital deste império, Luaprata, eles criaram a Nascente do Sol utilizando da agua de um dos sete frascos que Illidan havia recolhido da Nascente da Eternidade original. Infelizmente eles aprenderam logo que Quel'Thalas foi fundada em cima de uma antiga cidade que os trolls achavam ser sagrada. Quase imediatamente, os trolls começaram a atacar com determinação os elfos.
  • 44. 43 Luaprata Os elfos teimosos, pouco dispostos a deixar sua nova terra, utilizaram as magias que eles tinham adquirido com a Nascente do Sol e mantiveram os selvagens trolls à distância. Sob a liderança de Dath'Remar, eles puderam derrotar os bandos de guerra Amani que os excediam em número de dez para um. Alguns elfos, lembrando das advertências dos Kaldorei, temiam que o uso da magia poderia chamar a atenção da banida Legião Ardente. Então eles decidiram mascarar suas terras dentro de uma barreira protetora que lhes permitiria trabalhar os seus encantos sem serem percebidos. Eles construíram uma série de monolíticas Pedras Rúnicas em vários pontos ao redor de Quel'Thalas que marcavam os limites da barreira mágica. As Pedras Rúnicas não só mascararam a magia dos elfos de ameaças extra-dimensionais, mas ajudaram a amedrontar os bandos de guerra supersticiosos dos trolls. Com o tempo, Quel'Thalas se tornou um monumento ilustrando os esforços dos elfos e a sua força mágica. Seus belos palácios foram feitos no mesmo estilo arquitetônico dos corredores antigos de Kalimdor, contudo eles foram entrelaçados com a topografia natural da terra. Quel'Thalas tinha se tornado uma verdadeira joia da cultura élfica ilustrando o que eles tinham almejado criar. A Assembleia de Luaprata foi fundada como o poder governante em cima de Quel'Thalas, entretanto a dinastia Andassol manteve uma parcela do poder político. Composta de sete dos maiores lordes dos Quel’Dorei, a Assembleia trabalhou para garantir a segurança das terras dos elfos e seus habitantes. Cercados por sua barreira protetora, os elfos superiores permaneceram despreocupados com as velhas advertências dos Kaldorei e continuaram usando magia notoriamente em quase todos aspectos de suas vidas.
  • 45. 44 Assembleia de Luaprata Durante quase quatro mil anos os elfos superiores viveram pacificamente dentro da segurança provida de seu reino. Não obstante, os trolls vingativos não eram tão facilmente derrotados. Eles conspiraram e planejaram nas profundidades das florestas e esperaram pelo números de seus bandos de guerra crescerem. Finalmente, os exércitos poderosos dos trolls saíram das florestas sombrias uma vez mais indo em direção aos pináculos lustrados de Quel'Thalas. Arathor e a Guerra dos Trolls (~2.800 anos atrás) Conforme os elfos superiores lutavam por suas vidas contra os ataques ferozes dos trolls, os dispersos humanos nômades de Lordaeron lutaram para consolidar suas próprias terras tribais. As tribos da humanidade primitiva guerreavam umas contra as outras com pouca preocupação sobre uma unificação racial ou honra. Mesmo assim uma tribo conhecida como Arathi via que os trolls estavam se tornando uma verdadeira ameaça que não podia ser ignorada. Os Arathi desejavam unir todas as tribos sob seu comando de forma que eles poderiam prover uma frente unificada contra os bandos de guerra dos trolls. Em seis anos, os espertos Arathi dominaram as tribos rivais. Depois de cada uma das suas vitórias, os Arathi ofereceram paz e igualdade às tribos conquistadas, ganhando assim a lealdade daqueles que tinham sido derrotados. Eventualmente a tribo dos Arathi veio a incluir muitas tribos discrepantes, e seus exércitos cresceram e ficaram cada vez mais vastos. Confiantes de que eles próprios pudessem acabar com os bandos de guerra dos trolls ou até mesmo com os reclusos elfos se fosse necessário, os Mestres de Guerra dos Arathi decidiram construir uma fortaleza poderosa nas regiões sulistas de Lordaeron. A cidade soberana, nomeada Strom, se tornou a capital da nação de Arathi, Arathor. Como Arathor prosperou os humanos de toda parte do vasto continente viajavam para o sul em busca da proteção e segurança de Strom.
  • 46. 45 Unidos debaixo de uma bandeira comum, as tribos humanas desenvolveram uma cultura forte e otimista. Thoradin, o rei de Arathor, soube que os elfos misteriosos das terras do norte estavam debaixo de ataques constantes pelos trolls, mas se recusou arriscar a segurança de seu povo em defesa de estranhos reclusos. Com o passar de muitos meses vieram do norte rumores da suposta derrota dos elfos. Só quando os embaixadores cansados de Quel'Thalas alcançaram Strom que Thoradin percebeu quão perigosa realmente era a ameaça dos Amani. Rei Thoradin Os elfos superiores informaram Thoradin que os exércitos dos trolls eram vastos e que uma vez que tivessem destruído Quel'Thalas, eles se moveriam para atacar as terras dos humanos. Os elfos desesperados necessitavam de ajuda militar, eles então concordaram apressadamente em ensinar para certos humanos seletos o usa magia em troca de sua ajuda contra os bandos de guerra. Thoradin, desconfiado de qualquer magia, concordou em ajudar os elfos em sua necessidade. Quase imediatamente, os Quel’Dorei feiticeiros chegaram a Arathor e começaram a instruir um grupo de humanos nos caminhos da magia. Os elfos acharam que embora os humanos fossem inicialmente desajeitados na manipulação de suas magias, eles possuíam uma surpreendente afinidade natural por ela. Cem homens foram ensinados com os fundamentos dos segredos mágicos dos Quel’Dorei; nada mais que o necessário para combater os trolls. Convencidos que seus estudantes humanos estavam prontos para ajudar na luta, os elfos superiores deixaram Strom e viajaram para norte ao lado dos exércitos poderosos do Rei Thoradin.
  • 47. 46 Os exércitos unidos dos elfos e humanos colidiram de frente com os opressivos bandos de guerra Amani ao pé das Montanhas de Alterac. A batalha durou muitos dias, mas os exércitos incansáveis de Arathor nunca cederam chão perante a agressiva investida dos trolls. Os senhores Quel’Dorei julgaram que já era tempo de libertar os poderes das suas magias sobre os inimigos. Os cem magos humanos e uma multidão de elfos feiticeiros chamaram abaixo a fúria dos céus e massacraram os exércitos dos trolls. Os fogos elementais impediram os trolls de regenerar suas feridas enquanto queimavam suas formas torturadas ao avesso. Com as forças dos trolls aniquilados e tentando fugir, os exércitos de Thoradin os seguiram e mataram até o último dos seus soldados. Os Amani demorariam milênios para se recuperar de sua derrota, e a história nunca veria os trolls se reerguerem novamente como uma nação. Assegurados que Quel'Thalas foi salva da destruição, os elfos fizeram um voto de lealdade e amizade à nação de Arathor e a linhagem de seu rei, Thoradin. Os humanos e elfos criariam relações de amizade para as eras que se seguiram. Os Guardiões de Tirisfal (~2.700 anos atrás) Com a ausência dos trolls nas florestas do norte, os elfos de Quel'Thalas dobraram seus esforços para reconstruir a sua gloriosa pátria. Os exércitos vitoriosos dos humanos voltaram para casa em Strom nas terras sulistas. A sociedade de Arathor cresceu e prosperou, contudo, Thoradin temendo que seu reino se separasse se ele expandisse demais, manteve Strom como o centro do império de Arathor. Depois de muitos anos calmos de crescimento e comércio, o poderoso Thoradin morreu de velhice, deixando as gerações mais jovens de Arathor livres ampliar o seu império além das terras de Strom. Os cem magos originais que foram ensinados nos caminhos da magia pelos elfos superiores ampliaram seus poderes e estudaram as disciplinas místicas dos feitiços muito mais detalhadamente. Estes magos, inicialmente escolhidos por sua força de vontade e espíritos nobres, sempre tinham praticado a suas magias com cuidado e responsabilidade; porém, eles passaram seus segredos e poderes para uma nova geração que não teve nenhuma noção dos rigores da guerra ou da necessidade de auto restrição. Estes magos mais jovens começaram a praticar magia para seu ganho pessoal sem qualquer responsabilidade para com seus companheiros. Como seu império que cresceu e expandiu por terras novas, os magos jovens também se esparramaram nas regiões do sul. Brandindo seus poderes místicos, eles protegeram seus irmãos das criaturas selvagens da terra e tornaram possível a construção de novas cidades-estados na selva. Com ainda mais poder e conhecimento, os magos se tornaram convencidos e acabaram se isolando do resto da sociedade. A segunda cidade-estado de Arathor foi Dalaran, fundada no norte das terras de Strom. Muitos feiticeiros foragidos deixaram para trás as restrições de Strom e viajaram para Dalaran onde eles esperavam poder usar seus novos poderes com maior liberdade. Estes magos usaram suas habilidades para construir os pináculos encantados da cidade e se divertiram com a perseguição de seus estudos. Os cidadãos de Dalaran toleraram os empenhos dos magos e construíram uma economia proeminente sob a proteção dos de seus defensores místicos. Mas conforme cada vez mais magos praticavam suas artes o tecido de realidade ao redor de Dalaran começou a se debilitar e rasgar.
  • 48. 47 Dalaran Os agentes sinistros da Legião Ardente que tinham sido banidos quando a Nascente da Eternidade se desmoronara, foram atraídos novamente para o mundo pelos feitiços usados pelos descuidados magos de Dalaran. Embora estes demônios que apareciam fossem relativamente fracos, eles causavam confusão e caos considerável nas ruas da cidade. A maioria destes encontros endiabrados eram eventos isolados, e os Magocratas governantes fizeram o que eles puderam para manter tais eventos escondidos do público. Os magos mais poderosos foram enviados para capturar os demônios errantes, mas eles se achavam frequentemente subjugados perante os agentes solitários da poderosa Legião. Depois de alguns meses os camponeses supersticiosos começaram a suspeitar que a ordem dos magos estivesse escondendo algo terrível deles. Rumores de revolução começaram a se espalhar pelas ruas da cidade com os cidadãos paranoicos questionando os motivos e práticas dos magos que eles tinham admirado. Os Magocratas, temendo que os camponeses se revoltassem e que Strom entrasse em ação contra eles, se viraram ao único grupo que eles sentiam que entenderia seu problema particular: os elfos superiores. Ao ouvir as notícias dos Magocratas, de que havia atividades demoníacas em Dalaran, os elfos despacharam rapidamente seus feiticeiros mais poderosos para as terras humanas. Os elfos superiores estudaram as linhas meridianas em Dalaran e fizeram relatórios detalhados de toda atividade demoníaca que eles viram. Eles concluíram que embora houvessem só alguns demônios soltos no mundo, a Legião permaneceria uma ameaça perigosa enquanto os humanos estivessem soltando suas magias e feitiços. A Assembleia de Luaprata que governava os elfos de Quel'Thalas entrou em um pacto secreto com os Lordes Magocratas de Dalaran. Os Quel’Dorei contaram para os magos sobre a história de Kalimdor e a antiga Legião Ardente, uma história que ainda ameaçava o mundo. Eles informaram os humanos que enquanto eles usassem a magia, eles precisariam proteger seus cidadãos dos agentes maliciosos da Legião. Os Magocratas propuseram a ideia de formar um grupo de Guardiões e eleger um único campeão que utilizaria os seus poderes coletivos para lutar uma guerra secreta sem fim contra os demônios. Foi acordado que a maioria da população nunca pudesse saber sobre os Guardiões ou da ameaça da Legião por temerem que eles se revoltassem em medo e paranoia. Os elfos superiores aceitaram a proposta e unidos eles fundaram uma sociedade secreta que vigiaria a eleição do Guardião e ajudaria a conter o aumento do caos no mundo.
  • 49. 48 A sociedade celebrava suas reuniões secretas nas clareiras sombreadas de Tirisfal que era o lugar onde os Quel’Dorei tinham feito seu primeiro acampamento em Lordaeron. Assim, eles nomearam a seita secreta de os “Guardiões de Tirisfal”. Foram muitos os campeões que foram escolhidos para ser o Guardião recebendo poderes incríveis dos elfos e humanos. Embora só houvesse um Guardião de cada vez, eles possuíam tal poder que podiam enfrentar facilmente os agentes da Legião onde quer que eles fossem achados no mundo. O poder do Guardião era tão grande que só o Concílio de Tirisfal podia escolher os sucessores em potencial para tal cargo. Sempre que um Guardião ficava muito velho, ou cansado da guerra secreta contra o caos, o Concílio escolhia um novo campeão, e sobre condições controladas, formalmente eles passavam o poder do Guardião para um novo agente. Guardião de Tirisfal Com o passar das gerações, os Guardiões defenderam a humanidade da ameaça invisível da Legião Ardente ao longo das terras de Arathor e Quel'Thalas. Arathor cresceu e prosperou junto com o uso e a expansão da magia ao longo do império. Enquanto isso, os Guardiões mantiveram-se alertas e cuidadosos para sinais de atividade demoníaca. O Despertar do Anões (~2.500 anos atrás) Nos tempos antigos, depois que os Titãs partiram de Azeroth, as suas crianças, conhecidas como earthens, continuaram moldando e protegendo as profundidades do mundo. Os earthens eram despreocupados com os negócios das raças da superfície e só desejavam explorar as profundezas escuras da terra. Quando o mundo foi dividido pela implosão da Nascente da Eternidade, os earthens foram profundamente afetados. Agonizando com a dor da própria terra, eles perderam muito da sua identidade e se fecharam dentro das câmaras de pedra onde eles foram criados. Uldaman, Uldum, Ulduar. . . Estes eram os nomes das antigas cidades dos titãs onde os earthens receberam a sua forma. Enterrados profundamente em baixo do mundo, os earthens descansaram em paz por quase oito mil anos.
  • 50. 49 Embora esteja obscuro o que os despertou, os earthens lacrados dentro de Uldaman eventualmente surgiram do seu sono auto-imposto. Estes earthens descobriram que eles tinham mudados significativamente durante sua hibernação. As suas peles rochosas tinham amolecido e tinham se tornado pele lisa, e seus poderes e habilidades sobre pedra e a terra tinham minguado. Elas não sabiam, mas tinham sido afetados pela Maldição da Carne dos Deuses Antigos e se tornado criaturas mortais. Se chamando de anões, o último dos earthens saiu dos corredores de Uldaman e se arriscou a andar no mundo que despertava. Ainda tranquilos pela segurança e maravilhas dos lugares profundos, eles fundaram um reino vasto debaixo da montanha mais alta da região. Eles nomearam sua terra de Khaz Modan ("Montanha de Khaz" em enânico) em honra do titã que os moldou, Khaz'Goroth. Construindo um altar para seu pai titã, os anões fizeram uma forja poderosa dentro do coração da montanha. Assim, a cidade que cresceu ao redor da forja seria chamada Altaforja. Altaforja Os anões, que eram fascinados por natureza com o moldar de gemas e pedra, minaram as montanhas circundantes em busca de riquezas e metais preciosos. Contentes com o seu trabalho debaixo do mundo mantiveram-se isolados dos assuntos dos seus vizinhos da superfície. Os Sete Reinos (~1.200 anos atrás) Strom continuou a ser o centro de Arathor, mas tal como Dalaran, muitas cidade-estado apareceram ao longo do continente de Lordaeron. Gilneas, Alterac, e Kul Tiras foram as primeiras a aparecer, e apesar de cada uma ter os seus costumes e comércio elas se mantiveram unificadas perante a autoridade de Strom. Sob a vigília dos Guardiões de Tirisfal, Dalaran tornou-se o principal centro de aprendizagem de magia. Os Magocratas que governavam a cidade fundaram os
  • 51. 50 Kirin Tor, uma seita encarregada de catalogar e investigar todas as magias, artefatos e objetos mágicos conhecidos pela humanidade. Gilneas e Alterac tornaram-se fortes assistentes de Strom e desenvolveram fortes exércitos que exploraram a região montanhosa de Khaz Modan ao sul. Fui durante este período que os humanos pela primeira vez se encontraram com os anões e viajaram até a cidade subterrânea de Altaforja. Aí partilharam segredos de engenharia e de trabalho com o metal e descobriram o amor comum pelas guerras e contos de historias. A cidade-estado de Kul Tiras, fundada numa grande ilha a sul de Lordaeron, desenvolveu uma economia baseada na pesca e transporte. Com o tempo, Kul Tiras construiu uma poderosa armada mercantil e viajou pelo desconhecido na procura de novos produtos exóticos para trocar e vender. Apesar da economia de Arathor crescer, os seus fortes elementos começaram a desintegrar-se. Após algum tempo, os lordes de Strom procuraram as luxuosas terras do norte de Lordaeron deixando as áridas terras do sul. Os herdeiros do rei Thoradin, os últimos descendentes da linhagem de Arathi, defendiam que Strom não deveria ser abandonada e isso deixou descontente a maior parte dos cidadãos, pois eles também ansiavam partir. Os lordes de Strom, procurando a pureza e iluminação no norte, decidiram deixar a antiga cidade. Muito ao norte de Dalaran construíram uma nova cidade-estado que chamaram Lordaeron. O continente inteiro viria a ser chamado pelo nome desta cidade. Lordaeron tornou-se um local para os viajantes, religiosos e todos aqueles que procuravam paz interior e segurança. Os descendentes de Arathi, deixados com as antigas paredes de Strom, decidiram viajar para o sul das montanhas rochosas de Khaz Modan. A sua jornada finalmente acabou após longas estações, e eles se estabeleceram na parte norte da região do continente que iriam chamar de Azeroth. No vale fértil eles fundaram o reino de Ventobravo, que rapidamente se tornou autossuficiente e poderoso. Ventobravo
  • 52. 51 Alguns guerreiros que ficaram em Strom decidiram manter e guardar as antigas muralhas da cidade. Strom não era mais o centro do império, mas desenvolveu-se numa nova nação conhecida como Stromgarde. Apesar de cada cidade prosperar por si mesma, o império de Arathor tinha se desintegrado. Cada nação desenvolveu os seus costumes e crenças as quais foram ficando cada vez mais afastadas umas das outras. A visão do rei Thoradin de unificar a humanidade tinha finalmente desaparecido. Aegwynn e a Caçada do Dragão (823 anos antes da Primeira Guerra) Apesar das políticas e rivalidades das sete nações humanas a linha dos Guardiões manteve a sua constante luta contra o caos. Houveram muitos Guardiões ao longo dos anos, mas apenas um empunhava os poderes de Tirisfal de cada vez. Um dos últimos Guardiões da era destacou-se como um grande guerreiro na luta contra a escuridão. Magna Aegwynn, uma valente garota humana, ganhou a aprovação da ordem e recebeu o manto de Guardiã. Ela trabalhou na caça e erradicação dos demônios onde quer que ela os encontrasse, mas questionava a autoridade masculina que dominava o Concílio de Tirisfal. Magna Aegwynn, Guardiã de Tirisfal Ela acreditava que os antigos elfos e os homens velhos que presidiam o Concílio eram demasiado rígidos na maneira de pensar e possuíam pouca visão para porem um fim decisivo no conflito contra o caos. Impaciente com as longas
  • 53. 52 discussões e debates, ela provou ser merecedora aos seus superiores, ao escolher o valor em vez da sabedoria em situações cruciais. Ao controlar melhor o poder cósmico de Tirisfal Aegwynn tomou conhecimento de um grande número de demônios poderosos que estavam no continente gelado de Nortúndria. Viajando para o extremo norte, Aegwynn seguiu os demônios até as montanhas, onde descobriu que os demônios estavam a caçar um dos últimos dragões azuis sobreviventes e drenando da antiga criatura a sua magia. Os poderosos dragões, que tinham fugido dos avanços da sociedade mortal, encontraram-se demasiadamente equilibrados com os poderes negros da Legião. Aegwynn confrontou os demônios e ajudou o nobre dragão a erradicá-los. Contudo, quando o último demônio foi banido do mundo mortal, uma grande tempestade apareceu no norte. Um enorme rosto apareceu no céu sobre o continente gélido. Sargeras, o Titã Caído e senhor da Legião Ardente apareceu perante Aegwynn com sua energia infernal. Informou então a jovem Guardiã que o tempo de Tirisfal estava para acabar e que o mundo iria em breve curvar-se perante o poder da Legião. Aegwynn confronta o avatar de Sargeras A orgulhosa Aegwynn, acreditando ser capaz de derrotar o ameaçador deus, desencadeou todo o seu poder contra o avatar de Sargeras. Com uma vontade desconcertante, Aegwynn lutou e teve sucesso em destruir a forma física do titã. Temendo que o espírito dele sobrevivesse, Aegwynn trancou os destroços de seu corpo dentro de uma das ruínas antigas de Kalimdor que foram destruídas e enviadas para o fundo do mar durante a catastrófica Fragmentação. Aegwynn nunca saberia que tinha feito exatamente o que Sargeras havia planejado. Ela tinha inadvertidamente selado o destino do mundo mortal, pois Sargeras, no momento da sua morte corporal, transferiu o seu espírito para o enfraquecido corpo da Guardiã. Sem o conhecimento da jovem, Sargeras iria permanecer escondido nos obscuros cantos de sua alma por muitos anos.
  • 54. 53 Guerra dos Três Martelos (230 antes da Primeira Guerra) Os anões de Altaforja viveram em paz por muitos séculos. No entanto a sua sociedade crescera demasiadamente dentro dos confins da montanha. Apesar de o poderoso rei Modimus Anvilmar governar todos os anões com justiça e sabedoria, três poderosas facções apareceram na sociedade anã. Rei Modimus O clã Barbabronze, governando pelo thane Madoran Barbabronze, mantinha laços próximos com o rei e mantiveram-se como tradicionais defensores da montanha de Altaforja. O clã Martelo Feroz, governando pelo thane Khardros Martelo Feroz, que habitava a base da montanha, procurava ganhar mais controle no interior da cidade. O Terceiro clã, os Aço Negro, era governado pelo thane mago Thaurissan. Os Aço Negro escondiam-se nas profundas sombras debaixo da montanha e conspiravam contra os Barbabronze e os Martelo Feroz. Thane Madoran Thane Khardros Thane Thaurissan Por algum tempo as três facções mantiveram uma tênue paz, mas tensões surgiram quando o rei Modimus morreu de velhice. Os três governantes dos clãs entraram em guerra pelo controle de Altaforja. A guerra civil dos anões continuou por muitos anos sob a superfície. Eventualmente os Barbabronze que tinham o maior exército, baniram os Aço Negro e Martelo Feroz da montanha.
  • 55. 54 Khardros e os seus guerreiros Martelo Feroz viajaram para norte através dos portões de Dun Algaz, e fundaram o seu próprio reino no distante pico de Grim Batol. Lá, os Martelo Feroz reconstruíram seus tesouros e prosperaram. Thaurissan e os seus Aço Negro não aceitaram tão bem. Humilhados e enraivecidos pela derrota, eles prometeram vingança contra Altaforja. Thaurissan fundou uma cidade com o seu nome ao sul, dentro das belas Montanhas Cristarrubra. A prosperidade e os anos pouco fizeram para diminuir o rancor para com os seus primos. Thaurissan e a sua mulher feiticeira, Modgud, lançaram dois assaltos contra Altaforja e Grim Batol. Os Aço Negro queriam controlar toda a zona de Khaz Modan. Modgud Os exércitos dos Aço Negro colidiram contra as fortalezas de seus primos e quase tomaram ambos os reinos. No entanto Madoran Barbabronze liderou o seu clã numa vitória decisiva sobre o exército de Thaurissan. Thaurissan e seus servidores fugiram de volta para a segurança de sua cidade, desconhecendo os acontecimentos em Grim Batol onde o exército de Modgud não estava a fazer melhor contra Khardros e os guerreiros do Martelo Feroz. Ao confrontar os guerreiros inimigos, Modgud usou os seus poderes para criar medo nos seus corações. Sombras se mexiam ao seu comando, e coisas obscuras saíram das profundezas da terra para perseguir os Martelo Feroz dentro das suas próprias muralhas. Eventualmente Modgud quebrou os portões e pôs a fortaleza sob cerco. Os Martelo Feroz combateram desesperadamente e Khardros em pessoa lutou através das massas de inimigos para matar a rainha feiticeira. Com a sua rainha morta, os Aço Negro fugiram perante a fúria dos Martelo Feroz. Correram para o sul, apenas para encontrar o exército de Altaforja que marchavam em socorro de Grim Batol. Encurralados entre dois exércitos, o que restava dos Aço Negro foi rapidamente destruído.
  • 56. 55 Grim Batol As forças combinadas de Altaforja e Grim Batol foram então para o Sul. Com o intuito de destruir Thaurissan e os Aço Negro de uma vez por todas. Não tinham ido muito longe quando Thaurissan fez um feitiço de proporções catastróficas. Procurando chamar uma criatura sobrenatural que iria assegurar a sua vitória, Thaurissan chamou pelo antigo poder adormecido sob o mundo. Para sua surpresa, a criatura que imergiu era mais terrível que qualquer pesadelo que ele poderia imaginar. Ragnaros é invocado
  • 57. 56 Ragnaros, o lorde imortal de todos os elementais de fogo que tinha sido banido pelos Titãs quando o mundo ainda era jovem. Agora, liberto pelo chamado de Thaurissan, Ragnaros desfez as Montanhas do Cristarrubra e criou um violento vulcão no centro da devastação. O vulcão, conhecido por Montanha da Rocha Negra, fez fronteira com a Garganta Abrasadora ao norte e as Estepes Ardentes ao sul. Apesar de Thaurissan ter sido morto pela força que libertou, os seus súditos sobreviventes foram escravizados por Ragnaros e seus elementais e permaneceram na Montanha da Rocha Negra até hoje... Testemunhando a horrível destruição e o fogo se espalhando pelas montanhas ao sul, o Rei Madoran e o Rei Khardros retrocederam o ataque, regressando aos seus reinos, sem vontade de enfrentar a incrível raiva de Ragnaros. Os Barbabronze retornaram a Altaforja e reconstruíram a sua gloriosa cidade. Os Martelo Feroz voltaram também para sua casa em Grim Batol, mas a morte de Modgud tinha deixado uma mancha negra na fortaleza, achando-a assim inabitável. Eles ficaram muito magoados pela perda da sua amada fortaleza. O rei Barbabronze ofereceu um sítio dentro das fronteiras de Altaforja para eles viverem, mas os Martelo Feroz recusaram. Khardros levou o seu povo para o norte na direção de Lordaeron. Nas luxuosas florestas das Terras Agrestes, os Martelo Feroz criaram a cidade do Ninho da Águia, onde eles cresceram mais perto da natureza e até criaram ligações com os poderosos grifos da área. Ninho da Águia Procurando reter relações e comércio com os seus primos, os anões de Altaforja construíram dois massivos arcos, Thandol Span, para servirem como ponte entre Khaz Modan e Lordaeron. Com o comércio, ambos os reinos prosperaram. Após as mortes de Madoran e Khardros, os seus filhos mandaram fazer juntas duas grandes estátuas em honra dos seus pais. As duas estátuas ficariam a guardar a passagem para sul, onde estava à presença vulcânica de Ragnaros. Ambas as estátuas serviam como aviso para quem ousasse atacar os reinos dos anões, lembrando o que aconteceu em tempos antigos... Os dois reinos mantiveram estreitos laços por alguns anos, mas os Martelo Feroz tinham sido terrivelmente marcados pelos horrores que tinham visto em Grim Batol. Eles preferiram viver na superfície na sua cidade de Ninho da Águia, em vez de perfurarem o reino entre as montanhas. As duas ideologias diferentes entre os dois clãs de anões eventualmente fizeram com que os seus modos ficassem muito distintos.
  • 58. 57 O Último Guardião (45 antes da Primeira Guerra) A guardiã Aegwynn foi ficando cada vez mais poderosa com o passar dos anos e usou os poderes de Tirisfal para expandir a sua vida. Acreditando que tinha derrotado Sargeras para sempre, ela continuou a proteger o mundo dos demônios durante quase novecentos anos. No entanto, o Concílio de Tirisfal finalmente decretou que a sua atuação como Guardiã tinha chegado ao fim. O Concílio ordenou que ela voltasse a Dalaran para que se pudesse escolher um novo sucessor. Mas Aegwynn, sempre em desacordo com o Concílio, decidiu escolher o sucessor por conta própria. A orgulhosa Guardiã planejou ter um filho para quem ela iria entregar todo o seu poder. Ela não tinha intenção de permitir que a Ordem de Tirisfal manipula-se o seu sucessor como tinham tentado manipulá-la. Viajando para a nação sulista de Azeroth, ela encontrou o pai perfeito para o seu filho: um hábil mágico chamado Nielas Aran, o conselheiro do rei Landen Wrynn de Ventobravo. Aegwynn seduziu o mago e convenceu-o a dar-lhe um filho. A afinidade por poder de Nielas iria ficar dentro da criança e definiria o trágico futuro que iria acontecer mais tarde. O poder de Tirisfal estava também implantado na criança, mas apenas despertou quando a criança atingiu maturidade física. Nielas Aran, Mago da Corte O tempo passou, e Aegwynn deu à luz ao seu filho num sítio isolado. Nomeando a criança de Medivh ("Guardador de Segredos" em thalassiano) ela acreditou que o rapaz iria ser o próximo Guardião de Tirisfal. Infelizmente o maléfico espírito de Sargeras, que se tinha escondido dentro dela, tinha possuído a indefesa criança enquanto estava dentro do ventre da mãe. Aegwynn desconhecia que o mais novo Guardião estava já possuído pelo seu maior inimigo...
  • 59. 58 Segura de que seu filho estava saudável, Aegwynn entregou a criança à corte de Ventobravo e deixou-o lá para ser criado pelo seu pai mortal. Ela então vagou pelo mundo preparada para passar para o que quer que a pós vida lhe tivesse reservado. Medivh cresceu e se tornou um rapaz forte sem qualquer noção do potencial poder que lhe fora passado. Sargeras esperou até o poder do jovem se manifestar. Quando Medivh chegou à adolescência, era já conhecido em todo o reino pelos seus poderes mágicos e costumava ir a aventuras com os seus dois amigos: Llane Wrynn, o príncipe de Ventobravo e Anduin Lothar, o ultimo descendente da linhagem de Arathi. Os três rapazes constantemente causavam confusão no reino, mas eram apreciados pela maior parte dos cidadãos, especialmente pelas donzelas. Quando Medivh chegou aos catorze anos o cósmico poder dentro dele acordou e combateu com o espírito de Sargeras que se escondia em sua alma. Medivh caiu num estado catatônico que duraria muitos anos. Quando acordou do estado de coma, descobriu que era já adulto e que os seus amigos tinham se tornado regentes de Azeroth. Apesar de querer usar os seus poderes para proteger a terra que chamava de casa, o espírito sombrio de Sargeras distorceu os seus pensamentos e emoções na direção de um fim maligno. Magus Medivh, O Último Guardião Sargeras revelou-se no escurecido coração de Medivh, pois sabia que os seus planos para uma segunda invasão do mundo estavam quase completos e que o Último Guardião os realizaria.
  • 60. 59 Capítulo 4 –A Corrupção dos Orcs A Colonização de Draenor A Legião Ardente perseguiu os draeneis através da Grande Treva, mas eles eventualmente conseguiram os despistar. Os naaru instruíram os exilados nos caminhos da Luz Sagrada. Profundamente afetados, os draeneis juraram honrar a Luz e defender os ideais dos seus salvadores. Draeneis Com o tempo, os draeneis se fixaram em um mundo remoto e pacifico, cuja terra vermelha era coberta por vastas planícies e vívidos pântanos. Lá os draeneis encontraram uma série de raças inteligentes, mas a mais numerosa era a dos orcs, uma raça primitiva de pele marrom. Os orcs possuíam uma cultura tribal de honra e força em equilíbrio com os espíritos da natureza e combatiam os temíveis e bárbaros ogros e seus senhores gronn por territórios. Os draeneis então batizaram o mundo idílico de Draenor (“Exílio” em eredun), e posteriormente os orcs, que não tinham um nome para ele, chamando-o apenas de “mundo”, acabaram adotando o termo eredun.
  • 61. 60 Orc Ogro Por muitos anos as duas raças mantiveram uma relação pacifica, sem que nenhuma intervisse nos assuntos da outra. No entanto elas jamais chegaram a ser aliadas, não interagindo mais do que nas raras situações em que praticavam o escambo de seus bens, preferindo ficar afastadas uma da outra.Mas isso não iria durar por muito tempo, pois a sombra da Legião Ardente estava sempre no encalço dos eredars desertores... O Pacto Sombrio Por volta da época do despertar de Medivh em Azeroth, Kil'Jaeden descobriu o paradeiro de Velen e seus seguidores draenei, o mundo de Draenor que flutuava pacificamente na Grande Treva. Os nobres clãs de orcs ocupavam as abertas planícies e caçavam para sobreviver, enquanto que os draenei construíam grandiosas cidades perto dos penhascos e picos. Kil'Jaeden viu que os orcs de Draenor tinham grande potencial para servir à Legião Ardente em sua vingança contra os draeneis se eles fossem manipulados corretamente. Ele então enganou o velho orc xamã Ner'Zhul, se passando pelo espírito da falecida esposa dele. Usando o sábio xamã como sua ligação, rapidamente a raça espiritual se transformou em numa raça sedenta de sangue. Kil'Jaeden incentivou Ner'Zhul e o seu povo a dedicarem-se inteiramente à morte e a guerra. No entanto o velho orc, sentindo que iria escravizar o seu povo e levá-los para sempre ao ódio, resistiu de alguma forma ao comando do demônio...
  • 62. 61 Ner’Zhul Frustrado com a resistência, Kil'Jaeden procurou por outro orc que entregasse o seu povo à Legião. O eredar encontrou o discípulo que procurava: o ambicioso aprendiz de Ner'Zhul, Gul'Dan. O Impostor prometeu a Gul'Dan poder em troca da sua obediência incontestável. O jovem orc tornou-se um estudante da magia demoníaca e acabou virando um dos mais poderosos bruxos da história. Ele ensinou jovens orcs os segredos das artes arcanas e lutou para erradicar as tradições xamanistas de seu povo. Gul'Dan mostrou uma nova magia para os seus seguidores, um terrível e novo poder que exalava a destruição.
  • 63. 62 Gul’Dan Kil'Jaeden, procurando segurar as rédeas dos orcs, ajudou Gul'Dan a fundar o Concílio das Sombras, uma seita secreta que manipulava os clãs e espalhava o uso da magia demoníaca dos bruxos por Draenor. Com a crescente adesão dos orcs às magias dos bruxos, os pacíficos campos e rios de Draenor começaram a escurecer e a desaparecer, deixando um solo avermelhado e desértico em seu lugar. As energias demoníacas estavam a matar lentamente o mundo... O Surgimento da Horda e o Extermínio dos Draeneis Os Orcs tornaram-se agressivos sob o comando de Gul'dan e o seu Concílio das Sombras. Eles construíram arenas massivas onde afinavam as suas habilidades em combate. Durante este período, alguns chefes de clã falaram contra a corrupção da raça. Um desses chefes, Durotan do clã Lobo da Neve, avisou que os orcs estavam a perder-se na fúria e ódio. No entanto, as suas palavras não foram ouvidas devido à ascensão de chefes de clã como o Grom Grito Infernal a campeões da nova era de poder militar.
  • 64. 63 Durotan, Filho de Garad Grommash Grito Infernal Kil'Jaeden sabia que os orcs estavam quase prontos, mas ele precisava de ter a certeza da sua lealdade. Em segredo, fez com que o Concílio das Sombras invocasse Mannoroth, o verdadeiro veículo de caos e fúria. Gul'Dan chamou os chefes dos clãs e convenceu-os que ao beberem o sangue de Mannoroth seriam praticamente invencíveis. Mannoroth, o Destruidor
  • 65. 64 Liderados por Grom, os chefes de todos os clãs exceto Durotan beberam o sangue do Lorde Abissal e se tornaram escravos da Legião Ardente. Com o crescer do poder devido ao sangue de Mannoroth, os chefes estenderam a sua subjugação aos seus parentes. A Maldição do Sangue Consumidos pela maldição do sangue, a pele dos orcs tornou-se verde e eles procuraram liberar sua fúria em todos os que os opusessem. Sentindo que o tempo chegara, Gul'Dan unificou os clãs de guerreiros numa única e imparável Horda. Contudo, sabendo que os vários chefes como o Grito Infernal e o Hurkan Racha Crânios iriam procurar a supremacia completa, Gul'Dan preparou um Chefe Guerreiro que controlaria a Horda de orcs. Mão Negra, um orc cruel e sem escrúpulos, foi o escolhido. E então, a mando de Kil'Jaeden, a Horda iniciou uma guerra contra os pacíficos draenei.
  • 66. 65 Chefe Guerreiro Mão Negra Os orcs exauriram quase todos os recursos naturais do mundo vermelho para usar na guerra. E após alguns meses, a Horda tinha erradicado quase todos os draenei que viviam em Draenor. Só uma pequena resistência conseguiu evadir-se da intensa ira dos orcs. Acreditando que sua vingança contra Velen e seus seguidores estava completa, Kil'Jaeden julgou que a Horda estava pronta. Os orcs haviam se tornado a maior arma da Legião Ardente, e o Impostor informou seu paciente mestre da atual situação, e Sargeras concordou que era chegada a hora da vingança.
  • 67. 66 Capítulo 5 – A Horda e a Aliança O Portal Negro e a Queda de Ventobravo (Warcraft I – Orcs e Humanos) Enquanto Kil'Jaeden corrompia os orcs em Draenor para exterminarem os draeneis, Medivh continuava a luta pela sua alma contra Sargeras. O Rei Llane Wrynn, o nobre monarca de Ventobravo, foi tomando noção da escuridão que parecia manchar o espírito de seu antigo amigo. O Rei Llane partilhou as suas preocupações com o Leão de Azeroth, como passara a ser conhecido o Sir Anduin Lothar, que fora nomeado tenente de armas. Mas nenhum dos dois poderia imaginar os grandes horrores que a lenta e crescente loucura de Medivh traria. Sir Anduin Lothar, o Leão de Azeroth Através de Medivh, Sargeras prometeu dar grande poder a Gul'Dan se ele aceitasse liderar a Horda para Azeroth. O Titã Caído disse ao bruxo que ele poderia tornar-se um deus vivo se encontrasse o local onde Aegwynn tinha escondido o fragilizado corpo de seu avatar centenas de anos atrás. Gul'Dan aceitou e decidiu que assim que Azeroth fosse conquistada, ele poderia encontrar a lendária sepultura e ganhar sua recompensa. Assegurado que a Horda serviria suas vontades, Sargeras ordenou que a invasão começasse.